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S Subarbusto da família Asteraceae (uma planta pequena) S Conhecido por “mio-mio” – tomar cuidado com o nome vulgar, pois esse nome está sendo usado para outras plantas também. S Importância no Brasil – região sul, Uruguai e Argentina. S Distribuição e Habitat C Rio Grande do Sul C Mas também em Santa Catarina, Paraná e São Paulo C Campo nativo enxuto, não gosta de solo enxarcado. S Espécie sensível C Condições naturais: Bovinos, ovinos e menor número equino. C Condições experimentais: bovinos, ovinos, equinos, suínos, caprinos, coelho e camundongos. S Condições em que ocorre a intoxicação C Os animais da região não ingerem (pois a planta dá um efeito caustico no sistema digestório, gera um desconforto – então os animais que já comeram não fazem mais, porém isso não significa que os animais dessa região nunca irão comer, se eles passarem fome, eles irão consumi-las), mas os recém-chegados sim. C Ingestão de água agrava o quadro – isso não acontece, a ingestão de água faz com que o animal que está bebendo muita água já está intoxicado, ou seja, já está apresentando distúrbios digestivos, e ele irá beber água com o intuito de melhorar a queimação/corrosão que está acontecendo na mucosa do estômago e pré-estômago. S Partes e quantidades tóxicas da planta C Em ordem crescente: flores e sementes, folhas, talos e raízes. N 4 a 8 x mais tóxica no período de floração do que na brotação. C A planta feminina foi mais tóxica que a masculina C Toxidez pode variar de ano para ano – fazendo com que a dose para o animal se intoxicar varie. C Bovinos 0,25-2g/kg (floração x brotação) C Ovinos 1-4g/kg C Equinos 0,125g/kg C Experimento com doses subletais – não tem efeito acumulativo. S Início dos sinais clínicos C Bovinos 5 a 29 horas após a ingestão C Ovinos 3 a 24 horas C A evolução é aguda. C Período entre a ingestão da planta e a morte: N bovinos 14 a 41 horas e ovinos 23 a 50 horas. S Princípio tóxico C São tricotecenos macrocíclicos – essas toxinas são produzidas pelos fungos que estão presentes nos solos e são absorvidos pela raiz e isso passa para a toda folha, fazendo com que o animal se intoxica. A planta não produz o princípio tóxico. N Roridina A, D e E N Verrucarinas A e J N Miotoxina A C Absorve e armazena tricotecenos elaporados por fungos (Myrothecium verrucaria, M. roridum) do solo (raízes). S Início dos sinais clínicos C Bovinos 5 a 29 horas após a ingestão. C Ovinos 3 a 24 horas. C A evolução é aguda. C Período entre a ingestão da planta e a morte: N Bovinos 14 a 41 horas N Ovinos 23 a 50 horas. S .Quadro Clínico C Leve a moderado timpanismo (outubro/novembro, época de brotação) C Instabilidade do membro / tremores musculares – principalmente de membro pélvico (março, época de floração e frutificação) C Fezes ressecadas e escassas – atonia do TGI C Leve sialorreia, polipneia, taquicardia e polidpsia. C Inquietação, decúbito esternal/lateral (morte em 15 minutos a uma hora após). S Achados de necropsia / histo C Congestão, edema e erosões na mucosa dos pré estômagos (especialmente rúmen e retículo) N Mucosa destaca facilmente – avermelhado N Micro – degeneração e necrose do epitélio de revestimento C Congestão e petéquias na mucosa do abomaso e do intestino delgado. C Fígado mais claro que o normal – edema espaço de Disse. C Em equinos mucosas do ceco e cólon recobertas por fibrina. N Micro: Gastrite e enterite com infiltrado pleocelular. (em todo o intestino). S Diagnóstico C Origem dos animais. C As alterações histológicas dos pré- estômagos são de valor para a confirmação do diagnóstico em ruminantes. S Diferenciais C Bacharis megapotamica (maior lesão no fígado*) só ocorre na beira de córregos e em banhados. C Intoxicação por organofosforado – através de carrapticidas, sinais clinicos serão parecidos, porém o mecanismo é diferente, pois irá inibir a enzima acetilcolinesterase, irá sobrar acetilcolina e irá super estimular o SNA parassimpático. C Carbúnculo hemático S Tratamento e Profilaxia C Recomenda-se a administração de carvão ativado – se está início das manifestações clinicas, possível reverter o quadro. C Cuidado ao se introduzir animais N Saciar a fome antes de introduzi-los. N Gradualmente, sem os deixar pastarem muito, até que se note que não mais ingerem a planta (5 a 10 dias). S Arbusto da família Euphorbiaceae S Conhecido por “mamona” ou “carrapateira”. S Distribuição e habitat C Ricinus communis ocorre em todo o Brasil de forma espontânea, geralmente em solos férteis. S Espécies animais sensíveis C Condições naturais: Bovinos, equinos e suínos. Relatos também em seres humanos e galinhas. C Experimentalmente: bovinos, ovinos, caprinos, equinos, suínos, coelhos, galinhas, patos e gansos. S Condições em que ocorre a intoxicação C Adição acidental ou intencional de sementes. C Resíduo não detoxicado das sementes, utilizadas pela indústria da extração do óleo. C No Brasil associado com fome. C Casos de morte em galinhas ingestão das sementes. S Partes e quantidades tóxicas da planta C Grande variação entre espécie e idade. N Semente moída bovinos 2g/kg- bezerros é 0,5g/kg N Suínos adultos 1,4 g/kg e para leitões é 2,4 g/kg N Ovinos 1,25g/kg; caprinos 5,5g/kg; N Equinos 0,1g/kg; N Coelhos 1g/kg, N Gansos 0,4g/kg N Galinhas 14,4 g/kg C Crianças seis sementes, em adultos de 20 sementes; N outros acreditam que duas sementes podem ser fatais para adultos. S Possui DOIS princípios tóxicos bem diversos: C Sementes - RICINA, provoca graves perturbações digestivas C Folhas e no pericarpo - a RICININA, sinais neurológicos S Início dos sinais e evolução C Primeiros sinais após a ingestão das sementes 13 a 24 h C Evolução foi de 4 horas com semente triturada em coelho e de 19 dias com semente inteira em um bovino S Quadro clínico-patológico C Intoxicados por sementes sinais de gastroenterite. C Experimentalmente: Anorexia, diarreia líquida, com muco e/ou fibrina (pseudomembranas) ou com estrias de sangue. S Achados de necropsia/histo C Congestão e edema de parede do cólon. C Conteúdo líquido. C Congestão de intestino delgado, baço e pulmão. S Diagnóstico C Identificação das sementes de R. communis no trato digestório ou nos alimentos. C Demonstração da presença de ricina, em extratos do material tóxico suspeito. S Diferenciais C Intoxicação aguda por arsênico C Outras intoxicações e doenças que cursam com gastroenterite. S Tratamento e profilaxia C Sintomático e de suporte C Deve-se ter cuidado com a torta da mamona não detoxicada e com a incorporação das sementes por ocasião do preparo de rações. C Evitar que bovinos invadam lavouras (biodisel) na época da seca. S Árvore pertencente à família Leg. Mimosoideae S Popularmente conhecida como “barbatimão” / “faveira”* porém esse nome pode significar outras plantas em outros estados. S A casca (tanino) usada no processamento de couro S Distribuição e habitat C Ocorre na região nordeste, sobretudo nos estados do Piauí e Maranhão. C Também nos estados de Tocantins, Ceará e Bahia. C O seu habitat são as chapadas, das quais é uma árvore característica. S Espécies sensíveis C Natural: bovinos C Experimental: bovinos e caprinos. S Condições em que ocorre a intoxicação C Na época da seca, quando as favas amadurecem, caem ao solo e são ingeridas pelos animais famintos. S Partes e quantidades tóxicas da planta C A dose letal das favas maduras é de 10g/kg ingeridas uma única vez ou em parcelas diárias de 5g/kg em dois dias seguidos. C A dose letal para caprinos é de 20 a 30g/kg ingeridas de uma só vez. S Princípio tóxico C Às favas contêm grandes quantidades de saponinas. C A hidrólise das saponinas - sapogeninas triterpenoidais (Stryphnodendron B e F) S Início dos sinais clínicos e evolução CInício Bovinos entre 24 e 72 horas C Evolução da intoxicação letal foi de 3 a 23 dias. S Sinais clínicos C Ressecamento do focinho C Sialorreia, lacrimejamento C Atonia do rúmen C Emagrecimento progressivo C Sonolência, hipotermia C Tremores musculares, com evolução subaguda. C Fotossensibilização e diarreia (caso o animal sobrevive aos outros sinais, ele pode apresentar fotossensibilização, não é sempre que isso ocorre) – aparece em situação mais crônicas, depois dos 3 dias, secundária a lesão do fígado que ocorre depois. S Achados de necropsia / histo C Edema/congestão do mesentério e da parede intestinal. C Extensa inflamação difteroide – forma uma membrana/capa de fibrina na mucosa que é possível puxar, porém a mucosa vem junto – está ulcerada. C Ressecamento do conteúdo dos pré-estômagos – recoberta de muco e sangue. C Presença de sementes nos pré-estômagos e no abomaso – se o animal morreu rápido. C Abomaso com edema das dobras, úlceras, congestão e sufusões. C Tonalidade amarelada do fígado e rins pálidos. S Tratamento e profilaxia C Colocá-los na sombra. C Recomenda-se hidratação dos animais C Aplicação endovenosa de glicose C Antibioticoterapia -broncopneumonia por aspiração. C Não deixar os animais em regiões onde há grande quantidade de favas no solo (seca).
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