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Acidentes e complicações em exodontia

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Acidentes e complicações em exodontia
Uma das principais formas de prevenir complicações é por meio de imagens adequadas e uma revisão cuidadosa. O CD deve procurar a presença de morfologia anormal da raiz do dente ou sinal de que o dente esteja anquilosado.
Além disso, o CD deve seguir os princípios básicos, ou seja, deve haver clara visualização e acesso ao campo operatório, que requer adequada luz, retração dos tecidos moles e aspiração. 
O CD deve seguir os princípios de assepsia, manejo atraumático dos tecidos, hemostasia e desbridamento da ferida após o procedimento cirúrgico.
· Acidentes no uso de fórceps: escolha errada, falta de execução das forças, execução errada da mecânica na exodontia, preensão incorreta no dente pelas pontas ativas.
Escolher bem o fórceps; se a apreensão não for possível, trocar por extrator; ter cuidado com as forças de impulsão. 
· Desgarramento de mucosa: quando não separa o tecido adequadamente, não incisa as papilas, adaptação incorreta do fórceps – sangra mais, pode expor o osso, dificulta a sutura.
· Fratura de tuberosidade do maxilar: comum em segundo e terceiro molares isolados, retidos ou com hipercementose; pode haver abertura de seio maxilar; o uso da broca e o descolamento do tecido mole apropriado ajuda a evitar. A tuberosidade é importante para a estabilidade de uma prótese total. Se ouvir um estalo, o ideal é parar e, se ocorrer de fato a fratura durante a extração, o tratamento é similar ao de fraturas ósseas, o CD usa os dedos para sustentar o processo alveolar durante a fratura (se o osso remanescente estiver preso ao periósteo, deve tomar medidas para assegurar a vitalidade óssea). Não se deve puxar, pois pode romper tecido mole. 
· Fratura da coroa: por força excessiva, fórceps mal adaptado, resistência do dente diminuída (em casos de prótese, restaurações, tratamento endodôntico); não tão complicado.
· Fratura radicular: Raízes longas, curvas ou divergentes que se encontram em osso denso são as mais propensas a fraturar. É uma região de menor resistência e dilacerações, por isso, movimento de rotação em raízes achatadas e fórceps mal adaptado devem ser evitados. Usar técnicas de extração abertas e remoção óssea para diminuir a quantidade de força necessária para remover o dente é ideal para se evitar. 
· Fratura do processo alveolar: Mais comumente, as fraturas ocorrem na parede cortical vestibular sobre o canino, parede cortical bucal de molares superiores, porções do assoalho dos seios maxilares, a tuberosidade maxilar e o osso labial dos incisivos mandibulares. Ocorre mais comumente devido ao uso de força excessiva no uso do fórceps, o qual fratura a parede cortical. A principal maneira de se evitar tal complicação é a realização de um pré-operatório cuidadoso clinica e radiograficamente. Se o osso tiver sido completamente removido do alvéolo dentário junto com o dente, não deverá ser reimplantado. O CD deve ter certeza de que o tecido mole foi reposicionado da melhor maneira em sua extensão possível, permitindo que o osso remanescente possa se regenerar no tempo correto.
· Lesão de dentes vizinhos ou do arco oposto: adaptação indevida do extrator, manejo inadequado do fórceps. A lesão mais comum é a fratura inadvertida ou deslocamento da restauração, luxação de um dente adjacente. Fórceps de pontas amplas e serrilhadas devem ser evitados. Deve-se também reconhecer o potencial de fraturas em restaurações extensas, avisar ao paciente durante o pré-operatório, usar extrator cautelosamente.
· Exodontia equivocada: ansiedade do CD, falta de radiografia, pedidos errados. Se o dente errado for extraído e o CD perceber o erro imediatamente, o dente deve ser reposicionado rapidamente no interior da cavidade alveolar ou contatar rapidamente o ortodontista caso tenha sido por indicação ortodôntica.
· Luxação (a mandíbula se desloca para o lado oposto do que foi luxado) e fratura da mandíbula: mais grave. Ter cuidado com brocas muito profundas. 
· Luxação: Apoia com a mão fora e o polegar dentro da boca na altura dos molares e coloca a mandíbula para baixo e para trás e para cima, depois segura a mandíbula no lugar;
· Fratura: internação, coloca placa.
· Abertura do seio maxilar: dentes com íntimo contato com o seio maxilar, movimento de impulsão inadequado (esse movimento de impulsão deve ser evitado), movimento intempestivo do extrator, fratura da tuberosidade maxilar; mais grave;
· Realização da Manobra de Valsalva: fecha o nariz e manda expirar – se o sangue borbulhar no alvéolo ou sair ar por ele, o teste é positivo (+), houve fratura;
· Descolamento do tecido para relaxar o máximo possível e fecha o alvéolo com uma sutura mais oclusiva para interromper a comunicação buco sinusal ao formar tecido fibroso na comunicação (quando não há dente dentro do seio) + prescrição de analgésico e antibiótico;
· Quando o dente está dentro do seio: faz sutura oclusiva + prescrição de analgésico e antibiótico + encaminhamento ou realização da operação de Caldwell-Luc
· Operação de Caldwell-Luc (cirurgia de acesso ao seio): para remoção da porção dentária que entrou no seio maxilar (enche o seio de soro e remove com o sugador);
· Se a comunicação buco sinusal persistir, o tecido vai epitelizando e fica um conduto epitelizado (cronificação) dando a formação de uma fístula buco sinusal, causando sinusite. Quando isso acontece, deve-se remover esse tecido epitelial que forma a fístula, fazer sangrar e fechar com sutura.
· Penetração de raiz ou dente no seio: A raiz do molar superior é a mais comumente deslocada. // Quando isso ocorre, deve-se identificar o tamanho da raiz/do dente perdido no seio, avaliar se havia infecção do dente ou de tecidos periapicais, depois deve avaliar a condição pré-operatória do seio maxilar para remoção.
· Abertura da cavidade nasal: se resolve espontaneamente.
· Penetração do dente nas vias respiratórias ou digestivas: Caso isso ocorra, o paciente deve ser girado pelo CD de modo que fique com a cabeça virada para o chão o máximo que conseguir. Deve ser encorajado a cuspir e cuspir o dente no chão. Mas o dente mesmo assim pode ser engolido ou aspirado, caso não haja tosse ou dificuldade respiratória, é mais provável que tenha sido engolido. Caso tenha sido realmente aspirado, o paciente deve ser levado a um centro de emergência, realizar uma radiografia do abdome e ser levado para cirurgia de remoção com um broncocóspio. 
· Lesão de tecidos moles: Quase sempre são resultado da falta de atenção do CD, tentativa com acesso inadequado, pressa, uso de força excessiva ou descontrolada. A lesão mais comum é a laceração da mucosa durante a extração ao forçar o tecido para visualização do campo operatório. Para prevenir, deve-se, então, criar um tamanho adequado de deslocamento do tecido para evitar excesso de tensão nele, usar a quantidade controlada de força para retração do retalho e criar incisões de alívio (incisão relaxante) quando indicado. A segunda mais comum são as feridas puntiformes, por instrumentos como extrator ou descolador de periósteo que deslizam do campo cirúrgico. Esgarçamentos nos lábios, cantos da boca ou bordas normalmente resultam da fricção pelos instrumentais. Geralmente, cicatrizam em 4 a 7 dias sem deixar cicatrizes. O paciente deve manter a área úmida // Caso a laceração aconteça, o CD deve reposicionar adequadamente caso a extração já tenha sido concluída; caso não tenha sido, o CD deve parar a extração e aumentar a incisão do retalho ou criar uma incisão de alívio. Se feridas puntiformes ocorrerem, deve-se prevenir infecção, além de deixar a ferida aberta para que, mesmo se uma pequena infecção acontecer, exista uma via adequada para drenagem.
· Lesão de vasos e nervos: geralmente no trigêmeo – incisões no palato e alveolar inferior (causando parestesia - sensação), quando acontece no facial – problemas mais raros (paralisia-movimento); evitar incisões laterais nos pré-molares, pois tem risco de afetar o nervo mentoniano.
Curiosidade: Em pacientes totalmente desdentados, devemos ter muito cuidado com a regiãodo mentoniano (PM) para trás, mas de canino a canino (região entre os nervos mentonianos), não precisa ter tanto cuidado com relação ao comprimento e à altura dos implantes.
· Enfisema: entrada de ar no tecido (aumento volumétrico, crepitação à palpação // se resolve espontaneamente).
Complicações
· Dor pós-operatória
· Alveolite: quando a dor persiste por muitos dias e não passa com analgésicos
· Edema: é complicação quando é exagerado não compatível com a cirurgia. Mais comum quando a exodontia é em área de 3º molar.
· Hematoma: sobretudo em idosos – compressas mornas ajudam a reduzir;
· Hemorragia: pacientes com hipertensão, etc

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