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FACULDADE MAURICIO DE NASSAU TERESINA - FAP CURSO DE GRADUAÇÃO EM: NUTRIÇÃO DISCIPLINA: BROMATOLOGIA PROFESSORA: MSc. Marilene Magalhães de Brito Adryele de Melo Cruz Fabiana Albuquerque Isabela Chistina Mendes Michelle Caroline EFEITO DE TENDERIZAÇÃO DE CARNES PELAS ENZIMAS TERESINA-PI, 2019 Adryele de Melo Cruz Fabiana Albuquerque Isabela Chistina Mendes Michelle Caroline EFEITO DE TENDERIZAÇÃO DE CARNES PELAS ENZIMAS TERESINA-PI, 2019 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 3 METODOLOGIA .......................................................................................................... 4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ................................................................................... 5 CONCLUSÃO. ............................................................................................................. 6 REFERÊNCIAS .......................................................................................................... 7 APÊNDICES............................................................................................................... 8 file:///C:/Users/HOME/Pictures/relatorio/EXEMPLO%20DE%20RELATÓRIO.docx%23_TOC_250001 file:///C:/Users/HOME/Pictures/relatorio/EXEMPLO%20DE%20RELATÓRIO.docx%23_TOC_250000 3 1. INTRODUÇÃO Dentre as características da carne bovina, a maciez (tenderização), assume posição de destaque, sendo considerada a característica organoléptica, como o sabor e a suculência, a maior influência na aceitação de carne por parte dos consumidores. A dureza pode ser dividida em residual, causada pelo tecido conjuntivo e outras proteínas de estroma, e dureza de actomiosina, causada pelas proteínas miofibrilares. Vários fatores influenciam na maciez da carne, destacando- se a genética, a raça, a idade ao abate, o sexo, a alimentação e o uso de agentes hormonais, devendo assegurar-se também um adequado transporte, armazenamento, manipulação e preparo, afim de obter um produto de melhor qualidade (ALVES, 2005). O amaciamento enzimático da carne, é resultado da degradação parcial de seus componentes, ou seja, o amaciamento ocorre devido modificações na estrutura (PEDREIRA, 2011). As enzimas apresentam a capacidade de reagir com determinados constituintes das células, denominados substratos, formando complexos, ou mesmo compostos com ligações covalentes, esse fato é determinado, atividade biológica. Essa atividade é dependente da estrutura da proteína, ou seja, do número de cadeias peptídicas e arranjo dessas cadeias na molécula, da natureza do substrato e, ainda, se existir, da natureza do grupo prostético (FOOD INGREDIENTES BRASIL, 2009). Os amaciantes vegetais são termoestáveis como a papaína proveniente do mamão e a bromelina do abacaxi. Essas enzimas tem propriedades de degradar não só as proteínas miofibrilares, como também apresentam uma atividade colagenolítica elevada (OLIVEIRA, 2000). As enzimas vegetais quando adicionadas à carne exercem maior efeito de hidrolise durante cocção, por ela ser desnaturada pelo aquecimento. Essas enzimas continuam em atividade em 80ºC e sofre inativação em temperaturas mais elevadas (PARK E DRAETTA, 1971). Diante disso, o objetivo da prática foi verificar o efeito de enzimas na tenderização da carne. 4 2. METODOLOGIA Em um liquidificador, bateu-se as raspas de meio mamão verde, separou-se um bife e aplicou-se o suco do mamão verde, deixou-se as enzimas atuarem na carne por um tempo de 15 minutos. Depois comparou-se cada bife com o controle e entre si, com relação á cor, textura, aroma e sabor. 5 3. RESULTADO E DISCUSSÃO Tabela 1. Verificação da eficiência das enzimas papaina e bromelina na tenderização de carne bovina. Características Cor Textura Aroma/Sabor Tratamento Controle Característica Macia Característico Mamão maduro Um pouco amarelado Macia Característico Mamão Verde Característica Macia Característico Abacaxi Esbranquiçado Muito macia De abacaxi Folha de mamão Característica Dureza Característico Segundo Baldini (1993), bromelina é o nome genérico dado às enzimas proteolíticas encontradas no abacaxi, bem como em outras espécies da família Bromeliaceae. A presença da enzima bromelina depende da fase de crescimento da planta, sendo que ela não é encontrada quando a planta é muito jovem ou muito velha. Acredita-se que esta enzima, nestas fases, seja transformada em uma outra proteína com função metabólica diferente, como enzima produtora de sabor e aroma. Park e Draetta (1971), afirma que a papaína é duas vezes mais ativa sobre a elastina do que a ficina. A ficina também é apontada por atuar rapidamente sobre as proteínas musculares, colágeno e elastina, enquanto a papaína tem menor e a bromelina maior efeito sobre o colágeno. Foi possível notar que a ação de tenderização da papaína na carne bovina cresceu junto ao grau de maturação do fruto, sendo que o tratamento com folha de mamão foi o que apresentou maior dureza e gosto residual característico. O tratamento com mamão verde também apresentou gosto residual e maciez moderada. O tratamento com abacaxi se mostrou bem eficaz da tenderização da carne bovina. Devido ao período de tempo longo em que o bife ficou em contato com 6 o abacaxi pode-se observar uma textura demasiadamente branda, com aspecto de cortes mais macios, de sabor levemente ácido, aroma próprio e aparência esbranquiçada. Segundo Riekes (2004), O suco de abacaxi na quantidade adequada proporciona maciez às carnes, porém quando em excesso ele pode acarretar o rompimento das fibras musculares levando a desintegração da estrutura da carne. Foi nítido que os bifes que tiverem a bromelina como tratamento foram mais abrandados do que os bifes com tratamento à papaína, sendo que a o tempo de contato das duas enzimas foi o mesmo. 7 4. CONCLUSÃO Concluiu-se que o método de utilização de amaciantes naturais em carnes é de fácil manuseio e resultado positivo, devido à grande melhora na maciez da carne, o resultado depende do tempo e do tipo de enzimas proteolíticas, como a papaína e seu tempo de maior ação foi durante a cocção. Vimos que a enzima do abacaxi quebra tanto proteínas das fibras musculares quando o do tecido conjuntivo que dá liga ao músculo e é um dos principais responsáveis pela eventual dureza da carne. 8 REFERÊNCIAS ALVES, D. D.; GOES, B. T. H. R.; MANCIO B. A. Maciez bovina da carne. Revista Ciência Animal Brasileira, 6 (3): 135-149, 2005. PARK, Y.K.; DRAETTA, I. S. Aplicação de enzimas proteolíticas no amaciamento de carne de boi. Revista brasileira de Tecnologia, 2: 125-129, 1971. OLIVEIRA, A. L. Maciez da carne bovina. Cadernos Técnicos de Veterinária e Zootecnia, (33): 7-18, 2000. FOOD INGREDIENTS BRASIL. 2009. Enzimas. Disponível em: http://www.revista- fi.com/materias/113.pdf. Acesso em: 18/11/ 2019. PEDREIRA, A. C. M. S. Enzimas proteolíticas de plantas usadas no amaciamento da carne: bromelina, ficina e papaína. 2001. Disponível em: https://www.beefpoint.com.br/enzimas-proteoliticas-de-plantas-usadas-no amaciamento-da-carne-bromelina-ficina-e-papaina-4977/. Acesso em: 18/11/2019. RIEKES, B. H. Qualidade em unidades de alimentação e nutrição: uma proposta metodológica considerando aspectos nutricionais e sensoriais. Florianópolis, SC. Dissertação de Mestrado. UniversidadeFederal de Santa Catarina - UFSC, 171, 2004. ROWAN, A. D.; BUTTLE D. J.; BARRET, A . J. The cysteine proteinases of the pineapple plant. Biochemical Journal, (266): 869-875. 1990 MACIEL ET AL. Amaciantes cárneos: tipos e aplicação em carne bovina. Revista Interdisciplinar da Universidade Federal do Tocantins – V. 2 – N. 01. p. 160-174, jul./dez. 2015. https://www.beefpoint.com.br/enzimas-proteoliticas-de-plantas-usadas-no%20amaciamento-da-carne-bromelina-ficina-e-papaina-4977/ https://www.beefpoint.com.br/enzimas-proteoliticas-de-plantas-usadas-no%20amaciamento-da-carne-bromelina-ficina-e-papaina-4977/ 9 APÊNDICES Imagem 01 Imagem 02 Imagem 03
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