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Gasometria: Equilíbrio Ácido-Base

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Gasometria P1 - Bioquímica II 
GASOMETRIA → EQUILÍBRIO ÁCIDO BASE 
Livro: Baynes, John W. Bioquímica Médica (2ª Edição - RJ - 2007). 
O QUE É GASOMETRIA: 
* A gasometria é o exame que mede os gases sanguíneos para analisar se está no equilíbrio ácido-base. 
* A avaliação do estado ácido-base do organismo, na prática clínica, é feita pela análise de seis parâmetros: 
1. pH; (A mudança no estado do pH dos sangue é muito restrita, assim como a limitada variação de 
temperatura corporal) 
2. pCO2; 
3. pO2 
4. SatO2; 
5. Bicarbonato (HCO3-) - base 
6. Diferença de bases (excesso - parâmetro BE ou déficit - BD). 
* Excesso de base: alcalose | Déficit de base: acidose 
* Pressão Parcial: pressão que um gás exerce no meio líquido. 
* O oxigênio no sangue não está de forma livre, ele tem uma proteína de transporte, a hemoglobina. 
* A amostra de sangue deve ser colhida por meio da punção cuidadosa de uma artéria periférica, 
geralmente a ARTÉRIA RADIAL ou a braquial ou a femural. 
- A amostra deve ser coletada com anticoagulante (heparina), para manter a fluidez do sangue. 
* O exame de gasometria é realizado num gasômetro ou gasômetro. E esse é um exame feito principalmente 
em situações de emergência. 
* Por que o sangue não coagula nos vasos sanguíneos → O corpo humano tem um coagulante natural, a 
heparina. 
* Onde o corpo humano produz mais Gás Carbônico? No Ciclo de Krebs (O CO2 é relacionado com a acidez, 
mas não é uma substancia ácida – pode reagir com a água e formar H2CO3). 
* Nós não produzimos oxigênio, quando ele reage não produz nem ácido nem base. 
SANGUE ARTERIAL E SANGUE VENOSO: 
* Diferença básica entre eles é a quantidade de O2 
* Gasometria Venosa (Sg rico em CO2, mais ácido) → Essa gasometria da informações de cunho Metabólico 
* Gasometria Arterial (rica em O2) → Obtém se informações de caráter respiratório e metabólico. É mais 
indicada, porém, a coleta é mais incômoda devido a profundidade das artérias. 
Isabelle Padilha 1
Gasometria P1 - Bioquímica II 
* CO2 → relacionado com a acidez, mas não é ácido – pode reagir com a água e formar H2CO3 (H+ → dai 
sim, é ácido - reação ocorre pela enzima anidrase carbônica → presente nos túbulos renais, glóbulos 
vermelhos). 
* HCO3 (bicarbonato) → alcalinidade. 
INDICAÇÕES: 
* Avaliação de: 
1. Ventilação (PaCO2 - pressão parcial de CO2) - inspiração e expiração 
2. Oxigenação (PaO2) 
3. Condição ácido-básica (pH, PaCO2, HCO3, esses três parâmetros são os utilizados na fórmula de 
Handerson - Hasselbach.) 
* Resposta do paciente à terapia (ex: terapia ventilatória). 
* Auxiliar no Diagnóstico da doença de base. (ex: Doença renal, diabetes - as quais causam acidose 
metabólica - e DPOC). 
* Evolução clínica 
INDICAÇÕES CLÍNICAS DA GASOMETRIA: 
* Paciente que esteja recebendo oxigênio como terapia (Avalia a eficácia do tratamento). 
* Nas doenças pulmonares obstrutivas crônicas (DPOC), na fibrose cística, no diabetes não controlado, nos 
distúrbios do sono, nas infecções graves, na insuficiência cardíaca ou renal ou depois de uma overdose de 
drogas. 
* Em pacientes hospitalizados a gasometria arterial muitas vezes é feita em pacientes com doenças graves 
ou que farão uma cirurgia, em que o teste pode medir se os pulmões e os rins da pessoa estão 
funcionando adequadamente ou não. 
PARÂMETROS AVALIADOS (Sangue Arterial) 
- pH: 7,35 a 7,45 
- PaO2: 80 a 100 mmhg 
- PaCO2: 35 a 45 mmhg 
- SaO2: acima de 95% 
- HCO3: 22 a 28 mEq/L 
- Base em Excesso: - 2 a +2 
* O pH do sangue não é medido apenas com a quantidade de íons H+, e sim com a equação de Handerson - 
Hasselbach. 
IMPORTÂNCIA DA EQUAÇÃO ÁCIDO BASE: 
* Graves alterações do eq. ác. base são potencialmente críticas, especialmente quando se desenvolvem 
rapidamente. 
Isabelle Padilha 2
CO2 + H 2O ↔ H 2CO3 ↔ H + +CO3−
Gasometria P1 - Bioquímica II 
* Tais anormalidades → disfunções orgânicas. 
* Algumas manifestações clínicas podem incluir edema cerebral, fraturas, decréscimo da contratilidade 
miocárdica, vasoconstrição pulmonar e vasodilatação sistêmica… 
* Após a coleta do sangue o ideal é que a gasometria seja analisada 15 minutos depois. Porque a partir do 
momento que o sangue está na seringa os gases podem se perder. 
- Como a tendência dos gases é sair do meio mais concentrado para o menos concentrado, o gás 
carbônico da seringa tende a sair. 
* O gasômetro também pode medir cálcio (seu déficit está relacionado a fraturas), sódio e potássio. 
INTRODUÇÃO DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE: 
* Eletrólitos → Substâncias relacionadas ao equilíbrio acido-base 
* Os eletrólitos (ânions e cátions) principais no homem são: Na+, K+, Ca+, Mg+, Cl-, HCO3-, HPO4-, SO4-, 
lactato orgânico, proteínas e oligoelementos. 
* Vários deles necessitam ser ingerido, diariamente, na dieta. ex: Ca e K 
- Outros, por sua vez, não precisam ser ingeridos, pois o organismo produz, como por exemplo o 
bicarbonato, fosfato, sulfato, lactato, proteínas. 
FUNÇÃO DOS ELETRÓLITOS NO ORGANISMO: 
* Manter a pressão osmótica e a distribuição de água no corpo → Equilíbrio hidroeletrolítico 
* Manter o pH fisiológico → sistema tampão 
* Regula as funções do coração e músculos → cálcio fundamental para a contração muscular, já a deficiência 
de potássio leva a câimbras, por mudanças de cargas elétricas. P 
* Importante na regulação óxido-redução → Mg – cofator de várias enzimas oxido redutase; 
- Ferro – presente na citocromo oxidase (enzima de oxido redução). Fe+3 está oxidado e o Fe+2 está 
reduzido. 
 Obs: desidratação, edema, hiponatremia e hipernatremia (comprometimento das respostas normais aos 
estímulos osmolares) são síndromes do resultado da desordem da homeostase da água e eletrólitos. 
- Hiponatremia: baixa [ ]de Cálcio no sangue (Esse nome por conta símbolo do sódio ser Na) → edema 
pode ser sintoma de hiponatremia. 
- Na desidratação e na sudorese: perde água e sais minerais (principalmente, NaCl). Ingerir 
isotônico (agua, sal, açúcar) e não beber muita agua, pois a ingestão excessiva de agua causa 
hiponatremia porque tem pouco sódio na água, tudo que estiver no sangue irá diluir. 
- Se não tomássemos água, as células iriam murchar. 
Isabelle Padilha 3
Gasometria P1 - Bioquímica II 
- Desnutrição proteica → albumina sintetizada no fígado. Para o fígado produzir albumina precisa-se 
de AA. Desnutrição:↓albumina ↓AA → hipoalbuminemia. Afeta o equilíbrio osmótico; a água se desloca do 
LEC para o LIC, para manter a mesma relação soluto solvente; gera edema (“ fica + gordinho”) 
 HOMEOSTASE DO ÍON HIDROGÊNIO: 
* Nas células, os processos metabólicos normais consomem oxigênio e produzem dióxido de carbono. 
* Uma pessoa normal de 70 kg produz mais ou menos 15000 a 20000 mmol de CO2 que reagem com a água para 
formar o ácido carbônico mediado pela anidrase carbônica. (A anidrase carbônica vai acelerar a reação química 
entre dióxido de carbono e a água). 
* A manutenção das concentrações do íon hidrogênio e pela ação combinada dos sistemas tampão sanguíneo, 
sistema respiratório e mecanismo renais. 
- Tendência natural do corpo humano? Entrar em acidose. Por que não entramos em acidose? Pelo sistema 
tampão (que evita variações bruscas de pH). 
- Pulmão: único órgão que controla a concentração de CO2 (é um órgão tamponante). 
- Problema pulmonar que não deixa o CO2 sair, acidose respiratória. 
- Rins: mecanismo de controle do bicarbonato / HCO3. Obs: órgão tampão é diferente de solução 
tampão. 
ESCALA DO pH → concentrações do H+ 
- Valores normais: pH = 7,40 que equivale à concentração de H de 40mmol. 
- pH abaixo dos valores normais: acidose 
- pH acima dos valores normais: alcalose 
EQUAÇÃO DE HENDERSON - HASSELBACH 
* É utilizada para compreensão do pH dos líquidos biológico (o íons H+ não se encontram livre no corpo) 
* Fórmula: pH = 6,1 + log [HCO3-]/0,03 x pCO2 (sendo 6,1 um valor fixo chamado de pK) 
 pH = pK’+ log[HCO3] 
 [H2CO3] 
* pK é referente ao pH onde o bicarbonato é igual ao ácido carbônico. 
* O ácido carbônico não é medido, mas é proporcional ao CO2 dissolvido. 
* A equação pode ser escrita então como: 
* Onde o α é igual a 0,03 que é o coeficiente de solubilidade do CO2. 
* Qual é o pH que se tem o maior efeito tamponante? Sempre quando pK for igual ao pH. 
Isabelle Padilha 4
Gasometria P1 - Bioquímica II 
VALORES NORMAIS: 
* [HCO3] plasma = 24mmol/L 
* [CO2] plasma = 1,2mmol/L ou PaCO2 = 40mmHg x 00,3=1,2) 
* pK = 6,1 
* Ácido carbônico e bicarbonato são substâncias em maior concentração no nosso sangue. 
* Bicarbonato (HCO3-) → componente metabólico. 
* Gás carbônico (pCO2) → componente respiratório. 
- Acidose metabólica/ déficit de bicarbonato, causado por excesso de ácido láctico a tendência desse 
individuo é hiperventilar para eliminar mais CO2. Mas não pode hiperventilar até o pH voltar ao 
normal, tem-se que tratar a acidose láctica. 
- Para compensar um problema metabólico compensa com respiratório, mas posteriormente pode haver 
mudanças com relação ao rim (rim excreta acido se for para combater uma acidose). E os distúrbios 
respiratórios possuem mecanismos mais precários em termos de compensação. 
* Substituindo na equação de Henderson-Hasselbach pH = 6,1 + log 20 (onde o log de 20 é igual a 1,3): pH = 
6,1 + 1,3 = 7,4 
* A relação normal é de 20 : 1 na equação pH = [HCO3-] / pCO2. 
GASOMETRIA: 
* Os distúrbios metabólicos alteram o numerador da equação, através de diminuição (acidose) ou aumento 
(alcalose) no cálculo da concentração de bicarbonato. Os distúrbios respiratórios interferem com o 
denominador da equação, elevando (acidose) ou reduzindo (alcalose) a PaCO2. 
- Os distúrbios metabólicos alteram o numerador (24mmol/l), se ↑ o numerador, ↑pH → alcalose 
- Distúrbios respiratórios interferem no denominador, ↑denominador ↓pH → acidose. 
- Se o numerador e o denominador alterarem ao mesmo tempo e está compensado e não altera o pH o 
individuo está normal, e, se está descompensado tem-se distúrbios. 
- Um indivíduo com DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), possui o aumento da pressão parcial de 
CO2, pois o cO2 não consegue sair. Logo, na equação o denominador (pCO2,) componente respiratório) 
estará elevado e, assim, a relação 20:1 vai diminuir, levando o paciente a um caso de acidose (pH vai 
diminuir com o aumento do denominador). pH = [HCO3-] / pCO2 
* Os distúrbios metabólicos são compensados, inicialmente, por alterações na PaCO2 (compensação pulmonar) 
e, posteriormente, através de mudanças na excreção renal de ácidos e na reabsorção de álcalis (compensação 
renal). Os distúrbios respiratórios possuem mecanismos mais precários de compensação que dependem, já de 
início, de mecanismos renais de compensação. 
Isabelle Padilha 5
Gasometria P1 - Bioquímica II 
- O rim atua como um sistema tampão e ajuda na compensação. 
- Quando um processo te leva a acidose o mecanismo para compensar (evitar mudança brusca de pH) é a 
alcalose. Pela gasometria não é possível dizer o que aumentou primeiro, é preciso olhar o caso clínico. 
TAMPONAMENTO DOS ÍONS: 
* Uma solução tampão (ou simplesmente tampão) é uma solução que sofre apenas pequena variação de pH 
(pode doar ou receber prótons) 
* É uma solução que contém um ácido (doador de prótons) e sua base conjugada (receptor de prótons), em 
concentrações aproximadamente iguais. 
- Os aminoácidos podem tanto receber prótons quanto doar prótons, por isso eles podem funcionar como 
tampão. 
- LIN: Líquido intracelular | LEX: Extracelular 
Informações da tabela: 
- Como o pK do tampão bicarbonado é de 6,1, no pH de 6,1 se tem concentrações iguais de CO2 e de HCO3- 
- O rim é responsável por controlar os metabólitos do bicarbonato (HCO3-). 
- A hemoglobina pode perder o próton (p+1) e funcionar como uma base no tampão. 
- Tampão Proteína atua tanto no meio intracelular quanto extracelular 
- O sistema tampão proteína funciona da mesma forma que o tampão hemoglobina, podem doar prótons ou 
receber prótons. 
* Qual seria o melhor tampão para atuar no sangue? Tampão hemoglobina e proteína na teoria, mas na vida 
real é o sistema bicarbonato e ácido carbônico (mais importante tampão do corpo) 
* O tampão proteína atua tanto no LIN quanto no LEX, já o hemoglobina apenas nas hemácias. 
* Uma das funções da albumina é o transporte de cálcio. 
Isabelle Padilha 6
Gasometria P1 - Bioquímica II 
PERCENTUAL DE COMPOSIÇÃO DE CADA SISTEMA TAMPÃO: 
- Bicarbonato/ÁcidoCarbônico - 64% 
- Hemoglobina/Oxihemoglobina - 28% 
- Proteinas ácidas/Proteinas básicas - 7% 
- Fosfato monoácido/Fosfato diácido – 1% (Atua no rim) 
TAMPÃO BICARBONATO/ ÁCIDO CARBÔNICO: 
* Esse sistema é essencial à regulação do equilíbrio ácido-base, porque o metabolismo celular (ciclo de 
Krebs) gera muito ácido como produto final, sob a forma de ácido carbônico. 
- Isso ocorre porque o CO2 liberado reage com a H2O e forma o H2CO3. 
- CO2 é controlado pelo pulmão e o HCO3- pelos rins 
* O ácido carbônico é fraco e a sua dissociação em íons hidrogênio e íons bicarbonato é mínima. 
* O sistema tampão do bicarbonato/ácido carbônico é muito poderoso porque os seus componentes podem ser 
facilmente regulados: 
- A concentração do dióxido de carbono é regulada pela eliminação respiratória e a concentração do 
bicarbonato é regulada pela eliminação renal. 
 Demonstração do equilíbrio: 
Adição de H+ = HCO3- + H+ ↔ H2CO3 (Ou seja, se adicionar íons H+, o par bicarbonato irá defender) 
Adição de OH- = H2CO3 + OH ↔ HCO3- + H2O (Se pôr íons OH-, o par ácido irá defender) 
* Alcalose metabólica por ingestão de base: atletas tomam bicarbonato sem estarem em acidose porque o 
bicarbonato ajuda a diminuir a acidose muscular e não sente fadiga muscular, não é considerado dopping, mas 
sente desconforto pois está entrando em alcalose. 
 
TAMPÃO HEMOGLOBINA: 
* Exclusivo das hemácias; 
* Colabora com a função de transporte do CO2 e com o tampão bicarbonato. 
* A hemoglobina capta o H+ livre, não permitindo uma acidificação do sangue. 
Isabelle Padilha 7
Gasometria P1 - Bioquímica II 
• O tampão hemoglobina, assim como a hemoglobina, não está livre no sangue e sim, nas hemácias (as quais 
por sua vez estão o sangue). Ou seja, hemoglobina → proteína intracelular. 
• Hemoglobina: proteína esférica (4 cadeias – 2β e 2α que através do seu grupamento HEME transporta o 
oxigênio no sangue 
• Grupamento HEME: composto químico formado por Fe+2 e protoporfirina → grupo prostético (não 
protéico) e é o responsável pelo pigmento vermelho nas hemácias. 
- Oxigênio se liga ao grupamento heme. 
- Na parte proteica a Hb pode captar íons H+, não permitindo a acidificação do sangue. A Hb se 
modula conforme a saturação (quantidade de gás no ar). 
 H+ + Hb- ↔ HHb + O2 ↔ HbO2 + H+ 
TRANSPORTE DE CO2 (Assim, como o O2 não fica livre no sangue) 
- 5% - Plasma 
- 30% - Hemácias (na parte globina/ protéica) 
- 65% - Bicarbonato 
* Além de ser um sistema tampão, o Bicarbonato é uma forma de transportar CO2 no sangue (65% do CO2 é 
encontrado na forma de bicarbonato). 
- Na hemácia: O CO2 é capturado no tecido e dentro da hemácia por ação da enzima AC se torna H2CO3. 
O desvio do cloreto (Cl-, íon em abundância no sangue), faz com que o cloro entre e o HCO3- saia, de 
modo a manter a eletroneutralidade. A reação contrária ocorre quando dentro dos alvéolos pulmonares, 
visto que a troca de gases é feita por uma diferença de pressão, apesar do CO2 ser 20x mais solúvel do 
que o O2. 
SITUAÇÕES: 
* Se entro em acidose láctica (acontece quando estou em anaerobiose) não morro imediatamente pois tem-se 
o sistema tampão, a base irá combater os prótons (H+) e formará H2CO3 (ácido carbônico) que é um ácido 
conjugado. 
* Se entro em alcalose por excesso de hidroxila (OH-) por exemplo, o par ácido irá reagir com o OH- formando 
água,porém vai sobrar o bicarbonato que vai ser eliminado na urina. 
SISTEMA TAMPÃO PROTEÍNA: 
* Muito eficaz no interior das células, onde é o sistema mais abundante. 
* Proteína no sangue → proteína plasmática 
- A proteína mais abundante no plasma sanguíneo é a albumina (a clara do ovo), uma queda no nível sérico 
de albumina ou de qualquer outra proteína que faça parte do plasma, causa edema. Isso é um 
extravasamento do LEC para o LIC, existem duas situações em que isso pode ocorrer, pela ação da histamina 
ou por uma dieta sem proteínas o suficiente. Ambas as situações podem ser confundidas, já que a 
manifestação clínica é muito semelhante ao que se diz respeito ao inchaço. 
Isabelle Padilha 8
Gasometria P1 - Bioquímica II 
SISTEMA TAMPÃO FOSFATO: 
* Formado pelo fosfato de sódio e ácido fosfórico 
* Eficaz no plasma, no LIC e nos túbulos renais onde se concentra em grande quantidade. 
* Menor sistema tampão no sangue. 
* Tampões intracelulares: proteínas, fosfato e a troca de potássio 
* Tamponamento intracelular na acidose: pode levar a um aumento na concentração plasmática de potássio. 
Isso ocorre pois o H+ entra na célula e como consequência o potássio sai (eles fazem uma troca). 
Acidose → pode levar a uma hipercalemia. 
Alcalose → pode levar a uma hipocalemia. 
REABSORÇÃO DO BICARBONATO PELO TÚBULO PROXIMAL (RIM) → reabsorve 99,9% 
* O bicarbonato é produzido a partir da reação CO2 + H2O ↔ H2CO3 ↔ H+ + HCO3- 
* Na célula tubular renal proximal: Existe o CO2 (proveniente do filtrado glomerular, que veio da 
decomposição do H2CO3 feita pela Anidrase Carbônica, a qual se formou com a presença do bicarbonato e 
o H+ que sai da célula tubular renal proximal para que o CO2 entre), que se une a H2O e forma H2CO3 
dentro da célula, em seguida o ácido carbônico se decompõe, o H+ volta para o filtrado glomerular e o 
HCO3- retorna para o sangue. 
* É dessa maneira que o rim consegue reter o bicarbonato, e assim controlar a sua concentração na corrente 
sanguínea. 
* H+ troca com o sódio (Na+), para manter a eletroneutralidade, uma vez que a entrada do CO2 não regula 
isso, já que ele não é um íon. 
* Rim controla equilíbrio ácido-base.→ Reabsorve bicarbonato para combater acidose no sangue ou eliminar 
prótons. 
* HCO3-, praticamente, não aparece na urina, tanto é que o pH da urina é aprox. 5,5 ou 6,5.(ácido). 
* Na+ ↔ H+ 
* Na+ ↔ K+ (às vezes) 
EXCREÇÃO DOS ÍONS H+ NO TÚBULO DISTAL PELO SISTEMA FOSFATO AMÔNIO: 
H+ é trocado pelo sódio 
* O fígado produz a glutamina, que ao chegar no rim libera um NH3 e se torna glutamato, que por sua vez 
libera mais um NH3 e se torna alfa-cetoglutarato. 
- Essas duas moléculas de NH3 se dirigem para o filtrado glomerular, e juntamente com o fosfato 
(HPO42-) tampona o H+ (proveniente da decomposição do H2CO3 dentro do rim, e sempre troca com o 
Na+), formam a urina. 
• Por esse motivo a urina contém H+ mas não é ácida, já que a amônia proveniente da decomposição 
das proteínas hepáticas no rim e o fosfato fazem o tampão. 
- Dentro do túbulo distal além das proteínas fornecendo NH3 para o filtrado, temos CO2 (proveniente 
do sangue) e H2O, juntos com a ação de AC formam o H2CO3 que em seguida se decompõe, dessa forma 
o H+ vai para a urina e o HCO3- volta para o sangue. 
Isabelle Padilha 9
Gasometria P1 - Bioquímica II 
* Assim é feita a excreção do íon hidrogênio no corpo. 
Passos: 
* Túbulo distal → excreção de H+ (Forma que se tem de excretar ácidos) 
* CO2 + H2O → enzima anidrase carbônica → H2CO3 → HCO3- (volta para o sangue) + H+ 
* Objetivo é jogar os ions H+ fora. 
* H+ é tamponado pelo sistema tampão fosfato, geralmente, no túbulo distal o H+ é trocado pelo 
sódio. 
* Ele é tamponado pela combinação de um outro sistema tampão que é o sistema tampão fosfato, o fosfato 
ânion, reage com próton formando o ácido fosfórico que é um acido onde o próton não esta livre e o pH não 
cai tanto. 
Outra maneira de tamponar H+: 
* Amônia (NH3) – produto do metabolismo de AA. 
* No rim tem a enzima glutaminase que transforma glutamina em glutamato. -> esses AA vêm do 
fígado. 
* As enzimas retiram a amônia desses AA para transformar em seus produtos e essas amônia, 
normalmente, é excretado na urina. E, a própria amônia serve para transformar o próton e 
forma o íon amônio. 
* Não excreta fisiologicamente AA na urina. Principais componentes da urina – amônia e ureia. 
* Glutamina → glutamato → α – cetoglutamato (auxilio do glutamato desidrogenase). 
* Íon amônio NH4+ → pode ter na urina. 
* Falta amônia ou fosfato pode gerar acidose tubular (excreção excessiva de ácidos nos túbulos 
distais). 
Obs: 
* Formas de perder bicarbonato: Bile, suco pancreático — ambas secreções alcalinas liberadas nas fezes — e 
na urina caso o rim não o reabsorva no túbulo proximal. 
* Formas de perder sódio: Suor e urina. 
* Vale lembrar que o CO2 liberado nos pulmões pode implicar na diminuição da concentração de 
bicarbonato — não escreva isso na prova, é só pra lembrar. 
Isabelle Padilha 10
Gasometria P1 - Bioquímica II 
DISTÚRBIOS DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BASE 
* pH = pK + log [HCO3-]/α . pCO2 -> pH entre 7,35 e 7,45 
* [HCO3-] – componente metabólico - rim | pCO2 – componente respiratório – pulmão | Relação: 20:1 
ACIDOSE METABÓLICA: 
* Déficit primário de bicarbonato 
* Diminuição da concentração sérica de bicarbonato abaixo de 22 mmol/L (variação normal: 22 a 28mmol/L). 
* Pode estar associada com diminuição do pH sanguíneo (variação normal: 7.35 a 7.45 
• A normalidade do pH não exclui a possibilidade de acidose ou alcalose — por esse motivo o diagnóstico 
deve ser feito a partir da gasometria, lembrando que o bicarbonato, por exemplo, não é medido mas sim a 
pressão parcial de CO2 no sangue. 
CIRCUNSTÂNCIAS PARA ACIDOSE METABÓLICA: 
1. Aumento na produção de ácido não volátil ( [H+] > [HCO3-]) → pH cai não porque produz menos 
bicarbonato, mas sim porque se consome mais bicarbonato para combater doenças que levam a acidose 
(cetoácidos H+). 
1.1 Cetoacidose: presente na diabetes, no alcoolismo e na inanição (tempo prolongado de jejum ↑ lipólise 
↑produção de cetoácidos) 
* Diabetes mellitus: tipo 1: glicose livre no sangue e há uma incapacidade de exercer a glicólise hepática 
devido a falta de insulina o que leva uma cetoacidose por falta de insulina ↑síntese de corpo cetônico; 
- Os corpos cetônicos são derivados do ácido graxo (-COOH) = cetoácidos 
- Triglicerídeo TG → lipólise → ác graxo (sg) → fígado → cetoácidos 
- Insulina inibe a lipólise / falta de insulina ↑ lipólise) 
* Inanição: tempo de jejum prolongado que leva a desnutrição. ↑ lipólise 
- No jejum, o hormônio glucagon aumenta (e ao contrário da insulina) estimula a lipólise. Jejum: entra 
em hipoglicemia que estimula o glucagon e estimula a lipólise. 
 
1.2 Acúmulo de ácido graxo ou acidose láctea 
- Ácido lático (doa prótons) vem da respiração (glicólise) anaeróbica. Obs: ácido láctico encontra-se 
ligado ao sódio. 
* Secundária a insuficiência circulatória ou respiratória, choque de qualquer tipo (séptico), hipóxia 
(sistema anaeróbico aumentado:+ ácido lático). 
- Falta de O2 leva a acidose láctea 
- Choque de qualquer tipo: leva a vasoconstrição (leva a hipóxia - oxigenação diminuída) 
Isabelle Padilha 11
Gasometria P1 - Bioquímica II 
* Fármacos que estimulam a lipólise (adrenérgicos) → produção de cetoácidos. 
* Leucemia (nas doenças malignas, massas mal vascularizadas utilizam o metabolismo anaeróbico para se 
manter, o que pode originar ácido láctico) e infecções graves (há o aumento no metabolismo de 
carboidratos, o que libera muita glicose no sangue e, assim, produz mais acido láctico). 
1.3. Intoxicação por metanol (produz metabólitos ácidos). 
* Metanol para humanos é extremamente toxico. Entra em acidose metabólica porque o bicarbonato vai ser 
consumido. 
2. Redução da excreção de ácidos pelos rins → Causa mais comum de acIdose metabólica crônica* Insuficiência renal crônica → não consegue eliminar ácido e consome HCO3- , há muita perda de sais 
* Acidose tubular (incapacidade de recuperar bicarbonato) 
* Hipoaldesteronismo (perda renal de Na+, dessa forma não ocorre a troca com o H+). – baixa produção 
de aldosterona – a aldosterona retinha o sódio e trocava pelo íon H+. ocorre redução da excreção de ácidos 
pelos rins, logo, vai consumir mais o bicarbonato. 
A equação: Na+ (urina) ↔ H+ (célula) não ocorre. 
3. Perda ou consumo das bases: 
* Bicarbonato é eliminado no rim e sai pelas fezes. 
* Perda de bicarbonato pela urina e fezes: a perda de secreções alcalinas do pâncreas e árvore biliar e as 
diarréias induzidas ou não por laxantes; 
* Excesso de ingestão de ácidos (consumo aumentado de base) ex; AAS (aspirina - ácido acetil salicílico) 
* Perda de cloreto de sódio (por ex, por uma sudorese intensa), dessa forma, não haverá a troca com 
bicarbonato 
* Obs: se uma pessoa consome uma base em excesso, o corpo precisa causar uma acidose metabólica para 
regular. 
COMPENSAÇÃO DA ACIDOSE METABÓLICA: 
* Neutralização pelas bases do sistemas tampões (1° defesa rápida) 
* Hiperventilação: elimina CO2 (acidez estimula os centros respiratórios a aumentar a respiração) (2° defesa 
rápida) 
* Rim aumenta a excreção do ácido, em forma de fosfato (3° defesa lenta) 
• Uma acidose respiratória — que pode ocorrer por uma hipoventilação —, será compensada com uma 
alcalose metabólica, assim como uma acidose metabólica será compensada com uma alcalose respiratória 
(que é o caso da defesa II). Sempre uma alcalose é compensada com uma acidose e vice-versa. 
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Gasometria P1 - Bioquímica II 
Como saber se a acidose metabólica foi causada por acréscimo de ácido ou perda de base? 
* Fórmula: [ ] de Sódio - ([ ] de Cloro + [ ] de Bicarbonato) 
* Calculo do ânion gap: Ag plasmático: 
* Normal: 12 ± 4 (normal: entre 8-16) 
 
a) Acidose metabólica HIPERCLORÊMICA (ânion gap NORMAL): devido 
à perda de bicarbonato. 
• Quando há perda de bicarbonato (ânion), o rim quer repor os 
ânions perdidos e assim, acumula cloro (que também é um 
ânion)→ dessa forma, o ânion Gap permanecerá normal. 
• Hiperclorêmica: o Cl- está aumentado e o HCO3- está diminuído. 
b) Acidose metabólica NORMOCLORÊMICA (ânion gap AUMENTADO: 
devido ao acréscimo de ÁCIDO 
• Normoclorêmica: HCO3- também está diminuído mas o Cl- está 
normal. 
* Coluna A: Normal 
* Coluna B: Normoclorêmica 
* Coluna C: Hiperclorêmica 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS E LABORATORIAIS: 
* A contratilidade do miocárdio é afetada e pode progredir para choque circulatório. 
* A respiração se torna anormal, mais profunda e mais frequente (respiração de Kussmaul) 
• Na respiração de Kussmaul, como o indivíduo estará em acidose, o corpo tentará eliminar o máximo 
de gás carbônico possível, assim, a respiração será rápida e profunda → hiperventilação para 
compensar acidose metabólica, causando uma alcalose respiratória. 
* A depressão de SNC evolui para o coma. 
* Dor abdominal e náusea podem estar presentes (a mudança eletrolítica, alto teor de ácido no corpo, muda 
os movimentos peristálticos). 
* Hipercalemia ou hiperpotassemia é uma complicação da acidose, que resulta em potencial risco de vida 
(pode levar a uma parada cardíaca). 
* Diminuição da glicólise por inibição da fosfofruto-quinase pelo pH intracelular reduzido, diminuindo a 
produção de ATP. 
• Fosfofruto-quinase → enzima da via glicolítica. Com a acidose, essa enzima é inibida e o ATP diminui. 
[Na+] − ([Cl−] + [HCO3−])
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Gasometria P1 - Bioquímica II 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
* Redução do bicarbonato plasmático e do pH sanguíneo 
* Redução do pCO2 (hiperventilação) na compensada. 
* Hiperpotassemia (troca com o H+ extracelular) para manter a eletroneutralidade. 
* Aumento do cálcio ionizado (hipercalcemia); reduz a ligação do cálcio com a albumina e diminui a 
reabsorção de cálcio (hipercalciúria). 
• Albumina - proteína sintetizada pelo fígado (não passa pelos glomérulos, não entra nos túbulos 
renais), geralmente, não sai na urina. Quando o cálcio é transportado pela albumina ele não é 
excretado. Cálcio livre é excretado. 
• Por conta da maior excreção de cálcio (hipercalciúria), esse tem mais chances de se acumular e 
formar cálculos renais (quanto mais ácida a urina -> mais chances de cálculos renais se formarem) 
• Cálcio total = cálcio livre + cálcio ALB (cálcio ligado a albumina) 
INVESTIGAÇÕES RELEVANTES 
* Gasometria arterial (essencial para estabelecer o 
diagnóstico) 
* Glicemia (pode estar alterada por diabetes, 
alcoolismo e inanição). Inanição: deficiência 
nutricional grave e prolongada. 
* Raio X de tórax 
* ECG 
* Provas de função hepática 
* Lactato (acidose lática - pode ser por ativ. física), 
uréia e creatinina séricas (analisar função renal) 
COMPLICAÇÕES TARDIAS: 
* A Lesão cerebral pode resultar de complicações agudas, como parada cardíaca ou excessiva administração 
de bicarbonato de Sódio. 
* A acidose metabólica causada por intoxicações raramente está associada com sequelas. 
TRATAMENTO: 
* Remoção das causas do distúrbio. 
* A administração de bicarbonato de sódio pode controlar a acidose metabólica, enquanto as medidas 
dirigidas à remoção da causa primária são providenciadas ou tornam-se eficazes. 
* Nos casos de parada cardio-respiratória ou pH menores que 7.2, podemos administrar 1 a 2 mEq. de 
bicarbonato de sódio por quilograma de peso a cada 15 ou 30 minutos 
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ACIDOSE RESPIRATÓRIA 
FISIOPATOLOGIA: 
* Redução da eliminação do dióxido de carbono ao nível das membranas alvéolo- capilares dos pulmões, ou 
seja, ocorre uma incapacidade dos pulmões em eliminar CO2 suficiente devido à hipoventilação. 
* ↓pH = pK’ + log [HCO3]- → pH cai e pressão de CO2 sobe. 
 0,03 x pCO2 ↑ 
* A redução da eliminação do dióxido de carbono nos pulmões faz elevar o seu nível no sangue eleva-se o 
nível do ácido carbônico, há maior quantidade de íons hidrogênio livres no organismo e o pH cai -> o 
distúrbio resultante é a acidose respiratória. 
* A velocidade e a profundidade da respiração controlam a concentração de CO2 no sangue 
CAUSAS: 
* DPOC: problema em trocas gasosas nos alvéolos, consequentemente, ↑pCO2 (por ex: fibrose cística e 
tabagismo). 
* Distúrbios neuromusculares controladores da respiração: problema nos músculos que inervam o processo 
de contração e relaxamento do pulmão. 
* Desordens do sono (apneia): pode ser causadas por obesidade, estresse… 
* Obesidade que leva a hipoventilação alveolar (Síndrome de Pickwick): excesso de gordura abdominal 
tem dificuldade respiratória. 
* Inibição dos centros respiratórios (tronco cerebral): inalação de droga, opiáceos, analgésicos, erro de 
anestesista. 
* Asma grave; parada cardíaca ( queda do fluxo de sangue para as trocas gasosas) 
CONSEQUÊNCIAS DA ACIDOSE RESPIRATÓRIA: 
* Elevação da Pressão Intracraniana (CO2 relaxa a musculatura lisa dos vasos aumentando o fluxo sanguíneo 
cerebral → vasodilatação). 
SINTOMALOGIA: 
* Cefaléia (geralmente, relacionada ao aumento de pressão intracraniana). 
* Confusão mental, Agitação e Coma 
DIAGNÓSTICO CLÍNICO: 
* O médico pode chegar ao diagnóstico pela anamnese e pelo exame físico. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: ↑ PaCO2 (>47mmHg) (hipercapnia) com uma redução do pH 
* Geralmente os médicos diagnosticam rapidamente a acidose respiratória, através dos resultados da 
determinação do pH sanguíneo com a concentração de dióxido de carbono de uma amostra de sangue 
arterial. 
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TRATAMENTO: 
* Eliminar a causa pré-existente 
* Perfusão de bicarbonato 
* CUIDADOS como medicamentos (se a causa for obstrução alveolar, utilizar brônquio dilatador) 
PREVENÇÃO: 
* Prevenir-se contra os problemas que podem levara uma DPOC. 
* Prevenir a obesidade. 
* Evitar o uso de fármacos opiáceos, anestésicos e barbitúricos (usados como antiepilépticos, sedativos, 
hipnóticos…) 
ALCALOSE METABÓLICA: 
* Excesso de bicarbonato no plasma 
* Aumento de bicarbonato e pressão parcial de gás carbônico normal → aumento da razão bicarbonato /
gás carbônico (superior a 20:1) 
CAUSAS: 
a) Excreção de H+ 
* Vômitos prolongados ou aspiração nasogastrica, ocorre perda de H+ e Cl-, causando um aumento na 
reabsorção de bicarbonato para compensar a falta de Cl- as custas da excreção renal de H+ 
* Tratamento com diuréticos (perda seletiva de sal NaCl - perde cloretos) 
b) Depleção (perda) severa de Potássio no sangue 
* Potássio sai da célula tubular e o íon H+ entra e é excretado aumentando a reabsorção de bicarbonato 
pelo rim 
c) Ingestão excessiva de Ácalis 
* Administração excessiva de bicarbonato de Sódio (pode sair de uma acidose respiratória e ir para uma 
alcalose metabólica). 
d) Fibrose Cística 
* Devido a perda de cloretos no suor, o bicarbonato é recuperado as custas da excreção do íon H+ (na 
urina) 
* Doença genética, também conhecida como “doença do beijo salgado” → causa defeito nos canais de cloro 
e pessoa perde cloretos no suor. Com essa perda de ânions, o rim retém bicarbonato, gerando uma alcalose 
metabólica. 
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COMPENSAÇÃO DA ALCALOSE METABÓLICA: 
* Alta concentração de bicarbonato eleva o pH 
* Respiração reduz em função do pH elevado → hipoventilação ↑pCO2 (pode causa hipóxia) 
* Ocorre retenção de dióxido de carbono - pessoa em alcalose metabólica, geralmente, fica sonolenta. 
* Há aumento da PaCO2 
* Diminuição do pH: 
• Se o pH ficar no valor normal: alcalose metabólica compensada 
• Se o pH ficar em valor alterado: alcalose metabólica descompensada, e está havendo o mecanismo 
de compensação (↑pCO2). 
• Se perguntar se está ocorrendo algum mecanismo de compensação. Está, pois a pCO2 está 
aumentada, porém não a ponto de o pH ainda esta normal. Se a pCO2 estivesse normal, o organismo 
não estaria compensado. 
• A compensação pode levar para uma acidose respiratória. 
* Redução da respiração causa hipóxia 
* Geralmente a PaCO2 fica limitada a 60mmHg 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL: 
* Aumento do bicarbonato e pH plasmáticos 
* Cloretos e Sódio Urinários elevados (causa: diureticos → diminuem a pressão arterial) 
* Renina e Aldosterona plasmáticas (elevados para compensar a perda de sais e água) 
CONSEQUÊNCIA: 
* Aumento da atividade muscular por incremento da ligação dos íons cálcio as proteínas. 
* Elevação da reabsorção renal de Cálcio por falta de cálcio ionizado 
* Perda renal de potássio (troca com H+) e conseqüente hipocalemia 
* Aumento da glicólise por estímulo da fosfofruto-quinase pelo pH intracelular elevado 
TRATAMENTO: 
* Raramente requer um tratamento específico (até porque você não vai injetar ácido no sangue) 
* Restabelecer o volume circulante e normalizar o equilíbrio de K+ para reduzir a reabsorção de bicarbonato e 
aumentar a sua excreção 
* Administração de Cl em forma de KCl - administra cloreto de potássio, pois ao aumentar a quantidade de 
cloreto no sangue, o rim para de reaborver o H+ em excesso. 
* Nos casos mais graves (se o cloreto e o potássio não conseguir recuperar o pH), corrige-se o pH sanguíneo, 
administrando-se Cloridrato de Arginina. 
• A acidose aumenta o cálcio ionizado (livre) uma vez que se tem muitos prótons no sangue, e o cálcio 
fica menos ligado à albumina, com a queda do pH a glicólise é interrompida pois a enzima 
fosfofrutoquinase é inibida, além de também a hipercalemia. Já na alcalose há uma queda na 
concentração do Ca+ livre que vez que se tem muitos ânions no sangue o que faz ele ficar mais ligado 
com a albumina, com o aumento do pH a glicólise é estimulada já que a fosfofrutoquinase é 
reativada, ocorre também a hipocalemia. 
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Gasometria P1 - Bioquímica II 
ALCALOSE RESPIRATÓRIA: 
↑pH = pK’ + log [HCO3] ̅↓ 
 0,03 x pCO2 ↓ 
* [ ] baixa de dióxido de carbono no sangue (hiperventilacao); 
* Levando a uma redução na PCO2 
* Consequente aumento do pH arterial; 
* Diminuição de bicarbonato no sangue (compensação). 
* O que difere a alcalose respiratória da acidose respiratória é o pH e a pCO2. 
CAUSAS: 
* Ansiedade grave (estimula o centro respiratório - controlado por nervos dos SNC e torácicos); 
* Desordens pulmonares: pneumonia, asma, embolia pulmonar, fibrose – doença respiratória por não 
conseguir eliminar CO2. Faz com que entre em hiperventilação. 
* Desordens cardiovasculares: hipotensão e cianose de etiologia cardíaca; Gera hipoxemia: redução de O2 
nos tecidos. (Essa hipoxemia: estimula os centros respiratórios ↑ da ventilação ↓ do fluxo sanguíneo para os 
tecidos) 
* Desordens metabólicas: recuperação de uma acidose metabólica (diabética, renal ou láctica); 
- A acidose metabólica compensa com alcalose respiratória e pode ocorrer um distúrbio para o lado 
alcalino pois o pH não ficou “regulado” (distúrbios mistos – causa foi acidose e consequência alcalose) 
* Desordens do SNC: hiperventilação psicogênica (nervosismo, estresse tendem a gerar hiperventilação) 
* Fármacos estimuladores da respiração (agonistas adrenergicos); 
COMPENSAÇÃO: 
Fase aguda: 
- Queda (natural) de bicarbonato plasmático ( 2- 4m mol /L), nos primeiros 10 minutos da diminuição da 
PaCO2. 
 ↓ H2O+CO 2← H2CO2 ← H+ + ↓ HCO3 
Fase crônica: 
- Após queda da concentração de bicarbonato o valor de pH é mantido pela retenção dos íons 
hidrogênio pelo rim (a regeneração do bicarbonato e mais lenta que nos estados normais). 
SINTOMATOLOGIA: 
* Hiperventilação (causa primária) 
* Sensação de formigamento em torno dos lábios (parestesia circumboreal); 
* Tetania (contração involuntária) com sinal de trousseau (carpo) e de Chvostek (facial) - hipocalcemia 
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Gasometria P1 - Bioquímica II 
* Câimbra nos pés e mãos - deficiência de potássio - por isso, após exercícios físicos é comum comer 
banana; 
* Dispnéia, taquicardia, arritmia ventricular e/ou atrial; 
* Alterações gastrointestinais; 
* Vasoconstrição cerebral o que reduz o fluxo de sangue e a pressão intracraniana com sonolência, vertigens, 
irritabilidade e outros. 
* Irritabilidade: comum quando se come alimentos protéicos ou mais gordurosos (o pH do sangue acidifica) e o 
organismo tenta neutralizar fazendo que o sistema tampão tenta alcalinizar o sangue → alcalose pós 
prandial. 
DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DA ALCALOSE RESPIRATÓRIA: 
* Redução da PaCO2 (< 36 mm de Hg) que tende a elevar o pH sanguíneo ate alcalemia 
( pH > 7,45 ). 
CONSEQUÊNCIAS: 
* Estimulação da atividade da fosfofrutoquinase (glicólise); 
* Sonolência (vasoconstricao do cérebro); 
* Hipocalemia moderada (troca com o H+ celular); 
* Tetania (redução do cálcio ionizado plasmático/intracelular com aumento do cálcio ligado miofibrilas); 
* Hipofosfatemia transitória (fosfato utilizado pela fosfofrutoquinase). 
TRATAMENTO: 
* Reduzir a freqüência respiratória; 
* Correção da causa pré-existente (Pneumonia – antibiótico, asma – retirar causador) 
* Em formas mais graves administrar ventilação mecânica. 
* Obs: Uma pessoa anêmica tem menos capacidade de tampão hemoglobina. 
Isabelle Padilha 19
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DISTÚRBIOS MISTOS 
* Não é raro que pacientes tenham mais de um distúrbio ácido- básico. 
* Um paciente pode estar tanto com uma acidose metabólica quanto com uma acidose respiratória. 
* Exemplifica-se a situação acima em um paciente com bronquite crônica que desenvolve um problema 
renal. 
* Neste paciente com uma [H+] aumentada, a PCO2 estará aumentada e a concentração de bicarbonato 
estará baixa. Ambos os resultados esperados de uma acidose respiratória primária e uma acidose metabólica 
primária 
* Quando as duas condições ácidos-básicasforem antagonistas na forma como afetam a [H+], um dos 
distúrbios reproduz a resposta compensatória. 
* Um paciente pode apresentar-se com acidose metabólica e uma alcalose respiratória simultânea, como 
ocorre frequentemente em casos de dose excessiva de salicilato (ex: AAS). 
* Neste caso, o distúrbio respiratório pode parecer simplesmente uma resposta compensatória. 
 São exemplos corriqueiros de distúrbios ácidos-básicos mistos: 
a) Paciente com DPOC causando acidose respiratória, com a depleção de potássio induzida por tiazida 
(grupo de fármacos diuréticos), e em conseqüência alcalose metabólica (troca com íons H+ que entra nas 
células). 
b) Hiperventilação causando alcalose respiratória, com sucção nasogástrica prolongada, que causa alcalose 
metabólica. 
 
* Sucção nasogástrica retira prótons H+ entra em alcalose metabólica 
* Hiperventilação entra em alcalose metabólica 
* Só quando o pH retorna ao normal é chamado de alcalose respiratória compensada 
* Sendo um problema respiratório, o defeito primário se manifesta no valor da pCO2 (tabela ao lado). A baixa 
pCO2 empurra o equilíbrio do bicarbonato para a esquerda, abaixando a [H+] e aumentando, portanto, o pH: 
 
 
 
Isabelle Padilha 20
H 2O + CO2 ← H 2CO2 ← H + +HCO3
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RESUMO DAS DOENÇAS 
ACIDOSE METABÓLICA: 
* Diabetes mellitus tipo I (cetoacidose — lipólise produz cetoácidos, isso ocorre devido à falta de insulina 
que é anti-lipolítica, já que estimula a glicólise. Assim, é preciso que ocorra a gliconeogênese a partir 
da lipólise). 
* Acidose lática (ácido lático — excesso de atividade muscular). 
* Insuficiência renal (ácidos inorgânicos) 
* Drenagem cirúrgica do intestino — perda de bicarbonato (bile e suco pancreático). 
* Diarréia grave — perda de bicarbonato (bile e suco pancreático). 
* Perda de bicarbonato renal (acidose tubular renal tipo 2 - rara) — túbulo proximal 
* Redução da excreção de H+ (acidose tubular renal tipo 1 - rara) — Túbulo distal 
ACIDOSE RESPIRATÓRIA: 
* Doença obstrutiva crônica das vias aéreas — hipoventilação leva ao acúmulo de CO2 e 
consequentemente do ácido carbônico 
* Asma grave * 
* Parada cardíaca — falta de circulação para a troca de gases e pode levar à hipóxia. 
* Depressão do centro respiratório — drogas opióides 
* Fraqueza dos músculos respiratórios — hipotonia por: poliomielite ou esclerose múltipla 
* Deformidades do tórax 
ALCALOSE METABÓLICA: 
* Vômitos (perda do íon hidrogênio — suco gástrico) 
* Aspiração nasogástrica (perda do íon hidrogênio) 
* Hipocalemia (falta de potássio para fazer a troca com o H+ celular). 
* Administração intravenosa de bicarbonato — depois de uma parada cardíaca 
ALCALOSE RESPIATÓRIA: 
* Hiperventilação (ansiedade e/ou febre) 
* Doenças pulmonares associadas a hiperventilação 
* Anemia (pouco poder tamponante e pouca hemoglobina) — também influencia no transporte 
de gases. 
* Envenenamento por salicilato (AAS) 
* OBS: Asma grave vai causar acidose respiratória, enquanto asma normal vai causar alcalose 
respiratória. Isso acontece porque na asma grave a obstrução é imediata e você para de respirar e 
ocorre o acúmulo de CO2. Já na asma leve ou moderada, antes do fechamento total da via aérea, a 
pessoa fica nervosa e hiperventila. 
Isabelle Padilha 21
Gasometria P1 - Bioquímica II 
Isabelle Padilha 22

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