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06/06/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5622267/d51a3c8e-5982-11e5-ba7c-b8ac6f91c81a/ 1/8 Local: Sala 1 - CF - Prova On-line / Andar / Polo Cabo Frio / CABO FRIO Acadêmico: VIRCUS-001 Aluno: INGRID MARQUES MACEDO SILVA Avaliação: A2- Matrícula: 20151102079 Data: 1 de Junho de 2020 - 08:00 Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 10,00/10,00 1 Código: 27762 - Enunciado: "Freud entende o sistema religioso como forma de explicar os enigmas deste mundo com perfeição e, por outro lado, de garantir uma providência cuidadosa que valerá pela vida do religioso e o compensará, numa futura existência, de qualquer frustração que tenha experimentado nesta vida. Portanto, o homem comum imagina essa providência divina sob a figura de um pai, ilimitadamente engrandecido, capaz de compreender as necessidades dos filhos e enternecer-se com suas preces e aplacar seus sinais de remorso ." (Fonte: FREUD, S. O mal-estar na civilização. Edição Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, vol. XXI. Rio de Janeiro: Imago, 1996.) Diante do exposto, identifique como Freud define o sentimento religioso do que o homem entende como sua religião. a) Certeza psicológica suscetível de prova, mediante a fé, e capaz de restabelecer o narcisismo necessário a fim de conter o sujeito nos laços sociais. b) A religião age como um regulador da sociedade em paralelo com a lei, de modo a libertar e desinibir o desejo, pois, sem religião, não haveria relação entre o sujeito e o desejo. c) É derivação do desamparo infantil e da nostalgia do pai, por ser um sentimento conservado na vida adulta pelo medo ante o superior poder do destino. d) Tem, na atitude religiosa, o sentimento de amparo infantil, causado pela presença absoluta da mãe, da qual o bebê nunca se separou, preservando-o, ao longo da vida, de qualquer desamparo. e) Necessidade de confirmar para o eu que a força da natureza e a fragilidade do corpo e da própria natureza humana são fracas diante do amparo encontrado na religiosidade. Alternativa marcada: c) É derivação do desamparo infantil e da nostalgia do pai, por ser um sentimento conservado na vida adulta pelo medo ante o superior poder do destino. Justificativa: Resposta correta: É derivação do desamparo infantil e da nostalgia do pai, por ser um sentimento conservado na vida adulta pelo medo ante o superior poder do destino.Segundo Freud, o sentimento religioso é resultado das necessidades inconscientes e infantis de encontrar um amparo diante das figuras que, durante a infância, eram percebidas como aquelas que protegeriam o indivíduo contra todos os males. O pai torna-se a figura de proteção e é substituído pela figura da divindade, como nas culturas religiosas patriarcais, o judaísmo, o islamismo e o cristianismo. A fé é, para Freud, um modo ilusório de encontro com o objeto perdido, não havendo uma verdade psicológica, pois somos desamparados desde o nascimento. O homem sente a fragilidade do corpo e da própria natureza como insuficiente para se defender, e a religião vem como uma ilusão de proteção. A religião não liberta o desejo, mas, ao contrário, seu triunfo sobre a ciência tampona o desejo ao apresentar uma verdade externa, que prescinde uma busca por uma verdade singular do sujeito. Distratores:Certeza psicológica suscetível de prova, mediante a fé, e capaz de restabelecer o narcisismo necessário a fim de conter o sujeito nos laços sociais. Errada, pois, segundo a metapsicologia freudiana, o narcisismo não é capaz de eliminar a relação do sujeito com o desamparo fundamental, necessário para a sua relação com o mundo.Tem, na atitude religiosa, o sentimento de amparo infantil, causado pela presença absoluta da mãe, da qual o bebê nunca se separou, preservando-o, ao longo da vida, de qualquer desamparo. Errada, pois segundo a metapsicologia freudiana, o homem é constitutivamente desamparado.Necessidade de confirmar para o eu que a força da natureza e a fragilidade do corpo e da própria natureza humana são fracas diante do amparo encontrado na religiosidade. Errada, pois o desamparo 0,50/ 0,50 06/06/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5622267/d51a3c8e-5982-11e5-ba7c-b8ac6f91c81a/ 2/8 fundamental da espécie humana não permite que a religiosidade funcione como resolução, mas como ilusão necessária.A religião age como um regulador da sociedade em paralelo com a lei, de modo a libertar e desinibir o desejo, pois, sem religião, não haveria relação entre o sujeito e o desejo. Errada, pois o desejo é causado exatamente na relação estabelecida com a lei simbólica. Desse modo, a religião como reguladora da sociedade somente aumentaria a carga imposta pelo supereu. 2 Código: 36106 - Enunciado: Considerando a abordagem de Freud, analise as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:Freud, em seu livro Psicologia das Massas e Análise do Eu (1921), fala acerca da intolerância orientada em direção do estrangeiro que mantém a multidão unida, o que pode levar à segregação e ao extermínio, como ocorreu de forma máxima no nazismo, ou seja, há uma tendência à eliminação de qualquer diferença, a fim de o grupo manter-se afastado da relação com a falta estrutural. (Fonte: FREUD, S. Psicologia das massas e análise do ego. In: FREUD, S. Edição standard brasileira das obras psicológicas completas de Sigmund Freud. v. 18. Rio de Janeiro: Imago, 1990, p. 89-79.)PORQUENa união da massa, ocorre uma identificação entre seus membros de forma a fazerem de seu líder um objeto que ocupa o lugar do ideal sem faltas. Desse modo, a massa expulsa a parcela de sua pulsão agressiva para fora de seu grupo tomando aqueles que não fazem parte de seu ideal como inimigos. Assim, mantém os laços de amor entre os membros do grupo e hostiliza aqueles que não pertencem a ele. A respeito dessas asserções é correto afirmar que: a) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. b) As duas asserções são falsas. c) A primeira asserção é verdadeira, e a segunda é falsa. d) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. e) A primeira asserção é falsa, e a segunda é verdadeira. Alternativa marcada: a) As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. Justificativa: Resposta correta: As duas asserções são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira.A primeira afirmativa está correta, pois a intolerância a tudo o que é diferente, como o estrangeiro, a mulher, os homossexuais es pobres, alimenta a ilusão de completude entre o grupo, não sendo necessária a subjetivação sobre a castração. A segunda afirmativa está correta, pois, em torno do líder, tomado como aquele que completa os ideais da massa em sua onipotência, a hostilidade aos diferentes é organizada e todos aqueles que são diferentes são tratados como inimigos a serem eliminados. Esta é uma forma de o grupo retirar uma parcela de sua agressividade a fim de não se extinguir.A segunda afirmativa justifica a primeira, pois explica a função da organização da massa em torno do líder, a fim de que uma parcela de sua pulsão agressiva seja dirigida para fora do grupo e, assim, não se destrua e não tenha que lidar com a castração que é necessária para a vida coletiva sem a eliminação do diferente. 1,00/ 1,00 3 Código: 27811 - Enunciado: Freud, em Psicologia das massas e análise do eu, afirma que: “[...] Do mesmo modo como o homem primitivo sobrevive potencialmente em cada indivíduo, a horda primitiva pode mais uma vez surgir de qualquer reunião fortuita; na medida em que os homens se acham habitualmente sob a influência da horda primitiva.” (FREUD, 1921/1969, p. 156). Mediante o texto exposto, analise a relação entre as afirmativas a seguir: A identificação do sujeito desempenha um papel na história primitiva do complexo de Édipo. A identificação do pai em um grupo primário coloca um só objeto (o líder) no lugar de seu ideal do eu e aidentificação entre os membros do grupo. PORQUE A coesão entre os membros do grupo e a organização da religiosidade e da moralidade só ocorrem pela força do medo do pai da horda primitiva, o que prescinde de um ideal ou regulação simbólica. Analisando as afirmativas, conclui-se que: a) As duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda justifica a primeira. b) As duas afirmativas são verdadeiras, e a segunda não justifica a primeira. 1,00/ 1,00 06/06/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5622267/d51a3c8e-5982-11e5-ba7c-b8ac6f91c81a/ 3/8 c) A primeira afirmativa é falsa, e a segunda é verdadeira. d) As duas afirmativas são falsas. e) A primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa. Alternativa marcada: e) A primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa. Justificativa: Resposta correta: A primeira afirmativa é verdadeira, e a segunda é falsa.A afirmativa correta justifica-se pelo fato de Freud atribuir a uma origem mítica o início da organização social, em que o assassinato do pai da pré-história causou remorso e um sentimento de culpa no ato praticado e recalcado. Com isso, as regras religiosas vêm unir os sujeitos de cultura ao pai morto com rituais de expiação de idolatria, além de restringir as pulsões devido ao recalque, produzindo normas moralizantes e leis sociais que regulam as ações do homem civilizado. Desse modo, a explicação dada à afirmativa inicial não é correta, pois o assassinato do pai levou a uma união do grupo pelo amor, fazendo do líder, que torna-se representante do pai morto, um ideal imprescindível para que, por força de uma identificação, todos possam se submeter aos limites pulsionais que as organizações sociais impõem. 4 Código: 27847 - Enunciado: Segundo Katja Plotz Fróis em Globalização e cultura: a identidade no mundo de iguais, a afirmação de identidades é o outro lado da moeda do caráter econômico da globalização. Desse modo, podemos concluir que: a) A globalização uniu as civilizações e trouxe a certeza de um mundo harmônico e solidário capaz de vencer a violência e o mal-estar da civilização, levando à prosperidade. b) A globalização representa interconexão marcada pela supremacia do capital e do mercado, o que potencializa a aceitação quanto à perda das identidades e à anulação de culturas. c) A globalização pressupõe a ideia em direção a um mundo sem fronteiras. Isso implica a perda das referências, o que torna o sujeito sem um elo de pertencimento a um território. d) A globalização permite a existência de um mundo com base no entendimento dos conceitos de cultura e identidade, em que ocorre uma cultura global comunitária alterada por uma harmonia social almejada. e) O termo globalização é um avanço em termos de construção das identidades, porque se refere a interconexões no nível das comunicações, pois envolve a constituição de uma ideologia global de comunidade. Alternativa marcada: c) A globalização pressupõe a ideia em direção a um mundo sem fronteiras. Isso implica a perda das referências, o que torna o sujeito sem um elo de pertencimento a um território. Justificativa: Resposta correta: A globalização pressupõe a ideia em direção a um mundo sem fronteiras. Isso implica a perda das referências, o que torna o sujeito sem um elo de pertencimento a um território.A globalização pressupõe a ideia de desterritorialização e desinstitucionalização, em um movimento em direção a um mundo sem fronteiras. Isso implica a perda das referências, o que torna o sujeito sem um elo de pertencimento a um território, sem um elo de identificação que lhe permita poder compartilhar de crenças, convicções ou ideais. A globalização representa interconexão, marcada pela supremacia do capital e do mercado, entre estados nacionais, o que não potencializa a singularidade nem dá espaço para a diferença, ou seja, nas instâncias culturais, o processo encontra mínima aceitação quanto à perda das identidades e à anulação de culturas. O termo globalização é um atraso em termos de construção das identidades, porque se refere, acima de tudo, a interconexões no nível da economia e das comunicações, o que envolve a constituição de uma ideologia global de comunidade em que se pretende a ilusão de banimento das diferenças. Distratores:A globalização permite a existência de um mundo com base no entendimento dos conceitos de cultura e identidade, em que ocorre uma cultura global comunitária alterada por uma harmonia social almejada. Errada. 1,50/ 1,50 06/06/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5622267/d51a3c8e-5982-11e5-ba7c-b8ac6f91c81a/ 4/8 A globalização cria um ideal ilusório de harmonia social, e não a existência real dessa harmonia social almejada.O termo globalização é um avanço em termos de construção das identidades, porque se refere a interconexões no nível das comunicações, pois envolve a constituição de uma ideologia global de comunidade. Errada. A globalização constrói as identidades interconectadas pela comunicação, o que envolve a constituição de uma ideologia global de comunidade, mas isso não significa necessariamente um avanço.A globalização representa interconexão marcada pela supremacia do capital e do mercado, o que potencializa a aceitação quanto à perda das identidades e à anulação de culturas. Errada. A globalização é marcada pela supremacia do capital e do mercado, mas não aceita um aumento quanto à perda de identidades nem da anulação de culturas, embora possa contribuir para isso.A globalização uniu as civilizações e trouxe a certeza de um mundo harmônico e solidário capaz de vencer a violência e o mal-estar da civilização, levando à prosperidade. Errada. A globalização pode ter trazido uma esperança de vencermos a violência e o mal-estar, mas nunca é uma garantia, pois, como afirma Freud, o mal- estar é intrínseco à natureza humana. 5 Código: 27860 - Enunciado: "Lacan elaborou as fórmulas da sexuação sobre uma premissa extraída do dizer de Freud: não há relação sexual que possa ser escrita. O trauma sexual detectado por Freud é relido por Lacan como descompasso do sexo, que ele chama de inexistência da relação sexual. A partir dos últimos desenvolvimentos da teoria lacaniana, podemos também falar não só de escolha da orientação sexual homo ou hétero, mas também da escolha da posição sexuada e dos semblantes de gênero."(Fonte: QUINET, A. A psicanálise na era trans. Stylus, Rio de Janeiro, n. 35, p. 13-22, 2017. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1676- 157X2017000200002&lng=en&nrm=iso. Acesso em: 27 ago. 2019.) A partir da análise do texto de Quinet, assinale a alternativa que apresenta o entendimento da psicanálise sobre a sexualidade. a) A sexualidade humana visa à completude de satisfação relativa ao objeto, permitindo a existência de uma satisfação integral dentro da cultura, isto porque, ao entrarmos na cultura, nos é fornecida uma parcela de gozo que anteriormente estaria recalcada. b) O sexo é algo que é normatizado pela moral sexual civilizada por sermos seres de cultura, e qualquer desvio quanto à sexualidade referida à escolha de objeto homossexual é considerado como perversão. c) O termo "sexuação" é utilizado pela psicanálise para salientar que a sexualidade é, antes de mais nada, fruto do aspecto biológico e anatômico dos sexos. d) O termo “sexuação”, cunhado por Lacan, é relativo à partilha dos sexos, na qual homens e mulheres se posicionam a partir da experiência do inconsciente e da economia do gozo pulsional estabelecido pela diferença sexual. e) A homossexualidade é uma perversão, pois, inicialmente, todos os seres humanos fizeram uma opção sexual heterossexual, o que não quer dizer que todos pratiquem a heterossexualidade. Alternativa marcada: d) O termo “sexuação”, cunhado por Lacan, é relativo à partilha dos sexos, na qual homens e mulheres se posicionam a partir da experiência do inconsciente e da economia do gozo pulsional estabelecidopela diferença sexual. Justificativa: Resposta correta: O termo “sexuação”, cunhado por Lacan, é relativo à partilha dos sexos, na qual homens e mulheres se posicionam a partir da experiência do inconsciente e da economia do gozo pulsional estabelecido pela diferença sexual. Lacan parte do entendimento freudiano de que a diferença dos sexos é uma experiência psíquica necessária para que seja possível aceitar os limites pulsionais que a vida em sociedade nos exige. O entendimento do Outro como castrado, em termos psíquicos inconscientes, permite que se estabeleça a falta de completude nas relações. Distratores:A sexualidade humana visa à completude de satisfação relativa ao objeto, permitindo 1,50/ 1,50 06/06/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5622267/d51a3c8e-5982-11e5-ba7c-b8ac6f91c81a/ 5/8 a existência de uma satisfação integral dentro da cultura, isto porque, ao entrarmos na cultura, nos é fornecida uma parcela de gozo que anteriormente estaria recalcada. Errada, pois a sexualidade humana faz com que tenhamos que lidar com a incompletude, ou seja, com a falta estrutural que leva à busca do objeto de satisfação, a um reencontro do objeto perdido de satisfação. Como esse objeto é perdido, o sujeito encontrará objetos substitutos e temporários para sua satisfação, sempre mediada pela castração. Nunca encontraremos um objeto de satisfação absoluta como sujeitos de cultura, sendo necessária uma perda de uma parcela de gozo para estamos em sociedade. A homossexualidade é uma perversão, pois, inicialmente, todos os seres humanos fizeram uma opção sexual heterossexual, o que não quer dizer que todos pratiquem a heterossexualidade. Errada, pois a homossexualidade não é uma perversão, pois, inicialmente, todos os seres humanos são masculinos e somente num segundo momento psíquico se faz a escolha de objeto sendo homem ou mulher, independentemente do sexo anatômico com o qual se tenha nascido. Para a psicanálise, a homossexualidade faz parte integrante da sexualidade de todos os seres humanos.O sexo é algo que é normatizado pela moral sexual civilizada por sermos seres de cultura, e qualquer desvio quanto à sexualidade referida à escolha de objeto homossexual é considerado como perversão. Errada, pois o sexo não é algo que possa ser normatizado pela moral sexual civilizada por sermos seres de cultura. Sendo assim, o sexo não é biológico nem baseado em aspectos morais, mas trata-se de escolhas inconscientes para além da moral social, não sendo considerado desvio da norma ou perversão. O termo "sexuação" é utilizado pela psicanálise para salientar que a sexualidade é, antes de mais nada, fruto do aspecto biológico e anatômico dos sexos. Errada, pois o termo "sexuação" é utilizado pela psicanálise para salientar que a sexualidade é, antes de mais nada, fruto do aspecto psíquico e inconsciente, e não um aspecto puramente biológico e anatômico dos sexos. Desse modo, por existirem dois sexos, a identidade de gênero não se restringe à anatomia dos corpos, e seu fim último não é a procriação. 6 Código: 27768 - Enunciado: Em Psicologia de massas e análise do eu, Freud destaca dois grupos sociais como grupos artificiais: a igreja e o exército. Ambos têm um líder que comanda os demais membros do grupo ligados entre si por laços libidinais (FREUD, 1921). Diante do exposto, identifique o posicionamento de Freud em Psicologia de Massas e análise do eu sobre a formação dos grupos sociais. a) Revê a relação das massas apontando que é o amor que amplia o narcisismo, causando disputas e rivalidades egoicas entre seus membros. b) A massa se mantém unida graças ao poder tirânico e cruel do estado e da religião, desprezando a união pelo poder de Eros. c) Os indivíduos da massa carregam inconscientemente a culpa pelo assassinato mítico do pai, de modo que temem o líder e o rejeitam por medo de uma retaliação. d) O ódio é posto por Freud como mais antigo que o amor, e por esse motivo, os grupos sociais estão sempre em guerra e são incapazes de uma união pelo amor. e) O fenômeno cultural não tem apenas efeito sugestivo do grupo sobre o indivíduo, mas refere-se ao inconsciente e à pulsão. Alternativa marcada: e) O fenômeno cultural não tem apenas efeito sugestivo do grupo sobre o indivíduo, mas refere- se ao inconsciente e à pulsão. Justificativa: Resposta correta: O fenômeno cultural não tem apenas efeito sugestivo do grupo sobre o indivíduo, mas refere-se ao inconsciente e à pulsão.Segundo Freud, a união entre os sujeitos incluídos nos laços sociais e como a destrutividade existente no campo social são fruto de instâncias inconscientes e pulsionais e não apenas um fenômeno próximo à hipnose, em que o hipnotizador tem uma influência sugestiva sobre o hipnotizado. Os teóricos da época freudiana, sugeriam que havia, no campo social, uma influência sugestiva da liderança do grupo sobre o indivíduo semelhante à sugestão hipnótica. Para Freud, a massa se mantém unida graças ao poder de Eros, e mesmo que o ódio seja mais antigo que o amor, os grupos sociais podem ser 0,50/ 0,50 06/06/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5622267/d51a3c8e-5982-11e5-ba7c-b8ac6f91c81a/ 6/8 capazes de se unir pelo amor. O ódio amplia o narcisismo causando disputas e rivalidades e, portanto, é o amor ao líder que faz com que a massa se una em torno desse representante do pai assassinado e do qual o sentimento de culpa permanece. Distratores:Os indivíduos da massa carregam inconscientemente a culpa pelo assassinato mítico do pai, de modo que temem o líder e o rejeitam por medo de uma retaliação. Errada, pois, ao carregarem inconscientemente a culpa pelo assassinato mítico do pai, os indivíduos colocam o líder no lugar de protetor que o pai morto tinha para eles e, assim, aceitam o líder por sua devoção. Revê a relação das massas apontando que é o amor que amplia o narcisismo, causando disputas e rivalidades egoicas entre seus membros. Errada, pois é o ódio que amplia o narcisismo, causando disputas e rivalidades. A massa se mantém unida graças ao poder tirânico e cruel do estado e da religião, desprezando a união pelo poder de Eros. Errada, pois a massa se mantém unida graças ao amor que o grupo formado pelos filhos passa a ter entre si após o assassinato do pai e a construção dos laços sociais que os unem. O ódio é posto por Freud como mais antigo que o amor, e por esse motivo, os grupos sociais estão sempre em guerra e são incapazes de uma união pelo amor. Errada, pois, embora o ódio seja mais antigo que o amor, o recalque instaura a possibilidade de frear as pulsões agressivas em prol da construção coletiva baseada no amor. 7 Código: 27706 - Enunciado: “Em muitos indivíduos, a separação entre o eu e o ideal do eu não se acha muito avançada, os dois ainda coincidem facilmente; o eu amiúde preservou sua primitiva autocomplacência narcísica. A seleção do líder é muitíssimo facilitada por essa circunstância. Com frequência precisa apenas possuir as qualidades típicas dos indivíduos interessados sob uma forma clara, pura e particularmente acentuada, necessitando somente fornecer uma impressão e maior força de mais liberdade de libido. Nesse caso, a necessidade de um chefe forte frequentemente o encontrará a meio caminho, e o investirá uma predominância que de outro talvez não pudesse reivindicar. Os outros membros do grupo, cujo ideal do eu, salvo isso, não se haveria corporificado sua pessoa sem alguma correção, são então arrastados com os demais por 'sugestão', isto é, por meio da identificação.” (FREUD, S. Psicologia das massas e análise do eu. Rio de Janeiro: Imago, 1921/1969. p. 163.) De acordo com o texto exposto, relate como Freud apresenta a organização dos grupos sociais em seu texto Psicologia de massas e análise do eu. Resposta: Freud entende que a formação dos grupos e dos motivos libidinais podem levar a organização como às desordens dos laços sociais. No seu texto, ele mostra que o grupo socialse une pelo amor. Baseado nas ideias de "alma coletiva" e da "organização dos grupos", Freud verifica que há um poder que emana dos reis e chefes, o que concentra o grupo ao seu redor. Como o objeto tabu causava temor e admiração no homem primitivo, o líder encarna esse poder divino no grupo, sendo assim, a massa é muito afetiva e sua capacidade intelectual individual diminui, todos passam a se orientar pelos mesmos pensamentos e exista uma tendência maior em executar imediatamente os mesmos propósitos, ocorrendo um predomínio do psiquismo inconsciente. Dessa forma os impulsos podem ser nobres ou cruéis, mas o ideal é que essse grupo se torne imperioso impedindo qualquer interesse pessoal. Como a massa não tem dúvidas do que é verdadeiro ou falso e tem a consciência quanto ao seu poder, é também intolerante e crente na autoridade exigindo de seus líderes força e até mesmo violência. Para Freud este fenômeno cultural não é um efeito sugestivo, mas pulsional. A massa continua unida graças a pulsão sexual. Como dentro do grupo a ambivalência amor-ódio subsiste, para preservar o grupo, o ódio passa a ser deslocado para outro grupo e encontra no estrangeiro ou objeto de seu ódio mantendo a coesão. Justificativa: Expectativa de resposta:A questão traça o modelo da obra freudiana relativa à formação dos grupos a partir do entendimento de sua formação por meio das relações pulsionais e inconscientes, de modo distinto do que até então se havia entendido pela formação dos grupos, como os exemplos dados pelo próprio Freud com as teorias de Le Bon e Mac 1,50/ 1,50 06/06/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5622267/d51a3c8e-5982-11e5-ba7c-b8ac6f91c81a/ 7/8 Dougall.A leitura do texto Psicologia de massas e análise do eu (1921) apresenta o modo como Freud entende a formação dos grupos e os motivos libidinais que podem levar tanto à organização como às desordens dos laços sociais. Freud, nesse texto, mostrou que o grupo social se une pelo amor. Baseado nas ideias de “alma coletiva”, de Le Bon, e “organização dos grupos”, de Mac Dougall, Freud verificou que há um poder que emana dos reis e chefes que concentra o grupo em seu redor. Como o objeto tabu causava temor e admiração no homem primitivo, o líder encarnava esse poder divino para o grupo. Assim, a massa é muito afetiva, sua capacidade intelectual individual diminui, todos passam a se orientar pelos mesmos pensamentos e há uma tendência maior em executar imediatamente os mesmos propósitos, ocorrendo, ainda, um predomínio do psiquismo inconsciente. Desse modo, os impulsos podem ser, conforme as circunstâncias, nobres ou cruéis, heróicos ou covardes, mas o ideal do grupo torna-se imperioso, impedindo qualquer interesse pessoal. Como a massa não tem dúvidas quanto ao que é verdadeiro ou falso e tem consciência quanto ao seu poder, é ao mesmo tempo intolerante e crente na autoridade, exigindo de seus líderes fortaleza e até violência. Para Freud, o fenômeno cultural não é um efeito sugestivo, mas pulsional, e a massa se mantém unida graças à pulsão sexual. Como no interior do grupo a ambivalência amor-ódio subsiste, para preservar o grupo, o ódio passa a ser deslocado para outro grupo e encontra no estrangeiro o objeto de seu ódio, mantendo a coesão do grupo. 8 Código: 27751 - Enunciado: "De acordo com notícias divulgadas no ano de 2017, novas medidas tomadas pelas secretarias estaduais de Direitos Humanos e de Educação no Brasil, visam promover cursos de capacitação para professores, funcionários e alunos com o objetivo de diminuir a intolerância religiosa e conscientizar as pessoas sobre a aceitação das diferenças. O preconceito religioso tem causado xingamentos e agressões no ambiente escolar e constrangimento a pais e alunos, e vem crescendo nos últimos anos."(Fonte: https://www.24horasnews.com.br/entretenimento/rio-apos-discriminacao-religiosa-escola- recebecera-curso-sobre-intolerancia.html. Acesso em: 9 jun. 2019). Diante desse fato, redija um texto que:a) Apresente argumentos contra os atos de discriminação religiosa.b) Estabeleça uma relação com o entendimento psicanalítico sobre o respeito às diferenças e a função da religião na cultura. Resposta: a) Apresente argumentos contra os atos de discriminação religiosa. R: Tendo em vista que a a religião é uma figura representativa para o desemparo estrutural do indivíduo e de seu narcisismo por pensar que encontra apenas em sua religião o que o "preenche", é necessário para que deixem de existir esses atos de discriminação religiosa, aprender a conviver com o diferente, criticando e aceitando críticas, de forma que não leve à intolerância. b) Estabeleça uma relação com o entendimento psicanalítico sobre o respeito às diferenças e a função da religião na cultura. R: A religiosidade humana está acima da razão, já que o indivíduo tem um desamparo estrutural e a necessidade de proteção, acreditando na existência de um pai poderoso. A religiosidade é um fenômeno universal, então a discriminação entre as religiosidades é cultural por causa do fruto do narcisismo das pequenas diferenças entre as manifestações religiosas. O fato do sujeito ser religioso, é por possuir bases narcísicas pela necessidade de encontrar na sua religião a resposta contra esse desamparo. Justificativa: Expectativa de resposta:a) Parte-se da ideia de que qualquer ato discriminatório produz aumento da violência no contexto social. Segundo Freud, a força da religiosidade humana está acima da razão, pois possui bases inconscientes relativas ao desamparo na infância, que despertou a necessidade de proteção, sendo necessário fixar-se na existência de um pai poderoso. Portanto, argumenta-se que a religiosidade é um fenômeno universal e atemporal da condição humana, sendo a discriminação entre as diferentes formas de manifestação religiosa, fruto do narcisismo das pequenas diferenças, como Freud apresentou em Psicologia das massas 2,50/ 2,50 06/06/2021 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/5622267/d51a3c8e-5982-11e5-ba7c-b8ac6f91c81a/ 8/8 e análise do eu. Isso porque, segundo Jacques Lacan, o fato de o sujeito ser religioso e possuir bases infantis e narcísicas tampona a falta em uma ilusão de encontrar, na figura representativa de sua religião, a resposta contra o desamparo que é estrutural e constitutivo.b) No mundo atual, observa-se um triunfo da religião, que, ao contrário da pacificação das massas e amor ao próximo, acaba por promover a discriminação, que é ainda mais bárbara, como vemos ocorrer nos episódios de intolerância religiosa que assolam o contexto brasileiro. Uma das saídas para o fundamentalismo religioso, que vem provocando fatos como esses nas escolas cariocas, é aprender a conviver com o diferente, inclusive criticando e aceitando a crítica, mas sem que isso leve à intolerância. A alteridade é essencial, para que o sujeito possa conviver em sociedade e estabelecer laços de menor agressividade. As diferenças religiosas são parte do processo de renúncia pulsional, necessária na cultura, e de construção de vias pulsionais sublimatórias, o que leva a uma melhor convivência e participação social. É necessário que as autoridades façam cursos e promovam debates constantes, a fim de que a agressividade não retorne para a cultura mediante a luta religiosa, como se vê em outras partes do mundo na atualidade.
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