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Hérnias da Parede Abdominal

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HÉRNIAS DA PAREDE 
ABDOMINAL 
CLÍNICA CIRÚRGICA – JOÃO BOSCO 13/06/2021 
Hérnias da parede abdominal são bem 
prevalentes. Existem vários tipos de hérnia da 
parede abdominal, sendo as inguino 
crurais/femorais, epigástricas, umbilicais e 
excisionais, lombares, obturatórias. As inguino 
crurais/femorais correspondem a 75% das hérnias. 
Limites da região inguinal: referência – púbis e 
espinha ilíaca antero superior; traçar uma linha 
imaginária da espinha ilíaca antero superior direita 
até a espinha ilíaca antero superior esquerda; púbis 
é o limite inferior da região inguinal. 
 
ANATOMIA ESTRATIGRÁFICA: 
• Pele e tela subcutânea (fascie de Camper e 
de Escarpa); 
• Músculo obliquo externo; 
• Músculo obliquo interno; 
• Músculo transverso; 
• Fáscia transversallis (peritônio na região 
inguinal); 
• Ligamento inguinal; 
• Ligamento de cooper; 
• Canal inguinal. 
• Canal femoral; 
• Inervação; 
• Funículo espermático e ligamento redondo; 
• Vascularização. 
 
CANAL INGUINAL: 
Ligamento inguinal fica obliquo da espinha ilíaca 
anterossuperior até o púbis. Com ele localiza a 
hérnia inguinal da femoral. Estrutura cilíndrica de 
2 a 4 cm → formado por funículo espermático 
(ducto deferente, artéria testicular e plexo 
pampiniforme, ducto deferente, nervos 
ilioinguinal, iliohipogástrico e ramo do nervo 
genitofemoral). 
• Assoalho: fascia transversallis; 
• Teto: aponeurose do músculo obliquo 
externo; 
• Superior: tendão ou músculos obliquo 
interno ou transverso; 
• Inferior: ligamento inguinal; 
• Profunda: anel inguinal profunda; 
• Superficial: anel inguinal superficial. 
No homem: músculo cremaster. 
Na mulher: ligamento redondo no útero. 
Ligamento de cooper: fica abaixa da fascia 
transversalis na correção de hérnia por via 
laparoscópica. 
Canal femoral: abaixo da fascia transversallis → 
estruturas femorais NAV. Quando fica aberto com 
aumento de pressão abdominal, pode passar pelo 
canal conteúdo da cavidade ou da parede inguinal, 
formando as hérnias femorais. 
 
Dedo: no anel inguinal superficial. 
 
Na gaze: funículo ou cordão espermático → 
músculo cremaster. 
 
HÉRNIA INDIRETA: 
Lateral aos vasos epigástricos. 
Mais comum em crianças e adultos jovens. 
Persistência do conduto peritônio vaginal: 
embriológico → trajeto no qual o testículo migra 
em direção a bolsa escrotal 
Aumento da pressão intra-abdominal. 
- No funículo espermático; 
- Lateral aos vasos epigástricos. 
HÉRNIA DIRETA: 
Medial aos vasos epigástricos. 
Mais comum em pacientes idosos. 
Fraqueza do assoalho do canal inguinal 
(fascia transversallis) → devido a deficiência na 
síntese de colágeno. 
- Triângulo de Hasseuback; 
Aumento da pressão abdominal: 
- Fora do funículo espermático; 
- Medial aos vasos. 
HÉRNIA FEMORAL: 
Rara; mais comum em mulheres. 
Abaixo da fascia transversallis → é mais difícil de 
ser vista. 
HÉRNIA MISTA: 
Associação de mais de um tipo de hérnia → direta 
+ indireta. 
FATOR PREDISPONENTE: aumento da pressão intra-
abdominal - paciente com HPB, tosse crônica, 
uretra prostática (comprimida; levando ao 
prostatismo e dificuldade para urinar, levando a um 
aumento da força), constipação intestinal, 
obesidade, ascite, gravidez, trabalho braçal. 
 
Sintomas: abaulamentos, desconforto com 
atividade física e ao andar, dificuldade para urinar 
dependendo do tipo de hérnia. 
Exame físico: inspeção (valsalva); palpação do 
anel inguinal de maneira superficial. 
Exame do anel inguinal superficial: palpação da 
hérnia com o dedo indicador, de frente para o 
paciente, no início da bolsa escrotal → pedir para o 
paciente fazer a manobra de Valsalva e sentir o anel 
herniário 
 
Ponta ou do lado: hérnia indireta. 
De frente, na polpa do dedo: hérnia direta. 
 
Hidrocele: teste de transiluminação → luz passa 
pela água; coloca lanterna de um lado e ilumina do 
outro → teste positivo. 
COMPLICAÇÕES DAS HÉRNIAS: 
HÉRNIA ENCARCERADA: 
Entrada de estruturas da cavidade abdominal 
dentro do anel herniario, de forma que não 
consegue reduzir essa estrutura para dentro da 
cavidade abdominal → paciente refere dor. 
De 6 a 12h: tentar reduzir a hérnia, e após isso, 
deixar o paciente em observação para ver se houve 
sofrimento de alça → encaminhar para cirurgia 
eletiva. 
Se complicar e ocorrer estrangulamento → 
encaminhar para cirurgia de urgência. 
Mais de 12h: encaminhar para cirurgia de urgência. 
 
 
*hérnia encarcerada que se manifestou como 
quadro de abdome agudo obstrutivo → 
empilhamento de moedas. 
HÉRNIA ESTRANGULADA: 
Entrada de estrutura da cavidade abdominal dentro 
do anel herniário, de forma que o orifício comprime 
a irrigação do intestino, levando a isquemia 
intestinal → sinais locais: sufusão hemorrágica, 
hematoma, rubor, hiperemia; sinais sistêmicos: 
febre, taquicardia, taquipneia, sudorese, 
hemograma com leucocitose e desvio a esquerda → 
encaminhar para cirurgia de urgência. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DE NYHUS: 
Tipo I: de criança. 
Tipo II: hérnia indireta pequena, com anel 
alargado, mas com parede posterior preservada. 
Tipo IIIA: hérnia direta; mais comum em idosos. 
Tipo IIIB: hérnia inguinal indireta grande e 
volumosa, com anel alargado e parede posterior 
alterada. 
Tipo IIIC: hérnia femoral. 
Tipo IV: hérnia recidivada. 
 
 
1. Aproxima as estruturas (a sutura sob tensão 
pode causar dor, o que não acontece quando 
usa tela, pois não há tensão); a sutura pode 
romper, causando recidiva da hérnia (30%). 
2. Hérnia femoral com tensão. 
3. 3 planos de sutura sem tela. 
4. Mais usada, coloca tela de propileno, sem 
uso da tela o risco de recidiva é de 30%, 
com a tela cai para 2% - uso de corpo 
estranho pode aumentar chances de 
rejeição. 
5. Usa tela e anestesia geral; muito usada para 
cirurgias de recidivas. 
Telas não podem ser usadas quando tem infecção 
→ exemplo: hérnia estrangulada. 
 
Seroma: acúmulo de líquido pós-cirurgia → fazer 
punção. 
 
1. Hérnias inguino-escrotais, no qual o cólon 
faz parte do saco herniado. 
2. Divertículo de Meckel dentro do saco 
herniado 
3. Hérnia que pega uma borda da alça, 
causando obstrução. 
4. Apêndice vermiforme dentro do saco 
herniado. 
5. Fraqueza da intersecção dos retos 
abdominais, na linha de Spieghel ou semi-
lunar. 
 
Hérnia umbilical: em crianças até 5 anos não 
opera; se não fechar até os 5 anos, aí pode operar. 
Em adultos é indicação cirúrgica em algum 
momento da vida, pois ela tende a evoluir, mas via 
de regra é cirúrgica.

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