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BASES PSICOMOTORAS NO DESENVOLVIMENTO
É a consciência e controle do próprio corpo, perante ao espaço, é o movimento corporal.
MOVIMENTO CORPORAL: É a expressão e o primeiro instrumento da atividade intelectual no desenvolvimento da criança. É uma ação reciproca, entre função motora e função cognitiva.
PRINCIPAIS BASES PSICOMOTORAS:
· Equilibrio Estático e dinâmico
· Lateralidade
· Esquema corporal
· Imagem corporal
· Tônicidade
· Praxia ampla e fina
· Independência dos membros em relação ao corpo e entre si
· Organização espacial e temporal
IDADE CORRIGIDA:
	
	
	
	
DESENVOLVIMENTO MOTOR COGNITIVO E LINGUAGEM NA SEGUNDA INFÂNCIA 2 A 6 ANOS – FASE DAS HABILIDADES MOTORAS.
DESENVOLVIMENTO MOTOR AMPLO: 
 HABILIDADE DE ESTABILIZAÇÃO. 
· Equilíbrio.
 HABILIDADES DE LOCOMOÇÃO:
· Caminhar
· Correr com equilíbrio
· Subir escadas
· Andar de bicicleta
· Salto horizontal
· Salto vertical
· Salto de uma superfície alta
· Salto com um pé só
POSIÇÃO ERETA E MARCHA:
A maioria dos autores fixa a idade de 8 meses para aquisição da estação bípede. Os problemas de ordem afetiva, assim como a ansiedade dos pais com medo da criança cair podem afetar esse desenvolvimento, gerando um mal suporte do peso do corpo.
O desenvolvimento motor até a marcha madura leva cerca de 3 ANOS.
A marcha exige propulsão anterior provocada por movimentos alternados dos membros inferiores.
HABILIDADE DE MANIPULAÇÃO:
· Chutar e quicar bola
· Arremessar, rebater e receber bola
· Motricidade fina: uso de lápis, tesoura, talheres.
SEGURANDO INSTRUMENTOS DE ESCREVER:
LEI PRÓXIMO-DISTAL:
· Diminuição de movimentos supérfluos
· Movimentos mais precisos
· A mão sí representa um instrumento para segurar
· Não toma pare dos movimentos 
· No inicio não apoia o antebraço
· Movimentos grosseiros
18 MESES:
· Segura o lápis pelo extremo oposto à ponta;
· Aperta-o contra a palma
· Movimentos de ombro para mover o lápis.
 ENTRE 2 E 2 ANOS E MEIO:
· Opõe o polegar;
· Acomoda o lápis com a mão oposta;
· Adquire interesse pelo movimento dos dedos.
3 ANOS:
· Pega igual aos 2 anos;
· Inibição dos movimentos amplos do braço;
· Maior uso dos dedos.
 4 ANOS:
· Indicador a esquerda e polegar direito
· Mão oposta coloca o papel em posição; 
· Segura firme o lápis; 
· Move o lápis através da flexão e extensão dos dedos.
5 ANOS
· Maior precisão e agilidade; 
· O terceiro dedo sustenta o lápis perto da ponta; 
· Polegar e indicador adotam posições variáveis sobre o cilindro do lápis; 
· Semelhante ao adulto.
 6 ANOS
· Polegar e indicador mais fletidos;
· Movimentos lentos e laborosos vão da esquerda para a direita.
 ADULTO:
· A “preensão adulta” exige bom desenvolvimento da coordenação dos dedos; 
· Corresponde a uma etapa tardia do desenvolvimento neuromuscular;
· Os meninos apresentam uma maturação neurofisiológica tardia e isto se observa também ao escrever.
PERCEPÇÃO DE FORMAÇÃO DE ESPAÇO:
· Avaliação do tamanho do quadro ou papel em relação ao que deve ser escrito ou desenhado;
· Reconhecimento e formação das letras;
· Direção da leitura e escrita;
· Largura das letras;
· Tamanho do espaço entre as palavras;
· Inclinação das letras;
· Colocação das letras na linha.
 SENTIDO CINESTÉSICO
 Percepção de movimento
· Primeira escrita grande, com movimentos grosseiros. - Aprendizado das letras - Auxílio para a memória 
· Pequenas palavras adquirem significado através do movimento
CONCEITOS DE NÚMEROS
· É necessário para aprender a ler e a escrever. 
· Por exemplo - Decidir quantas voltas existem na letra “m” – 
· Quantas sílabas uma palavra contém.
FATORES IMPORTANTES PARA O APRENDIZADO DA ESCRITA
BOA AUDIÇÃO
· Capaz de escutar com clareza; - Discriminar; 
· Reconhecer sons e palavras; 
· Recordar sons e palavras.
 FALAR ADEQUADAMENTE
· - Boa enunciação; 
· Fala descuidada levará a má leitura, pronúncia e escrita.
SEGURANDO A COLHER E O GARFO
· Mesmo padrão de desenvolvimento. 
· Extensão do indicador para orientar melhor a direção do garfo ou colher. 
· Não se deve apressar a criança para comer em supino.
 SEGURANDO A TESOURA
· Exige habilidade, coordenação entre a visão e a mão e a força dos dedos; 
· O polegar e o dedo médio, apoiado pelo indicador proporciona uma melhor precisão;
· Aos 6 anos as crianças já conseguem cortar bem;
· Deixar a criança à vontade para descobrir a melhor maneira de usar a tesoura.
 ATIVIDADES DE MOVIMENTO
 INTERAÇÃO SOCIAL
· Aprender a controlar o uso dos braços e mãos; 
· Manualmente responde aos toques sociais; 
· Adaptar-se à locomoção; 
· Formação da consciência moral 
· Conceitos éticos se baseiam na consequência das ações
· Jogos simbólicos e brincadeira de faz-de-conta 
· 3 a 4 anos a criança se torna mais curiosa A partir dos 4 anos escolha dos amigos reais e favoritos 
· 4 a 5 anos- criança partilha brinquedos e aceita melhor regras.
DESENVOLVIMENTO COGNITIVO
· Construção da inteligência simbólica e representativa 
· Pensamento egocêntrico 
· Pensamento animista (atribui vida a seres inanimados)
DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM
· Linguagem socializada – diálogo com intenção de comunicação 
· Linguagem egocêntrica – monólogo com função de organização do pensamento 
· 2 aos 3 anos: uso de frases curtas 
· 5 aos 6 anos maior interesse pelas 
Palavras
DESENVOLVIMENTO AFETIVO-EMOCIONAL
· Construção da personalidade 
· Entre 2 e 3 anos refere-se a sua pessoa pelo próprio nome ou utiliza a 3ª pessoa; amigo imaginário; 
· Fase Anal treino dos esfíncteres
· A partir dos 3 anos começa a empregar o pronome “Eu”; Fase Fálica interesse pelos órgãos genitais 
Negativismo
· Conflitos pessoais e comportamentos de confronto
TRANSTORNOS PSICOMOTORES
São fatores que afetam parte ou grande parte da psicomotricidade.
PSICOMOTRICIDADE:
· Coordenação motora
· Percepção visual
· Tonicidade
· Organização espacial
· Concentração
· Atenção
· Esquema corporal
· Linguagem
· Memória
· Percepção Temporal
· Percepção auditiva
Os transtornos psicomotores são difíceis de definir e de diagnosticar, geralmente aparecem até os 5 anos, elas afetam vários aspectos do desenvolvimento da criança e a intervenção precoce é fundamental.
ATRASO DO DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR (DNPM) – ALTERAÇÃO MOTORA
A criança apresenta um desenvolvimento neuropsicomotor anormal. Apresenta hiperatividade e alterações de coordenação motora, não mantendo a mesma atividade por muito tempo. Além dos problemas de atenção, memória concentração e linguagem que também se encontrarão afetados.
Demonstra imaturidade afetiva, atitude infantil, dependência e passividade.
TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E HIPERATIVIDADE (TDAH)
· Inquietação motora
· Dificuldade para permanecer sentado 
· Déficit de atenção e concentração
· Distrai-se com facilidade 
· Dificuldade em obedecer a comandos 
· Não permanece por muito tempo na
 mesma atividade
· Perdem objetos com frequência 
· Não mantém o olhar com as pessoas
DESARMONIA DO TÔNUS MUSCULAR
· Má regulação/controle do tônus 
· Paratonia > não consegue realizar movimentos voluntários e ao tentar, o
 tônus aumenta (hipertonia) 
· Sincinesias > Ao realizar um movimento, contrai-se involuntariamente outros
 grupos musculares que não fazem
 parte da tarefa.
Ex: Bebê mamando com um olho 
aberto e outro fechado.
DISPRAXIA
Realiza movimento de forma não coorde-
nada.
APRAXIA
Conhece o movimento, mas não sabe como realiza-lo
TIQUES
Movimentos involuntários, repentinos e repetitivos. Podem ser na fase, cabeça, 
Tronco e membros, também podem ser respiratórios e fonatórios.
TRANSTORNO DE ESPECTRO AUTISTA (TEA)
As duas características diagnósticas são: 
• prejuízos na interação social e na comunicação social;
 • padrões restritivos de comportamento, interesse e atividades.
 Essas características vão variar qualitativamente dentro de um espectro: desde autismo clássico, com déficit intelectual importante, até autismo de altas habilidades intelectuais e acadêmicas. 
ESPECTRO: especificidade, intensidade e severidade dos sintomas, qualidade da linguagem e do comportamentoe relacionado ao grau de autonomia.
DIAGNÓSTICO:
· Manifesta antes dos três anos de idade, os sinais de alerta são: pobre/pouco contato visual; ausência de balbucio; indiferença ao colo; poucos gestos sociais; ato de brincar pobre (pouco contexto); autoagressividade; rituais/ manias/ estereotipias; objetos de apego (pouca flexibilidade comportamental).
· É considerado um complexo transtorno do neurodesenvolvimento, de causas genéticas e ambientais, ainda não completamente decifradas. 
· O diagnóstico é realizado por meio de uma Avaliação do Quadro Clínico feito por um médico Neurologista ou Psiquiatra.
SINAIS PRECOCES:
Indispensável e faz parte da consulta pediátrica. 
Os marcadores do primeiro ano de vida são anormalidades no controle motor e atraso no desenvolvimento motor.
FATORES DE RISCO:
· Irmãos/irmãs com autismo 
· História parental de psicose ou esquizofrenia
· História parental de transtornos afetivos (Bipolar)
· História parental de distúrbios de comportamento (TDAH)
· Idade materna ou paterna superior a 40 anos, disparidade entre as idades dos pais
· Baixo peso ao nascer (<2.500)
· Prematuridade (ig <35 semanas)
· • Obesidade na gravidez, pré-eclâmpsia, diabetes gestacional, depressão pós-parto
· Uso de algumas medicações durante a gestação, como o ácido valpróico
· Desnutrição grave
AVALIAÇÃO:
· Desenvolvimento motor 
· Coordenação óculo-motora 
· Sensação, percepção, elaboração, planejamento e execução: práxis
· Capacidade de imitação
· Aspectos sensoriais
Queixas mais comuns para atendimento de fisioterapia: - Pé equino ou equino valgo, 
· Atraso de desenvolvimento pela hipotonia,
· Dispraxia, 
· Alterações posturais. 
Para compor a Avaliação Fisioterapêutica, podemos utilizar Escalas de neurodesenvolvimento existentes no mercado para verificar os marcos motores e as trocas posturais. Lembrando que não existe uma escala que contemple a avaliação motora de indivíduos com TEA, portanto, poderá ser neces-sário adaptações a estes testes.
TRATAMENTO:
Manejos Gerais: 
· Contato visual Extremamente importân-
te para uma boa interação e comunica-
ção. 
· A repetição dá segurança e previsibilidade, fortalece a sinapse e fixa a aprendizagem.
· Possuem melhor orientação visual do que auditiva. O estabelecimento de uma rotina visual dá previsibilidade e organiza a criança. 
· Preferir tarefas estruturadas.
· A imitação é de extrema importância para o aprendizado. 
· Concentre-se nas habilidades e não nas dificuldades.
ATUAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA NEONATAL
Avaliação do fisioterapeuta:
Antecedentes maternos: 
· Pré-Natais
· Natais: Escore do índice de apgar
· Neonatais: Idade gestacional, peso ao nascimento.
AVALIAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA
EXAME FÍSICO:
· Exame físico geral: Compõe de 3 etapas a serem analisadas: Bom Estado Geral (BEG); Regular estado geral (REG); Mau estado geral (MEG).
· Estado neurológico: RN’s e lactantes são avaliados pelas respostas apresentadas a manipulação e estímulos > Reativo, Hiporreativo, Arreativo. 
· Comportamento motor: 
Tônus Muscular: Reflete tanto a tensão quanto a resistência muscular passiva. Pode ser avaliado por meio observação dos movimentos da criança e sua resposta aos estímulos: Normotônico, Hipertônico, Hipotônico.
 Reações e reflexos: Os movimentos do RN são representados por reflexos primitivos ou reações que vão desaparecendo durante os 6 primeiros meses de vida.
· Aspectos hemodinâmicos:
FC: RN 70- 190 Bpm (1°-11° MÊS 80-160Bpm)
FR: 30-50ivpm
SpO2: 88-95%
PA 0-6 meses: PAS 70-110mmHg/ PAD 45-60 mmHg
· Dor: Examina-se aspectos hemodinâmicos e a tabela de NIPS (Tabela de dor por expressão fáscial, choro, respiração...) mais que 3 pontos, é sinal de presença de dor.
· Semiologia do tórax: inspeção, palpação, ausculta, pulmonar. 
SINAIS DE DESCONFORTO VENTILATÓRIO.
ESTIMULAÇÃO SENSÓRIO MOTORA
Manuseio fisioterapêutico mínimo pós 72 horas (para o bebê aprender a respirar). Manuseio mínimo de decúbito, somente se necessário. 
Indicações: Estarem hemodinamicamente instáveis após 72h de vida e com peso acima de 1,100g.
Contraindicações: hemodinamicamente e clinicamente instáveis, menos de 72h; RB plaquetopenico (<50.000), hemorragias ativas.
PRINCIPAIS PONTOS QUE O FISIOTERAPEUTA UTILIZA NA ESTIMULAÇÃO SENSORIAL:
· Posicionamento terapêutico:
Ninho: Posição supina, é considerada a menos favorável ao DNPM, por não promover a flexão e por levar a instabilidade da atenção do RNPT.
Posição em decúbito lateral com ninho: promove melhor organização motora e maior desenvolvimento neuromuscular por meio de maior estabilidade postural e orientação na linha média e funcionamento autônomo mais estável. Obs: favorável pós a amamentação.
Posição Prona: O RN chora menos, há menor frequência de movimentos desorganizados. Promove desenvolvimento pulmonar e cardiovascular, o sono, as funções organizacionais e gastrintestinais, além de favorecer a recuperação dos RNS com complicações respiratórias associadas a imaturidade
· Estimulação unimodal: A estimulação unimodal inclui intervenções de estimulação sensório motora que fornecem apenas um tipo de estimulação sensorial, em conformidade com a hierarquia do desenvolvimento fisiológico dos subsistemas sensoriais como: Tátil → Vestibular → Paladar → Olfatório → Auditivo → Visual
· Estimulação Multimodal: Estimulação sensório motora Massagem terapêutica, Mãe canguru e redes.
· Mobilização:
Indicações: pré termo clinicamente estável; com risco de doença osteometabólica; IG menor de 32 semanas; peso ao nascimento menos de 1000g.
Benefícios: Ganho de peso; aumentar estatura e comprimento tibial; aumentar marcadores de formação óssea.
REABILITAÇÃO PSICOMOTORA: Partilham os atributos fundamentais para o desenvolvimento de habilidades motoras específicas voltada para a funcionalidade. Atividades reabilitadoras adaptativas de exploração do meio ambiente (natureza, diferentes locais, atividades extras com estímulo cultural
EQUOTERAPIA: Cavalo como agente promotor de ganhos físicos, psicológicos e educacionais. Exige a participação integral do corpo, contribuindo para o desenvolvimento da força, tônus muscular, flexibilidade, relaxamento, conscientização corporal e aperfeiçoamento da coordenação motora e do equilíbrio.
HIDROTERAPIA: Oferece oportunidades estimulantes para os movimentos. Os efeitos de flutuabilidade e das rotações fornecem campo para as técnicas especializadas. Meio efetivo e prático de reabilitação para acometimentos neurológicas.
ESTIMULAÇÃO PRECOCE: Desenvolvimento motor intenso = dos 0 aos 20 meses o bebê terá maiores possibilidades de se normalizar sem defasar seu desenvolvimento. Intervenção precoce nas áreas sensório-motoras para atingir o mais rápido possível um desenvolvimento que ainda está com toda a sua plasticidade neural e capacidade de receber as sensações normais e integrá-las. As atividades lúdicas são um meio para atingir os objetivos terapêuticos.
CONCEITO BOBATH: 
Neurodesenvolvimento: Plasticidade neural. Avaliação: necessidades individuais; particularidades. Técnicas específicas. Obtenção de padrões mais normais de movimento pela mudança de tônus. Abordagem multidisciplinar. Holístico (ouvir a família, pais, etc...).
INTEGRAÇÃO SENSORIAL: Estimulação sensorial: tátil, vestibular e proprioceptiva através de brincadeiras e atividades lúdicas • Participação ativa da criança: aumento da habilidade em processar informações e responder apropriadamente aos estímulos • Indicação: Crianças que apresentem Transtorno de Processamento Sensorial (TPS)

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