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Osteoporose

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Andressa – P3B FMO – 2021.1 
Regulação do metabolismo de cálcio 
→Calcitocina é um hormônio que atua na regulação 
dos níveis sanguíneos de cálcio 
O metabolismo do cálcio e do fosfato está 
intimamente relacionado. A regulação do 
equilíbrio de ambos é influenciada pelas 
concentrações de PTH circulante, vitamina D e, 
em menor grau, calcitonina. As concentrações de 
cálcio e fosfato também são vinculadas por sua 
capacidade de reagir quimicamente e formar 
fosfato de cálcio. 
O hormônio da paratireoide é secretado 
pelas glândulas paratireoides. Atua de várias 
formas, mas talvez a mais importante seja a defesa 
contra a hipocalcemia. As células da paratireoide 
detectam as diminuições de cálcio plasmático e, 
em resposta, liberam o PTH pré-formado na 
circulação. O PTH eleva o cálcio plasmático em 
minutos, aumentando a absorção intestinal e 
renal de cálcio e mobilizando rapidamente 
cálcio e fosfato dos ossos (reabsorção óssea). A 
excreção renal de cálcio é, em geral, paralela à 
excreção de sódio, e é influenciada por vários dos 
mesmos fatores que regulam o transporte de sódio 
no túbulo proximal. Entretanto, o PTH aumenta a 
reabsorção tubular distal de cálcio, 
independentemente do sódio. 
O PTH também diminui a reabsorção renal de 
fosfato e, assim, aumenta as perdas renais de 
fosfato. A perda renal de fosfato evita que se 
exceda a solubilidade do produto de cálcio e fosfato 
no plasma, à medida que as concentrações de cálcio 
se elevam em resposta ao PTH. 
O PTH também aumenta o cálcio sérico 
estimulando a conversão de vitamina D para a sua 
forma mais ativa, calcitriol. Essa forma de 
vitamina D aumenta a porcentagem de cálcio 
alimentar absorvido pelo intestino. Apesar da 
maior absorção de cálcio, aumentos de longo prazo 
da secreção de PTH em geral resultam em maior 
reabsorção óssea por meio de inibição de função 
osteoblástica e promoção de atividade 
osteoclástica. 
A calcitonina é secretada pelas células 
parafoliculares da tireoide (células C). 
A calcitonina tende a reduzir a concentração 
plasmática de cálcio, aumentando a captação 
celular, a excreção renal e a formação óssea. Os 
efeitos da calcitonina sobre o metabolismo ósseo 
são muito mais fracos que os do PTH e da vitamina 
D. 
A vitamina D é um pró-hormônio sintetizado 
na pele pela exposição aos raios ultravioleta B 
(UVB) da luz solar. 
 A vitamina D, produzida na pele ou 
ingerida, sofre transformaçõess químicas 
até se transformar em sua forma ativa 
(calcitriol), com importantes funções na 
fisiologia osteomineral, especialmente no 
que se refere à absorção intestinal e à 
homeostase do cálcio. 
 A deficiência de vitamina D é comum 
em pacientes com osteoporose e fraturas 
de quadril. A concentração plasmática da 
vitamina D pode ser avaliada pela dosagem 
da 25 hidroxivitamina D (25(OH)D). Essa 
medida é recomendada na suspeita de 
deficiência de vitamina D, sobretudo em 
populações de risco, como pacientes com 
osteoporose e outras situações clínicas 
osteopenizantes, em potencial. 
O PTH aumenta a excreção renal de fósforo 
aumenta a reabsorção renal de cálcio e acelera a 
conversão da 25-hidroxicolecalciferol em 1,25-
dihidroxicole-calciferol e assim, indiretamente, 
aumenta a absorção intestinal de cálcio e fósforo. 
No tecido ósseo, o PTH atua nos osteoblastos 
promovendo a síntese e secreção de um ativador 
local de osteoclastos, aumentando a atividade 
osteoclástica. Esta ação aumenta a reabsorção 
óssea. 
,
A osteoporose é a doença osteometabólica mais 
comum na prática clínica, sendo definida por baixa 
massa óssea associada à deterioração da 
microarquitetura do osso, o que acarreta aumento 
do risco de fragilidade e, por consequência, 
aumento de fraturas. 
A baixa densidade mineral óssea (DMO), 
especialmente no colo femoral é um forte preditor 
de fraturas. A cada redução de um desvio padrão na 
DMO, o risco de fratura aumenta em duas a três 
vezes. 
 
Andressa – P3B FMO – 2021.1 
Os fatores de risco mais importantes relacionados 
à osteoporose e a fraturas na pós-menopausa são: 
idade, sexo feminino, etnia branca ou oriental, 
história prévia pessoal e familiar de fratura, 
baixa DMO do colo de fêmur, baixo índice de 
massa corporal, uso de glicocorticoide oral (dose 
≥ 5,0mg/dia de prednisona por período superior a 
três meses), fatores ambientais, inclusive o 
tabagismo, ingestão abusiva de bebidas alcoólicas 
(≥ três unidades ao dia), inatividade física e baixa 
ingestão dietética de cálcio. 
:
O adulto apresenta 2 tipos de ossos: um compacto, 
chamado cortical, que serve de envoltório para a 
medula óssea e para dar forma e resistência aos 
ossos longos; e outro tipo, denominado osso 
esponjoso ou trabecular, localizado no interior 
dos ossos longos e no esqueleto axial. O osso 
trabecular tem elevada atividade metabólica, sendo 
mais sujeito às repercussões do processo de 
remodelação óssea. A remodelação óssea é um 
processo contínuo sofrido por todo o esqueleto, 
que objetiva a renovação óssea. 
► É constituído pelas etapas de reabsorção e 
formação como fenômenos acoplados, que 
ocorrem em unidades multicelulares básicas (basic 
multicellular units, BMU). Sinais não elucidados 
por completo estimulam a osteoclastogênese 
(origem hematopoética) e a migração dessas 
células para pontos onde o tecido ósseo deve ser 
removido. Esse processo de remoção ocorre ao 
longo de cerca de 3 semanas, criando uma cavidade 
microscópica (lacuna de Howship). A partir de 
então, os osteoclastos dão lugar aos osteoblastos 
(origem mesenquimal), que preenchem essas 
cavidades com uma nova matriz proteica 
(osteoide), que após algum tempo será 
mineralizada, processo que demora de 3 a 4 meses. 
► Os osteoblastos sintetizam várias proteínas, 
como o colágeno tipo 1 (a proteína mais abundante 
no osso, responsável por 10% da massa óssea), a 
fosfatase alcalina e a osteocalcina, estas últimas 
relacionadas com o processo de mineralização da 
matriz osteoide. Além de expressar marcadores, 
tem receptores para vários hormônios envolvidos 
na remodelação e regulação do crescimento ósseo 
osteoblástico. Até o momento, já foram 
identificados receptores de 17-betaestradiol, 1,25-
di-hidroxivitamina D, PTH, L-tiroxina, hormônio 
de crescimento (GH), cortisol, interleucina-1 (IL-
1) e fator de necrose tumoral alfa (TNF-α). Outros 
fatores são produzidos pelos osteoblastos e atuam 
de modo local, como o fator de crescimento similar 
à insulina-1 (IGF1) e suas proteínas carreadoras, 
IL-6, fator de crescimento transformador beta 
(TGF-β) e outros fatores de crescimento (derivados 
de plaquetas, do endotélio vascular e dos 
fibroblastos), além das proteínas morfogênicas 
ósseas (bone morphogenic proteins, BMP). Alguns 
dos efeitos estrogênicos no osso podem ser 
mediados pelo aumento da produção da BMP-6 
pelo osteoblasto. 
► Alguns osteoblastos acabam sendo envolvidos 
pela matriz óssea e se transformam em osteócitos, 
as células ósseas mais abundantes nesse tecido 
(1.000 vezes mais do que osteoclasto e 10 vezes 
mais do que osteoblasto) e que têm a maior 
sobrevida. Essas células são sepultadas em lacunas 
no interior da matriz óssea calcificada e 
desenvolvem prolongamentos citoplasmáticos que 
formam uma grande rede de comunicação dentro 
do osso. Osteócitos produzem substâncias que 
mantêm suprimida a formação óssea, devido à 
inibição da via Wnt nos osteoblastos. Ela é 
responsável pelo processo de remodelação, via 
produção do ligante do receptor ativador do 
fator nuclear kappa B (RANKL), que estimula a 
diferenciação e a atividade dos osteoclastos. Outra 
função do osteócito é controlar e modificar a 
mineralização da matriz produzida pelos 
osteoblastos. A reabsorção óssea pelos osteoclastos 
é estimulada por hormônios sistêmicos, como PTH, 
citocinas e IL-1. Eles atuam sobre o osso, onde 
estimulam diretamente a formação dososteoclastos. Agem também de modo indireto, via 
produção do receptor ativador do fator nuclear 
kappa B (RANK) e do fator estimulador de colônia 
de macrófagos (M-CSF) pelos osteoblastos. Essas 
moléculas são responsáveis pela sinalização 
intracelular para mediação dos efeitos desses dois 
fatores. Contudo, há inibidores dessa via; por 
exemplo, o estrógeno, que aumenta a produção 
osteoblástica de osteoprotegerina (OPG), que se 
liga ao RANKL, o que acarreta menor ativação 
do RANK (receptor do RANKL) e, por 
consequência, diminuição da diferenciação dos 
osteoclastos. 
Em mulheres pós-menopausadas, a taxa de 
remodelação óssea aumenta de maneira drástica, 
em especial no início da perimenopausa. Após 
alguns anos, inicia-se uma fase de perda mais 
gradativa, que acomete, na maioria das vezes, o 
osso cortical. A perda pode permanecer alta até 40 
anos após a cessação da função ovariana, o que 
acarreta contínua e progressiva perda de massa 
óssea.15 Esse turnover aumentado decorre do 
encurtamento da meia-vida dos osteoblastos e de 
maior taxa de apoptose dos osteócitos, enquanto a 
meia-vida dos osteoclastos se prolonga. Como 
consequência, há aumento da reabsorção e 
diminuição da formação óssea. As mulheres 
apresentam maior risco de desenvolver 
osteoporose quando comparadas aos homens por 
Andressa – P3B FMO – 2021.1 
duas razões: menor pico de massa óssea e queda 
abrupta estrogênica na menopausa. Entre a 
menopausa e a idade de 75 anos, a mulher perde em 
torno de 22% da massa óssea corporal total, em 
função da idade (13,3%) e da deprivação 
estrogênica (7,75%). No colo do fêmur, 14% da 
perda é relacionada à idade e 5,3%, à deprivação 
estrogênica 
A consequência mais relevante da osteoporose é a 
ocorrência da fratura por fragilidade, sendo as mais 
comuns as fraturas vertebrais, do punho e do 
fêmur. 
 
DIAGNÓSTICO: é feito através da utilização de desfecho clínico, determinado pela ocorrência 
de fratura por fragilidade, ou por desfecho intermediário, isto é, o critério da Organização Mundial da Saúde 
(OMS) pelo qual os pacientes apresentam densidade mineral óssea igual ou abaixo de -2,5 desvios-padrão 
(DP) em relação à média observada na população jovem, em medidas pela absorciometria de raios X de dupla 
energia (DXA). 
Existe uma correlação inversa entre baixa densidade óssea e risco de fraturas, sendo que o risco de fratura 
vertebral dobra a cada diminuição de um DP na massa óssea. 
Densitometria: Vários métodos estão disponíveis para medir a densidade óssea, mas atualmente a técnica 
mais aplicada é a DEXA (dual energy X-ray absorptiometry). 
a densitometria é capaz de detectar a osteoporose antes da ocorrência das primeiras fraturas. É uma 
avaliação não invasiva e que pode ser realizada em diferentes partes do corpo utilizando baixíssimas doses de 
radiação. Está indicada em três situações: para o diagnóstico da osteoporose, para predizer o risco de 
fraturas e para monitorar a terapia. 
O T-score é o número de desvios-padrão abaixo da média para o pico de massa óssea de um adulto jovem. 
Existem diferentes T-scores, dependendo de qual grupo de jovens adultos foi usado como referência (p. ex., 
as mulheres caucasianas, os homens hispânicos). O Z-score é o número de desvios-padrão abaixo da média 
quando comparados com indivíduos da mesma idade. Existem também diferentes pontuações Z, dependendo 
do grupo utilizado como referência (p. ex., o grupo pode incluir todos da mesma idade, ou pode ser limitado 
às pessoas da mesma idade, raça, sexo e peso). 
O Z-score deve ser usado em mulheres na pré-menopausa, nos homens com menos de 50 anos de idade 
e em crianças. 
O T-score deve ser usado em mulheres na pós-menopausa e homens acima de 50 anos de idade, por 
se correlacionar melhor com o risco de fraturas. 
Hoje se reconhece que vários fatores além da baixa massa óssea podem ser responsáveis pelas fraturas 
em pacientes com osteoporose. Idade, sexo, hereditariedade, peso corporal, doenças associadas, estilo de vida, 
fragilidade do paciente, tipo e intensidade do trauma podem ser responsáveis por essas fraturas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Andressa – P3B FMO – 2021.1 
Determinação da massa óssea: A determinação da massa óssea é o melhor indicador mensurável do padrão 
ósseo e é útil na avaliação do risco de fraturas osteoporóticas. Os locais mais importantes a serem medidos são 
coluna lombar (L1-L4), fêmur total e colo do fêmur. O antebraço distal, o calcanhar e as falanges são outros 
sítios que podem ser avaliados. Medem-se o Z-escore, que é o número de 
desvios padrões (DP) distantes da média para a própria idade do 
paciente, e o Tescore, que corresponde ao número de DP distantes da 
média da DMO em adultos jovens (20 a 30 anos). Para cada desvio 
padrão de diminuição na DMO em relação ao adulto jovem, o risco de 
fraturas se eleva em 1,5 a 3 vezes. A densitometria avalia sítios centrais, 
como coluna lombar e fêmur proximal (de maior importância), e também 
sítios periféricos, como antebraço distal (rádio 33%), calcanhar e 
falanges. Pelo menos dois sítios devem ser avaliados, em geral coluna e 
fêmur. Caso não seja possível avaliar um deles, complementa-se o exame 
com a realização do antebraço 
(único sítio periférico que pode 
ser utilizado para o diagnóstico 
de osteoporose. A análise do 
fêmur proximal envolve a 
medida da DMO em colo de 
fêmur e fêmur total, e o 
diagnóstico deve se basear pelo 
sítio com menor T-escore. O Z-
escore abaixo ou igual a –2 pode sugerir a existência de causas 
secundárias da osteoporose que, nessa situação, devem ser 
afastadas com mais cuidado. 
Para a interpretação do exame da DMO obtida por DXA, a 
classificação mais utilizada é a da Organização Mundial da Saúde 
(OMS), que usa o T-escore como referência e deve ser empregada 
em homens com mais de 50 anos e mulheres pós-menopausadas, 
ou na transição menopausal: Normal: até –1 
Osteopenia: de –1,01 a –2,49 Osteoporose: ≤ 2,5 
Osteoporose grave: ≤ 2,5, associado a uma ou mais 
fraturas patológicas 
 
EXAMES LABORATORIAIS 
Após exame clínico rigoroso, segue-se a avaliação 
laboratorial. Diversas combinações de exames 
complementares podem ser sugeridas para avaliação 
de causa secundária e incluem inicialmente, os 
exames: funções-padrão renal e hepática, 
hemograma, níveis séricos de cálcio e fosfato, 
fosfatase alcalina específica do osso ou total, 
níveis séricos de 25-hidroxivitamina D, TSH, níveis de testosterona em homens. Recomenda-se também 
mensurar níveis séricos de PTH, eletroforese de proteínas séricas e calciúria de 24 horas. A excreção de cálcio 
em urina de 24 h reflete o equilíbrio entre a absorção do cálcio da dieta e a perda ou o ganho do esqueleto. Em 
mulheres pré- -menopausa, a avaliação do metabolismo ósseo também deve incluir a dosagem dos hormônios 
estrógeno, progesterona, folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH). 
EPIDEMIOLOGIA: E a enfermidade do esqueleto de maior incidência mundial e a segunda causa de 
morbidade musculoesquelética nos idosos. Estima-se que 5,5 milhões de brasileiros tenham osteoporose e que 
ocorram 1,6 milhão de fraturas secundárias à osteoporose por ano: 200 mil do quadril, 400 mil vertebrais e 1 
milhão do punho. Ocorre preferencialmente em pessoas idosas e mulheres após a menopausa. Acomete cerca 
de 1/3 das mulheres na fase pós-menopausa e isso ocorre devido ao predomínio da perda ou reabsorção sobre 
o ganho ou a formação do tecido ósseo. A perda óssea mais significativa ocorre nos primeiros 5 anos após a 
menopausa, quando passa de 0,2%-0,5% ao ano para 2%-10% no mesmo período. 
 
Andressa – P3B FMO – 2021.1 
TRATAMENTO: T-score igual ou menor 
que -2,5DP na coluna lombar, fêmur total ou rádio 
devem ser considerados para terapia 
farmacológica. 
 
Tratamento Medicamentoso 
♦ Bisfosfonatos 
Os bisfosfonatos são os medicamentos mais usados 
para a osteoporose. Eles têm sido empregados 
tantopara o tratamento quanto para a 
prevenção, nas opções orais e intravenosas. São 
análogos sintéticos do pirofosfato inorgânico, e 
ligam-se aos cristais de hidroxiapatita nos sítios de 
remodelação e inibem a atividade de reabsorção 
dos osteoclastos. O alendronato, o risedronato e o 
ibandronato são administrados por via oral nas 
doses de 70mg/semana, 35mg/semana ou 
150mg/mês e 150mg/mês, respectivamente. O 
ácido zoledrônico e o ibandronato são os únicos 
bisfosfonatos aprovados para uso intravenoso para 
o tratamento da osteoporose pós menopausa na 
dose de 5mg/ano e 3mg a cada 3 meses, 
respectivamente 
♦Moduladores Seletivos do Receptor de 
Estrógeno 
Moduladores seletivos do receptor de estrógeno 
(SERM) proporcionam os efeitos benéficos do 
estrógeno sem os resultados potencialmente 
adversos (agonista do estrógeno nos ossos e 
antagonista em mamas e útero). O raloxifeno é 
indicado para o tratamento e prevenção da 
osteoporose em mulheres pós-menopáusicas. A 
dose habitual é de 60 mg, administrados por via 
oral diariamente. Ele também deve ser 
administrado em combinação com o cálcio e 
vitamina D. 
♦Teriparatida  estimula formação do osso 
A teriparatida é um hormônio da paratireoide 
humana recombinante (PTH [1-34]) e é o único 
agente exclusivamente anabólico disponível para o 
tratamento da osteoporose.  É considerado um 
agente anabólico, pois aumenta a formação óssea, 
em contraste com os outros fármacos aprovados 
para o tratamento da osteoporose que apresentam 
ação antirreabsortiva). 
→ Está indicada para o tratamento de mulheres 
com osteoporose na pós-menopausa que 
apresentam um risco elevado de fratura, que foram 
intolerantes a outras terapias para osteoporose, ou 
nas quais o tratamento da osteoporose falhou (falha 
terapêutica). A teriparatida é também aprovada 
para o tratamento de pacientes com osteoporose 
induzida por glicocorticoides. Antes do 
tratamento com teriparatida, níveis de cálcio no 
soro, PTH e 25 (OH) D têm de ser monitorados e 
corrigidos quando alterados. Deve ser ministrada 
por no máximo 24 meses, diariamente, por injeção 
subcutânea. 
♦Calcitonina 
A calcitonina de salmão é um hormônio que 
diminui a atividade dos osteoclastos, impedindo, 
assim, a perda óssea pós-menopausa. A calcitonina 
é uma opção para pacientes que não são candidatos 
a outros tratamentos para osteoporose disponíveis. 
♦Denosumabe 
O denosumabe é um anticorpo monoclonal 
humano (isotipo IgG2) com grande afinidade e 
especificidade ao ligante do fator do ativador do 
fator nuclear kappa B (RANK-L), citocina 
pertencente à família dos fatores de necrose 
tumoral (TNFs). O denosumabe bloqueia a 
ligação do RANK-L com o RANK, seu receptor 
natural, diminui a reabsorção óssea por meio da 
inibição da formação, ativação e sobrevivência 
dos osteoclastos e aumenta a densidade mineral 
óssea. 
♦Terapial hormonal: Os estrogênios 
desempenham papel antirreabsortivo 
importante no metabolismo ósseo das mulheres na 
pré-menopausa. O hipoestrogenismo, que ocorre 
após a menopausa, promove perda acelerada de 
massa óssea, mas pode ser atenuado com uso de 
terapia de reposição hormonal. 
 
Não medicamentoso 
 alimentação rica em cálcio; 
 atividade física; 
♦Cálcio e Vitamina D 
Níveis adequados de cálcio e vitamina D são 
importantes para pessoas de qualquer idade, 
especialmente na infância, quando os ossos estão 
sendo formados e mineralizados. Os pacientes que 
ingerem quantidades inadequadas de vitamina D e 
cálcio devem receber suplementação oral. As 
recomendações para pacientes com osteoporose 
incluem dosagens diárias de 1.200 a 1.500 mg de 
cálcio e 400 a 800 UI de vitamina D. 
Q u e s t õ e s 
01. Analise as afirmativas abaixo sobre o 
metabolismo ósseo e escolha a correta: * 
A) A osteoprotegerina é uma proteína secretada 
pelos osteoclastos que atua como antagonista 
natural do RANKL 
→ osteoblastos 
B) Durante a hipocalcemia, o sensor de cálcio 
encontra-se em uma conformação ativada, 
aumentando a produção de leucotrienos e PTH. 
C) A minoria do cálcio ligado às proteínas está 
ligado à albumina. 
Andressa – P3B FMO – 2021.1 
D) O PTH aumenta a atividade da 1-alfa-
hidroxilase no rim, resultando em aumento da 
ativação da vitamina D. 
 
Estrogenio cai, reduz a osteoprotegerina → 
Osteoprotegerina protege os ossos, ao impedir que 
o rank se ligue ao rank-L (essa ligação faz com 
que os osteoclastos se desenvolvam e realizem a 
reabsorção óssea) 
 
02. Sobre a osteoporose, marque a alternativa 
mais adequada: * 
A) A osteoporose consiste na redução da massa 
óssea, sem comprometimento da 
microarquitetura do osso. 
B) O uso de glicocorticoides, o alcoolismo e 
hipotireoidismo (hipogonadismo e 
hipertireoidismo) são as causas mais frequentes 
de osteoporose em homens. 
C) A realização de densitometria óssea para 
rastreio da osteoporose está indicada em 
mulheres a partir dos 75 65 anos de idade. 
D) Cálcio sérico, creatinina e vitamina D3 fazem 
parte da avaliação laboratorial inicial da 
osteoporose. 
 
03. Mulher de 63 anos vem à consulta médica 
assintomática. Realiza exercícios físicos regulares 
e ingere dois copos de leite e dois copos de iogurte 
diariamente. Realizou exames, abaixo: 
Densitometria óssea: - coluna lombar (L1-L4): 
DMO: 1,100 g/cm²; T-score: -1,2; Zscore: -0,9 - 
colo do fêmur: DMO: 0,715 g/cm²; T-score: -1,6; 
Z-score: -0,1 - fêmur total: DMO: 0,940 g/cm²; T-
score: -0,6; Z-score: 0,4. Sobre a interpretação 
desse exame , escolha a alternativa correta: * 
A) Por tratar-se de sexo feminino devemos 
utilizar o z-score para definição diagnóstica 
B) Por tratar-se de mulher pós menopausa 
devemos utilizar o t-score para definição 
diagnóstica 
C) No caso em questão, tanto o t-score quanto o 
z-score podem ser utilizados 
D) Um t-score abaixo de -2,0 seria indicativo de 
causas secundárias de osteoporose 
‼Z-score: mulher antes da menopausa e homem 
com menos de 50 anos (compara com pessoas da 
mesmas idade) 
‼T-score: mulher pós-menopausa e homem com 
mais de 50 anos (compara com pessoas mais 
jovens) 
 
04. Sobre o tratamento da osteopenia e 
osteoporose, marque a alternativa mais 
adequada: * 
A) Deve ser realizada a prescrição de 
medicamentos ricos em cálcio para todos os 
pacientes com osteoporose.→ primeiro tentar 
aumentar o cálcio a partir da dieta 
B) Todos os pacientes com osteoporose devem 
manter os valores séricos de vitamina D3 acima 
de 30 ng/mL. 
C) O uso de medicamentos que diminuem a 
reabsorção óssea está indicado em pacientes com 
osteopenia que se queixam de dores ósseas. 
D) O principal objetivo do tratamento da 
osteoporose é aumentar a massa óssea. 
 
 
05. Os bisfosfonatos são os medicamentos mais 
utilizados no tratamento da osteoporose. Sobre o 
mecanismo de ação desses medicamentos, escolha 
a alternativa correta? 
A) São anticorpos monoclonais contra o ligante 
do receptor nuclear fator kappa B (RANKL), com 
efeito antirreabsortivo. 
B) Estimulam a formação óssea, ao mesmo tempo 
que inibdem a reabsorção óssea. 
C) Levam a inibição da função e recrutamento 
dos osteoclastos e a alterações no citoesqueleto, 
que acabam provocando sua apoptose. 
D) Aumentam a atividade dos osteoblastos e a 
ativação da vitamina D3 no osso.

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