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Direito Militar CTSP 2021- módulo I

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Esse material e de uso exclusivo do aluno matriculado no preparatório CTSP do QAPQuestões. 
Polígrafo básico de Direito Militar CTSP 2021 
Professor: Aldo João do Amaral Pereira 
 
1. Diferenças básicas de competências e funcionamento entre JMU e JME 
 
2. Previsões básicas constantes na CF/1988 quanto ao Direito Militar: 
Art. 5º, LXI - Ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada 
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente 
militar, definidos em lei. 
Art. 42 - Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, instituições 
organizadas com base na hierarquia e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Territórios. 
Art. 92, VI - São órgãos do Poder Judiciário: [...] VI – os Tribunais e Juízes Militares; 
Art. 122, CF/88. São órgãos da Justiça Militar: 
I - o Superior Tribunal Militar; 
II - os Tribunais e Juízes Militares instituídos por lei. 
 
Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo 
Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre 
oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-
generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis. 
 
Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre 
brasileiros maiores de trinta e cinco anos, sendo: 
 
I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de 
efetiva atividade profissional; 
 
JMU JME 
1. Crimes Militares (CF, art. 124) 1. Crimes Militares (CF, art. 125, § 4º) 
2. Ações Judiciais contra atos disciplinares 
militares 
Militares (ativos FFAA) 
Civis (por crimes dolosos) 
Militares Estaduais (tempus delicti) 
Conselho de Justiça Juiz singular do Juízo Militar: Crimes militares 
contra civis; e Ações judiciais contra atos 
disciplinares militares. 
 
Conselho de Justiça: demais crimes militares 
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II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça 
Militar. 
 
Art. 124. À Justiça Militar compete processar e julgar os crimes militares definidos em lei. 
Parágrafo único. A lei disporá sobre a organização, o funcionamento e a competência da Justiça 
Militar. 
 
Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios estabelecidos nesta 
Constituição 
 
§ 3º - A lei estadual poderá criar, mediante proposta do Tribunal de Justiça, a Justiça Militar 
estadual, constituída, em primeiro grau, pelos juízes de direito e pelos Conselhos de Justiça e, em 
segundo grau, pelo próprio Tribunal de Justiça, ou por Tribunal de Justiça Militar nos Estados em 
que o efetivo militar seja superior a vinte mil integrantes. (RG, SP, MG) 
 
§ 4º - Compete à Justiça Militar estadual processar e julgar os militares dos Estados, nos 
crimes militares definidos em lei e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, 
ressalvada a competência do júri quando a vítima for civil, cabendo ao tribunal competente 
decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças. 
 
§ 5º - Compete aos juízes de direito do juízo militar processar e julgar, singularmente, os crimes 
militares cometidos contra civis e as ações judiciais contra atos disciplinares militares, cabendo ao 
Conselho de Justiça, sob a presidência de juiz de direito, processar e julgar os demais crimes 
militares. 
 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida 
para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, através dos 
seguintes órgãos: 
[...] 
IV - polícias civis; 
V - polícias militares e corpos de bombeiros militares. 
 
§ 4º - Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, incumbem, ressalvada a 
competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração de infrações penais, exceto as 
militares. 
 
§ 6º - As polícias militares e corpos de bombeiros militares, forças auxiliares e reserva do Exército, 
subordinam-se, juntamente com as polícias civis, aos Governadores dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Territórios. 
 
3. Previsões básicas constantes na Constituição Estadual do RS/1989 quanto ao Direito 
Militar: 
 
Art. 129. À Brigada Militar, dirigida pelo Comandante-Geral, oficial da ativa do quadro da Polícia 
Militar, do último posto da carreira, de livre escolha, nomeação e exoneração pelo Governador do 
Estado, incumbem a polícia ostensiva, a preservação da ordem pública e a polícia judiciária militar. 
 
Art. 133. À Polícia Civil, dirigida pelo Chefe de Polícia, delegado de carreira da mais elevada 
classe, de livre escolha, nomeação e exoneração pelo Governador do Estado, incumbem, 
ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a apuração das infrações 
penais, exceto as militares. 
 
4. Lei Complementar nº 10.990/1997: 
 
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Art. 40 - O Código Penal Militar relaciona e classifica os crimes militares, em tempo de paz e em 
tempo de guerra, e dispõe sobre a aplicação aos servidores militares das penas correspondentes 
aos crimes por eles cometidos. 
 
 
 
 
5. Principais princípios norteadores ao Direito Penal Militar 
 
a) Princípio da LEGALIDADE (reserva legal): 
 
nullum crimen, nulla poena sine praevia lege (não há crime sem lei anterior que o defina, nem 
pena sem previa cominação legal); 
 
- Previsão legal: Art. 1º do CPM e art. 5º, XXXIX da CRFB/88; 
- A doutrina subdivide o princípio da legalidade em: 
a.1) Princípio da Anterioridade: segundo o qual uma pessoa só pode ser punida se, à época do 
fato por ela praticado, já estava em vigor a lei que descrevia o delito, Assim consagra-se o 
princípio da irretroatividade da norma penal. 
a.2) Princípio da Reserva Legal: Apenas a lei em sentido formal-material pode descrever 
condutas criminosas. Abrangência do termo lei: entende-se por "lei", aqui, somente a norma 
elaborada pelo Congresso Nacional, pois é à União que compete legislar sobre Direito Penal. Os 
atos do executivo: Decreto-lei, Medida Provisória, Decreto, regulamentos, etc. não são 
considerados lei para este fim, embora alguns dentre os citados tenham força de lei. 
 
- Abolitio Criminis: Art. 2º CPM – ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de 
considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória 
irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. 
 
* Pontos a serem considerados: 
- Não se admite a retroatividade da lei penal, salvo para beneficiar o réu; 
- Não se admite tampouco o emprego da analogia no tocante às normas incriminadoras; 
- Não se admite ainda a incriminação indeterminada e vaga de certos fatos, comprometendo a 
certeza do direito; 
- Não será possível admitir crimes e penas pelo mero costume: “não há crime sem lei escrita 
anterior”. 
- As chamadas normas penais em branco NÃO FEREM o princípio da reserva legal. Ex: Art. 290 
CPM. 
 
b) Princípio da HIERARQUIA MILITAR E DA DISCIPLINA: 
Para o CPM: 
- Hierarquia militar é a ordenação da autoridade, em níveis diferentes, dentro da estrutura das 
Forças Armadas. A ordenação se faz por postos ou graduações; dentro de um mesmo posto ou 
graduação se faz pela antiguidade no posto ou na graduação. O respeito à hierarquia é 
consubstanciado no espírito de acatamento à sequênciade autoridade; 
 
- Disciplina: a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, normas e 
disposições que fundamentam o organismo militar e coordenam seu funcionamento regular e 
harmônico, traduzindo-se pelo perfeito cumprimento do dever por parte de todos e de cada um dos 
componentes desse organismo. 
 
Para a Lei Estadual n. 10.990/97 (Estatuto da Brigada Militar): 
 
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Art. 2º - A Brigada Militar, instituída para a preservação da ordem pública no Estado e considerada 
Força Auxiliar, reserva do Exército Brasileiro é instituição permanente e regular, organizada com 
base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Governador do Estado. 
... 
Art. 12 - A hierarquia e a disciplina militares são a base institucional da Brigada Militar, sendo que a 
autoridade e a responsabilidade crescem com o grau hierárquico. 
 
§ 1º - A hierarquia militar é a ordenação da autoridade em níveis diferentes, dentro da estrutura da 
corporação, sendo que a ordenação se faz por postos ou graduações e, dentro de um mesmo posto 
ou de uma mesma graduação, se faz pela antigüidade no posto ou na graduação, consubstanciada 
no espírito de acatamento à seqüência de autoridade. 
 
§ 2º - A disciplina militar é a rigorosa observância e o acatamento integral das leis, regulamentos, 
normas e disposições que fundamentam o organismo policial-militar e coordenam o seu 
funcionamento regular e harmônico, traduzindo-se pelo cumprimento do dever por parte de todos e 
de cada um dos seus componentes. 
 
§ 3º - A disciplina militar e o respeito à hierarquia devem ser mantidos entre servidores militares da 
ativa, da reserva remunerada e reformados. 
 
c) Princípio da IRRETROATIVIDADE: 
 
Irretroatividade da Lei Penal: A lei penal militar somente retroagirá para beneficiar o acusado. 
 
- A lei penal militar, como regra, não pode ser aplicada aos fatos ocorridos antes de sua vigência ou 
após sua revogação; 
 
- Novatio legis in mellius (ou lex mitior): Art. 2º, § 1º do CPM – “A lei posterior que, de qualquer 
modo, favorece o agente aplica-se retroativamente, ainda que já tenha sobrevindo sentença 
condenatória irrecorrível” – Retroatividade Benigna. 
 
6. Princípios de Direito Processual Penal Militar 
a) Do Devido Processo Legal 
É fundamentado no Artigo 5, inciso LIV, não há privação da liberdade ou perda de bens sem o 
devido processo legal. Deve ser respeitado todas as formalidades previstas na legislação para 
que o Estado possa aplicar a lei. É o principal fundamento do ordenamento jurídico processual. 
Todos os outros derivam dele. 
 
b) Do Juiz Natural 
Com base no Artigo 5, inciso LIII ninguém será processado nem sentenciado senão pela 
autoridade competente. Não haverá juízo ou tribunal de exceção, Artigo 5, inciso XXXVII. 
 
c) Do Estado de Inocência ou Não Culpabilidade 
Enquanto não houver condenação definitiva, presume-se o réu inocente: sua prisão antes do 
trânsito em julgado só pode ser admitida a título de cautela. 
 
d) Do Contraditório e da Ampla Defesa, Artigo 5, inciso: LV: 
Aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e aos acusados em geral são assegurados 
o contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ele inerentes. Não se confunde com o 
devido processo legal integra-o. Está previsto na Convenção sobre Direitos Humanos (Pacto de 
São José da Costa Rica). 
 
e) Da Verdade Real 
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Investigação dos fatos como se passaram na realidade (verdade material, possibilitando ao juiz 
determinar diligências de ofício, para melhor esclarecimento dos fatos investigados. 
 
f) Da Publicidade 
Artigo 5º, inciso: LX e inciso IX do Artigo 93 da Constituição Federal. O primeiro a lei só poderá 
restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social 
ou exigirem. O segundo todos os julgamentos dos órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e 
fundamentados todas as decisões, sob pena de nulidade, podendo a lei, se o interesse público o 
exigir, limitar a presença, em determinados atos, às próprias partes e aos seus advogados, ou 
somente a estes. 
 
A publicidade dos atos processuais integra o devido processo legal. No direito pátrio vigora o 
princípio da publicidade absoluta como regra. As audiências, as sessões e a realização de outros 
atos processuais são franquiados ao público em geral, ressalvados os casos específicos em lei. 
 
 
g) Da Obrigatoriedade 
Presentes as condições da ação penal militar, o MPM é obrigado a oferecer a denúncia. 
 
h) Da Oficialidade 
Nos termos do Artigo 129, inciso I,CPPM, o MPM é o exclusivo titular da ação penal militar, que é 
sempre pública, ressalvada a possibilidade da ação privada subsidiária da pública. 
 
i) Da Iniciativa das Partes e do Impulso Oficial 
O juiz não pode dar início ao processo sem a provocação da parte legítima. Cabe à parte 
provocar a prestação jurisdicional. Há algumas situações em que este princípio é mitigado: a 
concessão de Habeas Corpus de ofício, decretação da prisão preventiva e produção de provas 
(verdade real). 
 
j) Da Inadmissibilidade das Provas Ilícitas 
Com base no Artigo 5, inciso LVI, CF, são ilícitas as provas obtidas mediante a prática de algum 
ilícito, seja penal, civil ou administrativo, da parte daquele encarregado de produzi-las. 
 
k) Princípio da dignidade da pessoa humana. 
Refere-se ao direito natural e impostergável de cada pessoa, de receber tratamento de acor-do com 
sua condição humana. Deve se ter em mente que o indivíduo, mesmo quando come-te um ilícito, não 
deixa de ostentar a qualidade de ser humano, merecendo o respeito a essa situação 
 
 
Código de Penal Militar (CPM) – Decreto-lei nº 1.001,de 21 de outubro de 1969. 
 
7. Tempo do crime 
 
Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do 
resultado. 
 
8. Lugar do crime 
 
Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo 
ou em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria 
produzir-se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria 
realizar-se a ação omitida. 
 
9. Da Ação Penal Militar 
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Regra: Ação Penal Pública Incondicionada 
Art. 121, CPM. A ação penal somente pode ser promovida por denúncia do Ministério Público da 
Justiça Militar. 
 
Exceção: Ação Penal Pública condicionada a requisição 
Art. 122,CPM. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a ação penal, quando o agente for militar ou 
assemelhado, depende da requisição do Ministério Militar a que aquêle estiver subordinado; no caso 
do art. 141, quando o agente fôr civil e não houver co-autor militar, a requisição será do Ministério da 
Justiça. 
 
BIZU: Ressalta-se que por expressa disposição constitucional, a Ação Penal Privada Subsidiária da 
Pública, ou seja, aquela existente em face da inércia do Ministério Público que não se manifesta no 
prazo legal, é admitida no Direito Penal Militar. 
 
10. Habeas corpus no Direito Militar 
 
Art. 142, CF/88. [...] § 2º Não caberá habeas corpus em relação a punições disciplinares militares. 
 
Não caberá Habeas Corpus em relação ao mérito da punição militar, porém, quando o 
questionamento estiver relacionado à análise da legalidade da medida tem-se admitido a impetração 
de HC. 
 
11. Reservaou Reforma 
Art. 12, CPM - O militar da reserva ou reformado, empregado na administração militar, equipara-se 
ao militar em situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. 
 
A reserva é situação temporária de inatividade em que o militar fica obrigado a determinados deveres 
e conserva alguns direitos. 
 
A reforma é a situação de inatividade que desobriga o militar definitivamente do serviço ativo. 
 
12. Assemelhado 
 
Art. 21, CPM - Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, do 
Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em virtude de lei ou 
regulamento. 
 
O conceito de assemelhado, pelo código da armada, eram todos aqueles que, não sendo 
combatentes, faziam parte do Exército e das Armadas, sujeitos às leis militares, gozando dos 
direitos, vantagens e prerrogativas dos militares. 
 
É letra morta no Código Penal Militar desde a CF de 1988. 
 
13. Qual a situação dos servidores públicos civis que servem na Brigada Militar? 
 
Aplica-se o Código Penal comum e outras leis, exceto Código Penal Militar; e na esfera disciplinar a 
LC 10.098/94. 
 
14. Outros conceitos: 
 
Conceito de militar: 
Art. 22 CPM: É considerada militar, para efeito da aplicação dêste Código, qualquer pessoa que, em 
tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às fôrças armadas, para nelas servir em pôsto, 
graduação, ou sujeição à disciplina militar. 
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Equiparação a comandante: 
 
Art. 23 CPM- Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, tôda 
autoridade com função de direção. 
 
Art. 34 da Lei nº. 6.880, de 09Dez80 - Comando é a soma de autoridade, deveres e responsabilidade 
de que o militar é investido legalmente quando conduz homens ou dirige uma organização militar. O 
Comando é vinculado ao grau hierárquico e constituí uma prerrogativa impessoal, em cujo exercício 
o militar se define e se caracteriza como chefe. 
 
Conceito de superior: 
 
Art. 24 - O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sôbre outro de igual pôsto ou 
graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar. 
 
 
O Direito Penal Militar trabalha com duas conceituações de superior: 
 
-Superior hierárquico: Não está definida no CPM, porquanto inerente às instituições militares. Por 
exemplo, o Coronel é superior hierárquico ao Tenente-Coronel e assim por diante. 
 
- Superior funcional: é o expresso no artigo 24 do CPM. Por exemplo, haverá o crime capitulado no 
art. 157 do CPM (violência contra superior) se um Capitão agredir a outro militar do mesmo posto, 
estando este na função de Comandante de Companhia daquele, estabelecendo-se a superioridade 
funcional. 
 
15. Do concurso de agentes 
 
O CPM adotou a teoria causal (ou extensiva), pela qual todos os agentes que dão causa ao evento 
são considerados autores ou partícipes, independentemente de terem ou não praticado a conduta 
descrita no tipo penal (art. 53). 
 
Assim, quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na 
medida de sua culpabilidade. Exige-se: identidade de fato, pluralidade de condutas, relevância causal 
de cada uma das condutas e liame subjetivo entre os agentes (cooperação). 
 
O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição em contrário não são puníveis se 
o crime não chega, pelo menos, a ser tentado (art. 54). 
 
a) Crimes unissubjetivos – Podem ser praticados por apenas uma pessoa, mas nada impede 
que haja coautoria (todos praticam o núcleo do tipo penal) ou participação (quando, sem 
praticar o verbo, auxiliam na prática do ilícito). Nesses casos (ex.: lesão corporal), o concurso 
de pessoas será eventual. 
b) Crimes plurissubjetivos – Exigem dois ou mais agentes para a prática da conduta 
criminosa. Ex.: motim (art. 149): condutas paralelas; pederastia (art. 235): condutas 
convergentes; rixa (art. 211): condutas divergentes. 
c) “Cabeça” é figura típica do Direito Penal Militar. No concurso necessário de pessoas, é 
aquele que dirige, provoca, instiga ou exercita a ação criminosa. Quando o crime é cometido 
por inferiores e um ou mais oficiais, estes são considerados os cabeças, assim como um 
inferior que exerce a função de oficial. 
 
d) São requisitos para a existência do concurso de agentes: 
- liame subjetivo; 
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- pluralidade de agentes; 
- pluralidade de condutas; 
- identidade de infração penal para todos os agentes. 
 
# Súmula 53, STJ: “Compete a justiça comum estadual processar e julgar civil acusado de prática de 
crime contra instituições militares estaduais”. 
 
# Súmula 78, STJ: “Crime militar cometido em outro estado será julgado na JM do estado do ME”. 
 
16. Do concurso de crimes 
Art. 79. Quando o agente, mediante uma só ou mais de uma ação ou omissão, pratica dois ou 
mais crimes, idênticos ou não, as penas privativas de liberdade devem ser unificadas. Se as penas 
são da mesma espécie, a pena única é a soma de tôdas; se, de espécies diferentes, a pena única e 
a mais grave, mas com aumento correspondente à metade do tempo das menos graves, ressalvado 
o disposto no art. 58. 
 
Súmula 90 do STJ: “Compete à Justiça Estadual Militar processar e julgar o policial militar pela 
prática do crime militar, e à Comum pela prática do crime comum simultâneo àquele” 
 
 
17. Das penas principais 
 
Art. 55. As penas principais são: 
a) morte; 
b) reclusão; 
c) detenção; 
d) prisão; 
e) impedimento; 
f) suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função; 
g) reforma. 
 
Pena de morte 
Art. 56. A pena de morte é executada por fuzilamento. 
 
Art. 57. A sentença definitiva de condenação à morte é comunicada, logo que passe em julgado, ao 
Presidente da República, e não pode ser executada senão depois de sete dias após a comunicação. 
 
Parágrafo único. Se a pena é imposta em zona de operações de guerra, pode ser imediatamente 
executada, quando o exigir o interesse da ordem e da disciplina militares. 
 
# Nos termos do art.5º, XLVI, alínea a c/c art. 84, XIX, todos da CF/88, não haverá pena de morte, 
salvo em caso de guerra declarada. 
# A declaração de guerra se dará no caso de agressão estrangeira. 
 
 
18. Do Crime Militar 
O legislador penal brasileiro adotou o critério legal para definir crime militar, isto é, apenas 
enumerou taxativamente as diversas situações que definem esse delito. Ou seja, um fato só poderá 
ser considerado crime militar se estiver previsto no Código Penal Militar (CPM). 
 
“Crime militar é todo aquele que a lei assim o reconhece como tal.” 
 
19. Crimes militares em tempo de guerra 
Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra: 
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I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; 
II - os crimes militares previstos para o tempo de paz; 
III - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal 
comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente: 
a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado; 
b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as 
operações militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou 
podem expô-la a perigo; 
IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste Código, quandopraticados em zona de efetivas operações militares ou em território estrangeiro, militarmente 
ocupado. 
 
20. Tipicidade do crime militar em tempo de paz, por meio do Art. 9º do CPM: 
 
20.1 Diferente do que ocorre no Direito Penal Comum, em que diante de uma conduta 
típica, ilícita e culpável, teremos crime, o Direito Penal Militar necessita, além disto, que a conduta se 
adéque ao que dispõe o art. 9º do CPM para que o crime seja considerado militar. 
Art. 9º - Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: 
 
I - os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou 
nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; (PRÓPRIOS) 
 
II – os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados: 
(Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017): (IMPRÓPRIOS) 
 
a) por militar em situação de atividade (NÃO É INATIVO-RR) ou assemelhado, contra militar na 
mesma situação ou assemelhado; (RATIONE PERSONAE) 
 
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, 
contra militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil;(RATIONE LOCI) 
 
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em 
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou 
reformado, ou civil; (RATIONE MATERIAE) 
 
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou 
assemelhado, ou civil;(RATIONE TEMPORIS) 
 
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração 
militar, ou a ordem administrativa militar; 
 
III - os crimes praticados por militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições 
militares, considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos 
seguintes casos: 
 
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar; 
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, 
ou contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao 
seu cargo; 
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação, exploração, 
exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; 
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza militar, 
ou no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa 
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Esse material e de uso exclusivo do aluno matriculado no preparatório CTSP do QAPQuestões. 
(GLO- Garantia da Lei e da Ordem) ou judiciária, quando legalmente requisitado para aquêle fim, 
ou em obediência a determinação legal superior. 
 
Parágrafo único. Os crimes de que trata este artigo quando dolosos contra a vida e cometidos contra 
civil serão da competência da justiça comum, salvo quando praticados no contexto de ação militar 
realizada na forma do art. 303 da Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de 
Aeronáutica. 
 
§ 1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares 
contra civil, serão da competência do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017) 
 
§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares das 
Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se praticados no 
contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) 
 
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou 
pelo Ministro de Estado da Defesa; (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) 
 
II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não 
beligerante; ou (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) 
 
III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de 
atribuição subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição 
Federal e na forma dos seguintes diplomas legais: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) 
 
a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica; (Incluída pela Lei 
nº 13.491, de 2017) 
 
b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) 
 
c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar; e 
(Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) 
 
d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) 
 
 
• Observação nos crimes contra vida de civil: 
 
A apuração é de competência da Polícia Militar, conforme é previsto no art. 82, §2º do CPPM 
(incluído pela Lei 9299/96): 
 
“Nos crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a Justiça Militar encaminhará os 
autos do inquérito policial militar à justiça comum”. 
 
(STF, ADIn 1.494-DF, DJU, 20.04.97. Declarou constitucional e declarou atribuição da PJM, 
porém não impugnou a instauração paralela de inquérito policial pela polícia civil) 
 
# BIZU: 
 
20.2 Pode-se sistematizar a averiguação da tipicidade do crime militar seguindo-se passos, 
evidenciados por questões: 
 
1ª) O fato praticado está previsto na Parte Especial do Código Penal Militar? 
 
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Esse material e de uso exclusivo do aluno matriculado no preparatório CTSP do QAPQuestões. 
2ª) Há previsão das circunstâncias do crime em um dos incisos do art. 9º do CPM? 
 
3ª) O sujeito ativo do crime pode ser processado e julgado pela Justiça Militar que apreciará o delito? 
 
#EXEMPLOS: 
Exemplo 1: civil, membro de organização criminosa, ingressa em quartel da Polícia Militar e com a 
pura e simples intenção de afetar o moral da tropa, desacreditando a força policial estadual, escolhe 
um soldado PM (no quartel, de folga e fardado), praticando contra ele o crime de homicídio. 
1ª) Sim, há o tipo “homicídio” no art. 205 do CPM, e o crime contém igual definição no Código Penal. 
2ª) Sim, por ter sido cometido por civil que almejava atingir a Corporação, em lugar sujeito à 
Administração Militar, aplicamos a alínea “b” do inciso III do art. 9º. 
3ª) Não, nos termos do § 4º do art. 125 da CF, a Justiça Militar Estadual não é competente para 
julgar civis. 
Exemplo 2: civil, membro de um grupo criminoso, ingressa em quartel do Exército Brasileiro e com a 
pura e simples intenção de afetar o moral da tropa, desacreditando as Forças Armadas, escolhe um 
soldado (de folga e fardado) praticando contra ele o crime de homicídio. 
1ª) Sim, há o tipo “homicídio” no art. 205 do CPM, e o crime contém igual definição no Código Penal; 
2ª) Sim, por ter sido cometido por civil que almejava atingir a Corporação, em lugar sujeito à 
Administração Militar, aplicamos a alínea “b” do inciso III do art. 9º. 
3ª) Sim, nos termos do art. 124 da CF, a Justiça Militar Federal é competente para julgar qualquer 
pessoa que pratique crime militar. 
21. Excludentes de Ilicitude (antijuridicidade): 
 
Partindo do pressuposto de que o Brasil adota a Teoria Analítica Tripartida para definição do que 
é crime, cabe diferenciar as principais excludentes de ilicitude na atividade policial-militar: 
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - em estado de necessidade; 
II - em legítima defesa; 
III - em estrito cumprimento do dever legal; 
IV - em exercício regular de direito. 
Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de 
guerra, na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a 
executarserviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o 
terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 
# LEGITIMA DEFESA 
 
Art. 44 CPM - Situação em que alguém, usando moderadamente os meios necessários, repele 
agressão injusta, atual ou iminente, a direito seu (própria) ou de outrem (imprópria). 
 
Exige meios moderados no uso da força física ou de qualquer outro instrumento disponível no 
momento da injusta agressão ou de sua iminência, com o objetivo único de fazer cessar a agressão. 
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Esse material e de uso exclusivo do aluno matriculado no preparatório CTSP do QAPQuestões. 
Excesso culposo: prática de atos desnecessários que ultrapassam culposamente os limites da 
atuação moderada no momento da repulsa à injusta agressão (art. 45, CPM). 
Excesso doloso: atos desnecessários que ultrapassam dolosamente os limites da atuação 
moderada no momento da repulsa à injusta agressão, com o objetivo de produzir um resultado 
danoso além do necessário (art. 46, CPM). 
Em qualquer dos casos, não haverá punição pelo excesso quando for resultado de escusável 
surpresa ou perturbação de animo do agente diante da situação ou atitude do agressor (art. 45, 
parágrafo único, CPM). 
 
 
#ESTADO DE NECESSIDADE 
 
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou 
alheio, de perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal 
causado, por sua natureza e importância, é consideràvelmente inferior ao mal evitado, e o agente 
não era legalmente obrigado a arrostar o perigo. 
O CPM adotou a teoria diferenciadora, em contraposição ao Código Penal comum, que empregou a 
teoria unitária. Assim, o estado de necessidade pode funcionar como: 
Excludente da culpabilidade (art. 39 CPM) – Requisitos: 
a) Perigo de lesão a bem jurídico próprio, de parente ou pessoa ligada ao agente por laços de 
parentesco ou estreita relação afetiva; 
b) Perigo certo, atual e não provocado pelo agente; 
c) Impossibilidade de, por outro modo, evitar o perigo; 
d) Sacrifício de direito alheio; 
e) Inexigibilidade de conduta diversa. 
Excludente da antijuridicidade (art. 42, I, CPM) – Exclui o crime quando o agente pratica o ato para 
preservar direito seu ou alheio, de perigo certo e atual, que não provocou nem podia de outro modo 
evitar. Além disso, exige-se que: 
a) O mal causado seja, por sua natureza e importância, consideravelmente inferior ao mal evitado; 
b) O agente não tenha sido legalmente obrigado a enfrentar o perigo. 
Excludente da ilicitude especial (art. 42, parágrafo único, CPM) – Comandante de navio ou aeronave 
na iminência de perigo ou grave calamidade compele os subalternos, por meios violentos, a executar 
serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas ou evitar o desanimo, o terror, a 
desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 
# ESTRITO CUMPRIMENTO DO DEVER LEGAL – quando o agente pratica uma conduta típica, 
interferindo na vida privada dos cidadãos, porém em cumprimento a um dever imposto por lei. 
#EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO – o agente pratica uma conduta típica, porem dentro dos 
limites autorizados pelo próprio ordenamento jurídico. 
 
• Importante 
 
Para o Direito Penal Militar, deixam de ser elementos constitutivos do crime a qualidade (art. 
47, CPM): 
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# De superior ou inferior, quando não conhecida do agente; 
 
# De superior ou inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, vigia ou 
plantão, quando a ação é praticada em repulsa a agressão. 
 
22. Causas extintivas de punibilidade 
 
Art. 123. Extingue-se a punibilidade 
I - pela morte do agente; 
II - pela anistia ou indulto; 
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
IV - pela prescrição; 
V - pela reabilitação; 
VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (art. 303, § 4º). 
 
Art. 125. A prescrição da ação penal, salvo o disposto no § 1º dêste artigo, regula-se pelo máximo da 
pena privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 
I - em trinta anos, se a pena é de morte; 
II - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
III - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito e não excede a doze; 
IV - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito; 
V - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois e não excede a quatro; 
VI - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; 
VII - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano. 
 
# Conceito de Prescrição – Perda do direito do Estado de punir (art. 125, CPM) ou de executar (art. 
126, CPM) a pena pelo decurso do prazo, sem a ocorrência de causas suspensivas ou interruptivas. 
Por ser norma de ordem pública, pode ser alegada ou reconhecida a qualquer momento e em 
qualquer grau de jurisdição (art. 133, CPM). 
 
A prescrição da ação penal começa a correr: 
a) do dia em que o crime se consumou; 
b) no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; 
c) nos crimes permanente, do dia em que cessou a permanência; 
d) nos crimes de falsidade, da data em que o fato se tornou conhecido. 
Art. 126. A prescrição da execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança que a 
substitui (art. 113) regula-se pelo tempo fixado na sentença e verifica-se nos mesmos prazos 
estabelecidos no art. 125, os quais se aumentam de um têrço, se o condenado é criminoso habitual 
ou por tendência. 
§ 1º Começa a correr a prescrição: 
 
a) do dia em que passa em julgado a sentença condenatória ou a que revoga a suspensão 
condicional da pena ou o livramento condicional; 
b) do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se 
na pena. 
 
§ 2º No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento ou desinternação 
condicionais, a prescrição se regula pelo restante tempo da execução. 
 
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§ 3º O curso da prescrição da execução da pena suspende-se enquanto o condenado está prêso por 
outro motivo, e interrompe-se pelo início ou continuação do cumprimento da pena, ou pela 
reincidência. 
 
# Prescrição no caso de deserção 
 
Art. 132. No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta só extingue a 
punibilidade quando o desertor atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de sessenta. 
 
23. Suspensão condicional da Pena (Sursis) 
 
Pressupostos objetivos: PPL < = 2 anos de pena aplicada 
Pressupostos subjetivos: Não reincidência em crime com PPL; análise das circunstâncias judiciais 
Período de prova: de dois a seis anos. 
Revogação: condenado com trânsito em julgado; não reparação do dano; punido por infração 
disciplinar grave. 
Não cabe sursis: crimes em tempo de guerra; em tempo de paz – contra segurança nacional, de 
aliciação e incitamento, de violência contra superior, desrespeito a superior, de insubordinação, 
desrespeito a símbolo nacional, despojamento desprezível, pederastia ou outro ato libidinoso. 
 
24. CÓDIGO PENAL MILITAR – PARTE ESPECIAL – CRIMES MAIS INCIDENTES 
Motim 
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados: 
I - agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la; 
II - recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência; 
III - assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência,em comum, contra 
superior; 
IV - ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência de 
qualquer dêles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de 
qualquer daqueles locais ou meios de transporte, para ação militar, ou prática de violência, em 
desobediência a ordem superior ou em detrimento da ordem ou da disciplina militar: 
 
Pena - reclusão, de quatro a oito anos, com aumento de um têrço para os cabeças. 
 
Revolta 
Parágrafo único. Se os agentes estavam armados: 
Pena - reclusão, de oito a vinte anos, com aumento de um têrço para os cabeças. 
 
Incitamento 
Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar: 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
 Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar sujeito à 
administração militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou gravado, em 
que e contenha incitamento à prática dos atos previstos no artigo. 
Violência contra superior 
Art. 157. Praticar violência contra superior: 
Pena - detenção, de três meses a dois anos. 
Formas qualificadas 
§ 1º Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general: 
Pena - reclusão, de três a nove anos. 
 
Desrespeito a superior 
Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
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Recusa de obediência 
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sôbre assunto ou matéria de serviço, ou 
relativamente a dever impôsto em lei, regulamento ou instrução: 
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Publicação ou crítica indevida 
Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, ou criticar 
públicamente ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução do 
Govêrno: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Fuga de prêso ou internado 
Art. 178. Promover ou facilitar a fuga de pessoa legalmente prêsa ou submetida a medida de 
segurança detentiva: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Modalidade culposa 
Art. 179. Deixar, por culpa, fugir pessoa legalmente prêsa, confiada à sua guarda ou condução: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
Deserção 
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve 
permanecer, por mais de oito dias: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada. 
 
Embriaguez em serviço 
Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou apresentar-se embriagado para prestá-lo: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 
Dormir em serviço 
Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como oficial de quarto ou de ronda, ou em situação 
equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de 
ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
Pederastia ou outro ato de libidinagem 
Art. 235. Praticar, ou permitir o militar que com êle se pratique ato libidinoso, homossexual ou não, 
em lugar sujeito a administração militar: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
Aumento de pena 
Art. 237. Nos crimes previstos neste capítulo, a pena é agravada, se o fato é praticado: 
I - com o concurso de duas ou mais pessoas; 
II - por oficial, ou por militar em serviço. 
 
Tráfico, posse ou uso de entorpecente ou substância de efeito similar 
Art. 290. Receber, preparar, produzir, vender, fornecer, ainda que gratuitamente, ter em depósito, 
transportar, trazer consigo, ainda que para uso próprio, guardar, ministrar ou entregar de qualquer 
forma a consumo substância entorpecente, ou que determine dependência física ou psíquica, em 
lugar sujeito à administração militar, sem autorização ou em desacôrdo com determinação legal ou 
regulamentar: 
Pena - reclusão, até cinco anos. 
Casos assimilados 
§ 1º Na mesma pena incorre, ainda que o fato incriminado ocorra em lugar não sujeito à 
administração militar: 
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Esse material e de uso exclusivo do aluno matriculado no preparatório CTSP do QAPQuestões. 
I - o militar que fornece, de qualquer forma, substância entorpecente ou que determine dependência 
física ou psíquica a outro militar; 
II - o militar que, em serviço ou em missão de natureza militar, no país ou no estrangeiro, pratica 
qualquer dos fatos especificados no artigo; 
III - quem fornece, ministra ou entrega, de qualquer forma, substância entorpecente ou que 
determine dependência física ou psíquica a militar em serviço, ou em manobras ou exercício. 
 
Desacato a superior 
Art. 298. Desacatar superior, ofendendo-lhe a dignidade ou o decôro, ou procurando deprimir-lhe a 
autoridade: 
Pena - reclusão, até quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Desobediência 
Art. 301. Desobedecer a ordem legal de autoridade militar: 
Pena - detenção, até seis meses. 
 
Peculato 
Art. 303. Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que 
tem a posse ou detenção, em razão do cargo ou comissão, ou desviá-lo em proveito próprio ou 
alheio: 
Pena - reclusão, de três a quinze anos. 
 
Falsidade ideológica 
Art. 312. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dêle devia constar, ou nêle 
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar 
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sôbre fato jurìdicamente relevante, desde que o fato 
atente contra a administração ou o serviço militar: 
Pena - reclusão, até cinco anos, se o documento é público; reclusão, até três anos, se o documento 
é particular. 
 
Uso de documento pessoal alheio 
Art. 317. Usar, como próprio, documento de identidade alheia, ou de qualquer licença ou privilégio 
em favor de outrem, ou ceder a outrem documento próprio da mesma natureza, para que dêle se 
utilize, desde que o fato atente contra a administração ou o serviço militar: 
Pena - detenção, até seis meses, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. 
 
Violação de sigilo funcional 
Art. 326. Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo ou função e que deva permanecer em 
segrêdo, ou facilitar-lhe a revelação, em prejuízo da administração militar: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Prevaricação 
Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra expressa 
disposição de lei, para satisfazer interêsse ou sentimento pessoal: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 
Concussão 
Art. 305. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de 
assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 
Código de Processo Penal Militar (CPPM) – Decreto-lei nº 1.002,de 21 de outubro de 1969. 
 
25. Aplicação à Justiça Militar Estadual 
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Art. 6º Obedecerão às normas processuais previstas neste Código, no que forem aplicáveis, salvo 
quanto à organização de Justiça, aos recursos e à execução de sentença, os processos da Justiça 
Militar Estadual, nos crimes previstos na Lei Penal Militar a que responderem os oficiais e praças das 
Polícias e dos Corpos de Bombeiros, Militares. 
 
26. Exercício dapolícia judiciária militar 
 
Art. 7º A polícia judiciária militar é exercida nos têrmos do art. 8º, pelas seguintes autoridades, 
conforme as respectivas jurisdições: 
 
h) pelos comandantes de fôrças, unidades ou navios; 
 
27. Delegação do exercício 
 
§ 1º Obedecidas as normas regulamentares de jurisdição, hierarquia e comando, as atribuições 
enumeradas neste artigo poderão ser delegadas a oficiais da ativa, para fins especificados e por 
tempo limitado. 
 
§ 2º Em se tratando de delegação para instauração de inquérito policial militar, deverá aquela recair 
em oficial de pôsto superior ao do indiciado, seja êste oficial da ativa, da reserva, remunerada ou 
não, ou reformado. 
 
§ 3º Não sendo possível a designação de oficial de pôsto superior ao do indiciado, poderá ser feita a 
de oficial do mesmo pôsto, desde que mais antigo. 
 
§ 4º Se o indiciado é oficial da reserva ou reformado, não prevalece, para a delegação, a antiguidade 
de pôsto. 
 
28. Designação de delegado e avocamento de inquérito pelo ministro 
 
§ 5º Se o pôsto e a antiguidade de oficial da ativa excluírem, de modo absoluto, a existência de outro 
oficial da ativa nas condições do § 3º, caberá ao ministro competente a designação de oficial da 
reserva de pôsto mais elevado para a instauração do inquérito policial militar; e, se êste estiver 
iniciado, avocá-lo, para tomar essa providência. 
 
 
29. Competência da polícia judiciária militar 
 
Art. 8º Compete à Polícia judiciária militar: 
 
a) apurar os crimes militares, bem como os que, por lei especial, estão sujeitos à jurisdição militar, e 
sua autoria; 
b) prestar aos órgãos e juízes da Justiça Militar e aos membros do Ministério Público as informações 
necessárias à instrução e julgamento dos processos, bem como realizar as diligências que por êles 
lhe forem requisitadas; 
c) cumprir os mandados de prisão expedidos pela Justiça Militar; 
d) representar a autoridades judiciárias militares acêrca da prisão preventiva e da insanidade mental 
do indiciado; 
e) cumprir as determinações da Justiça Militar relativas aos presos sob sua guarda e 
responsabilidade, bem como as demais prescrições dêste Código, nesse sentido; 
f) solicitar das autoridades civis as informações e medidas que julgar úteis à elucidação das infrações 
penais, que esteja a seu cargo; 
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g) requisitar da polícia civil e das repartições técnicas civis as pesquisas e exames necessários ao 
complemento e subsídio de inquérito policial militar; 
h) atender, com observância dos regulamentos militares, a pedido de apresentação de militar ou 
funcionário de repartição militar à autoridade civil competente, desde que legal e fundamentado o 
pedido. 
 
30. Finalidade do inquérito 
 
Art. 9º O inquérito policial militar é a apuração sumária de fato, que, nos têrmos legais, configure 
crime militar, e de sua autoria. Tem o caráter de instrução provisória, cuja finalidade precípua é a de 
ministrar elementos necessários à propositura da ação penal. 
 
Parágrafo único. São, porém, efetivamente instrutórios da ação penal os exames, perícias e 
avaliações realizados regularmente no curso do inquérito, por peritos idôneos e com obediência às 
formalidades previstas neste Código. 
 
31. Caráter Inquisitivo 
O IPM é inquisitivo, pois não existe a figura do contraditório, podendo o oficial encarregado dirigir as 
investigações como entender conveniente, sem ater-se a um procedimento prévio a ser obedecido. 
Assim, exemplificando, poderá ouvir quantas testemunhas entender necessárias para o 
esclarecimento do fato. 
 
32. Conceito de indiciado 
Indiciado é a denominação dada ao suspeito da prática de um fato típico, objeto de investigações. 
Ressalta-se a necessidade de haver no mínimo uma suspeita razoável contra alguém para indiciá-lo. 
O indiciado não está obrigado a responder às perguntas formuladas pelo oficial encarregado, pois a 
Constituição Federal assegura-lhe esses direito (art.5º, LXIII, CF). 
 
33. Modos por que pode ser iniciado 
 
Art. 10. O inquérito é iniciado mediante portaria: 
 
a) de ofício, pela autoridade militar em cujo âmbito de jurisdição ou comando haja ocorrido a infração 
penal, atendida a hierarquia do infrator; 
b) por determinação ou delegação da autoridade militar superior, que, em caso de urgência, poderá 
ser feita por via telegráfica ou radiotelefônica e confirmada, posteriormente, por ofício; 
c) em virtude de requisição do Ministério Público; 
d) por decisão do Superior Tribunal Militar, nos têrmos do art. 25; 
e) a requerimento da parte ofendida ou de quem legalmente a represente, ou em virtude de 
representação devidamente autorizada de quem tenha conhecimento de infração penal, cuja 
repressão caiba à Justiça Militar; 
f) quando, de sindicância feita em âmbito de jurisdição militar, resulte indício da existência de 
infração penal militar. 
 
34. Superioridade ou igualdade de pôsto do infrator 
 
§ 1º Tendo o infrator pôsto superior ou igual ao do comandante, diretor ou chefe de órgão ou serviço, 
em cujo âmbito de jurisdição militar haja ocorrido a infração penal, será feita a comunicação do fato à 
autoridade superior competente, para que esta torne efetiva a delegação, nos têrmos do § 2° do art. 
7º. 
 
35. Providências antes do inquérito 
 
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Esse material e de uso exclusivo do aluno matriculado no preparatório CTSP do QAPQuestões. 
§ 2º O aguardamento da delegação não obsta que o oficial responsável por comando, direção ou 
chefia, ou aquêle que o substitua ou esteja de dia, de serviço ou de quarto, tome ou determine que 
sejam tomadas imediatamente as providências cabíveis, previstas no art. 12, uma vez que tenha 
conhecimento de infração penal que lhe incumba reprimir ou evitar. 
 
36. Infração de natureza não militar 
§ 3º Se a infração penal não fôr, evidentemente, de natureza militar, comunicará o fato à autoridade 
policial competente, a quem fará apresentar o infrator. Em se tratando de civil, menor de dezoito 
anos, a apresentação será feita ao Juiz de Menores. 
 
37. Escrivão do inquérito 
Art. 11. A designação de escrivão para o inquérito caberá ao respectivo encarregado, se não tiver 
sido feita pela autoridade que lhe deu delegação para aquêle fim, recaindo em segundo ou primeiro-
tenente, se o indiciado fôr oficial, e em sargento, subtenente ou suboficial, nos demais casos. 
 
38. Medidas preliminares ao inquérito 
 
Art. 12. Logo que tiver conhecimento da prática de infração penal militar, verificável na ocasião, a 
autoridade a que se refere o § 2º do art. 10 deverá, se possível: 
a) dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e a situação das coisas, 
enquanto necessário; (Vide Lei nº 6.174, de 1974) 
b) apreender os instrumentos e todos os objetos que tenham relação com o fato; 
c) efetuar a prisão do infrator, observado o disposto no art. 244; 
d) colhêr tôdas as provas que sirvam para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias 
 
39. Sigilo do inquérito 
Art. 16. O inquérito é sigiloso, mas seu encarregado pode permitir que dêle tome conhecimento o 
advogado do indiciado. 
 
40. Prazos para terminação do inquérito 
Art 20. O inquérito deverá terminar dentro em vinte dias, se o indiciado estiver prêso, contado esse 
prazo a partir do dia em que se executar a ordem de prisão; ou no prazo de quarenta dias, quando o 
indiciado estiver sôlto, contados a partir da data em que se instaurar o inquérito. 
 
41. Prorrogação de prazo 
§ 1º Êste último prazo poderá ser prorrogado por mais vinte dias pela autoridade militar superior, 
desde que não estejam concluídos exames ou perícias já iniciados, ou haja necessidade de 
diligência, indispensáveis àelucidação do fato. O pedido de prorrogação deve ser feito em tempo 
oportuno, de modo a ser atendido antes da terminação do prazo. 
 
42. Diligências não concluídas até o inquérito 
§ 2º Não haverá mais prorrogação, além da prevista no § 1º, salvo dificuldade insuperável, a juízo do 
ministro de Estado competente. Os laudos de perícias ou exames não concluídos nessa prorrogação, 
bem como os documentos colhidos depois dela, serão posteriormente remetidos ao juiz, para a 
juntada ao processo. Ainda, no seu relatório, poderá o encarregado do inquérito indicar, 
mencionando, se possível, o lugar onde se encontram as testemunhas que deixaram de ser ouvidas, 
por qualquer impedimento. 
 
43. Relatório 
Art. 22. O inquérito será encerrado com minucioso relatório, em que o seu encarregado mencionará 
as diligências feitas, as pessoas ouvidas e os resultados obtidos, com indicação do dia, hora e lugar 
onde ocorreu o fato delituoso. Em conclusão, dirá se há infração disciplinar a punir ou indício de 
crime, pronunciando-se, neste último caso, justificadamente, sôbre a conveniência da prisão 
preventiva do indiciado, nos têrmos legais. 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1970-1979/L6174.htm#art1
 
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44. Solução 
§ 1º No caso de ter sido delegada a atribuição para a abertura do inquérito, o seu encarregado enviá-
lo-á à autoridade de que recebeu a delegação, para que lhe homologue ou não a solução, aplique 
penalidade, no caso de ter sido apurada infração disciplinar, ou determine novas diligências, se as 
julgar necessárias. 
 
45. Advocação 
§ 2º Discordando da solução dada ao inquérito, a autoridade que o delegou poderá avocá-lo e dar 
solução diferente. 
 
46. Remessa do inquérito à Auditoria da Circunscrição 
Art. 23. Os autos do inquérito serão remetidos ao auditor da Circunscrição Judiciária Militar onde 
ocorreu a infração penal, acompanhados dos instrumentos desta, bem como dos objetos que 
interessem à sua prova. 
 
47. Arquivamento de inquérito. Proibição 
Art. 24. A autoridade militar não poderá mandar arquivar autos de inquérito, embora conclusivo da 
inexistência de crime ou de inimputabilidade do indiciado. 
 
48. Suficiência do auto de flagrante delito 
Art. 27. Se, por si só, fôr suficiente para a elucidação do fato e sua autoria, o auto de flagrante delito 
constituirá o inquérito, dispensando outras diligências, salvo o exame de corpo de delito no crime que 
deixe vestígios, a identificação da coisa e a sua avaliação, quando o seu valor influir na aplicação da 
pena. A remessa dos autos, com breve relatório da autoridade policial militar, far-se-á sem demora 
ao juiz competente, nos têrmos do art. 20. 
 
49. Dispensa de Inquérito 
Art. 28. O inquérito poderá ser dispensado, sem prejuízo de diligência requisitada pelo Ministério 
Público: 
a) quando o fato e sua autoria já estiverem esclarecidos por documentos ou outras provas materiais; 
b) nos crimes contra a honra, quando decorrerem de escrito ou publicação, cujo autor esteja 
identificado; 
c) nos crimes previstos nos arts. 341 e 349 do Código Penal Militar. 
 
50. Competência e requisitos para a concessão de menagem 
Art. 263. A menagem poderá ser concedida pelo juiz, nos crimes cujo máximo da pena privativa da 
liberdade não exceda a quatro anos, tendo-se, porém, em atenção a natureza do crime e os 
antecedentes do acusado. 
 
51. SÚMULA COR Nº 03: 
 
A atribuição para investigar crime de natureza militar é da autoridade de polícia judiciária militar com 
circunscrição no local onde tenha ocorrido o fato em tese delituoso, independentemente da 
subordinação administrativa do Militar Estadual autor e da sua condição de ativo ou inativo, 
respeitada a antiguidade ou precedência hierárquica. 
(BG nº 002/2009 - Nota nº 424/AP/SJD/08) 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del1001.htm#art349
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