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Suinocultura - Curvas de Alimentação e Crescimento na Fase de Terminações

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CONSIDERAÇÕES INICIAIS: 
- Aproximadamente 70 a 80% dos custos de produção 
das granjas de suínos são representados pela 
alimentação dos animais; 
- Desse montante de custo, aproximadamente 60% 
são gerados no setor de recria e terminação. 
 
 
 
 
VANTAGENS NA PRODUÇÃO DE SUÍNOS COM ALTO 
PESO DE ABATE, ENTRE 100 E 130 KG: 
 São reconhecidos pela indústria, sobretudo a 
indústria processadora de carnes: 
- Existe aumento da produção de carne por matriz 
alojada. 
- Aumento da produtividade na planta de abate. 
- Aumento de peso dos cortes nobres da carcaça. 
 Limitações na obtenção de animais com elevado 
peso de abate: 
- Relacionadas com os teores de gordura na carcaça e 
sua associação com a redução na eficiência alimentar. 
 
 
 
 
 
CURVAS DE CONSUMO E GANHO: 
 
 
 
 
 
 
 
- O crescimento dos suínos pode ser entendido 
basicamente pela taxa de deposição proteica e 
lipídica, pois esses dois fatores marcam as 
mudanças ou as diferenças na massa proteica 
corpórea e a massa lipídica corpórea. 
- As variações de consumo observadas nas curvas 
de campo são foco de muito trabalho dos 
técnicos que atuam diretamente no campo, pois 
a distância dessas curvas e a curva padrão 
definida pela genética é geradora de prejuízo 
econômico, pois boa parte desse alimento é 
desperdício advindo do mau uso de 
equipamentos ou das instalações, ou pode vir de 
consumo real que não será convertido com 
eficiência, pois ser á tratado como consumo 
residual. 
- Esse consumo residual é caracterizado pela 
ingestão acima da necessidade fisiológica do 
animal, obtido por ociosidade ou por hierarquia 
dentro dos grupos de suínos. O alimento 
ingerido como consumo residual terá uma 
eficiência de conversão muito abaixo do padrão 
de deposição normal desse animal. 
 
ESTRATÉGIAS DE AJUSTE DE CURVAS – RESTRIÇÃO 
ALIMENTAR: 
- As linhagens genéticas utilizadas na suinocultura 
brasileira apresentam alta capacidade de consumo 
diário de ração e alta taxa de deposição muscular na 
carcaça. Entretanto, com o amadurecimento dos 
animais, ao longo do seu crescimento, há 
A ampliação dos conhecimentos sobre o perfil de 
crescimento e, sobretudo, o domínio da eficiência de 
conversão alimentar dos suínos tem grande 
importância para evolução econômica da cadeia 
produtiva da suinocultura. 
As estratégias de manejo alimentar são oportunas para 
controlar esses fatores fisiológicos que melhoram a 
eficiência de produção dos animais 
O cenário de custos de alimentação de suínos 
apresenta, em médio e longo prazo, perspectivas de 
elevações de custos a cada dia, justificando a intensa 
busca pela melhor conversão alimentar dos animais. 
 
estabilização da deposição muscular nas carcaças e 
elevação da taxa de deposição de gordura nelas. 
- Acima dos 70 kg, há aumento significativo da 
capacidade de ingestão diária de ração, 
principalmente nos machos castrados, por isso, a 
dieta ingerida diariamente apresenta nível de 
energia mais alto que a demanda para deposição de 
carne magra; consequentemente, o excedente de 
energia é transformado em reserva de gordura 
depositada na carcaça dos suínos. 
- A gordura depositada representa alto custo 
metabólico para o animal, devido às próprias 
características químicas dos tecidos adiposos que 
têm baixa incorporação de água em sua 
constituição, ao contrário do tecido muscular, que 
tem aproximadamente 70% de água adicionada na 
sua construção. Isso faz com que os suínos, ao 
entrarem nessa fase de desenvolvimento, percam 
eficiência de conversão alimentar. 
 
 
 
 A Restrição Alimentar pode ser de duas formas: 
Restrição qualitativa: se reduz a concentração de 
nutrientes da dieta, por meio da inclusão de fibras, 
ingredientes de baixa digestibilidade, para que o animal 
tenha seu apetite satisfeito sem que haja satisfação de 
suas necessidades de nutrientes. 
Restrição quantitativa: é mais comum e é aplicada pela 
restrição de volume diário de alimento fornecido aos 
animais. Essa é a vantagem de permitir que se forneçam 
quantidades suficientes de proteínas e aminoácidos para 
manter a deposição muscular e aplicar a restrição com 
maior intensidade sobre a fração energética da dieta, 
com a finalidade de reduzir o acúmulo de gordura. 
 
 
ESTRATÉGIAS DE AJUSTE DE CURVAS – ALIMENTAÇÃO 
POR FASES E SEXOS SEPARADOS: 
 Alimentação por fases tem por finalidade: 
- Seguir a evolução das exigências nutricionais dos 
animais ao longo do desenvolvimento; dessa forma, 
o número de fases pode ser equivalente ao período 
de alojamento dos animais, pois diariamente se 
pode calcular a exigência dos suínos. 
- A utilização prática das rações pode ser o primeiro 
limitante para que se trabalhe com múltiplas fases. 
- As fases delimitadas por períodos semanais são 
práticas, porque permitem razoável aproximação da 
curva de exigência e proporcionam bom ajuste das 
intervenções sanitárias no manejo dos suínos. 
 Alimentação por sexos separados: 
- Os suínos machos castrados apresentam consumo 
superior em relação aos inteiros e às fêmeas. 
- Essas respostas têm sido relacionadas com a baixa 
concentração de hormônios esteroides nos animais 
castrados. A maior capacidade de consumo 
demonstrada pelos animais castrados e a redução 
do efeito anabólico dos hormônios sexuais sobre os 
tecidos de crescimento desses animais são a 
combinação fisiológica que proporciona a pior 
distribuição do ganho tecidual desses animais no 
final do ciclo de produção. 
- Esses animais apresentam taxas de ganho de tecido 
gorduroso bastante superior à dos animais não 
castrados, tanto machos como fêmeas. 
ESTRATÉGIAS DE AJUSTE DE CURVAS – 
AUTOMAÇÃO DE SISTEMAS DE ALIMENTAÇÃO 
LÍQUIDA: 
- Atualmente, tem crescido muito o interesse de 
produtores no Brasil pela tecnologia de alimentação 
computadorizada, que pode ser do tipo que fornece 
alimento farelado ou líquido. 
- Proporciona nível de precisão no fornecimento de 
ração aos grupos de animais de forma bastante 
precisa. Essas técnicas têm tornado práticos os 
manejos alimentares dos grupos de animais, mesmo 
em grandes sistemas de produção. 
- A programação diária do fornecimento de ração 
realizada de forma automática tem permitido aos 
nutricionistas a aplicação dos programas alimentares 
construídos com base nos cálculos de exigência 
nutricional diária, as curvas de consumo. 
- Essa programação do consumo permite que os 
nutricionistas trabalhem sobre a curva de exigência 
 A melhor fase par a aplicar a restrição alimentar é a 
partir dos 70 kg de peso vivo, pois, é a partir desse peso 
que a maioria das linhagens genéticas apresenta 
aumento na inclinação da curva de deposição de 
gordura na carcaça. 
O uso de restrição alimentar e a intensidade de restrição a ser 
aplicada dependerão do custo de ração, da taxa de ganho que 
se pretende, do sexo, da linhagem da concentração da dieta. 
dos animais, pois leva em consideração a taxa de 
deposição tecidual dos suínos. 
- A precisão do sistema computadorizado permite que 
se planejem fornecimentos de ração de forma que o 
consumo de nutrientes atenda às exigências dos 
animais e dê segurança necessária para que se 
eliminem as sobras de alimento, responsáveis pela 
geração do consumo residual. 
- Logicamente, o momento do mercado é que 
determinará a escolha das curvas de consumo, pois 
em determinados momentos o máximo ganho de 
peso poderá ser economicamente viável; já na 
maioria do tempo, a melhor conversão alimentar 
será a opção de máxima rentabilidade para o 
sistema de produção. 
- A automação e alimentação computadorizada, 
liquida ou solida, são ferramentas que podem 
proporcionar praticidade ao uso das curvas de 
alimentação. 
MANEJO ALIMENTAR E SISTEMAS DE 
ALIMENTAÇÃO NA FASE DE TERMINAÇÃO: 
 Alimentação à vontade: 
- No sistema de alimentação à vontade, os suínos 
possuem livre acessoao alimento, portanto irão 
consumir de acordo com as suas necessidades 
energéticas. 
- A relação consumo e energia serão controladas pela 
densidade energética da ração; quanto mais 
concentrada em energia, menor tende a ser o 
consumo; o inverso também é verdadeiro. 
- Consumindo à vontade, os suínos crescem mais 
rapidamente, o que não significa que o ótimo 
apetite seja eficiente no produto final, ou seja, 
crescer mais não significa melhores proporções de 
proteína e gordura na carcaça. 
- É preciso ficar atento ao grupo genético que estará 
sendo arraçoado. 
- As vantagens desse sistema é sua facilidade de 
operação e baixos custos com mão de obra. 
 Alimentação restrita: 
- No final do período da terminação, podemos 
observar o aumento do consumo voluntário dos 
suínos. 
- Ocorrem, naturalmente, o declínio na taxa de 
deposição de tecido magro e aumento na taxa 
de deposição de gordura. 
- São animais menos eficientes nessa fase, com 
carcaças mais gordas que podem sofrer penas 
nos frigoríficos. Uma solução para melhorar a 
eficiência dos suínos mais pesados é a restrição 
alimentar. 
- Quando a restrição é feita de modo qualitativo, 
precisamos ficar atentos à inclusão dos 
alimentos de forma que não altere a 
palatabilidade e aceitação dos suínos, de modo 
que eles cumpram a sua função sem prejudicar o 
consumo dos animais. 
- Para que a decisão sobre o uso ou não da 
restrição alimentar seja adequada, é preciso 
avaliar a genética dos suínos e o sexo. 
- Linhagens modernas com alta deposição de 
carne magra geralmente continuam depositando 
maiores teores de proteína do que de tecido 
adiposo mesmo nessa fase final, comparadas 
com linhagens de baixo potencial para 
deposição de carne magra. 
- Fêmeas comparadas a machos castrados 
também mantêm maior deposição proteica, 
mesmo estando mais pesadas. 
 Restrição quantitativa para suínos machos 
castrados e imunocastrados, de alto potencial para 
deposição de carne magra dos 91 aos 123 kg: 
 
 
- Houve melhora na conversão alimentar de suínos 
machos castrados e piora no ganho de peso, porém 
não altera as características de carcaça tanto em 
imunocastrados quanto em machos castrados. 
 
- A restrição alimentar qualitativa é eficiente em 
restringir o consumo energético pelos suínos 
pesados (de 89 aos 128 kg) e reduz o efeito negativo 
do maior peso dos animais sobre o rendimento de 
carne magra, ainda que piore o ganho de peso dos 
animais, ela melhora a eficiência da utilização de 
energia dietética e possibilita manter a produção de 
carne magra. 
 
 Alimentação controlada 
- No sistema de alimentação controlada, os suínos 
irão receber ração à vontade várias vezes ao dia (de 
acordo com um programa pré-estabelecido) por 
determinado tempo. 
- Esse tipo de alimentação visa estimular o consumo 
dos animais, melhorar o desempenho e aumentar a 
eficiência de deposição de carne magra na carcaça. 
Os mecanismos pelos quais isso ocorre precisam ser 
mais estudados. 
- Esse sistema de alimentação possui maior 
dificuldade de operação do que o sistema à vontade, 
no qual o arraçoamento é feito de forma manual. 
Pode ser utilizada em sistemas que adotam 
alimentação baseado em curva de consumo. 
 Processamento dos alimentos: 
 
 O processamento dos alimentos fornecidos para os 
suínos tem como principais finalidades: 
- Alterar a forma física ou o tamanho de partículas. 
- Conservar o alimento, aumentar a aceitabilidade e/ 
ou digestibilidade. 
- Modificar sua composição nutricional e eliminar 
elementos tóxicos. 
- De certa forma, todos os tipos de processamento 
têm por objetivo melhorar a eficiência dos animais. 
 
 Granulometria 
- Um tamanho de partícula adequado permite 
que as dietas sejam utilizadas com mais 
eficiência, melhorando o desempenho dos 
suínos e minimizando a excreção de nutrientes. 
- É de esperar que a redução do tamanho da 
partícula aumente a área da superfície do grão, 
permitindo maior exposição deste às enzimas 
digestivas e aos nutrientes. 
- É preciso buscar um ponto de equilíbrio para 
obter os resultados esperados 
- A redução do tamanho das partículas em 
excesso pode aumentar a incidência de úlcera 
gástrica. 
- Partículas muito finas também podem dificultar 
o escoamento da ração em canos e silos. 
 
 
 
 
 
 
 Peletização: 
 É um tipo de processamento térmico de ração que 
combina altas temperaturas em espaços de tempo, 
com a inclusão de vapor na ração farelada. 
O termo granulometria é designado para caracterizar o 
tamanho dos grânulos de um produto moído dado pelo 
Diâmetro Geométrico Médio (DGM). 
 Vantagens da peletização: 
- Geralmente melhora a digestibilidade da ração pela 
gelatinização do amido. 
- Diminui os desperdícios de ração (pela melhor 
apreensão da ração pelos animais e maior 
densidade). 
- Diminui a pulvirolência e a segregação dos 
ingredientes da dieta e aumenta a palatabilidade da 
ração. Essa combinação de fatores pode acarretar 
melhoria de 4 a 8% no ganho de peso diário e 
conversão alimentar. 
 Desvantagem da peletização: 
- Aumento de custo de produção da ração comparada 
ao uso da ração farelada, por isso é importante 
mensurar os fatores econômicos ligados ao 
desempenho zootécnico dos suínos e o custo da 
peletização da ração antes de optar por ela. 
 INSTALAÇÕES: 
 
 Comedouros: 
- A forma de arraçoamento dos suínos pode ser 
manual ou automática. 
- A forma manual envolve a presença de um ou mais 
funcionários para que o arraçoamento dos animais 
seja feito ao longo do dia. 
- O número de arraçoamentos irá acompanhar a 
capacidade dos comedouros, se são 
semiautomáticos ou não, se a alimentação é feita à 
vontade, restrita ou controlada. 
- A automação é um processo por qual são 
implantados sistemas para garantir maior 
rendimento e produtividade. 
 Vantagens relacionadas com o sistema de 
alimentação manual: 
- Baixo custo por animal alojado. 
- Baixo custo operacional. 
- Pouco dependente de controles. 
 As desvantagens são: 
- Ineficiência do ponto de vista de controle individual 
de consumo. 
- Consumo de poucos animais por espaço. 
De uniformidade, é dependente de energia elétrica e 
há muito desperdício. 
 
 Recomendações do comunicado técnico da 
EMBRAPA para comedouros conjugados com 
bebedouro, semiautomático e tipo circular: 
 
- Comedouro conjugado com bebedouro; 
- Comedouros semiautomáticos convencionais 
(lineares); 
- Sistemas automatizados de distribuição de ração; 
 
DENSIDADE DE ANIMAIS: 
 
- O número de animais alojados por baia e espaço 
destinado a esses animais deve ser respeitado de 
acordo com o tamanho dos suínos. 
 
 
 
- Suínos mantidos em densidades maiores do que as 
recomendadas podem afetar seu consumo por 
desvios de comportamento. 
- Para cada 3% na redução do espaço, o ganho diário 
e o consumo diário de ração podem mudar em 1% 
para suínos criados em piso totalmente ripado. 
- O excesso de suínos alojados por baia aumenta a 
disputa por alimento, os animais menos 
competitivos tendem a comer menos e a diferença 
de peso entre os animais do lote acaba sendo maior 
do que em lotes em que a densidade ideal de 
animais é respeitada. 
- Suínos mantidos em densidades maiores do que as 
recomendadas podem afetar seu consumo por 
desvios de comportamento. 
- Esse quadro se agrava quando os animais estão 
mantidos sob estresse térmico (tabelas 10 e 11). 
Para cada 3% na redução do espaço, o ganho diário 
e o consumo diário de ração podem mudar em 1% 
para suínos criados em piso totalmente ripado. O 
excesso de suínos alojados por baia aumenta a 
disputa por alimento, os animais menos 
competitivos tendem a comer menos e a diferença 
de peso entre os animais do lote acaba sendo maior 
do que em lotes em que a densidade ideal de 
animais é respeitada.