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Filmes comestíveis de pectina

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Por: Ivo Henrique 
MATERIAL ELABORADO POR IVO HENRIQUE 
 
Filmes comestíveis de pectina 
 
A pectina é o principal constituinte da parede celular de plantas superiores que 
contribui na manutenção da rigidez e integridade das células vegetais. Sua composição 
varia a depender da fonte vegetal. É um polissacarídeo formado por três maiores unidades 
de polissacarídeos: homogalacturonanas, ramnogalacturonana I e II, geradas de resíduos 
de ácidos galacturônicos (AG) unidos por ligações α-(1,4), dando origem a cadeias 
lineares. Estas cadeias lineares são parcialmente amidadas e/ou esterificadas com 
metanol, com os diferentes teores de metoxilação dando origem a pectinas de alto (AMP) 
ou baixo grau (BMP) de metoxilação. AMP possuem mais de 50% dos seus grupos 
carboxílicos metoxilados, já as BMP, menos de 50%. 
Além da acidez natural e solubilidade em água, o grau de metoxilação também 
interfere diretamente na capacidade gelificante da pectina e, por consequência, na 
formação de filmes comestíveis pela mesma. BMP formam géis por interações 
eletrostáticas com cátions e ânions dos grupos carboxílicos da pectina, formando as 
ligações, já as AMP formam géis em meio ácido com açúcares. 
Filmes de pectina são obtidos por casting (tradicional ou casting continuo, que se 
difere do primeiro pela maior escala de produção e tempo de secagem) ou extrusão. Eles 
possuem boas propriedades de permeabilidade a gases, porém más propriedades térmicas, 
mecânicas e de barreira à vapor d’água. 
Filmes feitos exclusivamente de pectina permitem crescimento microbiano devido 
a este polissacarídeo ser um nutriente utilizado pelos microrganismos para seu 
crescimento, assim, é necessária a incorporação de agentes com esta função inibidora aos 
filmes como demonstrado em vários. Blendas com outras fontes poliméricas e 
nanopartículas vêm sendo elaboradas para a melhoria de características de filmes de 
pectina.

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