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Micotoxinas

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1
 
-----------Micotoxinas----------- 
Conceito: é um conjunto de substâncias tóxicas produzidas por fungos, diferenciando de 
toxinas bacterianas por não terem natureza proteica e nem imunológica. São metabólitos 
secundários, produzidos por fungos em alimentos ou nas plantações. 
Substâncias mais relacionadas a essa contaminação com micotoxinas: 
• Cereais – trigo, milho, amendoim, café e castanha-do-pará. 
• Fungos mais comuns: aspergillus, penicilium, fusarium e outros. 
O fungo pode produzir mais micotoxinas, e dependendo da toxina produzida pelo fungo, pode 
ser mais fácil de combater, as toxinas podem ser mais tóxicas em determinados locais. 
Contaminação: 
• Pré-colheita: antes do agricultor retirar o produto. 
• Pós-colheita: é um maior problema, ocorre mais quando o alimento é exposto ao 
fungo no local de armazenamento, antes do seu processamento. 
Estima-se que 25% dos suprimentos alimentares estejam contaminados por micotoxinas. 
 
Condições que afetam a produção de toxina pelo fungo: 
• Linhagem: um fungo pode produzir mais de uma toxina, onde uma vai ser mais tóxica 
do que outra. 
• Susceptibilidade genética: cada indivíduo pode ser mais susceptível ao fungo. 
• Composição do substrato 
• Temperatura (25-30°C é a temperatura ideal para a síntese das aflatoxinas). As 
aflatoxinas são as principais em climas tropicais e subtropicais. 
A claviceps purpúrea libera uma toxina parecida com LSD, que quando feito o pão e as pessoas 
ingeriam, ficavam alucinadas, muitas mortas antigamente por associação com o “capeta”. Esse 
problema não foi gerado no Brasil. 
Condições que favorecem o crescimento de fungo nos alimentos: 
• Luz 
• Temperatura 
 
2
 
• Umidade 
• Carbono 
• PH 
• Outros. 
Doenças causadas por micotoxinas são chamadas de micotoxicoses, são classificadas de 
acordo com os sintomas: 
• Efeito agudo: tem associação com nefrotoxicidade e hepatotoxicidade. 
• Efeito crônico: carcinogênese ou teratogênese. 
Fatores que dificultam o diagnóstico por micotoxicoses: 
• As toxinas são produzidas esporadicamente e depende da região, depende da espécie, 
local e etc. 
• Dificuldade de estabelecer uma relação dose x resposta. 
• Distribuição irregular no organismo. 
• Reações que interferem no diagnóstico. 
• Poucos estudos sobre a dinâmica das toxinas. 
Micotoxinas de interesse econômico (mais presentes na nossa realidade): 
• Ocratoxina 
• Zearalenona 
• Tricotecenos 
• Fumonisinas 
• Patulina 
• Aflatoxina 
Ocratoxina: 
• Liberada por fungos aspergillus e penicillium. 
• Principalmente a Ocratoxina A (OTA) 
• Efeito nefrotóxicos em humanos 
• Contamina principalmente cereais (milho) 
• Tempo de meia vida no organismo de 35 dias. 
• Micotoxicose: nefropatia endêmica dos Balcãs. 
• Acredita-se que o efeito da OCA interage com os receptores da fenilalanina, pelas suas 
semelhanças. 
 
 
3
 
Zearalenona: 
• Produzida pelo fungo Fusarium 
• Tem efeito estrogênico (alterando a reprodução do indivíduo, muitas vezes deixando o 
indivíduo estéreo) 
• Alfa e beta zearalenol são os metabólitos mais tóxicos 
• Típico de climas frios 
• Presente em cereais (milho) e derivados 
• Micotoxicose: estrogenismo ou síndrome estrogênica. 
Tricotecenos: 
• Produzidos pelo Fusarium, Cefalospirinas, Myrothecium e outros 
• Existem mais de 200 tipos de tricotecenos, tendo como principais T-2, HT-2 e DAS 
• Presentes em trigo, arroz, milho, aveia, cevada e centeio 
• Micotoxicose: inibem a síntese de proteínas, DNA e RNA, causando sérios riscos. 
Fumonisinas: 
• Produzidos por fungos Fusarium 
• Fumonisinas B1, B2 e B3 
• Presentes em milhos e derivados 
• Micotoxicose: causa edema pulmonar em suínos, em humanos principalmente causam 
câncer de esôfago, em equinos causa leucoencefalomalácia. 
Patulina: 
• Produzidos por fungos Penicillium, aspergilllus e Byssochlamys 
• Presentes em maçãs, vegetais e derivados 
• Micotoxicose: tem ação imunossupressora, e ações carcinogênica ainda não 
comprovadas. 
• Presentes em temperaturas baixas. 
Aflatoxinas: 
• São gerados pelos aspergillus, pelos A.parasictus, A.flavus, A.nomius e 
A.pseudoglaucus. 
• Metabólitos secundários. 
• Micotoxinas mais estudadas na literatura. 
• 23 tipos de aflatoxinas conhecidas, principalmente B1, B2, G1, G2, M1 e M2. 
• A sua estrutura é composta por Bisfurano cumarinas 
• Os principais fungos produtores são Aspergillus parasiticus (B1, B2, G1 e G2) e 
Aspergillus flavus (B1 e B2). 
 
4
 
 
História das aflatoxinas: 
• Descoberta em 1960, na Inglaterra. Pois foram observadas altas mortalidades de perus 
em um campo de produção, observaram que a ração dos animais tinha a presença de 
fungos aspergillus no amendoim da ração, esse amendoim foi oriundo do Brasil, então 
foi isolada a substância produzida, então foi denominada aflatoxina (derivada do 
aspergillus flavus). 
• Elas foram classificadas de acordo com a fluorescência liberada quando em contato 
com a luz UV, a aflatoxina b liberou fluorescência azul (blue) enquanto a G liberou a 
fluorescência verde (green), a M foi observada no leite (milk). 
Propriedades das aflatoxinas: 
• Tem baixo peso molecular (320-330 g/mol) 
• É altamente solúvel em compostos de polaridade intermediária e baixa solubilidade 
em água. 
• Ponto de fusão: B1 (168-269°C), B2 (286-289°C), M1 (299°C) e M2 (293°C), o grande 
problema é que a temperatura não desnatura essas toxinas, pois não são de natureza 
proteica. 
• Quando são cristalizadas, elas têm estabilidade térmica, não são mais degradadas com 
temperaturas. 
Estrutura das aflatoxinas: 
 
 
5
 
Toxicocinética das aflatoxinas: 
• Absorção: fácil absorção pela via digestória, tem rápida passagem por membranas. 
• Distribuição: interagem com proteína plasmática 
o Principais órgãos de tropismo: músculos, rins, tecido adiposo e fígado (maior 
risco de hepatotoxicidade). 
• Metabolismo: 
o Fase 1 e 2 
o Para as reações de fase 1, principalmente temos a epoxidação, pois nessa 
etapa, é gerado o metabólito epóxido de aflatoxinas, que são altamente 
carcinogênicos. 
o Para a fase 2, vai sofrer diversas reações. 
 
Metabólitos que podem ser liberados com a chegada de aflatoxina B1 no fígado: 
 
A aflatoxina centralizada é a que chega no fígado, e ao lado dela temos os metabólitos que 
podem ser formados. 
 
6
 
 
Nesse exemplo, vemos a aflatoxina descoberta no leite, ao ingerir o leite, podemos gerar 
epóxidos de aflatoxinas M, que podem formar adutos de proteínas ou DNA, causando 
carcinogênese. 
Excreção: 
• 90% da AFB1 é eliminada em 24h 
• 2% da AFB1 é eliminada na forma de AFM1 no leite materno, em fêmeas. 
• É eliminada por vias urinária, biliar e pelo leite (fêmeas). 
Susceptibilidade: 
• Espécies (aves > mamíferos), aves mais susceptíveis. 
• Idade (adultos < jovens), jovens mais susceptíveis. 
Toxicodinâmica: 
• Crônico 
• Carcinogênico – o nosso sistema de reparo do DNA pode não conseguir reparar os 
danos formados pelos adutos, gerando o câncer. 
Exemplo de problema: 
 
 
7
 
Efeito agudo: 
• Dano hepatotóxicos 
o Alterações na função enzimática 
o Afeta o metabolismo de macromoléculas 
Efeito crônico: 
• Fígado é o órgão alvo, mais frequente em humanos. Pois em animais eu não consigo 
obter essa análise, a maioria são abatidos para consumo. 
• Pode ser observada pela ingestão de pequenas quantidades por longos períodos de 
tempo. 
• A AFB1 é considerada o mais poderoso carcinógeno conhecido. Tem potente ação 
teratogênica, esses problemas são mais gerados em humanos. 
• Mecanismo: 
o redução da taxa de crescimento e queda da produção (geralmente associada a 
animais que são abatidos antes, como está doente, não cresce normalmente). 
o Carcinogênese (hepática principalmente) e teratogênese 
o Alteração na resposta imune. 
o Deficiência no sistema complemento 
o Decréscimo da atividade de linfocinas 
o Redução do índice mitóticos de células B. 
Diagnósticoclínico da aflatoxina: 
• Observações da sintomatologia clínica. 
• Ponto de vista agudo: vômito, hemorragias, convulsões, danos hepáticos, alterações 
nos metabolismos de nutrientes e possíveis óbitos. 
• Ponto de vista crônico: hepatocarcinogenicidade. 
Diagnóstico laboratorial: esse diagnóstico pode ser no sangue, no leite, ou no próprio 
alimento. 
• Cromatografia em camada delgada 
• CG 
• CLAE 
• ELISA 
• Fluorimetria 
Os destacados são espectrofotometria de massa, podendo calcular as quantidades presentes, 
se são permitidas ou não. 
RDC nº7 lançada em 2011, trata do limite máximo permitido de micotoxinas em alimentos. 
Cada alimento tem seu limite de aflatoxinas de microgramas/Kg, muitas vezes na prática dá 
positivo para aflatoxinas, e caso aconteça isso precisa ser avaliada a quantidade, observando 
se está dentro do limite.

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