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Universidade Tecnológica Federal do Paraná - UTFPR Campus de Curitiba – DAFIS – Curso de Licenciatura em Física Oscilações, Ondas e Acústica Experimental – Prof. Jorge A. Lenz Nome: Douglas Nascimento de Oliveira R.A.: 1986520 Turma: FI75J Data: 03/04/2021 ROTEIRO DE AULA PRÁTICA I) Título: PÊNDULO FÍSICO II) Objetivos: Constatação experimental da veracidade da equação desenvolvida teoricamente para o cálculo do período de um pêndulo físico. III) Teoria: No pêndulo físico, a análise do torque exercido em relação ao eixo de rotação nos conduz à equação: 𝜏 = 𝑑 × 𝐹 = −d m g senθ (1) Da cinemática das rotações sabemos que o torque é dado por 𝝉 = I α, (2) onde: - I é o momento de inércia do sólido que compõe o pêndulo em relação ao eixo de rotação; - é a aceleração angular do sistema. Assim, d m g senω𝑡 = 𝑑2𝑦 𝑑𝑡2 (3) Esta equação diferencial tem como solução possível: )(ωcosAy += t , cuja frequência angular é dada por 𝜔2 = 𝑑𝑚𝑔 𝐼 = 2𝜋 𝑇 e, portanto 𝑇 = 2𝜋√ 𝐼 𝑑𝑚𝑔 (4) O momento de inércia de uma haste delgada em relação a um eixo perpendicular a sua medida principal e passando pelo centro de massa é: 𝐼 = 𝑚𝐿2 12 Pelo teorema dos eixos paralelos, o momento de inércia, ou inércia rotacional, em relação a qualquer eixo paralelo ao eixo central é dado por: 𝐼 = 𝑚𝐿2 12 + 𝑚𝑑2 = 𝑚 ( 𝐿2 12 + 𝑑2), (5) onde d é a distância do centro de massa da haste ao eixo de rotação. IV) Material utilizado: 1 haste (pode ser de qualquer material desde que seja homogênea), cronômetro, balança, régua, material de fixação e suportes. IV) Procedimento: 1) Com o material de fixação, suspender uma das hastes, por um furo numa das bordas; 2) Cronometrar cinco vezes, vinte oscilações completas, tendo o cuidado em usar pequenas amplitudes (no máximo 20º). Com estas medidas, preencher a tabela 1. Com estes tempos, calcular o período médio de oscilação; 3) Medir o comprimento L da haste oscilante e a distância d entre seu centro de massa e o ponto de sustentação (ou de rotação). 4) Com estes dados preencher a tabela 2; 5) Com a balança, obter a massa do pêndulo físicos; 6) Calcular o momento de inércia I do pêndulo com a equação (5); 7) Calcular o período de oscilação com a equação (4); 8) Comparar o período de oscilação obtido em da questão (6) com o período médio nas 20 oscilações completas e verificar se foi alcançado o objetivo proposto. Para a execução do experimento foi confeccionado, sobre uma tábua de madeira, uma estaca em formato de paralelepípedo, como segue a figura abaixo. Por conta disso, o cálculo para o momento de inércia do objeto usado neste experimento segue os passos a seguir. L m Um paralelepípedo com 𝐿 = 18 𝑐𝑚 de comprimento, ℎ = 2,1 𝑐𝑚 de altura e 𝑏 = 4,1 𝑐𝑚 de profundidade, além de uma massa de 0,090 𝑘𝑔. O objeto possui dois furos homogêneos que possibilitaram considerar o centro geométrico como centro de massa. Como não é uma haste delgada, as dimensões de profundidade do paralelepípedo influenciam na determinação do momento de inércia do objeto. Como somente 𝐼𝑧 nos interessa, portanto o momento de inércia para um dos eixos de rotação, com distância entre o eixo e o centro de massa 𝑑 = 7,5 𝑐𝑚, será dado por 𝐼 = 𝐼𝑍 + 𝑚𝑑 2 𝐼 = 1 12 (0,090)[(0,041)2 + (0,18)2] + (0,090)(0,075)2 𝐼 = 7,618575 × 10−4 𝑘𝑔 𝑚2 Utilizando a fórmula (4), determina-se o período do paralelepípedo em função do seu momento de inércia sobre o eixo de rotação indicado. 𝑇 = 2𝜋√ 𝐼 𝑑𝑚𝑔 = 2𝜋√ 7,6185 × 10−4 (0,075)(0,090)(9,81) = 0,67395415 ≅ 0,6740 𝑠 Considerando 𝑔 = 9,81 𝑚/𝑠2 Realizando o experimento com 20 oscilações, repetindo 5 vezes, obtém-se os dados apresentados na Tabela 1. As oscilações foram realizadas com um ângulo de 20° com auxílio de fio de nylon sobre o transferidor. A haste metálica cilíndrica que sustenta o paralelepípedo pelo eixo foi fixada de forma que mantivesse um angulo reto em relação à parece vertical. Foi utilizado também óleo de cozinha para reduzir o atrito entre a haste e o furo da madeira. Alguns desses detalhes são possíveis constatar nas imagens abaixo. O período de 20 oscilações é dividido por 20 e assim tirado a média entre as 5 repetições. Desta forma encontramos o período médio de oscilação, que é bem próximo ao período de oscilação em função do momento de inércia do paralelepípedo, representado na Tabela 2. Tabela 1 No de oscilações t (s) T (s) = t(s)/20 20 13,05 0,6525 20 13,26 0,6630 20 13,07 0,6535 20 13,15 0,6575 20 13,11 0,6555 Média = 0,6564 Tabela 2 m (kg) L (m) d (m) I (kg m2) T (s) Pêndulo 0,090 0,18 0,075 7,6185 × 10−4 0,6740
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