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AVALIAÇÃO EM UTI (RESUMO) ESTRUTURA E FUNÇÃO FUNÇÕES MENTAIS Paciente COM SEDAÇÃO: os sedativos alteram o nível de consciência, deixam o paciente letárgico (sonolento), confuso e geralmente ocorre amnésia. Exemplos de medicamentos: Fentanil: deixa o paciente imóvel, rebaixa consciência e gera amnésia. Dormonid: deprime o centro respiratório (não é interessante fazer o desmame respiratório nos pacientes que estão utilizando). Procedex: acalma, porém não deprime o centro respiratório. Escala RASS: avalia profundidade da sedação. Obs1: Malefício do coma – descondicionamento físico (perda de massa muscular periférica e respiratória). Obs2: Paciente sedado, porém agressivo/combatível – se deve a resistência a medicação, principalmente drogados (heroína) com crise de abstinência ou pacientes que usam alguma droga para dormir. Paciente SEM SEDAÇÃO: deve-se avaliar: Nível de consciência Acordado: paciente com olhos abertos, respondendo a estímulos. Sonolento (letárgico): dormindo, acorda após estimulo. Torporoso: acorda apenas com estimulo doloroso. Comatoso: não acorda, apenas responde a estímulos que testem os reflexos primitivos. Estado vegetativo: nenhuma resposta presente, recobrado de sono e vigília. Usar Escala de Coma de Glashow (ECG): define o estado neurológico de pacientes com uma lesão cerebral aguda a partir do nível de consciência. O objetivo da escala é tentar traçar um prognóstico. Esta escala avalia resposta verbal, ocular e motora. Score: Orientação: tempo (perguntar o ano), espaço (perguntar onde estamos) e pessoa (perguntar o nome completo). Não se deve testar se o indivíduo estiver utilizando prótese invasiva. Confusão mental Delirium (alucinações e agitações) Demência – quadro mais crônico FUNÇÕES DA VISÃO Avaliar as pupilas: Tamanho – 2 a 6mm. Simetria: anisocóricas (assimétricas) – afecções compressivas como tumores ou toxoplasmose; ou isocóricas (simétricas). Fotorreação (isofotorreagente). o Midríase não reativa (pupila dilatada): anóxia cerebral difusa, morte encefálica. o Míose fotorreativa (constrição): uso de opióides (sedação). Informação na BOMBA DE INFUSÃO Score ≤ 8: coma ou lesão cerebral grave Score 9 a 12: lesão moderada Score 13 a 15: lesão leve AVALIAÇÃO EM UTI (RESUMO) FUNÇÃO CARDIOVASCULAR Pressão arterial: a pressão arterial média (PAM) normalmente varia de 70 a 105mmHg. É obtida através de um cateter de PAM. Hipotensão: PAS < 90mmHg ou PAM < 60mmHg. FC: normalmente varia de 60 a 100 bpm. Deve-se ficar preocupado quando a FC > 130 bpm. Ritmo cardíaco: monitorização cardíaca pelo ECG. Uso de DVAs (drogas vasoativas) Noradrenalina: vasoconstritor. Indicado para indivíduos hipotensos. Nipride: vasodilatador sistêmico. Indicado para indivíduos hipertensos. Tridil: vasodilatador coronariano. Indicado para indivíduos com angina instável, IAM, etc. Dobutamina: age no efeito inotrópico (aumenta força de contração) e cronotrópico (aumenta FC). Indicado para indivíduos com IC. Estabilidade hemodinâmica Estável: mantendo boa PA (PAM > 60mmHg ou PAS > 90mmHg), sem DVA. Estável sob efeito de DVA: boa PA, com noradrenalina até 15ml/hora (olhar na bomba de infusão). Instável: precisando de mais de 15ml/hora de noradrenalina ou doses crescentes (de manhã 8ml/hora, a tarde aumentou para 12ml/hora). TVP: sinais e sintomas, teste de bandeira, sinal de Homans. Outras: ausculta cardíaca, ictus cordis, estase jugular, pulsos, perfusão periférica (TEC), etc. FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Respiração espontânea: é classificado se todo ar inspirado foi o paciente quem puxou. Ar ambiente Oxigenoterapia Ventilação mecânica: pode ser classificada em invasiva (tubo orotraqueal – TOT; traqueostomia – TQM) ou não invasiva (máscara de VNI). Pressão cuff (cmH2O): balão presente nos tubos orotraqueal e numa traqueostomia plástica com função de vedar a via aérea. Valor normal: 20 a 30. Comissura labial: numeração do tubo presente na altura do lábio que indica quando cm de tubo estão inseridos na traquéia do paciente. o Se ficar muito para dentro acontece a ENTUBAÇÃO SELETIVA, geralmente mandando ar apenas para o pulmão direito. o Se ficar muito para fora pode ter EXTUBAÇÃO (quando o tubo fica acima da prega vocal). Parâmetros de VM Inspeção Expansibilidade Simetria de tórax: se tem um lado mais abaulado ou deprimido (ex: pneumotórax – abaulamento / atelectasia – depressão). Sinais de desconforto respiratório SpO2: observar pelo oxímetro (normal > 97 a 100%). A intervenção começa quando a SpO2 < 90%. Tosse e aspecto da secreção: tem que pedir para o paciente tossir e classificar em seca /produtiva, eficaz (consegue mobilizar secreção) / não eficaz. Não realizar se o paciente estiver em VM. FR: 12 a 20 rpm. Ritmo respiratório Palpação: pode encontrar fraturas, dor na parede torácica, enfisema subcutâneo (ar que migra para os tecidos junto com o pneumotórax). Percussão torácica Timpânico (pneumotórax – unilateral; DPOC – bilateral). Maciço (derrame pleural, pneumonia, fibrose cística, atelectasia – QUASE TUDO). Ausculta pulmonar Murmúrio vesicular: presente, reduzido ou ausente. Roncos: presença de secreção espessa. **NÍVEIS DE LACTATO** Avalia perfusão tecidual. Se estiver aumentado quer dizer que os tecidos estão fazendo respiração anaeróbia pois não está chegando sangue (O2) Normal até 2mmol/L, no repouso AVALIAÇÃO EM UTI (RESUMO) Estertores bolhosos: presença de secreção menos espessa. Estertores crepitantes: abertura de unidades alveolares colapsadas, presente em anormalidades de parênquima como microatelectasias, pneumonia, edema agudo de pulmão, fibroses pulmonares. Ocorrem APENAS na inspiração. Sibilos: presença de estreitamento como na asma, aspiração de corpo estranho. Atrito pleural Outros: tipo de respiração, FTV, etc. MEDIDAS DE FUNÇÃO RESPIRATÓRIA Capacidade vital: corresponde ao volume TOTAL de ar que cabe no sistema respiratório. Para medir a CV é necessário um ventilometro na traqueo ou no tubo, e deve-se pedir uma inspiração máxima e uma expiração máxima. Só é possível realizar com o paciente colaborativo. Valor normal: 65ml/Kg – leva em consideração o peso e altura. Se a CV < 20ml/Kg – indicação de VM. Obs: Doenças restritivas REDUZEM a CV, por exemplo, uma afecção pleural, pneumonia, atelectasia ou até mesmo fraqueza muscular. PImax: corresponde a força muscular inspiratória, realizado com o manovacuômetro ou no ventilador (tem uma função para isso). Num paciente não colaborativo pode-se realizar a técnica de oclusão, que consiste em não deixa-lo respirar por 25 a 40 segundos. Fraqueza: < 60% do predito Mínima para ventilação espontânea: -15 a -30 cmH2O, ou seja, se o paciente apresenta PImax > - 30cmH2O ele consegue manter a ventilação sem auxílio de ventilador mecânico. Ventilometria: obtém o VM (volume-minuto) e FR (frequência respiratória) a fim de calcular o VC (volume corrente). VC normal: 5 a 8ml/Kg. Indice de Respiração Rápida e Superficial (IRRS) – Indice de Tobin: se a relação FR/VC > 105 significa insucesso no desmame, pois o paciente realiza várias incursões respiratórias para manter o volume corrente em níveis normais. FUNÇÃO NEUROMIOARTICULAR Motricidade Voluntária: teste muscular manual – Escala de MRC (Medical Research Council). Pontuação < 48 = fraqueza muscular. ADM passiva e ativa Outros: tônus, reflexos, sensibilidade, etc. FUNÇÕES RELACIONADAS COM O APARELHO DIGESTIVO Abdome Inspeção: globoso/plano, incisão cirúrgica. Palpação: tenso/flácido, dor. Obs1: Pacientes com ascite (presença de liquido intra- abdominal) apresentamabdome globoso e tenso. Obs2: Deve-se avaliar a mobilidade diafragmática pois ele pode estar impedindo a incursão respiratória. FUNÇÕES DA PELE E TERMORREGULADORAS Avaliar presença de cianose central (falta de O2) e periférica (frio), presença de icterícia, palidez. Avaliar temperatura: < 35° = HIPOTÉRMICO > 37° = HIPERTÉRMICO FUNÇÕES DE EQUÍLIBRIO HIDRICO Balanço Hídrico: avaliar nas ultimas 24h. É uma conta realizada para saber a quantidade de liquido que o paciente ganhou (+) e perdeu (-). O valor normal é aquele próximo do zero. Balanço hídrico positivo: PA aumenta, pode evoluir para edema agudo de pulmão, hipervolemia. Balanço hídrico negativo: hipovolemia, hipotensão (choque hipovolêmico), sonolência. AVALIAÇÃO EM UTI (RESUMO) ATIVIDADE E PARTICIPAÇÃO PARTICIPAÇÃO É avaliada prévia a internação, pergunta ao paciente como era antes. ATIVIDADE Comunicação Cuidado Pessoal: lavar-se, cuidados com as partes do corpo, com processos de excreção, vestir-se, comer, beber. Mobilidade: utiliza-se a escala de estado funcional para UTI – Functional Status Score for the ICU (FSS-ICU).
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