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Patologia – Amanda Longo Louzada 1 DISTÚRBIOS BILIARES COLELITÍASE: Fatores de Risco: Mais comum a partir da meia idade Mais comum no sexo feminino Exposição a estrógeno Estase da vesícula biliar Fatores hereditários Patogenia: Patogenia dos Cálculos de Colesterol: Quando as concentrações de colesterol excedem a capacidade de solubilização da bile (supersaturação), o colesterol pode não permanecer disperso e torna-se nucleado em cristais monoidratados de colesterol sólido. Quatro condições aparentam contribuir para a formação de cálculos de colesterol: (1) supersaturação da bile com colesterol; (2) hipomotilidade da vesícula biliar; (3) nucleação de cristais de colesterol acelerada; (4) e hipersecreção de muco na vesícula biliar, que retém os cristais nucleados, resultando no acúmulo de mais colesterol e no surgimento de cálculos macroscópicos. Patogenia dos Cálculos Pigmentares: Cálculos pigmentados da vesícula são misturas complexas de sais de cálcio insolúveis de bilirrubina não conjugada, juntamente com sais de cálcio inorgânico. Os distúrbios que são associados a níveis elevados de bilirrubina não conjugada na bile, como anemias hemolíticas crônicas, disfunção ileal severa ou derivação, e contaminação bacteriana da árvore biliar, aumentam o risco de desenvolvimento de cálculos pigentares. Morfologia: Cálculos de Colesterol: Os cálculos de colesterol puro são amarelo-claros, redondos a ovoides e apresentam uma superfície externa dura e finamente granular, que revela uma paliçada cristalina brilhante com irradiação à transecção. Com proporções crescentes de carbonato de cálcio, fosfatos, e bilirrubina, os cálculos assumem uma cor branco-acinzentada a preta, e podem ser lamelares. Cálculos Biliares Pigmentados: variam do marrom ao preto. Em geral, os cálculos de pigmento negro são encontrados na bile da vesícula biliar estéril, e os cálculos marrons são encontrados nos grandes ductos biliares infectados. Manifestação Clínica: cólica biliar constante e não espasmódica, geralmente após refeição gordurosa A dor é no hipocôndrio direito Pode ter náuseas e vômito COLECISTITE AGUDA: Patogenia: resulta da irritação química e inflamação da vesícula biliar obstruída por cálculos. A ação das fosfolipases da mucosa hidrolisa as lecitinas luminais até lisolecitinas tóxicas. Fatores de Risco: sepse com hipotensão e falência de múltiplos sistemas orgânicos; imunossupressão; trauma de grande porte e queimaduras; diabetes melito; infecções Morfologia: a vesícula biliar geralmente é aumentada e tensa e pode assumir uma coloração vermelho-brilhante ou irregular, violácea a verde-enegrecida, conferida por hemorragias subserosas.A serosa é frequentemente coberta por um exsudado fibrinoso que pode ser fibrinopurulento em casos graves. Litiásica: com cálculo Alitiásica: sem cálculo Manifestações Clínicas: começa com dor progressiva no quadrante superior direito ou epigástrica, que dura mais de 6 horas. É frequentemente associado com febre baixa, anorexia, taquicardia, sudorese, náuseas e vômitos. A maioria dos pacientes não apresenta icterícia, e a presença de hiperbilirrubinemia sugere obstrução do ducto biliar comum. Colecistite calculosa aguda: pode aparecer de modo notavelmente súbito e constituir uma emergência cirúrgica aguda, ou pode Patologia – Amanda Longo Louzada 2 DISTÚRBIOS BILIARES apresentar-se com sintomas leves que cedem sem intervenção médica. Colecistite acalculosa aguda: os sintomas tendem a ser mais insidiosos, uma vez que são obscurecidos pelas condições subjacentes que precipitam os ataques. COLECISTITE CRÔNICA: Fator de Risco: cálculo biliar Patogenia: a supersaturação da bile predispõe à inflamação crônica e, na maioria dos casos, à formação de cálculos. Microrganismos, geralmente E. coli e enterococos, podem ser cultivados da bile em aproximadamente um terço dos casos. Morfologia: A serosa geralmente é lisa e brilhante, mas pode estar apagada por fibrose subserosa. Aderências fibrosas densas podem permanecer como sequelas de uma inflamação aguda preexistente. Ao corte, a parede está variavelmente espessada e apresenta um aspecto opaco, branco-acinzentado. Nos casos não complicados, a luz contém bile mucoide verde- amarelada e geralmente cálculos. A mucosa em si, em geral, é preservada. Manifestações Clínicas: não apresenta as manifestações notáveis das formas agudas e geralmente é caracterizada por ataques recorrentes de dor estável no epigástrio ou no quadrante superior direito. Náuseas, vômitos e intolerância a alimentos gordurosos são acompanhantes frequentes. CARCINOMA: Incidência: mais comum em mulheres Fator de Risco: cálculos biliares, inflamação crônica, infecções bacterianas e parasitárias crônicas Morfologia: Padrão Infiltrante: é mais comum e geralmente aparece como uma área mal definida de espessamento e endurecimento difuso mural. A ulceração profunda pode causar penetração direta no fígado ou formação de fístula para vísceras adjacentes para as quais a neoplasia tenha crescido. Esses tumores são cirrosos e possuem uma consistência muito firme. Exofítico: cresce para a luz como massa irregular, em forma de couve-flor, mas, ao mesmo tempo, invade a parede subjacente Manifestações Clínicas: Os sintomas apresentados são insidiosos e tipicamente indistinguíveis daqueles associados com colelitíase: dor abdominal, icterícia, anorexia, náuseas e vômitos.
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