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Frente à necessidade da realização de extrações múltiplas, a ordem em que os dentes devem ser removidos pode gerar dúvida. 1. COMEÇAR PELOS DENTES SUPERIORES Os dentes maxilares devem, em geral, ser extraídos antes por vários motivos: - A técnica anestésica infiltrativa tem início mais rápido, mas também desaparece mais rapidamente; isso significa que o cirurgião-dentista pode iniciar o procedimento cirúrgico logo após aplicar a injeção, e que a cirurgia não deve ser atrasada, pois a anestesia profunda se perde mais rapidamente na maxila. - Durante o processo de extração, resíduos como porções de amálgama, coroas fragmentadas e lascas de osso podem cair dentro do alvéolo vazio do dente inferior, caso a cirurgia inferior tenha sido realizada antes. - O principal componente da remoção dos dentes maxilares é a força vestibular; ao contrário do que acontece nas extrações mandibulares, onde há pouca ou nenhuma força de tração vertical na remoção dos dentes maxilares. Por isso, as extrações maxilares são mais fáceis de serem executadas. - A única desvantagem para a extração de dentes maxilares primeiramente é que, se o sangramento da maxila não for controlado antes da extração dos dentes inferiores, poderá interferir na visualização durante a cirurgia mandibular. 2. DENTES POSTERIORES ANTES DOS ANTERIORES Geralmente, o procedimento se inicia com a extração de dentes mais posteriores. Isso permite o uso mais efetivo das alavancas para luxar e mobilizar os dentes antes de se usar o fórceps para extraí-los. Além disso, o sangramento na região anterior poderá dificultar a visualização da região posterior. Caninos e 1ºs molares são os dois mais difíceis de ser removidos e devem ser extraídos por último. DICA: a remoção dos dentes adjacentes a estes enfraquece o osso alveolar, tornando a extração de primeiros molares e caninos bem mais fácil. RESUMO A fim de resumir o que foi discutido, imagine a situação de todos os dentes dos quadrantes esquerdos maxilar e mandibular terem extração indicada. Neste caso, o recomendado seria: 1) Dentes maxilares posteriores, deixando o 1º molar; 2) Dentes maxilares anteriores, deixando o canino; 3) Primeiro molar maxilar; 4) Canino maxilar; 5) Dentes posteriores inferiores, deixando o 1º molar; 6) Dentes anteriores inferiores, deixando o canino; 7) Primeiro molar inferior; 8) Canino inferior. Semelhante ao convencional, mas com modificações para exodontias múltiplas. 1. Descolar os tecidos moles inseridos ao redor dos dentes. O descolamento dos tecidos é ligeiramente estendido até formar um pequeno retalho em envelope. 2. Os dentes são luxados com uma alavanca e removidos com alavancas ou fórceps. Se a remoção de qualquer um dos dentes exigir força excessiva, o cirurgião-dentista deve remover pequena quantidade de osso vestibular para evitar fratura e perda óssea. 3. Após concluídas as extrações, as corticais vestibular e lingual são pressionadas juntas com firme pressão (manobra de Chompret-Hirondel). O tecido mole é reposicionado e o dentista palpa o rebordo para determinar se existem áreas de espículas ósseas cortantes. Se uma prótese total está planejada ou existam interferências ósseas, a pinça goiva/alveolótomo é usada para removê-las e uma lima para osso é utilizada para alisar as espículas ósseas cortantes. Remoção de espículas ósseas com Pinça Goiva/Alveolótomo/ Brocas/Lima para osso. 4. A área deve ser abundantemente irrigada com soro fisiológico estéril ou água destilada. 5. O tecido mole é examinado para verificar se existe excesso de tecido de granulação ou de tecido gengival. Se existir, estes devem ser removido. 6. as papilas são suturadas em posição. OBS.: Em alguns pacientes, é necessária uma alveoloplastia mais extensa após as extrações múltiplas.