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Estudo de Caso

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Segundo pesquisas, há cerca de 3,5 milhões de índios habitavam o Brasil na época do descobrimento, sendo que se dividiam em quatro grupos linguístico-culturais: Tupi, Jê, Aruaque e Caraíba. Nesta época o território paulista, onde resido, era habitado por diversas tribos indígenas, tais como Tamoios e os Tupinambás no litoral, do Norte até o centro (hoje região de Santos); do centro mais para o sul eram os Tupiniquins e no extremo sul do Estado eram os Carijós. Na região do Vale do Ribeira, eram os Goianas, cujo território abrangia até a região em que hoje se situa a grande São Paulo. Na região de Registro era habitada pela tribo Guaianá (Guaianazes). A serra da Mantiqueira era habitada pelos Purís. No médio Tietê era a tribo Tupi. No alto Tietê ao norte eram os Kaiapó Meridionais, e ao sul os Kaingans, nessa mesma área, mas em pequenos territórios, também eram habitadas pelos Opaié-Xavantes, estes às margens do rio Paraná, e pelos Otí-Xavante mais para o interior, mas na mesma região.
Dentre os grupos apresentados irei discorrer sobre os Tupinambás, que segundo o IBGE, moravam em malocas, viviam da caça, coleta, pesca, e praticavam a agricultura, principalmente de tubérculos, como a mandioca e a horticultura. A divisão de trabalho era por sexo, responsabilizando os homens as primeiras atividades e às mulheres o trabalho agrícola, entretanto a abertura das clareiras para plantar, feita à base da "queimada", que é tarefa essencialmente masculina. O plantio e a colheita, o preparo das comidas e o artesanato eram trabalhos femininos. Instrumentos de guerra - arcos e flechas, maças, lanças - eram feitos pelos homens. Os apetrechos de guerra ou de trabalho eram de madeira e pedra, dando espaço principalmente para os machados com que cortavam madeira para vários fins. Ainda segundo a Revista eletrônica de Jornalismo Científico – Com ciência, esse povo dominavam um vasto conhecimento empírico em vários segmentos, em relação à astronomia, os antigos Tupinambás tinham noções meteorológicas, pelas quais podiam prever chuvas e as grandes marés, dando ênfase à observação, principalmente, da Lua. É de conhecimento, que eles também dominavam outros conhecimentos associados a outros astros, como o Sol, estrelas, planeta Vênus, constelações, entre outros. Mas o fato de observarem atentamente as fases da Lua fez com que eles adquirissem um grande conhecimento ecológico. Podemos sugerir que os Tupinambás eram os “reis do mato”, pois sabiam os hábitos de diversos animais, amadurecimento de frutos e até o melhor momento para o corte de suas madeiras (costume ainda presente no homem do campo brasileiro). Tendo esse vasto conhecimento empírico, e sabendo os hábitos dos animais, eles planejavam suas trilhas, visando facilitar a caça e a pesca desses animais.
O encontro entre o povo europeu e os tupinambás é marcado por vários conflitos, que resultaram aos tupinambás, sofrimento, abusos e tratamento violento. Estima-se que a população Tupinambá era em torno de 100.00 indígenas ocupando a costa brasileira no século XVI. Atualmente eles sobrevivem em reservas indígenas. A sua principal aldeia fica ao sul do Estado da Bahia e são chamados de Tupinambás de Olivença. Eles também se encontram ao Sul do país no Estado de São Paulo, mas o IBGE ainda não informou o número exato dessa população, entretanto, sabe-se que eles vivem juntos com os Guarani-mbyá que são conhecidos como Tupi- guarani. Suas influências em nossa cultura, estão enraizadas em todos os indivíduos e vão desde objetos e ações simples – como deitar em redes e preparar pratos como tapioca e pirão de peixe – até usos medicinais com plantas nativas, crenças no folclore.

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