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Maratona PMTO -

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20:xx:xx:x:00
MARATONA PMTO
NOÇÕES DE DIREITO PENAL
Professor: Rafael de Oliveira
01) Armando e Sérgio deviam a quantia de R$ 500,00 a Paulo, porém se
recusavam a pagar. No dia marcado para o acerto de contas, Armando e Sérgio,
com o ânimo de matar, compareceram ao local do encontro com Paulo
portando armas de fogo, emprestadas por Mário, que sabia para qual
finalidade elas seriam usadas. Armando e Sérgio atiraram contra Paulo, ferindo-
o mortalmente.
Com relação à situação hipotética apresentada acima, julgue o item seguinte.
O crime de homicídio descrito acima consumou-se no momento em que a
vítima foi ferida em sua integridade física.
GABARITO - ERRADO
O Homicídio é crime material , logo sua consumação acontece quando a vítima
morre.
Aprofundando.....
CUIDADO!
O direito separa Morte Biológica x Morte Jurídica
A morte jurídica em relação ao 121 ocorre com a cessação simultânea das
atividades circulatória, respiratória e cerebral.
(https://ferciardo.jusbrasil.com.br/artigos/177410501/do-homicidio-artigo-
121-do-codigo-penal )
A morte Biológica = cessação da atividade encefálica.
Consuma-se o homicídio quando da ação humana resulta a morte da vítima, o
homicídio é um crime comum, material, simples de dano e instantâneo.
obs: Por exclusão, o homicídio será “simples” quando o fato não se adequar a
qualquer das hipóteses de homicídio “privilegiado” ou “qualificado”.
Quando o Homicídio Simples é cometido em atividade típica de grupo de
extermínio, mesmo cometido por um único executor, ele será definido como
crime hediondo.
02) Armando e Sérgio deviam a quantia de R$ 500,00 a Paulo, porém se
recusavam a pagar. No dia marcado para o acerto de contas, Armando e Sérgio,
com o ânimo de matar, compareceram ao local do encontro com Paulo
portando armas de fogo, emprestadas por Mário, que sabia para qual
finalidade elas seriam usadas. Armando e Sérgio atiraram contra Paulo, ferindo-
o mortalmente.
Com relação à situação hipotética apresentada acima, julgue o item seguinte.
Paulo é sujeito passivo do crime de homicídio privilegiado.
GAB ERRADO
Trata-se de crime de Homicídio qualificado por motivo TORPE
Código penal:
Art. 121, § 2º I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro
motivo torpe;
Um bizu que pode ajudar (em alguns casos)
Homicídio qualificado é TTED
Torpe
Traição
Emboscada
mediante Dissimulação ou outro recurso que dificulte ou torne impossível a
defesa do ofendido.
Para configurar homicídio privilegiado:
º Se o agente cometeu crime por motivo de relevante valor social; = Sociedade
motivo de todos
º Se o agente comete crime por relevante valormoral; =motivoMeu
º Se o agente comete crime sob domínio de violente emoção seguida injusta
provocação da vitima.
03) Vitor, namorado de Ana, motivado por ciúmes, resolveu matar o ex-
namorado dela, Bruno. Adquiriu, ilegalmente, uma arma de fogo para executar
o crime e a guardou dentro de um armário em seu quarto. Vitor, então,
mandou uma mensagem para Bruno pelo celular de Ana, fingindo ser ela e
combinou de se encontrarem no dia seguinte. Bruno, pensando estar
conversando com Ana, aceitou o convite. Durante a noite, Vitor desistiu de
executar o crime. No dia seguinte, foi ao shopping e lá foi preso, pois Bruno
havia descoberto o plano e avisado à polícia.
Acerca dessa situação hipotética, julgue o seguinte item.
A polícia agiu de forma correta ao prender Vitor, que responderá por tentativa
de homicídio.
GABARITO -ERRADO
PARA RESPODER POR TENTATIVA O AGENTE PRECISA CHEGAR AOS ATOS
EXECUTÓRIOS.
EM TESE, RESPONDE PELA POSSE ( ART. 12, 10.826/03)
Aprofundando seu nível para uma mais densa:
Vitor, namorado de Ana, motivado por ciúmes, resolveu matar o ex-
namorado dela, Bruno.
O ciúme não é considerado motivo torpe.
O ciúme não pode ser enquadrado como motivo fútil.
Adquiriu, ilegalmente, uma arma de fogo para executar o crime e a guardou
dentro de um armário em seu quarto.
O Iter criminis ( Caminho do crime ) é dividido assim:
Cogitação -------------Preparação -----------------------Execução --------------------------
-Consumação
Cogitar nunca é crime ( É o chamado direito à perversão ) -----------a preparação
em regra não é crime, mas em alguns crimes é punível.
Outro detalhe importante: Perceba que por deter arma de fogo em sua
residência temos um delito da legislação
10.826/03 , art. 12 . É hipótese de crime permanente.
Vitor desistiu de executar o crime.
Por fim , para deixar completo teu estudo, lembre-se da diferença entre
tentativa x desistência voluntária ( Ponte de ouro )
Na tentativa - eu quero fazer , mas sou impedido
Na desistência - eu posso fazer , mas não quero.
Dispositivo : Art. 15 - O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na
execução ou impede que o resultado se produza, só responde pelos atos já
praticados
04) Acerca dos crimes previstos na parte especial do Código Penal, julgue o
item a seguir.
De acordo com a doutrina e a jurisprudência dominantes, o chamado homicídio
privilegiado-qualificado, caracterizado pela coexistência de circunstâncias
privilegiadoras, de natureza subjetiva, com qualificadoras, de natureza objetiva,
não é considerado crime hediondo.
É possível Homicídio Qualificado Privilegiado?
Sim, DESDE QUE, o PRIVILÉGIO SUBJETIVO esteja ligado com
uma QUALIFICADORA OBJETIVA.
Todos os Privilégios são Subjetivos, CP Art. 121 § 1º:
1 - Motivo de Relevante Valor Moral;
2 - Motivo de Relevante Valor Social;
3 - Domínio de Violenta Emoção (após injusta provocação da vítima)
E as Qualificadoras distinguem-se desta maneira, CP Art. 121 § 2º:
I – Motivo Torpe - Subjetivo
II – Motivo Fútil - Subjetivo
III – Meio Cruel - Objetivo
IV – Modo Surpresa - Objetivo
V – Fim Especial (conexão com outro crime) - Subjetivo
Só temos que lembrar que homicídio qualificado privilegiado, ou vice
versa, NÃO É HEDIONDO.
05) Com base na Lei Antitortura e na Lei contra Abuso de Autoridade, julgue o
item subsequente.
Nos crimes de abuso de autoridade, a ação é pública condicionada à
representação da vítima, pois a falta dessa representação impede a iniciativa
do Ministério Público.
Item errado.
A ação penal é PÚBLICA INCONDICIONADA, podendo ser privada subsidiária da
pública caso o MP não intente no prazo legal. O MP continua sendo titular da
ação penal e pode interferir a qualquer momento.
LEI 13.869
Art. 3º Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública
incondicionada.
§ 1º Será admitida ação privada se a ação penal pública não for intentada no
prazo legal, cabendo ao Ministério Público aditar a queixa, repudiá-la e oferecer
denúncia substitutiva, intervir em todos os termos do processo, fornecer
elementos de prova, interpor recurso e, a todo tempo, no caso de negligência
do querelante, retomar a ação como parte principal.
§ 2º A ação privada subsidiária será exercida no prazo de 6 (seis) meses,
contado da data em que se esgotar o prazo para oferecimento da denúncia.
GABARITO: ERRADO
06) Julgue o seguinte item.
O homicídio qualificado-privilegiado é crime hediondo.
A corrente majoritária, na doutrina e na jurisprudência:
De acordo com esse posicionamento, não é possível considerar o homicídio
privilegiado-qualificado como crime hediondo por duas razões. Em um primeiro
momento, por obediência ao princípio da legalidade penal, vertente
taxatividade, porquanto o artigo 1o, inciso I da lei de crimes hediondos trata
apenas do homicídio qualificado, nada trazendo sobre o homicídio privilegiado.
Dessa forma, como a legalidade assume contornos de garantia para o réu, não
se poderia ampliar a previsão dos crimes hediondos para uma modalidade não
prevista pelo legislador, sob pena de analogia em prejuízo do acusado.
fonte:http://ilamartins.jusbrasil.com.br/artigos/121938135/homicidio-privilegiado-
qualificado-e-crime-hediondo
O privilégio AFASTA a hediondez do crime, por ser cometido por motivo de
relevante valor moral ou social (art.121. §1º/CP)
07) Em relação aos crimes previstos na parte especial do Código Penal, ao
crime de abuso de autoridadee ao que dispõem o Estatuto do Idoso e a Lei
contra o Preconceito, julgue os próximos itens.
No que se refere ao crime de abuso de autoridade, admitem-se as modalidades
dolosa e culposa.
13.869 – NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE
As condutas descritas constituem crime de abuso de autoridade quando
praticadas pelo agente com a FINALIDADE ESPECÍFICA de prejudicar outrem,
beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação
pessoal.
→ A divergência na interpretação de lei ou na avaliação de fatos e provas não
configura abuso de autoridade.
→ Somente há crime de abuso de autoridade na MODALIDADE DOLOSA (não
sendo punível a conduta culposa).
Os crimes tipificados na Lei de Abuso de Autoridade possuem como elemento
subjetivo o dolo, bem como a finalidade específica de prejudicar outrem,
beneficiar a si mesmo e/ou terceiro OU mero capricho/satisfação pessoal.
08) No que concerne a crimes, julgue o item a seguir.
Considere a seguinte situação hipotética.
Alex agrediu fisicamente seu desafeto Lúcio, causando-lhe vários ferimentos, e,
durante a briga, decidiu matá-lo, efetuando um disparo com sua arma de fogo,
sem, contudo, acertá-lo. Nessa situação hipotética, Alex responderá pelos
crimes de lesão corporal em concurso material com tentativa de homicídio.
Item errado.
De acordo com Rogério Sanches:
Crime Progressivo: se dá quando o agente para alcançar um resultado/crime
mais grave passa, necessariamente, por um crime menos grave. Por exemplo,
no homicídio, o agente tem que passar pela lesão corporal, um mero crime de
passagem para matar alguém.
Progressão criminosa: o agente substitui o seu dolo, dando causa a resultado mais
grave. O agente deseja praticar um crime menor e o consuma. Depois, delibera
praticar um crime maior e o também o concretiza, atentando contra o mesmo bem
jurídico. Exemplo de progressão criminosa é o caso do agente que inicialmente
pretende somente causar lesões na vítima, porém, após consumar os ferimentos,
decide ceifar a vida do ferido, causando-lhe a morte. Somente incidirá a norma
referente ao crime de homicídio, artigo 121 do Código Penal, ficando absorvido o
delito de lesões corporais.
Crime progressivo, portanto, não se confunde com progressão criminosa: no crime
progressivo o agente, desde o princípio, já quer o crime mais grave. Na progressão,
primeiro o sujeito quer o crime menos grave (e consuma) e depois decide executar
outro, mais grave. Em ambos o réu responde por um só crime.
Aplica-se o princípio da consunção.
Fonte: SANCHES, Rogério. Manual de Direito Penal - Parte Geral. 2º Ed.
09)
No que concerne ao abuso de autoridade e ao Estatuto do Desarmamento,
julgue os itens a seguir.
Considere que um PRF aborde o condutor de um veículo por este trafegar
acima da velocidade permitida em rodovia federal. Nessa situação, se demorar
em autuar o condutor, o policial poderá responder por abuso de autoridade,
ainda que culposamente
1º OS CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE SÃO DOLOSOS
2º OS CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE NÃO ADMITEM TENTATIVA
3º OS CRIMES DE ABUSO DE AUTORIDADE SÃO DE AÇÃO PENAL PÚBLICA
INCONDICIONADA
4º POLICIAL QUE COMETE ABUSO DE AUTORIDADE RESPONDE PELA JUSTIÇA
COMUM
5º SOFRE ABUSO DE AUTORIDADE PESSOA FÍSICA OU JURÍDICA, NACIONAL OU
ESTRANGEIRA.
É necessário o DOLO específico de: prejudicar outrem; beneficiar a si mesmo;
beneficiar terceiro; mero capricho; satisfação pessoal
Não se admite a modalidade culposa.
CUIDADO PARA NÃO CONFUNDIR:
Mero Capricho, Satisfação Pessoal = Abuso de Autoridade; (Art. 1º, §1º, lei
13.869)
Interesse ou Sentimento Pessoal = Prevaricação; (art. 319, CP)
Indulgência, Pena, Clemência, Deixar de Responsabilizar Subordinado
= Condescendência Criminosa. (art. 320, CP)
Lei 13.869. Art. 1º, § 1º As condutas descritas nesta Lei constituem crime de
abuso de autoridade quando praticadas pelo agente com a FINALIDADE
ESPECÍFICA de prejudicar outrem ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou,
ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal.
(DOLO ESPECÍFICO = ELEMENTO SUBJETIVO)
10)
Considerando o Código Penal brasileiro, julgue o item a seguir, com relação à
aplicação da leipenal, à teoria de delito e ao tratamento conferido ao erro.
A superveniência de causa relativamente independente da conduta do agente
excluirá a imputação do resultado nos casos em que, por si só, ela tiver
produzido o resultado.
Item certo.
CERTO
Esse assunto é um pouco chato, mas depois que você entende uma vez, não
erra mais. Vou deixar um resumo aqui.
CONCAUSAS: causas externas que fogem da vontade do autor, mas que
contribuem para produção do resultado.
Quanto aomomento em que essas causas externas ocorrerem. São três:
PREEXISTENTES: já existiam antes da conduta do autor
CONCOMITANTES: ocorrem paralelamente
SUPERVENIENTES: ocorrem depois
Quanto aos tipos de concausas existem dois. São eles:
CONCAUSAS ABSOLUTAMENTE INDEPENDENTES: Fatos externos à vontade do
agente e que NÃO DERIVAM da conduta dele. Rompem o nexo causal nos três
momentos e o agente responde apenas pelos atos já praticados. Autor não
responde pelo resultado.
PREEXISTENTES: já existiam antes da conduta do autor. Rompe nexo causal
Ex: Tadeu comeu um bolo envenenado. Logo em seguida, Carlos encontra Tadeu
e atira nele. Tadeu morre por complicações decorrentes do envenenamento.
Carlos responde apenas por tentativa de homicídio.
CONCOMITANTES: ocorrem paralelamente. Rompe nexo causal
Ex: Carlos atira em Tadeu e no momento em que a bala atinge a vítima, uma
estrutura do teto cai em cima de Tadeu. A perícia conclui que Tadeu morreu não
pelo tiro, mas por conta do teto que caiu na cabeça dele. Tadeu responde por
tentativa de homicídio.
SUPERVENIENTES: ocorrem depois. Rompe nexo causal
Ex: Carlos atira em Tadeu, que morre em decorrência de um atentado terrorista
no hospital.
CONCAUSAS RELATIVAMENTE INDEPENDENTES: Fatos externos
que DERIVAM da conduta do agente
PREEXISTENTES: já existiam antes da conduta do autor. Não rompe o nexo
causal
Ex: Tadeu tem diabetes e, sabendo disso, Carlos dá uma facada nele. Só a
facada não seria capaz de matar a vitima, mas como anteriormente tinha o
agravante da diabetes e o autor sabia disso, Tadeu não resistiu e morreu. Carlos
responde por homicídio consumado.
CONCOMITANTES: ocorrem paralelamente. Não rompe o nexo causal
Ex: Carlos com dolo de matar, aponta a arma para Tadeu, que corre, tenta
desviar e acaba sendo atropelado. O tiro não acertou, mas Tadeu so correu e
acabou sendo atingido por um carro por conta da conduta de Carlos ao apontar
a arma. Carlos responde por homicídio.
SUPERVENIENTES: ocorrem depois. AQUI TEMOS DUAS DIFERENTES!
AS QUE, POR SI SÓ, NAO PRODUZEM RESULTADO. Não rompe o nexo causal
Ex: Carlos atira em Tadeu, que faz uma cirurgia para tirar a bala e acaba
morrendo por uma infecção ocasionada pela perfuração da bala. Ou seja, a
infecção só ocorreu porque a vitima foi baleada. Carlos responde por homicídio
AS QUE, POR SI SÓ, PRODUZEM RESULTADO. Rompe nexo causal
Ex: Carlos atira em Tadeu, que morre em decorrência de um atentado terrorista
no hospital. Tadeu poderia ter lesão leve, grave, gravíssima ou morrer por conta
da bala. Mas, neste caso especifico, teve um atentado terrorista no hospital que
matou todo mundo. A bomba, por si só ja produz um resultado fatal.
(A QUESTÃO FALA DESTE ULTIMO CASO)
11) Em decorrência de um homicídio doloso praticado com o uso de arma de
fogo, policiais rodoviários federais foram comunicados de que o autor do delito
se evadira por rodovia federal em um veículo cuja placa e características foram
informadas. O veículo foi abordado por policiais rodoviários federais em um
ponto de bloqueio montado cerca de 200 km do local do delito e que os
policiais acreditavam estar na rota de fuga do homicida. Dada voz de prisão ao
condutor do veículo, foi apreendida arma de fogo que estava em sua posse e
que, supostamente, tinha sido utilizada no crime.
Considerando essa situação hipotética, julgue o seguinte item.
Quanto ao sujeitoativo da prisão, o flagrante narrado é classificado como
obrigatório, hipótese em que a ação de prender e as eventuais consequências
físicas dela advindas em razão do uso da força se encontram abrigadas pela
excludente de ilicitude denominada exercício regular de direito.
ERRADO
A diferença entre Exercício regular de um direito E estrito cumprimento de
um dever Legal
Apesar de ambos serem hipóteses de excludente de ilicitude
Exercício regular de um direito (art. 23, III, CP)
É quando o próprio direito (lei, resolução, norma) abarca aquela relação, ou
seja, existe uma norma que lhe permite agir, por exemplo: o pugilista que
desfere golpes no adversário em uma luta de boxe não poderá ser processado
por Lesão corporal.
Estrito cumprimento de um dever Legal (art. 23, IV, CP)
A lei obriga o agente a agir dentro do dever que lhe foi imposto, ex: o policial
que é obrigado a agir em caso de um assalto a banco, um bombeiro que é
chamado para apagar chamas de um incêndio e pra entrar na casa em chamas
precisa quebrar a porta.
CUIDADO: Policiais que estão em um tiroteio quando lesionam um terceiro ou
o agente delituoso está agindo em legítima defesa (repele injusta agressão,
atual ou iminente).
12) Maria, esposa de Carlos, que cumpre pena de reclusão, era obrigada por
ele, de forma reiterada, a levar drogas para dentro do sistema penitenciário,
para distribuição. Carlos a ameaçava dizendo que, se ela não realizasse a
missão, seu filho, enteado de Carlos, seria assassinado pelos comparsas soltos.
Durante a revista de rotina em uma das visitas a Carlos, Maria foi flagrada
carregando a encomenda. Por considerar que estava sob proteção policial, ela
revelou o que a motivava a praticar tal conduta, tendo provado as ameaças
sofridas a partir de gravações por ela realizadas. Em sua defesa, Carlos alegou
que o crime não fora consumado.
No que se refere a essa situação hipotética, julgue o próximo item.
Carlos não será punido, pois, de fato, o crime não se consumou.
O examinador não está questionando se é exclusão de culpabilidade ou não,
mas sim se o crime se consumou ou não!!!
O crime de TRÁFICO DE DROGAS é um crime formal (ou de consumação
antecipada), ou seja, não é necessário que ocorra o resultado naturalístico
previsto no tipo para que seja verificada a sua consumação. Basta a realização
do tipo. Nesse sentido:
[...] O bem jurídico tutelado no art. 12 da Lei de Tóxicos é a "saúde pública", sendo
certo que a potencialidade de perigo ou dano ao mesmo adentra na seara de ilicitude
penal. E, pertencendo o crime de tráfico à categoria dos crimes formais - os quais
dispensam a ocorrência de resultado naturalístico para sua caracterização - o
simples acordo de vontade em relação à encomenda de substância entorpecente
encerra em si a conduta criminosa, seja em relação ao seu adquirente, seja em
relação ao seu destinatário, sendo despiciendo, pois, que ocorra a efetiva tradição
da droga. (TJ-MG 106470303480470011 MG 1.0647.03.034804-7/001(1), Relator:
SÉRGIO BRAGA, Data de Julgamento: 18/05/2004, Data de Publicação: 26/05/2004)
A jurisprudência colacionada se adequa perfeitamente ao caso da questão! É
isso que o examinador quer saber! E a resposta é ERRADO, porque o crime se
consumou com a realização do tipo pelo cônjuge (Maria) do recluso (Carlos).
Quanto à questão da EXCLUSÃO DE CULPABILIDADE, importante destacar que
houve coação moral irresistível no presente caso, o que exclui
a CULPABILIDADE de Maria por INEXIGIBILIDADE DE CONDUTA DIVERSA.
HÁ TIPICIDADE;
HÁ ILICITUDE;
NÃO HÁ CULPABILIDADE.
Não absorvam esses comentários de que NÃO HOUVE CRIME POR FALTA DE
CULPABILIDADE ou que a CULPABILIDADE SERÁ EXCLUÍDA POR EXIGIBILIDADE
DE CONDUTA DIVERSA. Isso está errado!!!
CONTROLE DE AULAS OBSERVAÇÕES DO DIA
DATA: HORÁRIO DEINÍCIO:
HORÁRIO DE
SAÍDA:
PROFESSOR:
ESTÚDIO: HOME
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MATRIZ:
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BLOCO TÍTULO AULA / ASSUNTOS CONTINUAÇÃO OBSERVAÇÃO DO BLOCO
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