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Orçamento Público

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Orçamento Público – Conceito
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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ORÇAMENTO PÚBLICO – CONCEITO
Atualmente, no Brasil, há o modelo do orçamento-programa, mas nem sempre foi assim. 
Ao longo da história, já existiram outras técnicas e modelos orçamentários.
CONCEITO DE ORÇAMENTO PÚBLICO (SENTIDOS)
Amplo
Orçamento = “tudo”. Quando a palavra “orçamento” é citada sem se referir a algo de 
forma restrita. 
Exemplo: “O orçamento público no Brasil é fruto da evolução de vários modelos 
orçamentários que, ao longo do tempo, foram melhorando suas características até o atual 
modelo: orçamento-programa”. Na primeira vez que a palavra “orçamento” aparece na frase, 
o examinador se refere a tudo (não está sendo restrito, e sim genérico).
Restrito
Orçamento = LOA: só é possível saber os casos estudando sobre a LOA. 
Exemplo: no princípio da exclusividade (art. 165, § 8º, CF), é determinado que “a lei 
orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da 
despesa”. 
Ressalvas: operação de crédito e crédito suplementar. No lugar de “lei orçamentária 
anual”, o examinador pode escrever tanto “LOA” quanto somente “orçamento”. 
Exemplo: “o orçamento tem vigência de um ano, de 1º de janeiro a 31 de dezembro”; “o 
orçamento será organizado em três conceitos: orçamento fiscal, investimentos, seguridade 
social” também são exemplos de momentos em que “orçamento” = LOA. Se a questão tiver 
esse tipo de redação, mas trouxer características do plano plurianual, o erro está no uso de 
um termo e de outra definição. 
Técnico
Orçamento = “crédito”, “dotação”, “limite” (um valor é emitido com autorização para 
gastos). As autorizações extras, ou adicionais, são possíveis por meio dos créditos adicionais. 
O crédito é dado de forma análoga ao crédito fornecido por bancos nos cartões de crédito 
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Orçamento Público – Conceito
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
(quanto maior a receita, maior o limite disponibilizado), mas no caso do orçamento público, 
quem fornece a autorização é o Poder Legislativo, dependendo de cada esfera. No caso da 
União, Congresso Nacional (Senado e Câmara); nos Estados, Assembleias Legislativas; nos 
Municípios, a Câmara Municipal. O crédito é cedido a depender do que se está prevendo 
de recursos para o ano (quanto maior a previsão, maior o crédito, e vice-versa). Mudanças 
durante a vigência da lei são possíveis por meio de novas autorizações pelo mesmo poder 
que autorizou o crédito inicial. 
A palavra “orçamento” terá sentido de “crédito” quando a questão for técnica. Exemplo: “o 
crédito orçamentário é realizado a partir da fixação da despesa pública”. A despesa pública 
passa pela fixação, descentralização, programação, licitação/contratação (todas essas fases 
compreendem o denominado planejamento da despesa), empenho, liquidação e pagamento 
(essas são as fases da execução/realização da despesa). A frase do exemplo está errada, 
pois o crédito é executado a partir do empenho. Entretanto, na prova, pode aparecer “o 
orçamento é realizado a partir da fixação da despesa pública”, tendo sentido de crédito. 
HISTÓRICO DO ORÇAMENTO PÚBLICO – 
ESPÉCIES OU TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS
• Orçamentos Tradicional ou Clássico (ou inglês, por ter sido implementado pelos 
ingleses);
• Orçamento de Desempenho ou Funcional;
• Orçamento-Programa ou Moderno;
• Orçamento de Base Zero ou por Estratégia;
• Orçamento Participativo;
• Orçamento por Resultados.
Enquanto o termo “crédito”, no sentido técnico da palavra “orçamento”, significa “autorização 
para gastos”, o termo “recurso”, no sentido técnico, significa “dinheiro”, “financeiro”. O dinheiro 
entra na conta única do Estado como receita, e sai como despesa. Para esse dinheiro entrar 
na conta única, deve existir o registro da receita, enquanto a despesa deve ter autorização. 
Tanto o registro quanto a autorização devem constar no orçamento (LOA).
Até 1964, o Brasil trabalhou com o orçamento Clássico/Tradicional. 
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��������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Edilson Enedino das Chagas.
��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte I
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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ORÇAMENTO PÚBLICO: ESPÉCIES OU TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS 
– PARTE I 
Ao longo de sua história, o Brasil vivenciou vários modelos ou técnicas orçamentárias, 
o orçamento-programa não é a primeira técnica. Antes dele, outras técnicas foram traba-
lhadas e evoluíram até chegar à atual. É importante saber identificar as características de 
cada um delas.
• Orçamentos Tradicional ou Clássico (desvinculado do planejamento, focado no objeto, 
Estado era neutro);
• Orçamento de Desempenho ou Funcional;
• Orçamento-Programa ou Moderno (vinculado ao planejamento, focado no resultado, 
no objetivo, no desempenho, na análise do gasto);
• Orçamento de Base Zero ou por Estratégia;
• Orçamento Participativo;
• Orçamento por Resultados.
Até 1964, o modelo orçamentário foi o Clássico (Tradicional/Inglês). É o modelo que 
existia para o trabalho. A ideia de orçamento público não tem data precisa de início, pois 
ele existe desde que existe Estado, e a figura do Estado começa a instituir à sociedade a 
cobrança de algumas taxas e tributos, em tese, na justificativa de usar em prol da sociedade. 
Havia uma figura de chefia que arrecadava da sociedade (receita pública) e usava o valor em 
prol da sociedade (despesa pública). Entretanto, não havia documentos (registros), objetivo 
pré-anunciado. Com o tempo e a evolução da história, chegou o momento em que foi insti-
tuído um orçamento mais formal, com documentação. É com isso que os ingleses criam a 
figura do orçamento público formal (via documento). Posteriormente, os estudiosos denomi-
naram esse modelo de Tradicional/Clássico/Inglês. 
Orçamento Tradicional/Clássico/Inglês
Por mais que o Orçamento Tradicional/Clássico/Inglês pareça ter características falhas, 
negativas, foi o primeiro, por isso nasce com necessidade de melhorias. São características:
• É desvinculado de planejamento, ou seja, havia um planejamento, mas ele não era 
respeitado. Na hora do gasto, o Estado ignorava o que havia sido previamente pla-
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte I
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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nejado em documento. Ex.: uma pessoa planejou que, ao sair de casa, pagaria uma 
conta e compraria pães em seguida. São duas despesas. No meio do caminho, essa 
pessoa encontra outra loja, de roupas, que está em promoção; compra as roupas, 
em seguida paga a conta, e posteriormente compra os pães. Comprar as roupas não 
estava no plano inicial, então é uma despesa desvinculada ao planejamento. No perí-
odo do Orçamento Tradicional/Clássico/Inglês, o Estado era patrimonialista, e a socie-
dade ficava fora das prioridades. Atualmente, o planejamento é realizado e seguido 
dentro do possível, mas, quando necessário, é ajustado (ex.: créditos adicionais);
• Foca no objeto (no meio, na coisa, no elemento): ex.: de um lado, tem-se uma rodo-
via; do outro, melhorar o transporte, o acesso, o fluxo. A rodovia é o objeto, o meio 
necessário, para o objetivo (melhorar o trânsito, acesso, fluxo). Antigamente, não se 
focaria no trânsito,e sim na rodovia. Atualmente, foca-se no objetivo (resultado, finali-
dade, fim), pensando no propósito, o que pode mudar o jeito de executar a despesa. 
• Documento é uma mera peça contábil (controle político): bastava ter um equilíbrio, 
não se questionava os gastos. Atualmente, o orçamento ainda é numérico, mas não é 
apenas numérico.
• Despesa identificada por quem gastava (classificação por unidade administrativa) e 
com o que se gastava (coisa, elemento).
• O Estado agia de forma neutra no sentido econômico: de um lado, há a atividade 
financeira do Estado (atuação do Estado por meio do orçamento, arrecadando dinheiro, 
fazendo gastos – Direito Financeiro, orçamento público). Do outro lado, há a atividade 
econômica do Estado (o Estado com sua política econômica, tentando controlar a 
inflação, reduzir desemprego, melhorar a valorização da sua moeda frente ao câmbio). 
Antigamente, essas duas atividades não interagiam. O Estado, do ponto de vista eco-
nômico, era neutro em relação ao orçamento (não se utilizava do orçamento para 
influenciar na economia). As três das funções clássicas econômicas que se conectam 
com o orçamento público são a alocativa, a distributiva e a estabilizadora. Usar da 
LOA (recursos públicos) para influenciar na política de distribuição de renda recebeu o 
nome de política distributiva. Usar da LOA para influenciar na estabilidade da moeda, 
no câmbio, no emprego, nas funções macro e microeconômicas recebeu o nome de 
função estabilizadora. Na função alocativa, o Estado usa do orçamento para a presta-
ção de bens e serviços públicos à sociedade. Somente mais para frente que o Estado 
passa a ser intervencionista. 
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte I
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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Introdução do Orçamento-programa
A partir de 1964, foi introduzido o orçamento-programa, atual modelo no Brasil (sua efe-
tividade ocorreu por volta dos anos 1990). Os atos responsáveis por sua introdução foram:
• Lei n. 4.320/1964
DL n. 200/1967
A Lei n. 4.320/1964 é a lei matriz. Muito dela já não se aplica por não corresponder à 
realidade, mas as questões são formuladas a partir dela. Essa lei só introduziu o orçamento-
-programa. No Brasil, a lei é publicada e, aos poucos, regulamentada, mas poucos dias após 
a publicação dessa lei, os militares assumiram o comando do governo, o que deixou o orça-
mento-programa “na gaveta”. 
O processo de implementação do orçamento-programa foi gradual, até que, em 1998, 
após muitas mudanças na política, foi possível oficializar esse modelo (Decreto 2.829 e Por-
taria 117 do antigo Ministério do Orçamento e Gestão, hoje Ministério da Economia). A efetivi-
dade do orçamento-programa também resultou na edição da Lei de Responsabilidade Fiscal 
(Lei Complementar n. 101).
Características do orçamento-programa:
• Vinculado ao planejamento;
• Foco no objetivo, resultado, realização;
• Base firmada em programas;
• Mais voltado para controle e avaliação do gasto;
• Medidas de desempenho visando melhoras;
• Estado intervencionista nas funções alocativa, distributiva e estabilizadora;
Classificação Funcional-Programática
Para que a efetividade do orçamento-programa ocorresse, foi necessário antes, em 1974, 
a classificação funcional-programática. Não existe mais dessa forma, mas, à época, trazia 
o lado funcional, mas não o lado do programa. Um programa, tecnicamente, é um planeja-
mento. No período, a função “educação”, por exemplo, teve como programa “ensino funda-
mental, ensino médio, ensino superior, ensino profissional”; a função “defesa” teve como 
programa “defesa aérea, defesa terrestre, defesa marítima”. 
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte I
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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A parte da função funcionou bem pois, do ponto de vista técnico, função = área; enquanto 
programa = planejamento, programação. “Educação”, “defesa”, são áreas, bem como “saúde”, 
“meio ambiente”.
Entretanto, “ensino fundamental, ensino médio, ensino superior, ensino profissional” 
não é planejamento, e sim subfunção, detalhamento da área. O mesmo ocorre com “defesa 
aérea, defesa terrestre, defesa marítima”.
A classificação funcional-programática foi instituída pela Portaria n. 09, 1974.
Mais tarde, em 1999, por meio da Portaria n. 42, foi instituída a classificação funcional. 
Nessa classificação, tem-se a função e a subfunção; o que era programa passou a se chamar 
“subfunção”, no caso. 
PORTARIA n. 42, DE 14 DE ABRIL DE 1999 (ATUALIZADA) (*) (Publicada no D.O.U. 
de 15.04.99)
Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1º do art. 
2º e § 2º do art. 8º, ambos da Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964. Estabelece os concei-
tos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras 
providências.
Atualmente, existe uma tabela com 28 funções (áreas) e subfunções (detalhamento das 
áreas). As funções são compostas por números de 2 dígitos, enquanto as subfunções são 
compostas por números de 3 dígitos. É possível combinar uma função com uma subfunção 
que não seja dela (efeito da matricialidade).
A ideia programática é, mais tarde, separada da função e hoje tem-se a estrutura progra-
mática, na qual cada ente define em seu plano plurianual. Ela informa da despesa, seu pro-
grama, sua ação e seu subtítulo. A estrutura programática é um planejamento. 
Atualmente, existem as classificações funcional e da estrutura-programática. Estão rela-
cionadas na classificação qualitativa da despesa.
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���������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Anderson Ferreira.
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ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II
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ORÇAMENTO PÚBLICO: 
ESPÉCIES OU TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS – PARTE II
RELEMBRANDO
Lembre-se de que a classificação funcional programática instituída, embora não seja mais 
vigente historicamente, ainda é citada em provas pelos examinadores.
Em 1985 houve o fim do governo militar, o que, na opinião do professor Anderson Fer-
reira, atrapalhou muito a efetividade do Orçamento Programa. Lembre-se que o Orçamento 
Programa foi introduzido com a Lei n. 4.320, em 17 de março de 1964 e, no mesmo mês, no 
dia 31, deu-se início ao governo militar, o que, na visão do professor, impossibilitou a imple-
mentação dessa estrutura programática, pelo fato de ter sido uma mudança brusca. O tema 
do governo militar provavelmente não será explorado nas provas de concurso, essa é apenas 
uma informação sobre o contexto.
É importante ressaltar que, somente três anos depois, foi criada a Constituição Federal 
de 1988, a atual, a qual inovou devido à criação de novos instrumentos de planejamento. 
Até então, o orçamento público se dava de forma um pouco desorganizada em relação aos 
instrumentos normativos. Existia um Plano Nacional de Desenvolvimento e uma outra lei 
chamada de Orçamento Plurianual de Investimento (OPI), que ficava vigente por três anos. 
Também havia a Lei Orçamentária Anual (LOA). Além dela, havia outros orçamentos e leis 
que, embora não chamados de LOAs, tratavam de matéria que, na essência, era para ser 
tratada na LOA. Esses eram os chamados orçamentos paralelos. Nesse caso, ainda existiam 
o orçamento monetário e o orçamento das estatais,pois, naquela época, havia a Sest Secre-
taria das Empresas Estatais (Sest) que tratava de um orçamento à parte.
No entanto, a Constituição Federal de 1988 organizou esse processo. Entre as altera-
ções, não foi mantido o OPI, que foi substituído pelo Plano Plurianual (PPA). Além disso, não 
haveria mais o orçamento monetário e o orçamento das estatais, sendo que ambos deveriam 
compor a LOA, que deve ser um documento único. 
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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O art. 65, § 5º da Constituição Federal de 1988, define a LOA como um só documento 
que aborda os temas de orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e orçamento 
de investimento. Portanto, a LOA foi reestruturada pela nova constituição, unificando os três 
conceitos em um único documento que, posteriormente, reforça o chamado princípio da uni-
dade, instituído em 1964 pelo art. 2º da Lei n. 4.320, porém não respeitado até então.
No lugar do Plano Nacional de Desenvolvimento, passou-se a ter possibilidade de outros 
planos e programas com vigência inclusive superior à do PPA, como prevê o art. 65, § 5º da 
Constituição Federal de 1988. Sendo assim, não existe mais o Plano Nacional de Desenvol-
vimento como um único objeto. Isto é, atualmente, até pode haver, mas apenas como um 
dos outros planos e programas. Nesse sentido, a atual constituição, além do PPA e da Lei 
de Diretrizes Orçamentárias (LDO), criou e reestruturou a LOA. A partir disso, passou-se a 
ter uma atuação de fato nos três níveis de planejamento, sendo chamada de planejamento 
no nível estratégico, que é dado por meio do Plano Plurianual. Depois, há o planejamento no 
nível tático, dado por meio da LDO, e ainda um planejamento de linha operacional, o qual é 
dado pela LOA. 
Vale citar que, dentro de administração geral/pública, houve a reforma administrativa, 
em 1995. É relevante destacar que o Brasil teve diversos modelos de Estado ao longo da 
história, começando pelo modelo patrimonialista, em que o Estado atuava de forma a deixar 
a sociedade com o segundo plano, com o poder concentrado na figura do monarca. Depois, 
houve a evolução para o estado burocrático, que seguia o modelo da administração burocrá-
tica, até chegar à administração gerencial, que é o que há atualmente. Nessa ideia da admi-
nistração pública gerencial, passa-se a olhar para a sociedade como um cliente que deve ter 
um serviço de qualidade prestado. Logo, a qualidade, a eficiência e a efetividade passam a 
ser medidas para o que a administração pública faz, principalmente, em termos orçamentá-
rios, o que reflete em quase todas as outras áreas.
Sobre isso, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), que definiu 
o atual modelo administrativo brasileiro, não é estudado de forma profunda em orçamento 
público, em Direito Financeiro e em finanças públicas. No entanto, em administração, porém, 
é importante contextualizar o PDRAE, pois, mais tarde, houve a evolução para a efetividade 
do Orçamento Programa.
Em 1988, poderia ter se criado um novo modelo orçamentário, contudo, decidiram ter-
minar o que já haviam começado. Até então, o Orçamento Programa havia sido apenas 
introduzido, uma vez que, em 1965, faltaram mecanismos suficientes para utilizar o Orça-
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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mento Programa de forma completa. Com o passar do tempo, algumas medidas foram sendo 
tomadas e algumas situações foram mudando, como, por exemplo, a classificação funcional 
programática em 1964, o fim do Governo Militar em 1985, a nova Constituição em 1988 e o 
PDRAE em 1995.
Ou seja, o Estado estava mudando em diversos aspectos – econômico, político, admi-
nistrativo – e a sociedade também estava mudando. Diante disso, decidiu-se melhorar e 
evoluir também a forma do estado atual do orçamento. Logo, em 1998, houve o início de 
um processo de reforma orçamentária, no qual o Decreto Federal n. 2.829/1998 e a Portaria 
117 MOG, portaria do antigo Ministério do Orçamento e Gestão, definiram o Orçamento Pro-
grama. Ele foi introduzido em 1964, mas não pôde ser finalizado. A efetividade do Orçamento 
Programa ainda precisava atuar de forma completa. 
Essa decisão culminou na edição da Lei Complementar n. 101/2000, também conhecida 
como Lei de Responsabilidade Fiscal. Isto é, não é um novo orçamento, porém, há plenitude, 
atuação e a efetividade total do Orçamento Programa. Nesse caso, o Orçamento Programa 
passa a respeitar o planejamento e focar no objetivo. Não que o objeto tenha sido despre-
zado, pois ainda existe um objeto, o meio, a coisa, a estrada, prédio, o carro, o computador, 
antena, ou seja, todos esses ainda são objetos e elementos que o Estado precisa adquirir ou 
contratar um serviço de manutenção para fazê-los. Todavia, o foco não é no objeto, e sim, 
nas finalidades. No que tange à despesa, na classificação quanto à natureza da despesa, 
lembre-se de que o elemento da despesa ainda é identificado no quarto nível elemento da 
despesa, ou seja, coisa ou objeto.
Com isso, há o Orçamento Programa vinculado ao planejamento, focado também no 
objetivo baseado em programas. Além disso, o gasto é feito de forma a se preocupar com a 
satisfação, isto é, avaliando e perguntando à sociedade se o programa está bom ou se pre-
cisa melhorar. Dessa forma, é feito um controle, sendo que, de acordo com a Constituição 
Federal de 1988, essa avaliação é feita pelo Poder Legislativo de forma externa, lembrando 
que cada órgão tem também o seu controle interno. E ainda, a sociedade pode participar 
dessa fiscalização por meio de denúncias pelo Ministério Público.
Portanto, deve-se fiscalizar o gasto público. Sobre isso, vale mencionar que essa carac-
terística não é do clássico tradicional, ela passou a ser um aspecto do funcional de desem-
penho e é uma característica predominante do Orçamento Programa. É essencial enfatizar 
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II
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que o Estado passa a ser intervencionista, no sentido de usar o dinheiro público na prestação 
de bens e serviços públicos – a chamada função alocativa – ou em tentar equalizar melhor 
distribuição de renda do país, retirando de quem tem mais e dando para quem tem menos.
Essa prática corresponde à função distributiva. Por exemplo: impostos progressivos como 
Imposto de Renda, Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto 
Predial e Territorial Urbano (IPTU) são impostos nos quais os valores são progressivos. Ou 
seja, paga mais aquele que tem carro mais caro, casa mais cara e ganha mais. Em tese, esse 
dinheiro arrecadado é redistribuído pelo Estado em programas sociais, como Bolsa Família 
e Minha Casa, Minha Vida, emprestando a uma taxa de juros subsidiada, não há carência 
para começar a pagar.
Por fim, a função estabilizadora é aquela em que o Estado usará do orçamento, ou seja, 
da LOA e das receitas públicas para intervir na economia, tentando controlar a inflação, 
reduzir o desemprego, melhorar a sua moeda frente às outras. A questão do câmbio, por-
tanto, corresponde a uma atuação na economia de forma direta para estabilizá-la e conseguir 
manter um ponto de equilíbrio nos diversos temas econômicos. 
Entretanto, entre a introdução do Orçamento Programa e sua efetividade, demorou algum 
tempo, assim, gerando uma lacuna. Com isso, surgiu a dúvida sobre qual é o modelo orça-
mentário entre a introdução do Orçamento Programa até a sua efetividade, uma vez que o 
clássico ou tradicionalfoi apenas até 1964. Lembre-se que, uma vez introduzido o programa, 
deixou-se de ser clássico ou tradicional, porém não passou a ser Orçamento Programa, 
também chamado de orçamento moderno por seu atual.
Diante desse questionamento, a doutrina criou uma figura de conceito para justificar a 
introdução e a efetividade, o que denominaram de orçamento de desempenho ou o orça-
mento funcional. Sendo assim, o modelo misturado, que ainda não era totalmente Orçamento 
Programa, porém também não era mais o orçamento clássico ou tradicional, era na reali-
dade, o orçamento do programa em fase de implementação. Logo, Brasil vivenciou o orça-
mento funcional ou de desempenho entre 1964 a 1998, período em que foi se efetivando e 
implementando o Orçamento Programa.
Dessa maneira, o orçamento funcional possui quase todas as características do Orça-
mento Programa, exceto uma, ou seja, a vinculação ao planejamento. É relevante salientar 
que essa é característica única e exclusiva do Orçamento Programa. Assim, quando se trata 
da vinculação ao planejamento e o respeito e à obrigatoriedade de fazer de acordo com o que 
está na norma, com alterações realizadas conforme os processos e regras, é uma caracte-
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II
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rística única e exclusiva do orçamento moderno. Recorde que, quando se abordar o foco no 
objetivo e base em programas, é correto afirmar que é válido tanto para o programa moderno 
quanto para o funcional de desempenho.
Dando sequência, é fundamental compreender o conceito de programa. Nesse con-
texto, deve-se entender o conceito de programa como um planejamento. Suponha que há 
um campo e tudo o que estiver dentro dele significa que está dentro do seu planejamento e 
da sua programação. Vale mencionar que esse programa pode ser finalístico, de gestão e 
também exclusivo de operações especiais. Observe que, dentro do programa, reúnem-se as 
despesas, ou seja, os gastos, pois existem ações dentro dos programas, as quais correspon-
dem a gastos.
Nesse caso, sempre que há um programa visa-se um objetivo. Por exemplo, se o objetivo 
é ampliar o acesso ao ensino superior, deve-se fazer um programa visando essa finalidade. 
Outro exemplo é quando há o objetivo de distribuir melhor a renda do país, aumentando e 
dando renda mínima para quem tem baixa renda, logo, cria-se outro programa, porque tem 
um objetivo diferente do programa anterior. Ou seja, o objetivo do programa 1 é ampliar 
o acesso ao ensino superior e o objetivo do programa 2 é a distribuição de renda, logo, é 
necessário traçar ações diferentes, haverá alguns gastos no programa 1 que são diferentes 
dos gastos dos programas anteriores. Sendo assim, devem ser ações planejadas em progra-
mas diferentes. 
Pensando no marketing, o governo nomeia o programa 1 de Programa Universidade para 
todos (Prouni) e o Estado organiza alguns gastos para isso, que são ações. Logo, os gastos 
podem ser projetos, atividades ou ainda operações especiais. Já no programa 2, o Estado 
visa distribuir melhor a renda do país, tirando de quem tem mais dando para quem tem 
menos. Para isso, ele organiza ações, algumas despesas e alguns gastos, que podem ser 
do tipo projetos, atividades ainda de operações especiais. O ponto importante é que se orga-
nizam os gastos em um campo de planejamento diferente do campo anterior, pois o objetivo 
é diferente. Assim, o governo nomeia o programa de Bolsa Família.
EVOLUÇÃO DOS TIPOS OU MODELOS ORÇAMENTÁRIOS NO BRASIL
Vale citar que o governo possui diversos programas, sendo que, a depender do objetivo 
de cada um, são diferentes. Nessa situação, dentro de determinado programa, reúnem-se 
gastos, ou seja, linhas de atuações específicas para a consecução daquele objetivo. Por-
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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tanto, no Brasil, houve uma evolução nos tipos orçamentários, começando no orçamento 
clássico tradicional ou também chamado de um orçamento inglês. Depois, evoluiu-se para 
o orçamento funcional ou de desempenho até alcançar o Orçamento Programa. Lembrando 
que o Orçamento Programa ou moderno, no Brasil, teve dois marcos. Primeiro, a sua intro-
dução em 1964/1967, com a Lei n. 4.320/1964 e o Decreto-Lei n. 200/1967. Segundo, a sua 
efetividade a partir de 1998.
TÉCNICAS DE ORGAMENTAÇÃO
Orçamento Base Zero
• Análise, revisão e avaliação (de tudo);
• Não gera direito adquirido;
• Processo oneroso e moroso;
• Tomada de decisão como fator primário;
• Justificativa por melhor custo benefício.
É importante estar atento também às técnicas de orçamentação, sendo que, de certa 
forma, elas se diferenciam de tipos ou modelos orçamentários. Quando se trata de mode-
los, tipos ou espécie, dentre eles estão o orçamento tradicional, o orçamento de desempe-
nho ou funcional e o Orçamento Programa. Já técnicas de orçamentação correspondem a 
orçamento base zero, orçamento incremental e etc. Logo, observa-se uma diferença entre 
modelos ou espécies e técnicas, porém, os examinadores não abrangem muito esse mérito. 
Nesse contexto, a diferença entre modelo, tipos ou espécies e técnica é que modelo, 
tipos ou espécies, é como se fosse uma espécie de manual. Ou seja, manual é algo maior 
e, dentro dele, há técnicas, etapas e fases a serem seguidas. Com o passar do tempo, é 
possível alterar parte dessas técnicas, embora se mantenha o mesmo modelo. Contudo, se 
as técnicas dos modelos forem mudando expressivamente, ou seja, se a técnica passa por 
muitas alterações, identifica-se a necessidade de colocar outro nome. 
Lembre-se de que técnica é como fazer o orçamento. Por exemplo, deve-se fazer o orça-
mento e planejar o gasto do próximo mês: essa é uma técnica orçamentária. Ou seja, foi 
planejado o gasto do próximo mês com base no gasto deste mês e dos meses anteriores. 
Caso a decisão seja a de ignorar os gastos do mês anterior e partir de uma linha nova de 
raciocínio, tem-se outra técnica. Portanto, a forma de fazer o orçamento, que é planejar os 
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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próximos períodos, é uma técnica orçamentária e, à medida em que o tempo foi passando, 
esse método foi sendo melhorado, técnicas novas foram sendo descobertas e novos nomes 
de modelos foram sendo dados. Vale frisar que algumas técnicas não são compatíveis com 
alguns modelos.
Esteja atento, pois os examinadores e as bancas não fazem distinção dos termos mode-
los, técnicas e tipos. Ou seja, na prova, quando forem mencionados modelos, técnicas e 
tipos, os examinadores e as bancas estão se referindo à mesma coisa. Logo, é possível 
chamar o orçamento base zero de modelo orçamentário, desde que ele traga as característi-
cas desse modelo. Porém, o ideal é ser chamado de técnica. Além disso, também é possível 
chamar o orçamento incremental de uma espécie orçamentária, desde que ele apresente as 
características do incremental. Lembre-se de que o orçamento participativo, na realidade, é 
uma técnica orçamentária, mas se as bancas o chamarem de modelo, tipo ou espécie orça-
mentária, observe as características do orçamento participativo. 
Sendo assim, apesar de os examinadores e as bancas, bem como os escritores dos livros 
que as bancas usam como referência, não se importarem em distinguir modelo de técnica e 
técnica de modelo, na fundamentação, há diferença. Sobre isso, em 2008, em uma prova da 
Escola de Administração Fazendária (ESAF), no comando da questão, o examinador colo-
cou em conflitoa diferença entre técnica e modelo. Em provas, é comum a banca cobrar, 
por exemplo, a característica que não gera direito adquirido, que corresponde ao orçamento 
base zero. Caso se afirme que essa característica corresponde ao orçamento participativo, 
nesse caso, o item seria falso.
• Orçamento incremental;
• Orçamento participativo;
• Orçamento por resultados.
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preparada e ministrada pelo professor Anderson Ferreira de Oliveira.
��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte III
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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ORÇAMENTO PÚBLICO: 
ESPÉCIES OU TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS – PARTE III
RELEMBRANDO
Lembre-se de que as bancas não fazem distinção entre rótulo, técnica e modelo, espécie 
ou tipo de orçamento. O mais importante, para fins de provas de concursos, é recordar das 
características de cada uma dessas técnicas ou modelos, espécies ou tipos orçamentários.
TÉCNICAS DE ORÇAMENTAÇÃO
Suponha, por exemplo, que estamos no mês de setembro e você deve elaborar o orça-
mento dos seus gastos para o mês de outubro. Na Administração Pública, isso é feito de um 
ano para o outro. Nessa situação, surge o questionamento: qual critério utilizar? Será neces-
sário considerar os últimos dois meses, os últimos três meses, os últimos 10 meses ou os 
últimos anos? Ou o certo seria desprezar esses dados?
Observe que, a depender dos critérios utilizados, pode-se empregar uma técnica do 
Orçamento Base Zero. Já no caso de um pai ou de uma mãe de família que chamam todos 
para conversar e perguntam as necessidades, deixando que participem do planejamento e 
da construção do orçamento familiar, teremos a técnica do Orçamento Participativo. Porém, 
se além de ouvir as sugestões, o indivíduo deixa que outros decidam os resultados, será o 
caso da técnica do Orçamento por Resultados.
Na prova, em geral, o examinador questiona como isso ocorre na Administração Pública. 
Ele também questiona quais são os diversos índices utilizados pela União, estados, Distrito 
Federal e municípios para elaborarem seus orçamentos. E ainda, o examinador não deseja 
identificar somente como a Administração Pública elabora seus orçamentos, mas também 
como as empresas fazem isso. Por essa razão, é fundamental compreender as característi-
cas de cada técnica.
Orçamento Base Zero
• Análise, revisão e avaliação (de tudo);
• Não gera direito adquirido;
• Processo oneroso e moroso;
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte III
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• Tomada de decisão como fator primário;
• Justificativa por melhor custo benefício.
No Orçamento Base Zero, há uma análise, revisão e avaliação de tudo. Na prova, o 
candidato perceberá que as bancas apresentarão um termo generalizado, que mencionará 
uma avaliação de todos os programas ou uma revisão de toda a base. Nesse sentido, é 
importante não se confundir. Apesar de o nome ser Base Zero, essa não é a técnica em que 
se desconsidera tudo e se começa do zero. Pelo contrário, é a técnica em que se analisa 
e revisa tudo, ou seja, nada passa de um período para outro sem revisão e análise. Nesse 
caso, pode até ser continuado, desde que seja justificado o custo benefício da manutenção. 
Se não for viável, deve-se descartar. 
Considerando a situação de uma casa, o orçamento Base Zero seria feito analisando 
tudo o que se gasta, por exemplo, até com uma paçoquinha. Isto é, nada passa no automá-
tico e há análise, revisão e avaliação de todos os programas, ações e projetos. Sendo que, 
uma vez que tudo é analisado, revisado e avaliado, pode-se decidir continuar ou não conti-
nuar com as ações. Caso se decida não continuar, não há importância em relação àquele que 
começou a receber o benefício do projeto, programa ou ação que foi iniciada.
A razão disso é que a técnica Orçamento Base Zero tem como característica predomi-
nante não gerar direito adquirido. Esteja bastante atento, pois a banca afirmará, na prova, 
que, segundo o Orçamento Programa, não há direito adquirido. No entanto, essa afirmativa 
está errada, já que não gerar direito adquirido é uma característica do Orçamento Base Zero.
Além disso, no Orçamento Base Zero, o processo demora mais, é moroso, e, naturalmente é 
mais caro. Ou seja, todo o processo que é mais lento e demorado se torna mais caro.
Além disso, a tomada de decisão é o fator mais importante, ou seja, fator primário, sendo 
que o processo e o resultado quanto aos documentos serão gerados depois disso, isto é, cor-
respondem a fator secundário. Portanto, o mais relevante é analisar e tomar a decisão acerca 
de manter ou não o projeto, de continuá-lo ou não.
Por fim, justificativas por melhor custo benefício serão mantidas apenas se for compro-
vada a vantagem do custo benefício. Do contrário, descontinua-se e não se importa com o 
direito adquirido. Esteja atento, pois, ao fato de não se importar com o direito adquirido, pois 
a Administração Pública não utiliza o Orçamento Base Zero. Dessa forma, a técnica é utili-
zada por empresas e pela iniciativa privada. Em uma prova da Polícia Civil do Distrito Fede-
ral (PCDF), havia uma questão afirmando que o Poder Executivo Federal, ou seja, a União, 
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utilizava como técnica o Orçamento Base Zero, que não respeita direito adquirido. Nesse 
caso, lembre-se que: a técnica não respeita o direito adquirido, contudo, o Governo Federal 
não a utiliza.
Orçamento Incremental
O Orçamento Incremental é bastante diferente do Orçamento Base Zero. O mais rele-
vante do Orçamento Incremental é que ele corresponde a uma técnica que parte de uma 
base. Por exemplo, a Emenda Constitucional n. 95/2016 impôs o que se chama de novo 
regime fiscal ou de teto de gastos. A emenda determinou que, durante 20 anos, a partir de 
2017, o valor para se gastar no ano seguinte deveria ter como base o gasto do ano anterior 
mais a inflação.
Outro exemplo em que se utiliza a técnica do Orçamento Incremental é a forma de cal-
cular a previsão de receita. Quanto ao que se espera arrecadar no ano seguinte, o art. 12 da 
Lei Complementar n. 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), define que se deve 
considerar como base o ano anterior. Ou seja, também é orçamento incremental, já que há 
uma base e mais alguns ajustes, que consideraram fatos econômicos e mudança na legisla-
ção, no art. 12 da Lei Complementar n. 101/2000. 
É relevante recordar dos créditos adicionais, que são os créditos adicionais na modali-
dade suplementar, o qual corresponde a um reforço sobre a base. Portanto, também é outro 
exemplo de Orçamento Incremental. Lembrando que essa técnica é utilizada pela Adminis-
tração Pública.
Orçamento Participativo
O Orçamento Participativo é usado pela Administração Pública, sendo que o art. 48 da 
Lei de Responsabilidade Fiscal determina o incentivo, ou seja, União, estados, os Distrito 
Federal e os municípios devem incentivar a participação popular. Outro ponto importante 
é que ele é obrigatório nos municípios, como disposto na Lei n. 10.257/2001. Essa lei trata 
sobre a política urbana municipal e estabelece que, nesse quesito, é necessário consultar a 
opinião pública antes de aprovar qualquer coisa na Câmara Municipal.
Além disso, aindahá um artigo que aborda a norma orçamentária. Portanto, entenda que 
a interpretação das bancas é que os municípios são obrigados a usar o Orçamento Participa-
tivo, enquanto os outros devem incentivar. Nesse sentido, Orçamento Participativo é pergun-
tar a opinião, todavia, não significa necessariamente que se seguirá aquela opinião.
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Por exemplo, o gestor está elaborando a Lei Orçamentária Anual (LOA) e há R$ 50 
milhões e duas ideias de projetos, porém, é possível fazer apenas um com valor estimado 
orçado. Logo, o gestor pergunta para a sociedade se eles desejam que se duplique a rodo-
via ou que se construa uma quadra de esportes. A sociedade pensa e opina, decidindo, por 
exemplo, pela construção da quadra de esportes, porém, isso não significa que esse projeto 
será executado.
Na sequência, o projeto é encaminhado ao Legislativo para apreciação, sendo que, antes 
de aprovar, o Legislativo pode propor mudanças por meio das chamadas emendas parla-
mentares. Além disso, os parlamentares podem consultar mais uma vez a opinião pública e 
devem fazer isso, como prevê o art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal. É possível que 
surja até uma terceira ideia, por exemplo, a construção de um posto de saúde. Assim, é feita 
uma emenda propondo a retirada do recurso da construção da quadra de esporte para a 
construção de um posto de saúde.
O novo ano começa e a LOA está em execução. A depender da necessidade, é possível 
que não seja construído um posto de saúde, em razão, por exemplo, de contingenciamento 
de despesas, necessidade devido a uma crise econômica. Logo, ao invés de usar o recurso 
para construir uma nova unidade de posto de saúde, equipa-se a que já existe, contratando 
mais funcionários, adquirindo mais equipamentos e também material de consumo, vacinas, 
medicamentos etc. Dessa forma, o Orçamento Participativo é uma mera consulta de opinião, 
ou seja, o ato não vincula. Lembrando que a sociedade participa opinando durante a fase 
de elaboração, por meio do estímulo do Executivo e aprovação por meio da provocação do 
Legislativo. 
Orçamento por Resultados
Possivelmente, o Orçamento por Resultados é uma das técnicas mais modernas. 
Defende-se a implementação desse modelo no Brasil, porém, ainda não há indícios práticos, 
nenhum documento ou relato oficial disso. Existem exemplos de Orçamento por Resultados 
em vários estados americanos, pois, neste caso, a sociedade não é apenas consultada, ela 
também decide.
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Por exemplo, há o desejo de se construir um parque. Há um número X de moradores, e 
para o projeto de construção do parque há um determinado valor orçado. Logo, se durante 
determinados anos cada um contribuir com certa quantia, ao longo de tantos anos, será 
possível construir o parque. Depois, o projeto é aprovado e, nessa hipótese, o recurso será, 
obrigatoriamente, usado na finalidade cujo resultado foi definido pela sociedade.
Portanto, a nomenclatura "resultado" é mais que uma mera participação. Nessa situação, 
a sociedade participa e define o resultado. Lembre-se que o Orçamento por Resultados ainda 
não é utilizado pelos entes federados e pela Administração Pública. No entanto, há discus-
sões no sentido de evoluir para ele. Esse modelo é muito avançado, gera na sociedade mais 
confiança nas decisões governamentais e maior credibilidade no governo.
PORTARIA N. 42, DE 14 DE ABRIL DE 1999 (ATUALIZADA)
• Publicada no D.O.U. de 15/04/1999.
Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1º do Art. 
2º e § 2º do Art. 8º, ambos da Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os concei-
tos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras 
providências.
Vale lembrar que a Portaria n. 42/1999 instituiu a separação da classificação funcional, 
determinando as áreas, com os detalhamentos de cada área e suas funções.
FUNÇÕES SUBFUNÇÕES
01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa032 – Controle Externo
02 – Judiciária 061 – Ação Judiciária062 – Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário
03 – Essencial à Justiça 091 – Defesa da Ordem Jurídica092 – Representação Judicial e Extrajudicial
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04 – Administração
121 – Planejamento e Orçamento
122 – Administração Geral
123 – Administração Financeira
124 – Controle Interno
125 – Normatização e Fiscalização
126 – Tecnologia da Informação
127 – Ordenamento Territorial
128 – Formação de Recursos Humanos
129 – Administração de Receitas
130 – Administração de Concessões
131 – Comunicação Social
05 – Defesa Nacional
151 – Defesa Aérea
152 – Defesa Naval
153 – Defesa Terrestre
06 – Segurança Pública
181 – Policiamento
182 – Defesa Civil
183 – Informação e Inteligência
07 – Relações Exteriores 211 – Relações Diplomáticas212 – Cooperação Internacional
08 – Assistência Social
241 – Assistência ao Idoso
242 – Assistência ao Portador de Deficiência
243 – Assistência à Criança e ao Adolescente
244 – Assistência Comunitária
09 – Previdência Social
271 – Previdência Básica
272 – Previdência do Regime Estatutário
273 – Previdência Complementar
274 – Previdência Especial
10 – Saúde
301 – Atenção Básica
302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial
303 – Suporte Profilático e Terapêutico
304 – Vigilância Sanitária
305 – Vigilância Epidemiológica
306 – Alimentação e Nutrição
11 – Trabalho
331 – Proteção e Benefícios ao Trabalhador
332 – Relações de Trabalho
333 – Empregabilidade
334 – Fomento ao Trabalho
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12 – Educação
361 – Ensino Fundamental
362 – Ensino Médio
363 – Ensino Profissional
364 – Ensino Superior
365 – Educação Infantil
366 – Educação de Jovens e Adultos
367 – Educação Especial
368 – Educação Básica (4)
13 – Cultura 391 – Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico392 – Difusão Cultural
14 – Direitos da Cidadania
421 – Custódia e Reintegração Social
422 – Direitos Individuais, Coletivos e Difusos
423 – Assistência aos Povos Indígenas
15 – Urbanismo
451 – InfraEstrutura Urbana
452 – Serviços Urbanos
453 – Transportes Coletivos Urbanos
16 – Habitação 481 – Habitação Rural482 – Habitação Urbana
17 – Saneamento 511 – Saneamento Básico Rural512 – Saneamento Básico Urbano
18 - Gestão Ambiental
541 – Preservação e Conservação Ambiental
542 – Controle Ambiental
543 – Recuperação de Áreas Degradadas
544 – Recursos Hídricos
545 – Meteorologia
19 – Ciência e Tecnologia
571 – Desenvolvimento Científico
572 – Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia
573 – Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões
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ORÇAMENTO PÚBLICO: ESPÉCIES OU TÉCNICAS 
ORÇAMENTÁRIAS – REVISÃO EM QUESTÕES
1. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2020) O orçamen-
to-programa apresenta vinculação com o planejamento governamental na execução de 
programas, projetos e atividades do Estado.
COMENTÁRIO
O planejamento é a sua principal característica.
2. (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE/2019) Tanto no orçamen-
to de desempenho quanto no orçamento-programa, a classificação da despesa é feita 
de acordo com o objetivo final do gasto.
COMENTÁRIO
O orçamento de desempenho e o orçamento-programa possuem características em co-
mum. Quais são essas características? Todas do orçamento-programa, exceto a vincula-
ção ao planejamento.
3. (CESPE/SLU-DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) Com relação a técnicas orçamentárias e 
aos princípios orçamentários, julgue o item a seguir.
No orçamento-programa, o aspecto jurídico do orçamento sobrepõe-se ao aspecto 
econômico.
COMENTÁRIO
No orçamento-programa, o que é mais importante é o aspecto econômico (fator primário); 
o aspecto jurídico é um fator secundário. A economia acaba regendo e gerando a necessi-
dade de mudanças jurídicas (ex.: a LRF sofreu várias alterações em decorrência de crises 
econômicas ocorridas ao longo do tempo).
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões
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Mas, existe algum modelo ou técnica em que o aspecto jurídico seja mais um fator primário 
e o aspecto econômico seja um fator secundário? Sim, aquele em que o Estado economi-
camente agia de forma neutra (orçamento tradicional ou clássico).
4. (CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/2018) A ideia central do or-
çamento por resultados é que os cidadãos devem explicitar quais os resultados que 
querem em contrapartida aos recursos repassados ao setor público.
COMENTÁRIO
O orçamento por resultado é uma técnica não utilizada no Brasil ainda e a sociedade defi-
ne, de fato, o resultado.
5. (CESPE/TCE-SC/ACI/ADMINISTRAÇÃO/2016) O orçamento por resultados melhora a 
aceitação dos governos, reforça a confiança nas instituições públicas estabelecidas e 
contribui para o desenvolvimento socioeconômico, bem como para a eficiência, a eficá-
cia e a efetividade da gestão pública.
COMENTÁRIO
Se o Brasil passasse a utilizar o orçamento por resultados, isso aumentaria a credibilidade 
do que o governo fala que vai fazer.
 6. (CESPE/STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2018) Com relação a 
técnicas e princípios orçamentários, julgue o item seguinte.
O orçamento incremental tem como base as receitas e despesas ocorridas no período 
anterior, sobre as quais são feitos ajustes marginais.
COMENTÁRIO
Base + ajuste: orçamento incremental.
Art. 12, LRF.
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7. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE – ADMINISTRAÇÃO/2016) O primeiro 
estágio da receita, determinado pela previsão de receitas das unidades orçamentárias, 
não segue o modelo incremental.
COMENTÁRIO
Estágios da receita:
• Previsão;
• Lançamento;
• Arrecadação;
• Recolhimento.
Para se estimar a receita de um ano para o outro, tem-se por base o art. 12 da LRF. Lá, há 
a menção, ainda que não de forma expressa, que o modelo incremental é utilizado como 
base. Utiliza-se, como base, períodos anteriores para calcular períodos seguintes.
8. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR – ADMINISTRAÇÃO/2017) Com base nos conceitos e 
nas normas a respeito de orçamento público no Brasil, julgue o próximo item.
Com a aprovação da chamada PEC do Teto de Gastos, a tentativa de cada segmento 
de interesses de preservar sua “fatia” no orçamento tenderá a reforçar a prática incre-
mentalista.
COMENTÁRIO
Hoje, não se fala mais em PEC do Teto de Gastos. Na realidade, atualmente, fala-se em 
uma emenda (EC n. 95/2016).
Cada um deve preservar a sua “fatia”, pois vai pegar a base do ano anterior + o ajuste da 
inflação. Isso significa que não há um aumento efetivo de gastos, mas apenas uma corre-
ção nominal de valor, preservando a “fatia” de gasto para o ano seguinte.
9. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO – CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2020) A técnica-
-orçamentária que utiliza o orçamento com função precípua de controle político é 
chamada de
a. Orçamento por desempenho.
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões
ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA
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b. Orçamento por resultados.
c. Orçamento burocrático.
d. Orçamento-programa.
e. Orçamento clássico.
COMENTÁRIO
Controle político → mero controle de valores.
Isso é uma característica do modelo clássico ou tradicional.
 10. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO/2020) A respeito de 
finanças públicas, julgue o item que se segue.
A técnica orçamentária do orçamento clássico ou tradicional caracteriza-se por uma 
acentuada preocupação com o atendimento das necessidades da coletividade.
COMENTÁRIO
No orçamento clássico ou tradicional, havia maior preocupação com as necessidades das 
instituições. As técnicas que possuem a característica de ter uma maior preocupação com 
as necessidades da coletividade são o orçamento-programa, o orçamento participativo e 
o orçamento por resultados.
11. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO/2020) A respeito de 
orçamento participativo, governo eletrônico, gestão por resultados na produção de ser-
viços públicos e comunicação na gestão pública, julgue o item subsecutivo.
No Brasil, por meio do orçamento participativo, a população pode definir, de forma fle-
xível, onde será alocada a maior parte dos recursos orçamentários.
COMENTÁRIO
No orçamento participativo, a sociedade participa de forma consultiva. Porém, essa partici-
pação não compromete a maior parte dos recursos, mas sim uma pequena parte.
10m
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Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões
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12. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL – ENGENHARIA CIVIL/2018) Julgue o pró-
ximo item, relativo aos tipos de orçamentos públicos.
O orçamento participativo contempla a participação da população no processo decisó-
rio por meio de lideranças ou de audiências públicas.
COMENTÁRIO 
Se não existissem essas representações e lideranças para organizar as audiências e ter a 
representação da opinião pública, não seria possível haver participação social. Então, re-
almente, no orçamento participativo, há a participação da população durante os processos 
decisórios, que, segundo a LRF (Lei Complementar n. 171/2000), ocorrem, basicamente, 
em duas etapas: (i) elaboração dos projetos do PPA, da LDO e da LOA; e (ii) apreciação/
aprovação.
Vale lembrar que, nos municípios, tal técnica é obrigatória.
(CESPE/TCE-MG/ACE/ADMINISTRAÇÃO/2018) A respeito das técnicas orçamentá-
rias, julgue os itens a seguir.
13. O orçamento base-zero pressupõe um reexame crítico dos dispêndios de cada área 
governamental após cada ciclo orçamentário, de modo que não haja direitos adquiridos 
sobre o montante dos gastos do exercício anterior, salvo no caso de despesas de cará-
ter obrigatório.
COMENTÁRIO
Não há qualquer ressalva. É por isso que o governo brasileiro não usa o base-zero, pois, 
aqui, há despesa obrigatória (ex.: despesa com pessoal). Todavia, enquanto conceito, 
ele existe.
14. No orçamento de desempenho, ou tradicional, embora seja possível saber o que faz o 
governo,não ocorre vinculação com o planejamento governamental.
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COMENTÁRIO
Não são sinônimos. Os sinônimos são: orçamento tradicional, clássico ou inglês e orça-
mento de desempenho ou funcional.
Destaca-se que a vinculação com planejamento é característica do programa. Além disso, 
o orçamento tradicional não foca no resultado (naquilo que se faz), mas sim naquilo que se 
compra (objeto/meio).
15. O orçamento participativo caracteriza-se por uma participação direta e efetiva das co-
munidades, de tal forma que o chefe do Poder Executivo está obrigado legalmente a 
seguir as sugestões da população.
COMENTÁRIO
Isso seria no orçamento por resultado. Então, não há essa obrigatoriedade; o ato não vincula.
16. No âmbito dos municípios, o orçamento participativo é de observância obrigatória, de 
modo que a realização de debates, audiências e consultas públicas é condição obriga-
tória para a aprovação do orçamento anual pela Câmara Municipal.
COMENTÁRIO
Item em acordo com os conteúdos estudados.
17. (CESPE/TCM-BA/AECE/2018) A sistemática de elaboração orçamentária que exige a 
justificativa de cada recurso solicitado, sem fixar de antemão um valor orçamentário 
inicial e sem considerar os valores previstos no orçamento anterior, denomina-se
a. Orçamento participativo.
b. Orçamento-programa.
c. Orçamento tradicional.
d. Orçamento de desempenho.
e. Orçamento base-zero.
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COMENTÁRIO
Sem considerar os valores previstos no orçamento anterior → sem gerar direito adquirido.
Essa técnica é denominada orçamento base-zero.
18. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO – ADMINISTRAÇÃO DE EM-
PRESAS/2019) A situação deficitária das contas públicas do governo federal fez com 
que candidatos à presidência nas eleições de 2018 propusessem mudanças drásticas 
na técnica de elaboração do orçamento utilizada pelo governo. Uma dessas propostas 
apresentava a necessidade de que os gestores públicos justificassem anualmente de 
forma detalhada cada gasto público empregado, sem compromisso com qualquer mon-
tante inicial de dotação. Trata-se de técnica conhecida como orçamento:
a. Clássico;
b. Programa;
c. Base-zero;
d. Por desempenho;
e. De teto móvel.
COMENTÁRIO
Essa discussão, de fato, aconteceu quando o governo atual ganhou as eleições. Antes 
de entrar no poder, a equipe econômica discutiu a ideia de fazer o orçamento base-zero 
no Brasil. Porém, após assumir o poder, entenderam as regras da Administração Pública 
e viram que não se podia adotar uma técnica que não respeitava o direito adquirido das 
pessoas. Conclusão: não usamos a técnica do orçamento base-zero, mas cogitou-se a sua 
utilização.
19. (CESPE/TCE-MG/ACE/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2018) O orçamento que se caracteriza 
por apresentar propósitos para os créditos orçamentários solicitados, os custos neces-
sários para o alcance de tais propósitos e informações quantitativas que mensurem os 
resultados é denominado
a. Orçamento por objeto.
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b. Orçamento por desempenho.
c. Orçamento base-zero.
d. Orçamento funcional-programático.
e. Orçamento participativo.
COMENTÁRIO
Isso é uma característica tanto do orçamento-programa quanto do orçamento de desem-
penho. Como, nas alternativas, não há menção ao orçamento-programa, ficaremos com a 
alternativa que menciona o orçamento por desempenho.
 20. (FCC/SEMEF/MANAUS – AM/PROGRAMADOR/2019) O orçamento público que se ca-
racteriza por realizar a alocação de recursos visando à aquisição de meios e por utilizar 
como principais critérios classificatórios as unidades administrativas e os elementos de 
despesa e o orçamento público que se caracteriza por realizar a alocação de recursos 
visando à consecução de objetivos e metas e por utilizar como principal critério classifi-
catório a funcional-programática correspondem, respectivamente, ao
a. Orçamento tradicional e ao orçamento-programa.
b. Orçamento tradicional e ao orçamento clássico.
c. Orçamento impositivo e ao orçamento clássico.
d. Orçamento-programa e ao orçamento por resultado.
e. Orçamento por desempenho e ao orçamento clássico.
COMENTÁRIO
• Meio → objeto e unidades administrativas → características do orçamento tradicional 
ou clássico.
• Objetivos e metas e por utilizar como principal critério classificatório a funcional-pro-
gramática → orçamentos programa e funcional.
21. (CESPE/MME/ASSISTENTE FINANCEIRO/2013) A respeito da experiência brasileira 
com a utilização do orçamento-programa, assinale a opção correta.
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a. A quantificação de metas do orçamento-programa deverá ser feita apenas quando a 
relação custo benefício for justificável.
b. O orçamento-programa foi implementado imediatamente após a aprovação da legis-
lação que o instituiu.
c. A União e os estados, quando passaram a usar o orçamento-programa, utilizavam 
classificações uniformes de receitas e despesas.
d. A classificação funcional-programática, implementada pelo governo federal a partir da 
década de 70 do século passado, não mais é utilizada.
e. O orçamento-programa tem como preocupação básica o tipo de gasto utilizado no 
plano de trabalho do governo.
COMENTÁRIO
a) Isso é característica do orçamento base-zero.
b) Ele foi introduzido por meio da Lei n. 4.320/1964, porém a sua efetividade veio apenas 
no final dos anos 90.
c) A depender da classificação, ela pode ser própria (ex.: estrutura programática).
d) A funcional-programática começou em 1974, mas se separou.
e) As principais preocupações são a satisfação da coletividade e o resultado efetivo do gasto.
22. (CESPE/CGE-CE/ACI/GOVERNAMENTAL/2019) Com o objetivo de melhor atender 
aos interesses da sociedade, as nações procuram aprimorar o seu sistema orçamen-
tário; isso dá origem a vários modelos orçamentários. Nesse sentido, assinale a opção 
correta relativa a modelos orçamentários. 
a. A alocação de recursos, no modelo de orçamento tradicional, visa ao alcance de obje-
tivos e metas preestabelecidas.
b. A estrutura do orçamento-programa está associada ao planejamento e à adoção de 
indicadores de medição de resultados.
c. O orçamento-desempenho é fundamentado nos custos dos programas e nas metas 
qualitativas para alcance de resultados.
d. A elaboração do orçamento base-zero é realizada a partir da perspectiva do orça-
mento incremental.
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e. O orçamento por resultados é fundamentado em padrões de alocação de recursos, 
com ênfase na economia de recursos.
COMENTÁRIO
a. É no orçamento-programa que há o estabelecimento de objetivos e resultados preesta-
belecidos por meio de planejamentos que devem ser buscados.
b) Característica típica do orçamento-programa.
c) A ideia de fundamentar nos custos é uma ideia do orçamento tradicional ou clássico.
d) O base-zero tem uma perspectiva completamente oposta à do incremental.
e) A ênfase é na opinião pública.GABARITO
1. C
2. C
3. E
4. C
5. C
6. C
7. E
8. C
9. e
10. E
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12. C
13. E
14. E
15. E
16. C
17. e
18. c
19. b
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21. d
22. b
�������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Anderson Ferreira de Oliveira.
��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.
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