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1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público – Conceito ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S ORÇAMENTO PÚBLICO – CONCEITO Atualmente, no Brasil, há o modelo do orçamento-programa, mas nem sempre foi assim. Ao longo da história, já existiram outras técnicas e modelos orçamentários. CONCEITO DE ORÇAMENTO PÚBLICO (SENTIDOS) Amplo Orçamento = “tudo”. Quando a palavra “orçamento” é citada sem se referir a algo de forma restrita. Exemplo: “O orçamento público no Brasil é fruto da evolução de vários modelos orçamentários que, ao longo do tempo, foram melhorando suas características até o atual modelo: orçamento-programa”. Na primeira vez que a palavra “orçamento” aparece na frase, o examinador se refere a tudo (não está sendo restrito, e sim genérico). Restrito Orçamento = LOA: só é possível saber os casos estudando sobre a LOA. Exemplo: no princípio da exclusividade (art. 165, § 8º, CF), é determinado que “a lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa”. Ressalvas: operação de crédito e crédito suplementar. No lugar de “lei orçamentária anual”, o examinador pode escrever tanto “LOA” quanto somente “orçamento”. Exemplo: “o orçamento tem vigência de um ano, de 1º de janeiro a 31 de dezembro”; “o orçamento será organizado em três conceitos: orçamento fiscal, investimentos, seguridade social” também são exemplos de momentos em que “orçamento” = LOA. Se a questão tiver esse tipo de redação, mas trouxer características do plano plurianual, o erro está no uso de um termo e de outra definição. Técnico Orçamento = “crédito”, “dotação”, “limite” (um valor é emitido com autorização para gastos). As autorizações extras, ou adicionais, são possíveis por meio dos créditos adicionais. O crédito é dado de forma análoga ao crédito fornecido por bancos nos cartões de crédito 5m 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público – Conceito ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA (quanto maior a receita, maior o limite disponibilizado), mas no caso do orçamento público, quem fornece a autorização é o Poder Legislativo, dependendo de cada esfera. No caso da União, Congresso Nacional (Senado e Câmara); nos Estados, Assembleias Legislativas; nos Municípios, a Câmara Municipal. O crédito é cedido a depender do que se está prevendo de recursos para o ano (quanto maior a previsão, maior o crédito, e vice-versa). Mudanças durante a vigência da lei são possíveis por meio de novas autorizações pelo mesmo poder que autorizou o crédito inicial. A palavra “orçamento” terá sentido de “crédito” quando a questão for técnica. Exemplo: “o crédito orçamentário é realizado a partir da fixação da despesa pública”. A despesa pública passa pela fixação, descentralização, programação, licitação/contratação (todas essas fases compreendem o denominado planejamento da despesa), empenho, liquidação e pagamento (essas são as fases da execução/realização da despesa). A frase do exemplo está errada, pois o crédito é executado a partir do empenho. Entretanto, na prova, pode aparecer “o orçamento é realizado a partir da fixação da despesa pública”, tendo sentido de crédito. HISTÓRICO DO ORÇAMENTO PÚBLICO – ESPÉCIES OU TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS • Orçamentos Tradicional ou Clássico (ou inglês, por ter sido implementado pelos ingleses); • Orçamento de Desempenho ou Funcional; • Orçamento-Programa ou Moderno; • Orçamento de Base Zero ou por Estratégia; • Orçamento Participativo; • Orçamento por Resultados. Enquanto o termo “crédito”, no sentido técnico da palavra “orçamento”, significa “autorização para gastos”, o termo “recurso”, no sentido técnico, significa “dinheiro”, “financeiro”. O dinheiro entra na conta única do Estado como receita, e sai como despesa. Para esse dinheiro entrar na conta única, deve existir o registro da receita, enquanto a despesa deve ter autorização. Tanto o registro quanto a autorização devem constar no orçamento (LOA). Até 1964, o Brasil trabalhou com o orçamento Clássico/Tradicional. 10m 15m ��������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Edilson Enedino das Chagas. ��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 20m 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte I ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S ORÇAMENTO PÚBLICO: ESPÉCIES OU TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS – PARTE I Ao longo de sua história, o Brasil vivenciou vários modelos ou técnicas orçamentárias, o orçamento-programa não é a primeira técnica. Antes dele, outras técnicas foram traba- lhadas e evoluíram até chegar à atual. É importante saber identificar as características de cada um delas. • Orçamentos Tradicional ou Clássico (desvinculado do planejamento, focado no objeto, Estado era neutro); • Orçamento de Desempenho ou Funcional; • Orçamento-Programa ou Moderno (vinculado ao planejamento, focado no resultado, no objetivo, no desempenho, na análise do gasto); • Orçamento de Base Zero ou por Estratégia; • Orçamento Participativo; • Orçamento por Resultados. Até 1964, o modelo orçamentário foi o Clássico (Tradicional/Inglês). É o modelo que existia para o trabalho. A ideia de orçamento público não tem data precisa de início, pois ele existe desde que existe Estado, e a figura do Estado começa a instituir à sociedade a cobrança de algumas taxas e tributos, em tese, na justificativa de usar em prol da sociedade. Havia uma figura de chefia que arrecadava da sociedade (receita pública) e usava o valor em prol da sociedade (despesa pública). Entretanto, não havia documentos (registros), objetivo pré-anunciado. Com o tempo e a evolução da história, chegou o momento em que foi insti- tuído um orçamento mais formal, com documentação. É com isso que os ingleses criam a figura do orçamento público formal (via documento). Posteriormente, os estudiosos denomi- naram esse modelo de Tradicional/Clássico/Inglês. Orçamento Tradicional/Clássico/Inglês Por mais que o Orçamento Tradicional/Clássico/Inglês pareça ter características falhas, negativas, foi o primeiro, por isso nasce com necessidade de melhorias. São características: • É desvinculado de planejamento, ou seja, havia um planejamento, mas ele não era respeitado. Na hora do gasto, o Estado ignorava o que havia sido previamente pla- 5m 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte I ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S nejado em documento. Ex.: uma pessoa planejou que, ao sair de casa, pagaria uma conta e compraria pães em seguida. São duas despesas. No meio do caminho, essa pessoa encontra outra loja, de roupas, que está em promoção; compra as roupas, em seguida paga a conta, e posteriormente compra os pães. Comprar as roupas não estava no plano inicial, então é uma despesa desvinculada ao planejamento. No perí- odo do Orçamento Tradicional/Clássico/Inglês, o Estado era patrimonialista, e a socie- dade ficava fora das prioridades. Atualmente, o planejamento é realizado e seguido dentro do possível, mas, quando necessário, é ajustado (ex.: créditos adicionais); • Foca no objeto (no meio, na coisa, no elemento): ex.: de um lado, tem-se uma rodo- via; do outro, melhorar o transporte, o acesso, o fluxo. A rodovia é o objeto, o meio necessário, para o objetivo (melhorar o trânsito, acesso, fluxo). Antigamente, não se focaria no trânsito,e sim na rodovia. Atualmente, foca-se no objetivo (resultado, finali- dade, fim), pensando no propósito, o que pode mudar o jeito de executar a despesa. • Documento é uma mera peça contábil (controle político): bastava ter um equilíbrio, não se questionava os gastos. Atualmente, o orçamento ainda é numérico, mas não é apenas numérico. • Despesa identificada por quem gastava (classificação por unidade administrativa) e com o que se gastava (coisa, elemento). • O Estado agia de forma neutra no sentido econômico: de um lado, há a atividade financeira do Estado (atuação do Estado por meio do orçamento, arrecadando dinheiro, fazendo gastos – Direito Financeiro, orçamento público). Do outro lado, há a atividade econômica do Estado (o Estado com sua política econômica, tentando controlar a inflação, reduzir desemprego, melhorar a valorização da sua moeda frente ao câmbio). Antigamente, essas duas atividades não interagiam. O Estado, do ponto de vista eco- nômico, era neutro em relação ao orçamento (não se utilizava do orçamento para influenciar na economia). As três das funções clássicas econômicas que se conectam com o orçamento público são a alocativa, a distributiva e a estabilizadora. Usar da LOA (recursos públicos) para influenciar na política de distribuição de renda recebeu o nome de política distributiva. Usar da LOA para influenciar na estabilidade da moeda, no câmbio, no emprego, nas funções macro e microeconômicas recebeu o nome de função estabilizadora. Na função alocativa, o Estado usa do orçamento para a presta- ção de bens e serviços públicos à sociedade. Somente mais para frente que o Estado passa a ser intervencionista. 10m 15m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte I ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S Introdução do Orçamento-programa A partir de 1964, foi introduzido o orçamento-programa, atual modelo no Brasil (sua efe- tividade ocorreu por volta dos anos 1990). Os atos responsáveis por sua introdução foram: • Lei n. 4.320/1964 DL n. 200/1967 A Lei n. 4.320/1964 é a lei matriz. Muito dela já não se aplica por não corresponder à realidade, mas as questões são formuladas a partir dela. Essa lei só introduziu o orçamento- -programa. No Brasil, a lei é publicada e, aos poucos, regulamentada, mas poucos dias após a publicação dessa lei, os militares assumiram o comando do governo, o que deixou o orça- mento-programa “na gaveta”. O processo de implementação do orçamento-programa foi gradual, até que, em 1998, após muitas mudanças na política, foi possível oficializar esse modelo (Decreto 2.829 e Por- taria 117 do antigo Ministério do Orçamento e Gestão, hoje Ministério da Economia). A efetivi- dade do orçamento-programa também resultou na edição da Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101). Características do orçamento-programa: • Vinculado ao planejamento; • Foco no objetivo, resultado, realização; • Base firmada em programas; • Mais voltado para controle e avaliação do gasto; • Medidas de desempenho visando melhoras; • Estado intervencionista nas funções alocativa, distributiva e estabilizadora; Classificação Funcional-Programática Para que a efetividade do orçamento-programa ocorresse, foi necessário antes, em 1974, a classificação funcional-programática. Não existe mais dessa forma, mas, à época, trazia o lado funcional, mas não o lado do programa. Um programa, tecnicamente, é um planeja- mento. No período, a função “educação”, por exemplo, teve como programa “ensino funda- mental, ensino médio, ensino superior, ensino profissional”; a função “defesa” teve como programa “defesa aérea, defesa terrestre, defesa marítima”. 20m 25m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte I ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S A parte da função funcionou bem pois, do ponto de vista técnico, função = área; enquanto programa = planejamento, programação. “Educação”, “defesa”, são áreas, bem como “saúde”, “meio ambiente”. Entretanto, “ensino fundamental, ensino médio, ensino superior, ensino profissional” não é planejamento, e sim subfunção, detalhamento da área. O mesmo ocorre com “defesa aérea, defesa terrestre, defesa marítima”. A classificação funcional-programática foi instituída pela Portaria n. 09, 1974. Mais tarde, em 1999, por meio da Portaria n. 42, foi instituída a classificação funcional. Nessa classificação, tem-se a função e a subfunção; o que era programa passou a se chamar “subfunção”, no caso. PORTARIA n. 42, DE 14 DE ABRIL DE 1999 (ATUALIZADA) (*) (Publicada no D.O.U. de 15.04.99) Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1º do art. 2º e § 2º do art. 8º, ambos da Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964. Estabelece os concei- tos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras providências. Atualmente, existe uma tabela com 28 funções (áreas) e subfunções (detalhamento das áreas). As funções são compostas por números de 2 dígitos, enquanto as subfunções são compostas por números de 3 dígitos. É possível combinar uma função com uma subfunção que não seja dela (efeito da matricialidade). A ideia programática é, mais tarde, separada da função e hoje tem-se a estrutura progra- mática, na qual cada ente define em seu plano plurianual. Ela informa da despesa, seu pro- grama, sua ação e seu subtítulo. A estrutura programática é um planejamento. Atualmente, existem as classificações funcional e da estrutura-programática. Estão rela- cionadas na classificação qualitativa da despesa. 30m 35m ���������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Anderson Ferreira. ��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S ORÇAMENTO PÚBLICO: ESPÉCIES OU TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS – PARTE II RELEMBRANDO Lembre-se de que a classificação funcional programática instituída, embora não seja mais vigente historicamente, ainda é citada em provas pelos examinadores. Em 1985 houve o fim do governo militar, o que, na opinião do professor Anderson Fer- reira, atrapalhou muito a efetividade do Orçamento Programa. Lembre-se que o Orçamento Programa foi introduzido com a Lei n. 4.320, em 17 de março de 1964 e, no mesmo mês, no dia 31, deu-se início ao governo militar, o que, na visão do professor, impossibilitou a imple- mentação dessa estrutura programática, pelo fato de ter sido uma mudança brusca. O tema do governo militar provavelmente não será explorado nas provas de concurso, essa é apenas uma informação sobre o contexto. É importante ressaltar que, somente três anos depois, foi criada a Constituição Federal de 1988, a atual, a qual inovou devido à criação de novos instrumentos de planejamento. Até então, o orçamento público se dava de forma um pouco desorganizada em relação aos instrumentos normativos. Existia um Plano Nacional de Desenvolvimento e uma outra lei chamada de Orçamento Plurianual de Investimento (OPI), que ficava vigente por três anos. Também havia a Lei Orçamentária Anual (LOA). Além dela, havia outros orçamentos e leis que, embora não chamados de LOAs, tratavam de matéria que, na essência, era para ser tratada na LOA. Esses eram os chamados orçamentos paralelos. Nesse caso, ainda existiam o orçamento monetário e o orçamento das estatais,pois, naquela época, havia a Sest Secre- taria das Empresas Estatais (Sest) que tratava de um orçamento à parte. No entanto, a Constituição Federal de 1988 organizou esse processo. Entre as altera- ções, não foi mantido o OPI, que foi substituído pelo Plano Plurianual (PPA). Além disso, não haveria mais o orçamento monetário e o orçamento das estatais, sendo que ambos deveriam compor a LOA, que deve ser um documento único. 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S O art. 65, § 5º da Constituição Federal de 1988, define a LOA como um só documento que aborda os temas de orçamento fiscal, o orçamento da seguridade social e orçamento de investimento. Portanto, a LOA foi reestruturada pela nova constituição, unificando os três conceitos em um único documento que, posteriormente, reforça o chamado princípio da uni- dade, instituído em 1964 pelo art. 2º da Lei n. 4.320, porém não respeitado até então. No lugar do Plano Nacional de Desenvolvimento, passou-se a ter possibilidade de outros planos e programas com vigência inclusive superior à do PPA, como prevê o art. 65, § 5º da Constituição Federal de 1988. Sendo assim, não existe mais o Plano Nacional de Desenvol- vimento como um único objeto. Isto é, atualmente, até pode haver, mas apenas como um dos outros planos e programas. Nesse sentido, a atual constituição, além do PPA e da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), criou e reestruturou a LOA. A partir disso, passou-se a ter uma atuação de fato nos três níveis de planejamento, sendo chamada de planejamento no nível estratégico, que é dado por meio do Plano Plurianual. Depois, há o planejamento no nível tático, dado por meio da LDO, e ainda um planejamento de linha operacional, o qual é dado pela LOA. Vale citar que, dentro de administração geral/pública, houve a reforma administrativa, em 1995. É relevante destacar que o Brasil teve diversos modelos de Estado ao longo da história, começando pelo modelo patrimonialista, em que o Estado atuava de forma a deixar a sociedade com o segundo plano, com o poder concentrado na figura do monarca. Depois, houve a evolução para o estado burocrático, que seguia o modelo da administração burocrá- tica, até chegar à administração gerencial, que é o que há atualmente. Nessa ideia da admi- nistração pública gerencial, passa-se a olhar para a sociedade como um cliente que deve ter um serviço de qualidade prestado. Logo, a qualidade, a eficiência e a efetividade passam a ser medidas para o que a administração pública faz, principalmente, em termos orçamentá- rios, o que reflete em quase todas as outras áreas. Sobre isso, o Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado (PDRAE), que definiu o atual modelo administrativo brasileiro, não é estudado de forma profunda em orçamento público, em Direito Financeiro e em finanças públicas. No entanto, em administração, porém, é importante contextualizar o PDRAE, pois, mais tarde, houve a evolução para a efetividade do Orçamento Programa. Em 1988, poderia ter se criado um novo modelo orçamentário, contudo, decidiram ter- minar o que já haviam começado. Até então, o Orçamento Programa havia sido apenas introduzido, uma vez que, em 1965, faltaram mecanismos suficientes para utilizar o Orça- 5m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S mento Programa de forma completa. Com o passar do tempo, algumas medidas foram sendo tomadas e algumas situações foram mudando, como, por exemplo, a classificação funcional programática em 1964, o fim do Governo Militar em 1985, a nova Constituição em 1988 e o PDRAE em 1995. Ou seja, o Estado estava mudando em diversos aspectos – econômico, político, admi- nistrativo – e a sociedade também estava mudando. Diante disso, decidiu-se melhorar e evoluir também a forma do estado atual do orçamento. Logo, em 1998, houve o início de um processo de reforma orçamentária, no qual o Decreto Federal n. 2.829/1998 e a Portaria 117 MOG, portaria do antigo Ministério do Orçamento e Gestão, definiram o Orçamento Pro- grama. Ele foi introduzido em 1964, mas não pôde ser finalizado. A efetividade do Orçamento Programa ainda precisava atuar de forma completa. Essa decisão culminou na edição da Lei Complementar n. 101/2000, também conhecida como Lei de Responsabilidade Fiscal. Isto é, não é um novo orçamento, porém, há plenitude, atuação e a efetividade total do Orçamento Programa. Nesse caso, o Orçamento Programa passa a respeitar o planejamento e focar no objetivo. Não que o objeto tenha sido despre- zado, pois ainda existe um objeto, o meio, a coisa, a estrada, prédio, o carro, o computador, antena, ou seja, todos esses ainda são objetos e elementos que o Estado precisa adquirir ou contratar um serviço de manutenção para fazê-los. Todavia, o foco não é no objeto, e sim, nas finalidades. No que tange à despesa, na classificação quanto à natureza da despesa, lembre-se de que o elemento da despesa ainda é identificado no quarto nível elemento da despesa, ou seja, coisa ou objeto. Com isso, há o Orçamento Programa vinculado ao planejamento, focado também no objetivo baseado em programas. Além disso, o gasto é feito de forma a se preocupar com a satisfação, isto é, avaliando e perguntando à sociedade se o programa está bom ou se pre- cisa melhorar. Dessa forma, é feito um controle, sendo que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, essa avaliação é feita pelo Poder Legislativo de forma externa, lembrando que cada órgão tem também o seu controle interno. E ainda, a sociedade pode participar dessa fiscalização por meio de denúncias pelo Ministério Público. Portanto, deve-se fiscalizar o gasto público. Sobre isso, vale mencionar que essa carac- terística não é do clássico tradicional, ela passou a ser um aspecto do funcional de desem- penho e é uma característica predominante do Orçamento Programa. É essencial enfatizar 10m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S que o Estado passa a ser intervencionista, no sentido de usar o dinheiro público na prestação de bens e serviços públicos – a chamada função alocativa – ou em tentar equalizar melhor distribuição de renda do país, retirando de quem tem mais e dando para quem tem menos. Essa prática corresponde à função distributiva. Por exemplo: impostos progressivos como Imposto de Renda, Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) são impostos nos quais os valores são progressivos. Ou seja, paga mais aquele que tem carro mais caro, casa mais cara e ganha mais. Em tese, esse dinheiro arrecadado é redistribuído pelo Estado em programas sociais, como Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida, emprestando a uma taxa de juros subsidiada, não há carência para começar a pagar. Por fim, a função estabilizadora é aquela em que o Estado usará do orçamento, ou seja, da LOA e das receitas públicas para intervir na economia, tentando controlar a inflação, reduzir o desemprego, melhorar a sua moeda frente às outras. A questão do câmbio, por- tanto, corresponde a uma atuação na economia de forma direta para estabilizá-la e conseguir manter um ponto de equilíbrio nos diversos temas econômicos. Entretanto, entre a introdução do Orçamento Programa e sua efetividade, demorou algum tempo, assim, gerando uma lacuna. Com isso, surgiu a dúvida sobre qual é o modelo orça- mentário entre a introdução do Orçamento Programa até a sua efetividade, uma vez que o clássico ou tradicionalfoi apenas até 1964. Lembre-se que, uma vez introduzido o programa, deixou-se de ser clássico ou tradicional, porém não passou a ser Orçamento Programa, também chamado de orçamento moderno por seu atual. Diante desse questionamento, a doutrina criou uma figura de conceito para justificar a introdução e a efetividade, o que denominaram de orçamento de desempenho ou o orça- mento funcional. Sendo assim, o modelo misturado, que ainda não era totalmente Orçamento Programa, porém também não era mais o orçamento clássico ou tradicional, era na reali- dade, o orçamento do programa em fase de implementação. Logo, Brasil vivenciou o orça- mento funcional ou de desempenho entre 1964 a 1998, período em que foi se efetivando e implementando o Orçamento Programa. Dessa maneira, o orçamento funcional possui quase todas as características do Orça- mento Programa, exceto uma, ou seja, a vinculação ao planejamento. É relevante salientar que essa é característica única e exclusiva do Orçamento Programa. Assim, quando se trata da vinculação ao planejamento e o respeito e à obrigatoriedade de fazer de acordo com o que está na norma, com alterações realizadas conforme os processos e regras, é uma caracte- 15m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S rística única e exclusiva do orçamento moderno. Recorde que, quando se abordar o foco no objetivo e base em programas, é correto afirmar que é válido tanto para o programa moderno quanto para o funcional de desempenho. Dando sequência, é fundamental compreender o conceito de programa. Nesse con- texto, deve-se entender o conceito de programa como um planejamento. Suponha que há um campo e tudo o que estiver dentro dele significa que está dentro do seu planejamento e da sua programação. Vale mencionar que esse programa pode ser finalístico, de gestão e também exclusivo de operações especiais. Observe que, dentro do programa, reúnem-se as despesas, ou seja, os gastos, pois existem ações dentro dos programas, as quais correspon- dem a gastos. Nesse caso, sempre que há um programa visa-se um objetivo. Por exemplo, se o objetivo é ampliar o acesso ao ensino superior, deve-se fazer um programa visando essa finalidade. Outro exemplo é quando há o objetivo de distribuir melhor a renda do país, aumentando e dando renda mínima para quem tem baixa renda, logo, cria-se outro programa, porque tem um objetivo diferente do programa anterior. Ou seja, o objetivo do programa 1 é ampliar o acesso ao ensino superior e o objetivo do programa 2 é a distribuição de renda, logo, é necessário traçar ações diferentes, haverá alguns gastos no programa 1 que são diferentes dos gastos dos programas anteriores. Sendo assim, devem ser ações planejadas em progra- mas diferentes. Pensando no marketing, o governo nomeia o programa 1 de Programa Universidade para todos (Prouni) e o Estado organiza alguns gastos para isso, que são ações. Logo, os gastos podem ser projetos, atividades ou ainda operações especiais. Já no programa 2, o Estado visa distribuir melhor a renda do país, tirando de quem tem mais dando para quem tem menos. Para isso, ele organiza ações, algumas despesas e alguns gastos, que podem ser do tipo projetos, atividades ainda de operações especiais. O ponto importante é que se orga- nizam os gastos em um campo de planejamento diferente do campo anterior, pois o objetivo é diferente. Assim, o governo nomeia o programa de Bolsa Família. EVOLUÇÃO DOS TIPOS OU MODELOS ORÇAMENTÁRIOS NO BRASIL Vale citar que o governo possui diversos programas, sendo que, a depender do objetivo de cada um, são diferentes. Nessa situação, dentro de determinado programa, reúnem-se gastos, ou seja, linhas de atuações específicas para a consecução daquele objetivo. Por- 20m 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S tanto, no Brasil, houve uma evolução nos tipos orçamentários, começando no orçamento clássico tradicional ou também chamado de um orçamento inglês. Depois, evoluiu-se para o orçamento funcional ou de desempenho até alcançar o Orçamento Programa. Lembrando que o Orçamento Programa ou moderno, no Brasil, teve dois marcos. Primeiro, a sua intro- dução em 1964/1967, com a Lei n. 4.320/1964 e o Decreto-Lei n. 200/1967. Segundo, a sua efetividade a partir de 1998. TÉCNICAS DE ORGAMENTAÇÃO Orçamento Base Zero • Análise, revisão e avaliação (de tudo); • Não gera direito adquirido; • Processo oneroso e moroso; • Tomada de decisão como fator primário; • Justificativa por melhor custo benefício. É importante estar atento também às técnicas de orçamentação, sendo que, de certa forma, elas se diferenciam de tipos ou modelos orçamentários. Quando se trata de mode- los, tipos ou espécie, dentre eles estão o orçamento tradicional, o orçamento de desempe- nho ou funcional e o Orçamento Programa. Já técnicas de orçamentação correspondem a orçamento base zero, orçamento incremental e etc. Logo, observa-se uma diferença entre modelos ou espécies e técnicas, porém, os examinadores não abrangem muito esse mérito. Nesse contexto, a diferença entre modelo, tipos ou espécies e técnica é que modelo, tipos ou espécies, é como se fosse uma espécie de manual. Ou seja, manual é algo maior e, dentro dele, há técnicas, etapas e fases a serem seguidas. Com o passar do tempo, é possível alterar parte dessas técnicas, embora se mantenha o mesmo modelo. Contudo, se as técnicas dos modelos forem mudando expressivamente, ou seja, se a técnica passa por muitas alterações, identifica-se a necessidade de colocar outro nome. Lembre-se de que técnica é como fazer o orçamento. Por exemplo, deve-se fazer o orça- mento e planejar o gasto do próximo mês: essa é uma técnica orçamentária. Ou seja, foi planejado o gasto do próximo mês com base no gasto deste mês e dos meses anteriores. Caso a decisão seja a de ignorar os gastos do mês anterior e partir de uma linha nova de raciocínio, tem-se outra técnica. Portanto, a forma de fazer o orçamento, que é planejar os 25m 7 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte II ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S próximos períodos, é uma técnica orçamentária e, à medida em que o tempo foi passando, esse método foi sendo melhorado, técnicas novas foram sendo descobertas e novos nomes de modelos foram sendo dados. Vale frisar que algumas técnicas não são compatíveis com alguns modelos. Esteja atento, pois os examinadores e as bancas não fazem distinção dos termos mode- los, técnicas e tipos. Ou seja, na prova, quando forem mencionados modelos, técnicas e tipos, os examinadores e as bancas estão se referindo à mesma coisa. Logo, é possível chamar o orçamento base zero de modelo orçamentário, desde que ele traga as característi- cas desse modelo. Porém, o ideal é ser chamado de técnica. Além disso, também é possível chamar o orçamento incremental de uma espécie orçamentária, desde que ele apresente as características do incremental. Lembre-se de que o orçamento participativo, na realidade, é uma técnica orçamentária, mas se as bancas o chamarem de modelo, tipo ou espécie orça- mentária, observe as características do orçamento participativo. Sendo assim, apesar de os examinadores e as bancas, bem como os escritores dos livros que as bancas usam como referência, não se importarem em distinguir modelo de técnica e técnica de modelo, na fundamentação, há diferença. Sobre isso, em 2008, em uma prova da Escola de Administração Fazendária (ESAF), no comando da questão, o examinador colo- cou em conflitoa diferença entre técnica e modelo. Em provas, é comum a banca cobrar, por exemplo, a característica que não gera direito adquirido, que corresponde ao orçamento base zero. Caso se afirme que essa característica corresponde ao orçamento participativo, nesse caso, o item seria falso. • Orçamento incremental; • Orçamento participativo; • Orçamento por resultados. 30m �������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Anderson Ferreira de Oliveira. ��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte III ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S ORÇAMENTO PÚBLICO: ESPÉCIES OU TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS – PARTE III RELEMBRANDO Lembre-se de que as bancas não fazem distinção entre rótulo, técnica e modelo, espécie ou tipo de orçamento. O mais importante, para fins de provas de concursos, é recordar das características de cada uma dessas técnicas ou modelos, espécies ou tipos orçamentários. TÉCNICAS DE ORÇAMENTAÇÃO Suponha, por exemplo, que estamos no mês de setembro e você deve elaborar o orça- mento dos seus gastos para o mês de outubro. Na Administração Pública, isso é feito de um ano para o outro. Nessa situação, surge o questionamento: qual critério utilizar? Será neces- sário considerar os últimos dois meses, os últimos três meses, os últimos 10 meses ou os últimos anos? Ou o certo seria desprezar esses dados? Observe que, a depender dos critérios utilizados, pode-se empregar uma técnica do Orçamento Base Zero. Já no caso de um pai ou de uma mãe de família que chamam todos para conversar e perguntam as necessidades, deixando que participem do planejamento e da construção do orçamento familiar, teremos a técnica do Orçamento Participativo. Porém, se além de ouvir as sugestões, o indivíduo deixa que outros decidam os resultados, será o caso da técnica do Orçamento por Resultados. Na prova, em geral, o examinador questiona como isso ocorre na Administração Pública. Ele também questiona quais são os diversos índices utilizados pela União, estados, Distrito Federal e municípios para elaborarem seus orçamentos. E ainda, o examinador não deseja identificar somente como a Administração Pública elabora seus orçamentos, mas também como as empresas fazem isso. Por essa razão, é fundamental compreender as característi- cas de cada técnica. Orçamento Base Zero • Análise, revisão e avaliação (de tudo); • Não gera direito adquirido; • Processo oneroso e moroso; 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte III ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S • Tomada de decisão como fator primário; • Justificativa por melhor custo benefício. No Orçamento Base Zero, há uma análise, revisão e avaliação de tudo. Na prova, o candidato perceberá que as bancas apresentarão um termo generalizado, que mencionará uma avaliação de todos os programas ou uma revisão de toda a base. Nesse sentido, é importante não se confundir. Apesar de o nome ser Base Zero, essa não é a técnica em que se desconsidera tudo e se começa do zero. Pelo contrário, é a técnica em que se analisa e revisa tudo, ou seja, nada passa de um período para outro sem revisão e análise. Nesse caso, pode até ser continuado, desde que seja justificado o custo benefício da manutenção. Se não for viável, deve-se descartar. Considerando a situação de uma casa, o orçamento Base Zero seria feito analisando tudo o que se gasta, por exemplo, até com uma paçoquinha. Isto é, nada passa no automá- tico e há análise, revisão e avaliação de todos os programas, ações e projetos. Sendo que, uma vez que tudo é analisado, revisado e avaliado, pode-se decidir continuar ou não conti- nuar com as ações. Caso se decida não continuar, não há importância em relação àquele que começou a receber o benefício do projeto, programa ou ação que foi iniciada. A razão disso é que a técnica Orçamento Base Zero tem como característica predomi- nante não gerar direito adquirido. Esteja bastante atento, pois a banca afirmará, na prova, que, segundo o Orçamento Programa, não há direito adquirido. No entanto, essa afirmativa está errada, já que não gerar direito adquirido é uma característica do Orçamento Base Zero. Além disso, no Orçamento Base Zero, o processo demora mais, é moroso, e, naturalmente é mais caro. Ou seja, todo o processo que é mais lento e demorado se torna mais caro. Além disso, a tomada de decisão é o fator mais importante, ou seja, fator primário, sendo que o processo e o resultado quanto aos documentos serão gerados depois disso, isto é, cor- respondem a fator secundário. Portanto, o mais relevante é analisar e tomar a decisão acerca de manter ou não o projeto, de continuá-lo ou não. Por fim, justificativas por melhor custo benefício serão mantidas apenas se for compro- vada a vantagem do custo benefício. Do contrário, descontinua-se e não se importa com o direito adquirido. Esteja atento, pois, ao fato de não se importar com o direito adquirido, pois a Administração Pública não utiliza o Orçamento Base Zero. Dessa forma, a técnica é utili- zada por empresas e pela iniciativa privada. Em uma prova da Polícia Civil do Distrito Fede- ral (PCDF), havia uma questão afirmando que o Poder Executivo Federal, ou seja, a União, 5m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte III ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S utilizava como técnica o Orçamento Base Zero, que não respeita direito adquirido. Nesse caso, lembre-se que: a técnica não respeita o direito adquirido, contudo, o Governo Federal não a utiliza. Orçamento Incremental O Orçamento Incremental é bastante diferente do Orçamento Base Zero. O mais rele- vante do Orçamento Incremental é que ele corresponde a uma técnica que parte de uma base. Por exemplo, a Emenda Constitucional n. 95/2016 impôs o que se chama de novo regime fiscal ou de teto de gastos. A emenda determinou que, durante 20 anos, a partir de 2017, o valor para se gastar no ano seguinte deveria ter como base o gasto do ano anterior mais a inflação. Outro exemplo em que se utiliza a técnica do Orçamento Incremental é a forma de cal- cular a previsão de receita. Quanto ao que se espera arrecadar no ano seguinte, o art. 12 da Lei Complementar n. 101/2000, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), define que se deve considerar como base o ano anterior. Ou seja, também é orçamento incremental, já que há uma base e mais alguns ajustes, que consideraram fatos econômicos e mudança na legisla- ção, no art. 12 da Lei Complementar n. 101/2000. É relevante recordar dos créditos adicionais, que são os créditos adicionais na modali- dade suplementar, o qual corresponde a um reforço sobre a base. Portanto, também é outro exemplo de Orçamento Incremental. Lembrando que essa técnica é utilizada pela Adminis- tração Pública. Orçamento Participativo O Orçamento Participativo é usado pela Administração Pública, sendo que o art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal determina o incentivo, ou seja, União, estados, os Distrito Federal e os municípios devem incentivar a participação popular. Outro ponto importante é que ele é obrigatório nos municípios, como disposto na Lei n. 10.257/2001. Essa lei trata sobre a política urbana municipal e estabelece que, nesse quesito, é necessário consultar a opinião pública antes de aprovar qualquer coisa na Câmara Municipal. Além disso, aindahá um artigo que aborda a norma orçamentária. Portanto, entenda que a interpretação das bancas é que os municípios são obrigados a usar o Orçamento Participa- tivo, enquanto os outros devem incentivar. Nesse sentido, Orçamento Participativo é pergun- tar a opinião, todavia, não significa necessariamente que se seguirá aquela opinião. 10m 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte III ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S Por exemplo, o gestor está elaborando a Lei Orçamentária Anual (LOA) e há R$ 50 milhões e duas ideias de projetos, porém, é possível fazer apenas um com valor estimado orçado. Logo, o gestor pergunta para a sociedade se eles desejam que se duplique a rodo- via ou que se construa uma quadra de esportes. A sociedade pensa e opina, decidindo, por exemplo, pela construção da quadra de esportes, porém, isso não significa que esse projeto será executado. Na sequência, o projeto é encaminhado ao Legislativo para apreciação, sendo que, antes de aprovar, o Legislativo pode propor mudanças por meio das chamadas emendas parla- mentares. Além disso, os parlamentares podem consultar mais uma vez a opinião pública e devem fazer isso, como prevê o art. 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal. É possível que surja até uma terceira ideia, por exemplo, a construção de um posto de saúde. Assim, é feita uma emenda propondo a retirada do recurso da construção da quadra de esporte para a construção de um posto de saúde. O novo ano começa e a LOA está em execução. A depender da necessidade, é possível que não seja construído um posto de saúde, em razão, por exemplo, de contingenciamento de despesas, necessidade devido a uma crise econômica. Logo, ao invés de usar o recurso para construir uma nova unidade de posto de saúde, equipa-se a que já existe, contratando mais funcionários, adquirindo mais equipamentos e também material de consumo, vacinas, medicamentos etc. Dessa forma, o Orçamento Participativo é uma mera consulta de opinião, ou seja, o ato não vincula. Lembrando que a sociedade participa opinando durante a fase de elaboração, por meio do estímulo do Executivo e aprovação por meio da provocação do Legislativo. Orçamento por Resultados Possivelmente, o Orçamento por Resultados é uma das técnicas mais modernas. Defende-se a implementação desse modelo no Brasil, porém, ainda não há indícios práticos, nenhum documento ou relato oficial disso. Existem exemplos de Orçamento por Resultados em vários estados americanos, pois, neste caso, a sociedade não é apenas consultada, ela também decide. 15m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte III ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S Por exemplo, há o desejo de se construir um parque. Há um número X de moradores, e para o projeto de construção do parque há um determinado valor orçado. Logo, se durante determinados anos cada um contribuir com certa quantia, ao longo de tantos anos, será possível construir o parque. Depois, o projeto é aprovado e, nessa hipótese, o recurso será, obrigatoriamente, usado na finalidade cujo resultado foi definido pela sociedade. Portanto, a nomenclatura "resultado" é mais que uma mera participação. Nessa situação, a sociedade participa e define o resultado. Lembre-se que o Orçamento por Resultados ainda não é utilizado pelos entes federados e pela Administração Pública. No entanto, há discus- sões no sentido de evoluir para ele. Esse modelo é muito avançado, gera na sociedade mais confiança nas decisões governamentais e maior credibilidade no governo. PORTARIA N. 42, DE 14 DE ABRIL DE 1999 (ATUALIZADA) • Publicada no D.O.U. de 15/04/1999. Atualiza a discriminação da despesa por funções de que tratam o inciso I do § 1º do Art. 2º e § 2º do Art. 8º, ambos da Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964, estabelece os concei- tos de função, subfunção, programa, projeto, atividade, operações especiais, e dá outras providências. Vale lembrar que a Portaria n. 42/1999 instituiu a separação da classificação funcional, determinando as áreas, com os detalhamentos de cada área e suas funções. FUNÇÕES SUBFUNÇÕES 01 – Legislativa 031 – Ação Legislativa032 – Controle Externo 02 – Judiciária 061 – Ação Judiciária062 – Defesa do Interesse Público no Processo Judiciário 03 – Essencial à Justiça 091 – Defesa da Ordem Jurídica092 – Representação Judicial e Extrajudicial 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte III ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S 04 – Administração 121 – Planejamento e Orçamento 122 – Administração Geral 123 – Administração Financeira 124 – Controle Interno 125 – Normatização e Fiscalização 126 – Tecnologia da Informação 127 – Ordenamento Territorial 128 – Formação de Recursos Humanos 129 – Administração de Receitas 130 – Administração de Concessões 131 – Comunicação Social 05 – Defesa Nacional 151 – Defesa Aérea 152 – Defesa Naval 153 – Defesa Terrestre 06 – Segurança Pública 181 – Policiamento 182 – Defesa Civil 183 – Informação e Inteligência 07 – Relações Exteriores 211 – Relações Diplomáticas212 – Cooperação Internacional 08 – Assistência Social 241 – Assistência ao Idoso 242 – Assistência ao Portador de Deficiência 243 – Assistência à Criança e ao Adolescente 244 – Assistência Comunitária 09 – Previdência Social 271 – Previdência Básica 272 – Previdência do Regime Estatutário 273 – Previdência Complementar 274 – Previdência Especial 10 – Saúde 301 – Atenção Básica 302 – Assistência Hospitalar e Ambulatorial 303 – Suporte Profilático e Terapêutico 304 – Vigilância Sanitária 305 – Vigilância Epidemiológica 306 – Alimentação e Nutrição 11 – Trabalho 331 – Proteção e Benefícios ao Trabalhador 332 – Relações de Trabalho 333 – Empregabilidade 334 – Fomento ao Trabalho 7 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Parte III ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S 12 – Educação 361 – Ensino Fundamental 362 – Ensino Médio 363 – Ensino Profissional 364 – Ensino Superior 365 – Educação Infantil 366 – Educação de Jovens e Adultos 367 – Educação Especial 368 – Educação Básica (4) 13 – Cultura 391 – Patrimônio Histórico, Artístico e Arqueológico392 – Difusão Cultural 14 – Direitos da Cidadania 421 – Custódia e Reintegração Social 422 – Direitos Individuais, Coletivos e Difusos 423 – Assistência aos Povos Indígenas 15 – Urbanismo 451 – InfraEstrutura Urbana 452 – Serviços Urbanos 453 – Transportes Coletivos Urbanos 16 – Habitação 481 – Habitação Rural482 – Habitação Urbana 17 – Saneamento 511 – Saneamento Básico Rural512 – Saneamento Básico Urbano 18 - Gestão Ambiental 541 – Preservação e Conservação Ambiental 542 – Controle Ambiental 543 – Recuperação de Áreas Degradadas 544 – Recursos Hídricos 545 – Meteorologia 19 – Ciência e Tecnologia 571 – Desenvolvimento Científico 572 – Desenvolvimento Tecnológico e Engenharia 573 – Difusão do Conhecimento Científico e Tecnológico �������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Anderson Ferreira de Oliveira. ��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. 1 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões ADMINISTRAÇÃOFINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S ORÇAMENTO PÚBLICO: ESPÉCIES OU TÉCNICAS ORÇAMENTÁRIAS – REVISÃO EM QUESTÕES 1. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2020) O orçamen- to-programa apresenta vinculação com o planejamento governamental na execução de programas, projetos e atividades do Estado. COMENTÁRIO O planejamento é a sua principal característica. 2. (CESPE/TJ-AM/ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE/2019) Tanto no orçamen- to de desempenho quanto no orçamento-programa, a classificação da despesa é feita de acordo com o objetivo final do gasto. COMENTÁRIO O orçamento de desempenho e o orçamento-programa possuem características em co- mum. Quais são essas características? Todas do orçamento-programa, exceto a vincula- ção ao planejamento. 3. (CESPE/SLU-DF/ADMINISTRAÇÃO/2019) Com relação a técnicas orçamentárias e aos princípios orçamentários, julgue o item a seguir. No orçamento-programa, o aspecto jurídico do orçamento sobrepõe-se ao aspecto econômico. COMENTÁRIO No orçamento-programa, o que é mais importante é o aspecto econômico (fator primário); o aspecto jurídico é um fator secundário. A economia acaba regendo e gerando a necessi- dade de mudanças jurídicas (ex.: a LRF sofreu várias alterações em decorrência de crises econômicas ocorridas ao longo do tempo). 2 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S Mas, existe algum modelo ou técnica em que o aspecto jurídico seja mais um fator primário e o aspecto econômico seja um fator secundário? Sim, aquele em que o Estado economi- camente agia de forma neutra (orçamento tradicional ou clássico). 4. (CESPE/STJ/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA/2018) A ideia central do or- çamento por resultados é que os cidadãos devem explicitar quais os resultados que querem em contrapartida aos recursos repassados ao setor público. COMENTÁRIO O orçamento por resultado é uma técnica não utilizada no Brasil ainda e a sociedade defi- ne, de fato, o resultado. 5. (CESPE/TCE-SC/ACI/ADMINISTRAÇÃO/2016) O orçamento por resultados melhora a aceitação dos governos, reforça a confiança nas instituições públicas estabelecidas e contribui para o desenvolvimento socioeconômico, bem como para a eficiência, a eficá- cia e a efetividade da gestão pública. COMENTÁRIO Se o Brasil passasse a utilizar o orçamento por resultados, isso aumentaria a credibilidade do que o governo fala que vai fazer. 6. (CESPE/STM/TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA/2018) Com relação a técnicas e princípios orçamentários, julgue o item seguinte. O orçamento incremental tem como base as receitas e despesas ocorridas no período anterior, sobre as quais são feitos ajustes marginais. COMENTÁRIO Base + ajuste: orçamento incremental. Art. 12, LRF. 5m 3 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S 7. (CESPE/TCE-PR/ANALISTA DE CONTROLE – ADMINISTRAÇÃO/2016) O primeiro estágio da receita, determinado pela previsão de receitas das unidades orçamentárias, não segue o modelo incremental. COMENTÁRIO Estágios da receita: • Previsão; • Lançamento; • Arrecadação; • Recolhimento. Para se estimar a receita de um ano para o outro, tem-se por base o art. 12 da LRF. Lá, há a menção, ainda que não de forma expressa, que o modelo incremental é utilizado como base. Utiliza-se, como base, períodos anteriores para calcular períodos seguintes. 8. (QUADRIX/SEDF/PROFESSOR – ADMINISTRAÇÃO/2017) Com base nos conceitos e nas normas a respeito de orçamento público no Brasil, julgue o próximo item. Com a aprovação da chamada PEC do Teto de Gastos, a tentativa de cada segmento de interesses de preservar sua “fatia” no orçamento tenderá a reforçar a prática incre- mentalista. COMENTÁRIO Hoje, não se fala mais em PEC do Teto de Gastos. Na realidade, atualmente, fala-se em uma emenda (EC n. 95/2016). Cada um deve preservar a sua “fatia”, pois vai pegar a base do ano anterior + o ajuste da inflação. Isso significa que não há um aumento efetivo de gastos, mas apenas uma corre- ção nominal de valor, preservando a “fatia” de gasto para o ano seguinte. 9. (CESPE/TJ-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO – CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2020) A técnica- -orçamentária que utiliza o orçamento com função precípua de controle político é chamada de a. Orçamento por desempenho. 4 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S b. Orçamento por resultados. c. Orçamento burocrático. d. Orçamento-programa. e. Orçamento clássico. COMENTÁRIO Controle político → mero controle de valores. Isso é uma característica do modelo clássico ou tradicional. 10. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO/2020) A respeito de finanças públicas, julgue o item que se segue. A técnica orçamentária do orçamento clássico ou tradicional caracteriza-se por uma acentuada preocupação com o atendimento das necessidades da coletividade. COMENTÁRIO No orçamento clássico ou tradicional, havia maior preocupação com as necessidades das instituições. As técnicas que possuem a característica de ter uma maior preocupação com as necessidades da coletividade são o orçamento-programa, o orçamento participativo e o orçamento por resultados. 11. (CESPE/MPE-CE/ANALISTA MINISTERIAL – ADMINISTRAÇÃO/2020) A respeito de orçamento participativo, governo eletrônico, gestão por resultados na produção de ser- viços públicos e comunicação na gestão pública, julgue o item subsecutivo. No Brasil, por meio do orçamento participativo, a população pode definir, de forma fle- xível, onde será alocada a maior parte dos recursos orçamentários. COMENTÁRIO No orçamento participativo, a sociedade participa de forma consultiva. Porém, essa partici- pação não compromete a maior parte dos recursos, mas sim uma pequena parte. 10m 5 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S 12. (CESPE/MPE-PI/ANALISTA MINISTERIAL – ENGENHARIA CIVIL/2018) Julgue o pró- ximo item, relativo aos tipos de orçamentos públicos. O orçamento participativo contempla a participação da população no processo decisó- rio por meio de lideranças ou de audiências públicas. COMENTÁRIO Se não existissem essas representações e lideranças para organizar as audiências e ter a representação da opinião pública, não seria possível haver participação social. Então, re- almente, no orçamento participativo, há a participação da população durante os processos decisórios, que, segundo a LRF (Lei Complementar n. 171/2000), ocorrem, basicamente, em duas etapas: (i) elaboração dos projetos do PPA, da LDO e da LOA; e (ii) apreciação/ aprovação. Vale lembrar que, nos municípios, tal técnica é obrigatória. (CESPE/TCE-MG/ACE/ADMINISTRAÇÃO/2018) A respeito das técnicas orçamentá- rias, julgue os itens a seguir. 13. O orçamento base-zero pressupõe um reexame crítico dos dispêndios de cada área governamental após cada ciclo orçamentário, de modo que não haja direitos adquiridos sobre o montante dos gastos do exercício anterior, salvo no caso de despesas de cará- ter obrigatório. COMENTÁRIO Não há qualquer ressalva. É por isso que o governo brasileiro não usa o base-zero, pois, aqui, há despesa obrigatória (ex.: despesa com pessoal). Todavia, enquanto conceito, ele existe. 14. No orçamento de desempenho, ou tradicional, embora seja possível saber o que faz o governo,não ocorre vinculação com o planejamento governamental. 15m 6 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S COMENTÁRIO Não são sinônimos. Os sinônimos são: orçamento tradicional, clássico ou inglês e orça- mento de desempenho ou funcional. Destaca-se que a vinculação com planejamento é característica do programa. Além disso, o orçamento tradicional não foca no resultado (naquilo que se faz), mas sim naquilo que se compra (objeto/meio). 15. O orçamento participativo caracteriza-se por uma participação direta e efetiva das co- munidades, de tal forma que o chefe do Poder Executivo está obrigado legalmente a seguir as sugestões da população. COMENTÁRIO Isso seria no orçamento por resultado. Então, não há essa obrigatoriedade; o ato não vincula. 16. No âmbito dos municípios, o orçamento participativo é de observância obrigatória, de modo que a realização de debates, audiências e consultas públicas é condição obriga- tória para a aprovação do orçamento anual pela Câmara Municipal. COMENTÁRIO Item em acordo com os conteúdos estudados. 17. (CESPE/TCM-BA/AECE/2018) A sistemática de elaboração orçamentária que exige a justificativa de cada recurso solicitado, sem fixar de antemão um valor orçamentário inicial e sem considerar os valores previstos no orçamento anterior, denomina-se a. Orçamento participativo. b. Orçamento-programa. c. Orçamento tradicional. d. Orçamento de desempenho. e. Orçamento base-zero. 20m 7 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S COMENTÁRIO Sem considerar os valores previstos no orçamento anterior → sem gerar direito adquirido. Essa técnica é denominada orçamento base-zero. 18. (FGV/DPE-RJ/TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO – ADMINISTRAÇÃO DE EM- PRESAS/2019) A situação deficitária das contas públicas do governo federal fez com que candidatos à presidência nas eleições de 2018 propusessem mudanças drásticas na técnica de elaboração do orçamento utilizada pelo governo. Uma dessas propostas apresentava a necessidade de que os gestores públicos justificassem anualmente de forma detalhada cada gasto público empregado, sem compromisso com qualquer mon- tante inicial de dotação. Trata-se de técnica conhecida como orçamento: a. Clássico; b. Programa; c. Base-zero; d. Por desempenho; e. De teto móvel. COMENTÁRIO Essa discussão, de fato, aconteceu quando o governo atual ganhou as eleições. Antes de entrar no poder, a equipe econômica discutiu a ideia de fazer o orçamento base-zero no Brasil. Porém, após assumir o poder, entenderam as regras da Administração Pública e viram que não se podia adotar uma técnica que não respeitava o direito adquirido das pessoas. Conclusão: não usamos a técnica do orçamento base-zero, mas cogitou-se a sua utilização. 19. (CESPE/TCE-MG/ACE/CIÊNCIAS CONTÁBEIS/2018) O orçamento que se caracteriza por apresentar propósitos para os créditos orçamentários solicitados, os custos neces- sários para o alcance de tais propósitos e informações quantitativas que mensurem os resultados é denominado a. Orçamento por objeto. 8 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S b. Orçamento por desempenho. c. Orçamento base-zero. d. Orçamento funcional-programático. e. Orçamento participativo. COMENTÁRIO Isso é uma característica tanto do orçamento-programa quanto do orçamento de desem- penho. Como, nas alternativas, não há menção ao orçamento-programa, ficaremos com a alternativa que menciona o orçamento por desempenho. 20. (FCC/SEMEF/MANAUS – AM/PROGRAMADOR/2019) O orçamento público que se ca- racteriza por realizar a alocação de recursos visando à aquisição de meios e por utilizar como principais critérios classificatórios as unidades administrativas e os elementos de despesa e o orçamento público que se caracteriza por realizar a alocação de recursos visando à consecução de objetivos e metas e por utilizar como principal critério classifi- catório a funcional-programática correspondem, respectivamente, ao a. Orçamento tradicional e ao orçamento-programa. b. Orçamento tradicional e ao orçamento clássico. c. Orçamento impositivo e ao orçamento clássico. d. Orçamento-programa e ao orçamento por resultado. e. Orçamento por desempenho e ao orçamento clássico. COMENTÁRIO • Meio → objeto e unidades administrativas → características do orçamento tradicional ou clássico. • Objetivos e metas e por utilizar como principal critério classificatório a funcional-pro- gramática → orçamentos programa e funcional. 21. (CESPE/MME/ASSISTENTE FINANCEIRO/2013) A respeito da experiência brasileira com a utilização do orçamento-programa, assinale a opção correta. 25m 9 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S a. A quantificação de metas do orçamento-programa deverá ser feita apenas quando a relação custo benefício for justificável. b. O orçamento-programa foi implementado imediatamente após a aprovação da legis- lação que o instituiu. c. A União e os estados, quando passaram a usar o orçamento-programa, utilizavam classificações uniformes de receitas e despesas. d. A classificação funcional-programática, implementada pelo governo federal a partir da década de 70 do século passado, não mais é utilizada. e. O orçamento-programa tem como preocupação básica o tipo de gasto utilizado no plano de trabalho do governo. COMENTÁRIO a) Isso é característica do orçamento base-zero. b) Ele foi introduzido por meio da Lei n. 4.320/1964, porém a sua efetividade veio apenas no final dos anos 90. c) A depender da classificação, ela pode ser própria (ex.: estrutura programática). d) A funcional-programática começou em 1974, mas se separou. e) As principais preocupações são a satisfação da coletividade e o resultado efetivo do gasto. 22. (CESPE/CGE-CE/ACI/GOVERNAMENTAL/2019) Com o objetivo de melhor atender aos interesses da sociedade, as nações procuram aprimorar o seu sistema orçamen- tário; isso dá origem a vários modelos orçamentários. Nesse sentido, assinale a opção correta relativa a modelos orçamentários. a. A alocação de recursos, no modelo de orçamento tradicional, visa ao alcance de obje- tivos e metas preestabelecidas. b. A estrutura do orçamento-programa está associada ao planejamento e à adoção de indicadores de medição de resultados. c. O orçamento-desempenho é fundamentado nos custos dos programas e nas metas qualitativas para alcance de resultados. d. A elaboração do orçamento base-zero é realizada a partir da perspectiva do orça- mento incremental. 30m 10 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S e. O orçamento por resultados é fundamentado em padrões de alocação de recursos, com ênfase na economia de recursos. COMENTÁRIO a. É no orçamento-programa que há o estabelecimento de objetivos e resultados preesta- belecidos por meio de planejamentos que devem ser buscados. b) Característica típica do orçamento-programa. c) A ideia de fundamentar nos custos é uma ideia do orçamento tradicional ou clássico. d) O base-zero tem uma perspectiva completamente oposta à do incremental. e) A ênfase é na opinião pública.GABARITO 1. C 2. C 3. E 4. C 5. C 6. C 7. E 8. C 9. e 10. E 11. E 12. C 13. E 14. E 15. E 16. C 17. e 18. c 19. b 20. a 11 www.grancursosonline.com.br Viu algum erro neste material? Contate-nos em: degravacoes@grancursosonline.com.br Orçamento Público: Espécies ou Técnicas Orçamentárias – Revisão em Questões ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA A N O TA ÇÕ E S 21. d 22. b �������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula preparada e ministrada pelo professor Anderson Ferreira de Oliveira. ��A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu- siva deste material. _Hlk73794942
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