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RESUMO VENTILAÇÃO MECÂNICA

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1 
PNEUMOLOGIA 17 
Marina Prietto 
VENTILAÇÃO MECÂNICA 
 
 
INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA: 
PaO2 < 60 mmHg 
PCo2 > 45 mmHg e pH< 7,3 
 
As duas condições podem ser definidas como causas de insuficiência respiratória aguda (crônico 
 
 
 
FISIOPATOLOGIA: 
 
 É necessárias 2 condições estarem funcionando adequadamente: “Ventilação” (captar O2) e o Alvéolo (expelir CO2); 
 
 Gradil costal + musculatura – recebem estímulo do tronco cerebral para realizar a respiração. 
 
 
 
Insuficiência respiratória TIPO I: 
 
Apresenta um ventilador normal, ou seja, ocorre a reciclagem dos gases de forma normal. 
O problema na IR do tipo I: ALVÉOLO 
• Redução área de superfície 
• Alvéolo mais espesso. 
 
Ou seja, ou o problema é do parênquima pulmonar ou é do sistema cardiovascular/hemoglobina (Ex: em casos de intoxicação por 
monóxido – inativação da hemoglobina) 
 
Nesse caso, não há problemas com o CO2, o principal problema é que a barreira alveolar dificulta a passagem de oxigênio. 
 
Se há uma dificuldade da penetração da molécula de oxigênio no alvéolo e chegue na hemoglobina, necessariamente o paciente vai 
apresentar uma diferença alvéolo/arterial (A/a) O2 > 20 
 
Características da IR TIPO I: 
 Pco2 baixa (devido hiperventilação) 
 A diferença alvéolo/arterial (A/a) O2 está aumentada – ou seja, o rendimento da troca gasosa (que 
depende da membrana alveolar está ineficiente – dificuldade de realizar trocas – distúrbio V/Q) 
 
 
Insuficiência respiratória TIPO II: 
 
Nesses casos o problema não está na membrana de troca e sim no ventilador (ou seja, as moléculas de CO2 não conseguem ser 
renovadas dentro do alvéolo – se acumulam) 
 
Ocorre quando há um trauma no SNC, musculares ou doenças obstrutivas (Ex: Miastenia gravis; DPOC) 
 
Nesses casos a diferença alvéolo/arterial (A/a) O2 < 20 – está preservada. 
 
Características da IR TIPO II: 
 
 Pco2 alta – Hipercapenia. 
 A diferença alvéolo/arterial (A/a) O2 está NORMAL 
 
 
PRINCIPAIS CURVAS: 
 
≈ VOLUME 
 
 
 
 
 
 
2 
PNEUMOLOGIA 17 
Marina Prietto 
≈ FLUXO: 
 
 
 
 
 
≈ PRESSÃO: 
 
 
CONCEITOS: 
 
1. DISPARO: Início da ventilação; 
 
2. CICLAGEM: Mudança da fase inspiratória para expiratória. 
 
3. PICO: Pressão máxima atingida nas vias aéreas; 
 
4. PLATÔ: É quando se atinge a pressão da pausa expiratória (/é o melhor para avaliar a pressão interna dos alvéolos) 
 
5. PEEP: Serve para evitar o colapso alveolar. Ou seja, pressão que mantem o alvéolo aberto (é o nível entre o zero e início da curva 
pressórica); 
 
6. VOLUME CORRENTE: É representado pelo ar que entra e sai a cada ciclo respiratório; 
 
7. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: O número de vezes que ocorre o disparo para respiração em 1 minuto. 
 
8. VOLUME MINUTO: É o produto do volume corrente x frequencia respiratória. 
 
9. RELAÇÃO I:E: Tempo inspiratório/tempo expiratório = idealmente mantido entre 1:2 ou 1:3; 
 O tempo inspiratório é um processo ativo (apresenta-se de forma mais rápida) 
 O tempo expiratório é um processo passivo (evolui mais lentamente) 
 
10. FIO2: É a fração de oxigênio que é inspirada (% de oxigênio que é oferecido); 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
PNEUMOLOGIA 17 
Marina Prietto 
MODOS VENTILATÓRIOS: 
 
CONTROLADO: 
 
 O disparo é feito pelo ventilador; 
 O ventilador faz todo o trabalho e o paciente não interage; 
 
ASSISTIDOS/PROPORCIONAIS: 
 
 O disparo é feito pelo paciente. 
 A maior parte da ventilação é feita pelo ventilador, porém o paciente ainda interage um pouco com a ventilação 
(principalmente em relação ao disparo) 
 
ESPONTÂNEO: 
 
 É o que mais se aproxima da ventilação fisiológica 
 O respirador basicamente apenas fornece o oxigênio ao paciente. 
 
 
 
Resumidamente... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VCV (VENTILAÇÃO CONTROLADA À VOLUME): 
 
 A variável limite nesse modo é o VOLUME (você que define o volume corrente para o paciente); 
 Como o volume é predefinido, o fluxo acaba sendo constante/fixo. 
 A Ciclagem nesse modo é feita com base no volume/fluxo (atingiu o volume pré determinado? Expira) – determina o tempo inspiratório 
(disparo é a tempo) 
 
 Já a pressão é livre e feita pela demanda do paciente (tanto de pico quanto de platô) 
→ Pressão de pico = determina a pressão total do sistema. 
→ Pressão de platô = determina a pressão elástica do sistema (resistência); 
 
(Ppico – Pplatô) = variação da pressão ∆ 
 
COMPLACÊNCIA: Volume Corrente / (Ppico – Pplatô) 
 
RESISTÊNCIA: (Ppicp – Pplatô) / Fluxo 
 
Vantagem: 
Controle preciso do volume e fluxo do paciente. 
É capaz de calcular todos os componentes do paciente (resistividade/complacência) 
É ideal para patologias onde é necessário ajustar perfeitamente o volume corrente (EX: SARA); 
 
Desvantagem: 
 Atrofia muscular, visto que não estão sendo utilizados (ruim pois dificulta o desmame da ventilação); 
 Hiperinsuflação (já que não controla a pressão); 
Controlado
Assistidos / Proporcionais
Espontâneo
VCV (ventilação 
controlada à 
volume)
PCV (ventilação 
controlada à 
pressão)
PSV (pressão de suporte ventilatório)
 
4 
PNEUMOLOGIA 17 
Marina Prietto 
 Ausência de controle de pressão e de volume corrente (ou seja, o volume será sempre fixo, o que não ocorre na exp/insp. 
Fisiológica) ou seja, acaba sendo difícil de manejar em pacientes que estão um pouco acordados (pode ocasionar um 
desconforto) – ou seja, é ideal para pacientes curarizados (em uso de bloqueador neuromuscular) 
 
 
 
PCV (VENTILAÇÃO CONTROLADA À PRESSÃO): 
 
 A variável limite nesse modo é o PRESSÃO (Ppico = Pplatô = Pinsipiratória); - nunca vai apresentar pico de pressão (é controlado) 
 Fluxo e volume serão variáveis, conforme a pressão 
 O tempo inspiratório vai variar conforme a capacidade pulmonar de receber a pressão (ou seja, nesse modo você não impõe qual 
será o tempo inspiratório); 
 
 Nesse modo, o disparo será com base no tempo/fluxo ou pressão. 
Se você quiser determinar uma frequência respiratória = o disparo será a tempo (imposição do ventilador) – controlado. 
Se você quiser determinar a FR do paciente = o disparo será a pressão ou a fluxo. (coordenado pelo paciente) – assistido. 
 
 A ciclagem: 
 
A ciclagem pode ser a tempo se você atingir o T inspiratório ideal 
A pressão = com o intuito de evitar passar de um limiar da pressão (P insipiratória); 
 
 
Se quiser estimular a PEEP/FIO2: 
 
 Se você quer aumentar o FIO2, você tem que aumentar a PEEP proporcional a ela, OU vice versa; 
 
 
 
 
 
No modo PCV: 
 
 A pressão inspiratória vai determinar o volume corrente. 
 O que vai determinar a FR é com base no tempo inspiratório que você ajusta. 
 
 
ATENÇÃO: 
 
OVERSHOOT: 
 
≈ Ocorre quando estabelece uma pressão constante e o ventilador joga um fluxo para bater essa pressão (porém acaba 
jogando um pouco a mais) – forma uma espicula no traçado, para mais. 
 
≈ Esse fenômeno pode ser perigoso em casos de pacientes que estejam utilizando o limiar máximo de pressão (e esse 
incremento acabe lesionando a VA); 
 
 
RISE TIME: 
≈ Define-se com um tempo expiratório prolongado. Ou seja, para que se jogue o fluxo de forma mais adequada para aquele 
paciente naquela pressão que foi estipulado. 
 
 
 
 
5 
PNEUMOLOGIA 17 
Marina Prietto 
PSV (PRESSÃO DE SUPORTE VENTILATÓRIO) 
 
 É uma modalidade de pressão ventilatória de SUPORTE, ou seja, ela permite que o paciente ventile sozinho. 
 É ideal para o desmame de VM com drive respiratório presente. 
 O tempo de inspiração e expiração é controlado pelo paciente 
 Pressão de pico é preestabelecida - Estabelece parâmetros de segurança (tanto mínimo quanto máximo) 
 O disparo é a fluxo e pressão. 
 A pressão de suporte nada mais é do que o mecanismo para garantir que esse paciente tenha o volume corrente necessário (conforme o 
esforço; ciclagem e mecânica do paciente); 
 
 A ciclagem é feita a fluxo (com base em % do fluxo inspiratório – recomendado 25 a 40%); 
 Lembrar que dependendo da comorbidade dopaciente que o paciente apresente. 
Doenças RESTRITIVAS geralmente você coloca % menores que 25% e OBSTRUTIVAS % maiores que 40% 
 
 
 
OUTROS MODOS (curiosidade): 
 
SIMV: 
 
 É um modulo de ventilação espontâneo e assistodo. 
 Nesse caso, os parâmetros preestabelecidos são mínimos – se não forem alcançados (ventilador assume – gera um padrão 
controlado). 
 
 Requer uma FR baixa para funcionar – pouco utilizado. (Se você colocar uma FR alta, fica difícil para o paciente acompanhar o 
esforço respiratório e vai acabar tornando um controlado); 
 
 
CPAP 
 
 É mais utilizado pelo VNI, porém pode ser utilizado na VM. 
 Disparo: feito pelo paciente; 
 A ciclagem vai ocorrer quando atingir um volume predeterminado. (volume mínimo a ser alcançado); 
 Não garante pressão de pico e pressão de platô (porque você que está definindo o volume que vai alcançar); 
 Esse mecanismo tenta garantir uma ´pressão contínua e constante nas vias aéreas 
 Indicações: 
- EAP cardiogênico. 
- Apneia do sono leve/ SAHOS 
- DPOC 
 
 
APRV: 
 
 Apresenta 2 níveis de pressão (pressão máxima / pressão mínima) – alcançou algum dos dois níveis: realiza-se a ciclagem; 
 Apresenta um tempo de inspiração prolongado + um curto tempo expiratório (principal diferença do BIPAP) 
 A ventilação espontânea pode ocorrer em qualquer momento. 
 Ainda requer mais estudos para consolidar essa modalidade. 
 Benefícios: 
- Melhora oxigenação com pressão mais baixa; Preserva a VE; Menos hiperdistenção alveolar; 
- Melhora a relação ventilação e perfusão (V/Q). Menor repercussão hemodinâmica, Melhor sincronia 
 
 
BIPAP: 
 
 A principal diferença pro APRV: faz menos tempos inspiratórios. 
 A relação I:E vai de 1:1 até 1:4 (já o APRV é 2:1 ou ½: 1) – expiração é maior. 
 Indicações: 
- Apneia do sono moderada a grave/ SAHOS 
- Doenças neuromusculares 
- Cardiopatias 
 
6 
PNEUMOLOGIA 17 
Marina Prietto 
DESMAME DA VM: 
 
CONCEITOS 
 
» DESMAME: O processo de retirada da VM (desde o início até 48hrs após a extubação); 
 
» TESTE DE RESPIRAÇÃO ESPONTÂNEA (TRE): Identificar pacientes capazes de respirar espontaneamente (seja o modo PSV no 
paciente da VM ou mesmo acoplando um tubo T) - simulando situações clínicas iguais as quais ele tivesse fora da ventilação. 
 
» DESMAME SIMPLES: Paciente é extubado com sucesso após o primeiro TRE e permanece bem após 48hrs. 
 
» DESMAME PROLONGADO: Paciente necessita de até 3 TRE ou 7 dias para ser extubado. 
 
» DESMAME DIFÍCIL: Falha em mais de 3 TREs OU mais de uma semana após primeiro TRE. 
 
 
 
FASES DO DESMAME: 
 
1. PRÉ DESMAME: É aquele paciente recém intubado, onde nesse momento você ainda não pense em extubar. 
 
2. APTIDÃO: Identificar precocemente pacientes com condições de serem submetidos a um teste de respiração espontânea. 
 
 A causa que levou o paciente a falência respiratória foi resolvida ou controlada? 
 Pode apresentar instabilidade hemodinâmica, porém precisa estar minimamente compensado. (doses ↓ de DVA, DHE leves); 
 Os parâmetros da VM que podem indicar o desmame: 
 
PaO2 ≥ 60 mmHg 
PEEP < 5 a 8 cmH2O 
FIO2 ≤ 40% 
FR < 30 ipm 
Volume minuto: < 12 L 
PCO2: Normal com pH compensado. 
 
 
3. PREDITORES: Identifica aqueles pacientes que apresentam mais risco de perder no TRE 
 
 O mais validado é a relação entre a FR/ Volume corrente – índice de respiração rápida e superficial. 
 Se for > 105 respirações/min/L – alto risco de falha no TRE 
 
 
 
 
 
4. TRE: 
 
 É indicado realizar ao teste 1x ao dia. 
 Estudos não encontraram diferença entre 30 min a 120 min de teste. 
 
7 
PNEUMOLOGIA 17 
Marina Prietto 
Pode ser: 
 
1. TUBO T: acoplado de um lado ar ambiente e a outra fonte de oxigênio (baixo fluxo) – sem auxilio do ventilador. 
 
2. UTILIZAR O PSV: Deixando uma pressão de suporte ventilatório entre 5 – 7cmH20 (suficiente para vencer a resistência do 
tubo e a resistência da traqueia) – É mais sensível. 
 
Como garantir que o paciente foi tolerante ao teste? 
 
BUSCAR SINAIS DE INTOLERÂNCIA 
- Frequência respiratória > 35ipm 
- Pressão arterial sistólica > 180mmHg ou < 90 mmHg? 
- Saturação de O2 < 90% 
- Frequência Cardíaca > 120bpm? 
- Agitação, sudorese ou alteração do nível de consciência? 
 
5. EXTUBAÇÃO: 
 
O paciente é capaz de proteger a via aérea? 
 Apresenta reflexo de tosse? Possui muita secreção? Como está o parâmetro neurológico? 
 Se apresentar 2 ou 3 dos pontos positivos = risco elevado de falha, não extubar; 
 
 
Outro ponto fundamental de análise: 
 
O paciente apresenta fatores de risco para estridor laríngeo? (edema) 
 
1. Foi uma intubação difícil? Traumática; 
2. Foi intubado com um tubo muito grande em relação da traqueia (principalmente sexo feminino); 
3. Intubação > 6 dias 
 
 
 
6. VNI APÓS EXTUBAÇÃO 
 
Submetido ao TRE, foi bem sucedido e permanece bem após 48 horas de extubação. 
 
1) Se falha no TRE: indica-se usar a VNI facilitadora (em casos de DPOC PaCO2 > 45 mmHg) – mesmo perdendo no TRE; 
 
2) Se TRE é bem sucedido: já pode ser indicado o uso de uma VNI profilática (em pacientes com fatores de risco para falência resp.) 
 
3) Pacientes com TRE bem sucedido, são extubados e entram em insuficiência respiratória – VNI de resgate? Não deve ser utilizada, 
melhor tentar reverter, caso não seja possivel: reintubação; Nesse contexto a VNI só atrapalha o desfecho. 
 
 
 
 
 
7. REINTUBAÇÃO 
 
- 10 a 20% dos pacientes serão reintubados após a extubação; 
- É CONSIDERADO SUCESSO SE: Ausência de suporte ventilatório invasivo por 48h após extubação. 
- Se apresenta sinais de insuficiência resp. em menos de 48 horas? – Falha na extubação (identificar causas e reintubar); 
 
8 
PNEUMOLOGIA 17 
Marina Prietto 
Causas de falha na extubação: 
 
ICC; 
Auto PEEP 
Causa de base não resolvida 
Esforço respiratório 
Desnutrição 
DHE 
Infecção mal controlada 
Disfunção orgânica grave. 
 
 
 
 
TRAQUEOSTOMIA: 
 
 Algum desses pacientes acabam que não conseguem sair da VM e acabam ficando por muito tempo na IOT e por isso precisam ser 
submetidos a uma traqueo. 
 
 Quando realizar a traqueo no paciente? Não há nada claro na literatura, porém normalmente após 14 dias (depois disso aumenta 
muito o risco de complicações por conta da intubação – PAV; Lesão de traqueia); 
 
 Indicações: Pacientes neurológicos ou pacientes com desmame difícil ou prolongado 
 
 
 
 
REGULAGEM INICIAL DO VENTILADOR INVASIVO 
E MODOS VENTILATÓRIOS CONVENCIONAIS 
 
- Iniciar a FIO2 de 100% e depois reduzindo para manter a saturação arterial de oxigênio entre 93 a 97% 
 
- Usar VC 6 ml/kg/peso predito inicialmente 
 
- Frequência Respiratória inicial controlada entre 12- 20 rpm, com fluxo inspiratório ou tempo inspiratório visando manter inicialmente 
relação I:E em 1:2 a 1:3. 
▪ Em caso de doença obstrutiva pode-se começar usando usar F mais baixa (< 12 rpm) 
▪ em caso de doenças restritivas pode-se utilizar F mais elevada (> 20 rpm) 
 
- Usar PEEP de 3-5 cm H2O inicialmente, salvo em situações de doenças como SARA; 
 
- Após 30 minutos de ventilação estável deve-se colher uma gasometria para observar se as metas de ventilação e troca foram atingidas. 
 
 
 
SEDAÇÃO E ANALGESIA DURANTE 
VENTILAÇÃO MECÂNICA 
 
Indicado para auxiliar no controle da ansiedade, agitação e dor. 
 
- Titular propofol e midazolam para níveis de sedação leve, moderada e profunda. 
- A dexmedetomidina não deve ser utilizada para sedação profunda. (Precedex) 
- Os opióides recomendados são fentanil, morfina e remifentanil 
 
 
PROPOFOL: ação principal por agonista GABA 
 
- Possui efeito sedativo, hipnótico, ansiolítico, anticonvulsivante e promove amnésia. Não possui efeito analgésico. 
- Apresenta depressão respiratória dose dependente e hipotensão secundária a vasodilatação sistêmica – principalmente após bolus. 
- A dose inicial recomendada é de 5mcg/kg/min por 5 minutos seguida da infusão contínua de 5 a 50mcg/kg/min. 
 
 
MIDAZOLAM: é um agonista GABA. Promove ansiólise,amnésia e hipnose. 
 
- Possui efeitos anticonvulsivantes. Não possui efeito analgésico 
- Síndrome de abstinência pode ocorrer após infusão prolongada, isto é, de duração maior que 7 dias. 
- A dose inicial recomendada é de 0,01 a 0,05mg/kg e a dose de manutenção, em infusão contínua é de 0,02 a 0,1mg/kg/h. 
 
 
 
9 
PNEUMOLOGIA 17 
Marina Prietto 
DEXMEDETOMIDINA: é um agonista alfa adrenérgico do tipo 2 de ação central. 
 
- Possui efeito sedativo e auxilia na redução da necessidade de analgésicos/opióides. 
- Não apresenta depressão respiratória significativa. Não é um fármaco apropriado para sedação profunda 
- Após início da infusão, o início de ação é em 15 minutos e o efeito máximo em 1 hora. A dose preconizada é de até 1,4mcg/kg/h. 
 
 
FENTANIL: 
 
- Apresenta rápido início de ação e alta potência, não libera histamina, tende ao acúmulo com a duração da infusão contínua. 
- A dose inicial recomendada é de 50 a 100mcg. Em infusão contínua, a taxa de infusão recomendada é de 0,7-10mcg/kg/h. 
 
 
MORFINA: opioide mais utilizado para períodos de exacerbação da dor. 
 
- Para titulação a beira leito, utiliza-se de 1 a 2 mg a cada 10 minutos até analgesia adequada ou aparecimento de efeitos colaterais. 
- Em infusão contínua, a dose recomendada é de 2 a 30mg/h 
 
 
 
 
PRINCIPAIS PATOLGIAS E O USO DA VM: 
 
SÍNDROME DO DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO (SDRA) 
 
 É uma doença inflamatória que ocorre devido a uma agressão ao pulmão, sendo ela originada dentro do próprio pulmão (como uma 
pneumonia) ou uma doença inflamatória que gera uma agressão pulmonar. 
 
 Essa lesão pulmonar gera aumento da permeabilidade pulmonar extravasamento de líquido para dentro do dos álveos e edema 
pulmonar; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desde 2012, a SARA é definida pelos CRITÉRIOS DE BERLIM: 
 
 
 
 
 
É classificada como uma doença do parênquima pulmonar e por isso apresenta uma baixa complacência e uma baixa resistência; 
 
O acometimento pulmonar é heterogêneo: mais comum em base e regiões posteriores. 
 
 
 
INTRATORÁCICAS EXTRATORÁCICA 
Pneumonia Pancreatite 
Sepse Trauma 
Aspiração Transfusão 
 
10 
PNEUMOLOGIA 17 
Marina Prietto 
ESTRATIFICAÇÃO: 
É feita com base nos critérios (e indica a conduta ventilatória) 
 
 LEVE: P/F <300 – Pode ser utilizada a VNI; 
 MODERADA: P/F < 200 - VM 
 GRAVE: P/F < 100 - VM 
 
 
CONDUTA = Ventilação Protetora: 
 
 O Volume deve ser ajustado em no máximo - 6 ml/kg (considerando o peso predito) 
 Pressão de Platô: no máximo até 30 cmH20 (Das 3 pressões – PEEP; Ppico e Pplatô – a Pplatô está associada ao dano alveolar); 
 Ppico menor que 50 cmH20 
 FiO2 < 60% (pois altas % de O2 podem acabar lesando o pulmão) – aceita-se Sat entre 88 e 95% 
 Ajustar sempre a PEEP de acordo com a troca (F/P) 
 Sobre VCV ou PCV – Não existe diferença na SARA; 
 Na SARA aceita-se a hipercapnia permissiva (tolera uma PCO2 mais alta, desde que o pH esteja acima de 7,2) 
 
PESO PREDITO: 
Por que usar o peso predito? Porque o pulmão não muda com o peso da superfície corpórea (pulmão não engorda); 
É calculado por meio da fórmula: 
Homem: 50 + 0,91 x (altura em cm – 152,4) 
Mulher: 45 + 0,91 x (altura em cm – 152,4) 
 
 
 
 
 
 
HIPOXEMIA PERSISTENTE: 
 
1. Pronação (decúbito ventral) – principalmente em pacientes com P/F < 150. 
2. Uso de bloqueadores neuromusculares (CISATRACÚRIO) 
3. Manobras de recrutamento alveolar 
4. ECMO – Membrana extracorpórea de oxigenação. 
 
 
 
 
Ventilação Mecânica no DPOC: 
Apresenta uma fisiologia oposta a SARA: É uma doença da via aérea – resistência alta e complacência alta/normal – que evolui com um 
aprisionamento aéreo (é um paciente que vai ter dificuldade de inspirar, entretanto, principalmente de expirar, acumulando ar dentro dos 
pulmões – podendo gerar o fenômeno de AUTO PEEP. 
AUTO PEEP: É quando o paciente (por estar obstruído) não é capaz de tocar o ZERO na linha de fluxo – devido ao aprisionamento aéreo. 
 
, 
TANTO DPOC // ASMA: 
Utilizar pressões baixas 
 
11 
PNEUMOLOGIA 17 
Marina Prietto 
FR baixa: 12 ipm; 
Relação I:E alta – 1:8; 
FIO2 apenas para saturar em: 92% 
Hipercapenia permissiva: pH > 7,2 (são retentores crônicos, são acostumados com uma PCO2 mais alta) 
PEEP = 85% do auto PEEP. (Pra facilitar o esvaziamento pulmonar) 
 
 
Tratamento específico associado: Corticoide + Broncodilatadores (SABA e SAMA) + Antibiótico. 
 
visto que é um paciente retentor crônico de CO2; 
Promover repouso da musculatura respiratória, promover a melhora dos distúrbios agudos da troca gasosa, redução da hiperinsuf lação 
pulmonar e otimização da sincronia paciente-ventilador. 
 
Fração inspirada de oxigênio (FiO2) - Ajustar a FiO2 com base na gasometria arterial e na oximetria de pulso de modo a utilizar-se a menor 
FIO2 que mantenha a SaO2 entre 92-95% e PaO2 entre 65-80 mmHg; 
 
 
Volume corrente 
• Recomendação: Utilizar volumes correntes baixos, de 6 ml/kg do peso predito. Nos modos PCV e PSV monitorizar excessos de volume 
corrente que podem ocorrer com valores baixos de pressão. 
 
 
Frequência respiratória e volume minutoProgramar a frequência respiratória inicial entre 8 e 12 por minuto. O volume minuto deve ser 
ajustado para normalizar o pH arterial, e não a PaCO2.

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