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Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 3 FORMAÇÃO CONTINUADA CHOCOLATARIA TTEECCNNOOLLOOGGIIAA EEMM CCHHOOCCOOLLAATTAARRIIAA Escola SENAI “Horácio Augusto da Silveira” Centro de Tecnologia em Alimentos Rua Tagipuru, 242 – Barra Funda CEP: 01153-000, São Paulo – SP Telefax: (11) 3826-6766 e-mail: senaibarrafunda@sp.senai.br • Curso Técnico em Processamento de Alimentos • Cursos de Formação Continuada • Treinamento para Empresas • Assessorias Técnica e Tecnológica • Informação Tecnológica Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 4 Tecnologia em chocolataria SENAI-SP, 2007 2ª Edição Trabalho elaborado pela Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" – CFP 1.05 do Departamento Regional do SENAI-SP para o curso de Formação Continuada – Chocolataria. Coordenação: Cristiana Ambiel Elaboração: Cassiane Pinho Fanin Revisão: Ana Paula de Jesus Santos Rocidélia Jesus Prata Ficha catalográfica SENAI-SP. Escola SENAI “Horácio Augusto da Silveira”. Tecnologia em chocolataria. 2. ed. São Paulo, 2007. 85 p. CHOCOLATE – NOÇÕES BÁSICAS CHOCOLATE – FORMULAÇÕES BÁSICAS CDU 663.918.5 Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" Rua Tagipuru, 242 – Barra Funda 01156-000 – São Paulo – SP tel.: (11) 3826-6766 email: senaibarrafunda@sp.senai.br Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 5 Sumário A ORIGEM DO FRUTO CACAU .................................................................................09 O cultivo do cacau.......................................................................................................10 Da semente a bebida ..................................................................................................10 Da bebida ao confeito .................................................................................................10 PRODUTOS PROVENIENTES DO CACAU................................................................13 Cacau em pó...............................................................................................................13 Manteiga de cacau......................................................................................................13 Liquor de cacau = Massa de cacau.............................................................................13 COMPONENTES DO CHOCOLATE...........................................................................15 Manteiga de cacau......................................................................................................15 Liquor de cacau...........................................................................................................15 Açúcar.........................................................................................................................15 Leite em pó .................................................................................................................15 Lecitina de soja ...........................................................................................................15 CLASSIFICAÇÃO DO CHOCOLATE ..........................................................................17 Chocolate à base de manteiga de cacau.....................................................................17 Chocolate Meio Amargo ..............................................................................................17 Chocolate ao Leite ......................................................................................................17 Chocolate Branco........................................................................................................18 TIPOS DE GORDURA ................................................................................................19 Manteiga de cacau......................................................................................................19 Fracionada (Usado somente em coberturas)...............................................................19 Hidrogenada (Usado somente em coberturas) ............................................................20 Cobertura hidrogenada sabor chocolate (ao leite , ½ amargo e branco)......................20 Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 6 TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO DO CHOCOLATE....................................................... 21 1. Derretimento ........................................................................................................... 21 1.1 Métodos de fusão.................................................................................................. 22 1.1.1 Derretedeira ....................................................................................................... 22 1.1.2 Banho-Maria ...................................................................................................... 22 1.1.3 Microondas ........................................................................................................ 22 2. Temperagem........................................................................................................... 22 2.1 Métodos de temperagem ...................................................................................... 24 2.1.1 Mesa de mármore .............................................................................................. 24 2.1.2 Adição de pedaços de chocolate temperado ...................................................... 25 2.1.3 Resfriamento...................................................................................................... 25 3. Moldagem/ Desmoldagem ...................................................................................... 25 3.1 Bombom moldado maciço..................................................................................... 25 3.1.2 Bombom moldado recheado .............................................................................. 26 4. Bombons por imersão ............................................................................................. 26 DEFEITOS EM CHOCOLATE..................................................................................... 29 Fat Bloom ...................................................................................................................29 Sugar Bloom ...............................................................................................................30 ARMAZENAGEM E CONSERVAÇÃO ........................................................................ 31 Tempo......................................................................................................................... 31 Temperatura................................................................................................................ 31 Umidade ..................................................................................................................... 31 Luz e Ar....................................................................................................................... 32 Ambiente..................................................................................................................... 32 Contaminação............................................................................................................. 32 Apreciação e avaliação do chocolate .......................................................................... 32 TIPOS DE RECHEIO.................................................................................................. 35 Crocante .....................................................................................................................35 Marzipan ..................................................................................................................... 35 Foundant..................................................................................................................... 35 Gianduja ..................................................................................................................... 35 Gotas de Licor............................................................................................................. 36 Marshmallow............................................................................................................... 36 Praline ........................................................................................................................ 36 Creme Paris................................................................................................................ 36 Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 7 Trufas..........................................................................................................................36 BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS E PRINCÍPIOS DE HIGIENE ...............................................................................................................39 Higiene Pessoal ..........................................................................................................39 Instalações..................................................................................................................40 LEGISLAÇÃO .............................................................................................................43 BALANCEAMENTO ....................................................................................................45 Como calcular o peso dos ingrediente sabendo as porcentagens e o peso do chocolate?..............................................................................................................45 Qual vai ser o rendimento da receita? ........................................................................46 Como calcular uma encomenda?................................................................................46 FORMULAÇÕES ........................................................................................................47 Licor de chocolate .......................................................................................................49 Mousse Fácil de Chocolate .........................................................................................51 Petit Gateau I ..............................................................................................................53 Petit Gateau II .............................................................................................................55 Marzipan ao chocolate ................................................................................................57 Torta Mousse de Chocolate Branco ............................................................................59 Bombom Trufado ao Leite ...........................................................................................61 Trufa de Caipirinha......................................................................................................63 Trufa de Maracujá .......................................................................................................65 Trufa Amarga de Menta ..............................................................................................67 Bombom de Café ........................................................................................................69 Bombom Cherry ..........................................................................................................71 Bombom de Damasco e Amêndoas ............................................................................73 Alpino Crespinho.........................................................................................................75 Bombons Maciços.......................................................................................................77 Ovo Crocante..............................................................................................................79 Ovo Prestígio ..............................................................................................................81 Ovo Trufado ................................................................................................................83 REFERÊNCIA .............................................................................................................85 Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 8 Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 9 A ORIGEM DO FRUTO CACAU Teobroma Cacao é o nome científico da semente de cacau. Uma combinação perfeita da palavra grega “Teobroma” (Theos: Deus e Broma: Bebida ), literalmente alimento dos deuses, é uma antiga palavra asteca “Cacahuatl” que os conquistadores espanhóis passaram a chamar de cacau. O nome foi dado pelo botânico sueco do século 18 Linnaeus. Ele sentiu que o fruto merecia um nome que refletisse a crença Maia de que a planta pertencia aos deuses, ao invés do nome do novo mundo, cacau ou planta do chocolate. As origens do chocolate estão enraizadas na pré-história do Novo Mundo no misterioso reino dos Olmecas e Maias. Estas antigas civilizações Mesoamericanas viveram na América Central Equatorial e foram as responsáveis pelo cultivo da planta de cacau. Os Maias foram os criadores de uma bebida fermentada e amarga produzida a partir de sementes de cacau onde diversos condimentos eram utilizados na sua fabricação, a favorita era a pimenta chili. Para produzir um efeito espumante a bebida era derramada de um recipiente para outro. Após a misteriosa queda do império Maia por volta de 900 d.C., os civilizados Toltecas, seguidos pelos Aztecas se estabeleceram no território que outrora havia sido dos Maias. Em 1502 Cristovão Colombo chegou à ilha de Guanaja e foi recebido pelo povo Azteca que o presentearam com algumas sementes de cacau e ofereceram a bebida especial (tchocolat). Colombo e sua tripulação acharam a mistura desagradável, muito escura e amarga, não percebendo então o futuro valor econômico deste presente. Quando Hernán Cortez chegou ao Novo Mundo dezessete anos depois, Montezuma II, então imperador Asteca, acreditou que Cortes era a reencarnação do Deus Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 10 Quetzalcoalt, guardião da árvore de cacau, que de acordo com uma lenda ele trouxe o fruto para a terra como uma dádiva à humanidade. A confusão facilitou o acesso de Cortez a Tenochtitlán, a capital Asteca e assim rendeu Montezuma. Em um espaço de dois ou três anos ele ocasionou a queda do reino Asteca. Ao contrário de Colombo, Cortez percebeu rapidamente o grande valor econômico da semente de cacau, tanto como alimento, como uma forma de moeda. O cultivo do cacau O cultivo do cacau era barato e razoavelmente lucrativo e a perspectiva de riqueza fácil atraiu muitos colonos espanhóis. Logo, os espanhóis haviam feito plantações no México, Equador, Venezuela, Peru, Jamaica, e na ilha Hispaniola (atualmente o Haiti e a República Dominicana). A produção de cacau desde então se espalhou por todo o mundo, mas as plantações nestas regiões de origem ainda produzem as variedades de sementes de preço mais alto. Da semente a bebida A bebida Azteca guarda pouca semelhança com a bebida suave, rica e cremosa que conhecemos hoje. Ela era amarga, gordurosa, espumosa e era servida fria. O açúcar não foi acrescentado na mistura por muito tempo. Há uma história de que freiras Oaxaca (uma cidade Azteca ocupada pelos espanhóisaté 1522) desenvolveram novas receitas de acordo com o paladar espanhol. Elas acrescentaram açúcar e especiarias adocicadas como canela e anis, e assim a bebida amarga dos Aztecas iniciou sua transformação para a deliciosa bebida que conhecemos hoje. Da bebida ao confeito O chocolate era uma bebida extremamente rica, pois continha substâncias gordurosas conhecida como manteiga de cacau, que flutuava na sua superfície. Os fabricantes superaram isso até um certo ponto, adicionando substâncias à base de amido para absorver a gordura (processo semelhante à tradição Azteca de adicionar milho moído). Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 11 O holandês Van Houten revolucionou a indústria do chocolate com a criação de uma prensa hidráulica que separava a manteiga de cacau da massa de cacau. Esta podia ser desintegrada até se tornar um pó fino que então era beneficiada com sais alcalinos para facilitar a mistura com a água. Este processo suaviza o sabor do chocolate e intensifica a sua cor. A manteiga de cacau foi então combinada com uma mistura de açúcar e semente de cacau moída. A mistura final apresentava textura pastosa que possibilitava sua moldagem. Surge então o conceito de chocolate comestível. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 12 Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 13 PRODUTOS PROVENIENTES DO FRUTO CACAU Cacau em pó É feito de pura massa de cacau após a maior parte da manteiga de cacau ter sido extraída. A massa é torrefada, depois moída para se obter o pó. Manteiga de cacau Gordura extraída das amêndoas de cacau. Pode ser extraída antes ou após a torrefação da semente. Proporciona maciez e brilho ao chocolate. A manteiga de Cacau funde imediatamente abaixo da temperatura do sangue humano. É esta característica que empresta ao chocolate a sensação aveludada que este provoca na boca, coisa que nenhum ingrediente consegue substituir adequadamente. Liquor de cacau = Massa de cacau Depois de colhido, fermentado e seco e passar por todo o processo de seleção, secagem, eliminação de cascas e impurezas, torrefação e moagem, obtêm-se uma pasta escura, antigamente chamada Massa de Cacau. Na verdade a moagem dá um aspecto de licor, daí o nome “Liquor de Cacau”, usado atualmente. O liquor de cacau ou massa de cacau é a matéria prima do chocolate, feita de grãos, moídos e refinados, de cacau torrado. O gosto e a cor do chocolate dependem diretamente do liquor de cacau. A quantidade de liquor na formula altera a resistência Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 14 do chocolate ao calor. Quanto mais liquor, o chocolate fica mais amargo, escuro e resistente ao calor. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 15 COMPONENTES DO CHOCOLATE Manteiga de cacau (ver definição na página 8) Liquor de cacau (ver definição na página 8) Açúcar O açúcar que se utiliza no chocolate é a sacarose, somente será substituído nos casos para chocolates dietéticos. Fornece corpo para o chocolate. Leite em pó Aumenta o valor nutritivo, acentua o brilho e a maciez Lecitina de soja É um emulsificante que facilita a mistura das matérias-primas e evita a separação da gordura dos demais ingredientes que compõem o chocolate. Atua no chocolate como agente umidificante, estabilizante e dispersante, além de aumentar a solubilidade ao produto em leite ou água, neste caso os achocolatados. A lecitina é uma gordura vegetal obtida a partir da soja, linhaça, algodão, milho, girassol e canola e também da gema de ovo. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 16 Melhora a textura e preserva as qualidades do chocolate. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 17 CLASSIFICAÇÃO DO CHOCOLATE Chocolate à base de manteiga de cacau Há uma variedade imensa de tipos de chocolate no mundo, tendo como variantes a porcentagem de cacau, adição de outros ingredientes como leite, avelã (a famosa giaduja), café ou mesmo a viscosidade. Entretanto no Brasil existem apenas três tipos de chocolate tendo como base a manteiga de cacau, o chocolate meio amargo, ao leite e branco. Chocolate Meio Amargo Este chocolate é o mais indicado para se utilizar na área gastronômica devido ao seu teor de cacau e menor quantidade de açúcar, fornecendo mais sabor aos pratos. Quanto maior o teor de cacau no chocolate melhor a sua qualidade. Chocolate ao Leite O chocolate ao leite difere do chocolate meio amargo no que se refere ao teor de chocolate e na adição de mais açúcar e leite. Este tipo de chocolate comestível é o mais popular, adaptando-se aos paladares de cada nação, por exemplo, bem doce nos EUA, cremoso na Bélgica, sabor toffee na Inglaterra e com muito leite na Suíça. Este tipo de chocolate não é tão adequado para se utilizar na preparação de pratos gastronômicos devido a alta quantidade de açúcar. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 18 Chocolate Branco Trata-se de uma combinação de manteiga de cacau, açúcar e leite. Apresenta sabor doce e um alto teor de gordura. Deve-se tomar muito cuidado ao derretê-lo, já que não suporta tão bem o calor como o meio amargo e o ao leite. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 19 TIPOS DE GORDURA Manteiga de cacau Triglicérides iguais Cristalização Rápida em cristais estáveis (após a têmpera). Alta Contração Líquido Sólido Fracionada (Usado somente em coberturas) Triglicérides iguais Cristalização Rápida Alta Contração Líquido Sólido Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 20 Hidrogenada (Usado somente em coberturas) Triglicérides diferentes Cristalização Devagar Pouca Contração Líquido Sólido Cobertura Hidrogenada (ou Fracionada) sabor chocol ate (ao leite , ½ amargo e branco) É uma cobertura que se assemelha ao chocolate em que a gordura vegetal hidrogenada substituí a manteiga de cacau, por isso se torna mais resistente ao calor não necessitando de temperagem. A hidrogenação é um processo para fazer uma gordura a partir de um óleo. O processo faz um óleo com as moléculas de gordura semelhante as moléculas de gordura da manteiga de cacau. Por conter gordura hidrogenada se torna mais fluído facilitando a decoraçãoem trabalhos mais elaborados em confeitaria como, por exemplo, raspas filigranas etc. Há três tipos deste chocolate, o meio amargo, ao leite e o branco. Este tipo de chocolate é mais comumente utilizado na confecção de decorações, pois é mais fácil de trabalhar e não é preciso fazer a têmpera, entretanto o sabor é comprometido devido a presença da gordura vegetal, ficando um sabor residual. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 21 TÉCNICAS DE FABRICAÇÃO DO CHOCOLATE 1. Derretimento A primeira etapa da fabricação do chocolate é o derretimento, ou seja, a fusão de todos os componentes do chocolate. Derreter significa passar do estado sólido para o estado líquido. O ponto de fusão da manteiga de cacau é de 35oC, mas para se obter um chocolate com brilho, com contração e de ótima quebra, é necessário realizar a fusão de todos os componentes do chocolate, para isto, é necessário que no derretimento o chocolate atinja a temperatura de 45ºC e 48o C. Alguns tópicos devem ser observados, pois o chocolate é um produto muito delicado e sensível e qualquer descuido resulta na perda de algumas características fundamentais da sua qualidade. O chocolate quando superaquecido pode queimar, perder o sabor e o aroma e tornar- se granuloso, além de causar a desnaturação de proteínas. Para derreter o chocolate existem alguns métodos como o banho-maria, o microondas ou a derretedeira. Todos oferecem bons resultados, dependendo do manuseio e da quantidade a ser manipulada. Por exemplo, a derretedeira é indicada para grandes quantidades e para uso profissional, enquanto que o banho-maria é para pequenas quantidades de aproximadamente 500 gramas. Enquanto o microondas é o mais prático. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 22 1.1 Métodos de Fusão 1.1.1 Derretedeira Os blocos de chocolate são colocados na derretedeira e ajusta-se o termostato a uma temperatura entre 45ºC a 48o C. 1.1.2 Banho-Maria Neste método deve-se evitar o contato do chocolate com o vapor da água e respingos. A panela especial para banho-maria possui um sistema de encaixe o que garante uma vedação segura contra o vapor da água. Coloque água fria na parte de baixo do refratário em quantidade suficiente para banhar apenas o fundo do refratário. Deixe a água aquecer levemente (entre 50ºC e 60ºC) , apague o fogo e encaixe o refratário com o chocolate picado em pequenos pedaços para que possibilite um rápido e homogêneo derretimento. Não há necessidade de colocar a vasilha com o chocolate picado em contato com a água do banho-maria, pois o chocolate se diluí somente com o vapor da água e não com o contato com a água quente. 1.1.3 Microondas Este método é rapidamente seguro se seguir corretamente às seguintes instruções. Quebre em pequenos pedaços o chocolate para facilitar o derretimento e colocado em um recipiente próprio para microondas. Leve ao microondas por 1 minuto na potência média, retire do microondas, com a ajuda de uma espátula remova os pedaços para se certificar que não irão queimar internamente retorne ao microondas por mais 30 segundos, também na potência média. Verifique se cada pedaço já está mole, se sim, mexa toda a cobertura para homogeneizá-la, se não retorne mais uma vez ao microondas por 30 segundos na potência média até que amoleça todos os pedaços totalmente. 2. Temperagem A têmpera é uma etapa de extrema importância para a manipulação do chocolate, pois é a principal responsável pelas características básicas do produto como brilho, dureza e contração. O termo temperar está relacionado com temperatura. Este processo consiste em fornecer a temperatura ideal para o chocolate voltar a se solidificar, ou seja, para a Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 23 manteiga de cacau volte ao estado sólido novamente. A manteiga de cacau é o principal ingrediente do chocolate e é responsável por 1/3 de sua formulação. Temperar o chocolate significa formar cristais estáveis na manteiga. Há quatro formas de cristais, entretanto somente a forma Beta é estável e responsável então pela característica de resistir ao calor e de suportar pequenas oscilações de temperatura sem sofrer transições de fase e fundir. A têmpera é também chamada de pré-cristalização. Para se obter uma boa cristalização, três itens devem ser considerados. Tempo Movimento Temperatura O tempo deve ser suficiente para que ocorra a formação e a multiplicação dos cristais estáveis. O movimento tem como função misturar os cristais estáveis na massa obtendo assim uma cristalização uniforme. A formação de cristais estáveis está diretamente relacionada com a temperatura, variando de acordo com o tipo de chocolate. Chocolate Meio Amargo 29 a 30 ºC Chocolate ao Leite 28 a 29 ºC Chocolate Branco 27 a 28 ºC Ocorre estas variações de temperatura nos tipos de chocolate devido diferenças entre os componentes. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 24 TEMPERATURA 2.1 Métodos de temperagem 2.1.1 Mesa de mármore Formação de cristais estáveis. Neste processo se cria os cristais β. Deita-se 2/3 da massa de chocolate fundida a 45ºC – 48º C na mesa de mármore. Esta massa é espalhada sobre a mesa com auxílio de espátulas, onde são fornecidos movimentos até que esta massa atinja uma temperatura de 27 - 28ºC (no caso do chocolate branco) Esta massa temperada é então adicionada ao chocolate não temperado (1/3 do restante) e misturada. Mistura-se bem toda a massa de chocolate até que a temperatura esteja completamente uniforme. CChhooccoollaattee bbrraannccoo 2277ººCC aa 2288ººCC CChhooccoollaattee aaoo lleeii ttee 2288ººCC aa 2299ººCC CChhooccoollaattee mmeeiioo aammaarrggoo 2299ººCC aa 3300ººCC 2299ººCC aa 3322ººCC Derretimento Leveza Sem cristais Estáveis + cristais instáveis β Derretimento inestáveis β TEMPO 45ºC/48ºC Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 25 2.1.2 Adição de pedaços de chocolate temperado Inoculação de cristais estáveis. Adiciona-se neste caso de 15 a 20 % de chocolate picado em pequenos pedaços (raspas) na massa de chocolate a 45ºC – 48º C para assim realizar a pré-cristalização. Fornecer movimentos à massa até derreter o chocolate e mistura-se bem para a massa ficar completamente uniforme. Obs: Este método é indicado em quantidades inferiores a 500gr. 2.1.3 Resfriamento A massa de chocolate fundida é resfriada através de água gelada. Coloca-se a vasilha de chocolate fundido a temperatura entre 45ºC – 48ºC em um outro recipiente contendo água fria. Com a espátula forneça movimentos para que o resfriamento seja homogêneo. Obs: Este método também é indicado em quantidades inferiores a 500gr. 3. Moldagem/ Desmoldagem 3.1 Bombom moldado maciço Com auxílio de uma espátula, concha ou com uma manga de confeitar preencha totalmente o molde com chocolate temperado; Para remover as bolhas de ar e para que o chocolate se acomode perfeitamente nos moldes, estes são vibrados em uma superfície rígida e plana; Com auxílio de uma espátula retire o excesso de chocolate até que sua superfície fique lisa; O molde é levado então até a geladeira por 10 minutos ou até que o chocolate seque; Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 26 O molde é virado contra uma superfície rígida, lisa e limpa e então os bombons se desinformarão. 3.1.2 Bombom moldado recheado Com auxílio de uma espátula, concha ou com uma manga de confeitar preencha totalmente o molde com chocolate temperado; Pararemover as bolhas de ar e para que o chocolate se acomode perfeitamente nos moldes, estes são vibrados em uma superfície rígida e plana; O molde é invertido para retirar o excesso de chocolate, até que a espessura desejada seja obtida; O molde é limpo com a espátula e então invertido sobre um papel manteiga ou grade metálica e levada à geladeira para secagem; Retira-se o molde da geladeira quando ainda estiver um pouco maleável e com a espátula limpe-a novamente; A casca de chocolate é preenchida com o recheio, utilizando uma manga de confeitar, tomando o cuidado de deixar uma altura de 2 mm. Recheios muito fluidos deve-se esperar a formação de uma crosta na sua superfície antes de ser selado com o chocolate, e recheios sólidos devem ser selados imediatamente; O chocolate é despejado no molde selando assim o recheio; Com auxílio de uma espátula retire o excesso de chocolate até que sua superfície fique lisa; O molde é levado então até a geladeira por 10 minutos até que o chocolate seque; O molde é virado contra uma superfície rígida, lisa e limpa e então desinforme os bombons. 4. Bombons por imersão Modele o recheio no formato desejado e mergulhe-o no chocolate com o auxílio de garfo próprio para banho de bombom por imersão. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 27 Retire o excesso batendo levemente o garfo na borda do recipiente que contém o chocolate temperado. Coloque os bombons sobre papel manteiga ou alumínio e leve-os à geladeira para secar. Para evitar que o bombom manche ou perca o brilho evite o uso de recheios gordurosos ou úmidos. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 28 Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 29 DEFEITOS EM CHOCOLATE Um dos defeitos mais comuns em chocolates é denominado de “bloom”. Apesar deste defeito não interferir nas características organolépticas do produto, ele o deprecia devido ao seu desagradável aspecto visual. Existem dois defeitos tipo “bloom”, o Fat Bloom e o Sugar Bloom. Não confunda estes defeitos com bolor. Fat Bloom Este fenômeno manifesta-se como manchas acizentadas na camada superficial do produto de chocolate, conferindo um aspecto desagradável além da perda significativa do brilho. O Fat Bloom é causado pela migração de cristais de gordura para a superfície do produto, formando então uma fina camada acinzentada e/ou pela migração de uma gordura proveniente do recheio para a camada superficial do chocolate. Algumas causas do aparecimento do Fat Bloom são: • Temperagem incorreta do chocolate; • Método de resfriamento dos produtos incorreto; • Estocagem em ambientes quentes; • Presença de gorduras nos recheios incompatíveis com a manteiga de cacau; • Produtos recheados com alto teor de gorduras; • Recheios muito frios; • Temperatura muito alta durante o processo de moldagem; • Flutuações de temperatura no processo. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 30 Sugar Bloom Ao contrário do Fat Bloom, o Sugar Bloom apresenta uma camada rugosa e irregular na superfície do chocolate. O Sugar Bloom é causado por condensação da umidade, que dissolve o açúcar presente no chocolate, formando um xarope. Quando posteriormente a água se evapora, o açúcar permanecerá na superfície em forma de cristais grossos e irregulares. O processo destrói a textura do chocolate que se torna cinzento e areado. Apesar de poder ser ingerido, dificilmente será apreciado como um bom chocolate. As principais causas da ocorrência de Sugar Bloom: • Depósito de umidade devido ao ar úmido presente em geladeiras convencionais, sem ventilação de ar forçado; • Armazenamento em condições úmidas ou contato com parede e/ou chão frios; • Uso de materiais de embalagens úmidas; • Uso de ingredientes higroscópicos (ingredientes que absorvem muita água) nas formulações de recheios; • Passagens bruscas de zonas frias para zonas quentes. Deve-se trabalhar com o gradiente de temperatura entre resfriamento e a desmoldagem a 10o C, para se evitar a condensação de umidade e consequentemente o Sugar Bloom. Quando o chocolate sai de um local frio deve ser armazenado tempo suficiente em uma área mais quente, antes de abrir a embalagem. Assim evita-se a condensação direta no chocolate. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 31 ARMAZENAGEM E CONSERVAÇÃO Tempo Para produtos de chocolate quanto mais curto o tempo de armazenagem melhor a qualidade do produto. O sistema de armazenamento aconselhado é o PVPS (Primeiro que vence, primeiro que sai). Este sistema garante que o primeiro produto que vence será o primeiro a sair, deste modo os produtos são armazenados durante um período tão curto quanto possível. Conseqüentemente, é garantida uma ótima frescura. Temperatura A temperatura de conservação ideal do chocolate deve estar entre 12 e 20o C. Nestas condições o chocolate conserva-se pelo menos um ano e meio sem perder as qualidades. Temperaturas mais altas provocam o amolecimento do chocolate e a perda de brilho. Umidade O chocolate deve ser muito bem protegido da umidade. A regra a aplicar é de 70 % de umidade relativa (U.R.) máxima no local de armazenagem. Não coloque o chocolate diretamente no chão ou contra as paredes, porque as possibilidades de absorção de umidade nestes casos aumentam consideravelmente. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 32 Luz e Ar Sob a influência da luz e do ar o chocolate oxida-se rapidamente e sofre alterações de sabor, portanto deve-se proteger o chocolate da luz (inclusive artificiais) e do ar utilizando embalagens bem fechadas. Ambiente O chocolate é muito sensível a cheiros estranhos, por esse motivo que deve ser armazenado em um espaço isento de cheiros fortes como carne, peixe, queijo e de cheiros químicos estranhos. As embalagens também devem ser isentas de qualquer tipo de odor. É expressamente proibido fumar nas áreas de produção de chocolate, assim como utilizar cremes e perfumes. Contaminação O chocolate apresenta baixo teor de umidade, portanto preserva-se naturalmente pela baixa atividade de água e pelo alto teor de sólidos solúveis. No caso de bombons recheados, a contaminação é proveniente dos recheios que contém altos valores de atividade de água. Pode ocorrer também em função da má higienização do processamento e da falta de higiene das pessoas que manipulam o alimento. Neste caso, aconselha-se uma boa higiene e sanitização em todas as etapas da cadeia produtiva como ambiente de trabalho, pessoal, utensílios e uniformes. Normalmente, a presença de fungos somente é percebida quando a população de microorganismos já está bastante avançada. Apreciação e avaliação do chocolate Quando abrir uma caixa de bombons ou mesmo um tablete certifique-se que de que tenha um bom aroma de chocolate. Não deve haver qualquer cheiro estranho, como de Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 33 substâncias químicas, de coco e certamente não se deve cheirar a pó, pois é indício de que está velho ou foi mal armazenado. O brilho dependerá do tipo de acabamento que receberam, moldados ou imersos. Quando partir um tablete de chocolate este deve quebrar e não esmigalhar. Se tratar de bombons pode verificar se a capa de chocolate é fina ou grossa, e se foi coberta duas ou três vezes. Note também, quandosegurar um chocolate durante alguns segundos que este deverá começar a derreter. E enfim, quando se tratar de provar um chocolate, é melhor que se coloque uma pequena porção e que esta derreta suavemente na língua. Quando for bombom recheado prova-se o conjunto, ou seja, o recheio e a capa de chocolate que o reveste. Para se provar vários tipos de chocolate, faça intercalados com goles de água para refrescar o palato. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 34 Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 35 TIPOS DE RECHEIOS Os diferentes tipos de recheios aqui listados podem ser encontrados em uma bela caixa de bombons, e com certeza todos os sortidos de alta qualidade incluem a maioria destas categorias. Crocante Este recheio é obtido através da adição de frutas secas como amendoim, avelãs, amêndoas e / ou castanha de caju picadas ao açúcar em ponto de caramelo. Marzipan É uma mistura de açúcar de confeiteiro com amêndoas finamente moídas. Foundant É uma pasta branca, opaca e cremosa feita com açúcar, glucose e água. Consiste em cristais finos de açúcar e podem ser aromatizados com licores e frutas. Gianduja Uma mistura de avelãs ou amêndoas finamente moídas e açúcar, combinada com chocolate ao leite ou meio amargo. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 36 Gotas de Licor Recheio líquido que constitui uma camada externa cristalizada obtida através do cal. Marshmallow São feitos com clara de ovos, açúcar e glicose. Apresenta uma textura aerada e de grande volume. Praline Era tão popular na Bélgica que se tornou termo genérico para um tipo especial de chocolate recheado com natas frescas batidas. Creme Paris Mistura de chocolate com um líquido, usualmente o creme de leite, ou leite. Podendo ser adicionado saborizantes como, café, licores, e bebidas destiladas. Esta mistura pode ainda ser enriquecida com gemas de ovos, glucose ou mel, conferindo assim brilho, sabor e textura. A quantidade de chocolate presente no creme paris é de muita importância, pois ele irá determinar a cremosidade e a consistência da massa, portanto deve ser definida de acordo com a finalidade desejada. A relação pode variar de uma parte de creme para uma de chocolate até de uma de creme para quatro partes de chocolate. Trufas O nome deste tipo de confeito é proveniente de uma espécie de cogumelo que nasce e cresce secretamente embaixo de carvalhos e castanheiras, no sul da França. O efeito empoeirado de terra dos cogumelos é obtido quando as trufas são envoltas em cacau em pó. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 37 A trufa nada mais é que um ganache em formato redondo ou oval com cacau em pó, podendo ser recoberta anteriormente com uma camada de chocolate temperado, tornando-se assim um bombom trufado. Originalmente as trufas apresentam superfície rugosa e de formato irregular. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 38 Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 39 BOAS PRÁTICAS DE MANIPULAÇÃO DE ALIMENTOS E PRINCÍPIOS DE HIGIENE Um dos maiores problemas encontrados nas indústrias de chocolate de pequeno e médio porte é a falta de noções básicas de boas práticas de limpeza e sanitização. A falta de conhecimento e aplicações desses princípios podem levar a problemas de contaminação microbiológica, implicando na rápida deterioração do alimento e causando problema de saúde pública. Higiene Pessoal Antes de entrar no ambiente de trabalho, o chocolateiro deve lavar as mãos com água e sabão e escovar as unhas. Deve também mantê-las curtas, limpas e livres de qualquer tipo de esmalte. Não portar relógio, pulseiras, anéis, etc. Deve manter o cabelo aparado, limpo e protegido com um gorro, uma touca ou rede. Deve usar sapatos apropriados, em boas condições de uso e limpos. Nunca usar chinelos, tamancos, sandálias ou outro tipo de sapato aberto. Deve sempre usar avental de cor clara e limpo. Deve usar luvas se estiver com um ferimento aberto ou alergias nas mãos. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 40 Nunca tossir ou espirrar sobre os alimentos. Deve se afastar do produto que estiver manipulando, cobrir a boca ou o nariz com lenço de papel e depois lavar as mãos para prevenir a contaminação dos alimentos. Não devem praticar atos não sanitários como: coçar a cabeça, introduzir dedos no nariz, na boca ou na orelha. Caso haja extrema necessidade, deve se afaste dos produtos que estiver manipulando e quando retornar à operação lavar as mãos e as unhas. Os homens devem estar barbeados. Não é permitido mascar chicletes ou manter na boca balas, palitos dentes ou de fósforo, enquanto estiverem em área produtiva ou de armazenamento. Instalações: Cantos arredondados entre parede e piso. Banheiros com chuveiro, vestiário e armários para funcionários. Ralos ou grelhas com cobertura ou fechamento mecânico. Janelas teladas com abertura máxima de 2 mm. Portas com sistemas de abertura e fechamento sem trincos, com molas, e com vão inferior máximo de 1,0 cm. Instalações elétricas sem adaptações e devidamente dimensionadas. Pia para lavagem de utensílios com água fria e quente. Manutenção e reparo em buracos, frestas e rachaduras. Luminárias com proteção nas lâmpadas. Cestos de lixo com tampa e acionamento por pedal. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 41 Lavatório com sabão líquido e álcool 70 a disposição dos funcionários dentro da área de produção ou produto higienizante similar. Retirada de todo equipamento fora de uso, da área de produção. Extintores de incêndio aferidos e válidos. Identificação de todos os equipamentos com suas normas e procedimentos para a correta utilização e tabela para manutenção preventiva periódica. Limpeza e conservação do material de trabalho e cuidados gerais Os alimentos que são conservados em geladeira devem ser armazenados em recipientes de louça ou plástico, nunca em vasilhas de alumínio ou latas; Devem estar sempre vedados; Ingredientes secos como farinha, leite em pó, fermento, devem ser protegidos do contato com o ar ambiente, pois absorvem muita umidade; Gorduras e óleos devem ser armazenados em ambientes com baixa temperatura; Utilizar sempre o sistema PVPS – Primeiro que vence será o primeiro a sair. Lavar os utensílios com água morna e sabão; Produtos de limpeza devem ser guardados em local isolado dos alimentos e utensílios Observar e seguir as recomendações dos fabricantes para estocagem de matérias primas, quanto à validade, temperatura, empilhamento e outros. Não armazenar embalagens de transporte com alimentos prontos. Alimento ou produto com prazo de validade vencido, com embalagem danificada, estufada, umedecida ou embolorada, deve ser descartado. Depois de descongelados, não congelar novamente os alimentos e utilizá-los rapidamente. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 42 Retirar do refrigerador somente a porção de alimento que será utilizada imediatamente. Cobrir com filme plástico todos os alimentos prontos, massas e cremes sob refrigeração, ou guardá-los em recipientes com tampa. Refrigerar ou congelar os produtos perecíveis logo após o recebimento. Não guardar no refrigerador produtos quentes ou mornos. Lavar os sacos de leite com água e sabão antes de utilizá-los. Depositar o lixo a sercoletado em local próprio, longe de animais e devidamente embalado. Manter sempre limpa a área externa, o estacionamento e a loja, recolhendo e retirando o lixo e resíduos sempre que necessário. Não permitir o acesso de animais em nenhuma dependência do estabelecimento. Não permitir a entrada de pessoas não uniformizadas na área de produção. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 43 LEGISLAÇÃO Segundo o regulamento técnico para chocolate e produtos de cacau da ANVISA (Agência de Vigilância Sanitária). Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. Acesso em: 27 de Outubro de 2005. 1. Alcance Fixar a identidade e as características mínimas de qualidade a que devem obedecer o Chocolate e os Produtos de Cacau. 2. Definição 2.1 Chocolate: é o produto obtido a partir da mistura de derivados de cacau (Theobroma cacao L.), massa (ou pasta ou liquor) de cacau, cacau em pó e ou manteiga de cacau, com outros ingredientes, contendo, no mínimo, 25% (g/100g) de sólidos totais de cacau. O produto pode apresentar recheio, cobertura, formato e consistência variados. 2.2 Chocolate Branco: é o produto obtido a partir da mistura de manteiga de cacau com outros ingredientes, contendo, no mínimo, 20% (g/100g) de sólidos totais de manteiga de cacau. O produto pode apresentar recheio, cobertura, formato e consistência variados. 2.3 Massa (ou pasta ou liquor) de cacau: é o produto obtido das amêndoas de cacau ( Theobroma cacao L.) por processo tecnológico considerado seguro para a produção de alimentos. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 44 2.4 Manteiga de Cacau e Cacau em pó: são os produtos obtidos da massa (ou pasta ou liquor) de amêndoas de cacau (Theobroma cacao L.). 2.4.1 Cacau solúvel: é o produto obtido a partir do cacau em pó adicionado de outro(s) ingrediente(s) que remova(m) a solubilidade em líquidos. Designação Os produtos devem ser designados de acordo com o item 2 (definição), podendo ser acrescidos do(s) nome(s) do(s) ingrediente(s) que caracteriza(m) o produto. Podem ser utilizadas denominações consagradas pelo uso, expressões relativas ao processo de obtenção, forma de apresentação, finalidade de uso e ou características especifica. Requisitos gerais Os produtos devem ser obtidos, processados, embalados, armazenados, transportados e conservados em condições que não produzam, desenvolvam e ou agreguem substancias físicas, químicas ou biológicas que coloquem em risco a saúde do consumidor. Deve ser obedecida a legislação vigente de Boas Práticas de Fabricação. Os produtos devem atender aos Regulamentos Técnicos específicos de Aditivos Alimentares e Coadjuvantes de Tecnologia de fabricação; Contaminantes; Características Macroscópicas, Microscópicas e Microbiologicas; Rotulagem de Alimentos Embalados; Rotulagem Nutricional de Alimentos Embalados; Informação Nutricional Complementar, quando houver; e outras legislações pertinentes. A utilização de ingredientes que não é usado tradicionalmente como alimento, pode ser autorizada desde que seja comprovada a segurança de uso, em atendimento ao Regulamento Técnico especifico. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 45 BALANCEAMENTO O sucesso de um empreendimento depende muito do controle de custos de seus produtos. Para tornar o controle de custos possível é preciso saber entre outras coisas: Quanto se usa de cada ingrediente. Como variar a quantidade produzida e poder garantir a mesma qualidade. Como calcular uma encomenda. O balanceamento permite a padronização e o controle através de alguns passos: • Como calcular o peso dos ingredientes sabendo as po rcentagens e o peso do chocolate? 1º - Multiplicar o peso do chocolate pela porcentagem do ingrediente do qual eu desejo saber o peso. 2º - Dividir o resultado pela porcentagem da chocolate que é 100. 3º - O resultado é o peso do ingrediente. Exemplo: Trufa Amarga de Menta INGREDIENTE % PESO (gr) Chocolate ½ amargo 100 1000 Creme de Leite 50 500 Glucose 10 100 Licor menta 5 50 Total 165 1650 • Qual vai ser o rendimento da receita? Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 46 1º - Somar a quantidade de todos os ingredientes para encontrar o total da massa. 2º - Dividir o total de massa pelo peso de cada trufa crua. 3º - O resultado é o número de trufas que obteremos na receita. Exemplo: Trufa amarga de menta (peso de 50g) INGREDIENTE % PESO (g) Chocolate ½ amargo 100 1000 Creme de Leite 50 500 Glucose 10 100 Licor de Menta 5 50 Total 165 1650 1575g divido por 50g = 31,5 Trufas • Como calcular uma encomenda? − É preciso saber o peso do produto. − É preciso conhecer as porcentagens da receitas. 1º - Somar todas as porcentagens da receita. 2º - Multiplicar o número de produtos que se deseja obter pelo peso de cada produto. O resultado é o total de massa. 3º - Multiplicar o total de massa pela porcentagem de Trufas que é 100. 4º - Dividir o resultado pelo total de porcentagem. 5º - O resultado final é o peso da trufa. 6º - Prosseguir com os cálculos para saber os outros pesos. 7º - Somar o peso de todos os ingredientes e conferir com o total de massa obtido anteriormente. 8º - Aumentar ou diminuir o peso do chocolate se necessário, para executar a encomenda. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 47 FORMULAÇÕES Licor de chocolate .......................................................................................................49 Mousse Fácil de Chocolate .........................................................................................51 Petit Gateau I ..............................................................................................................53 Petit Gateau II .............................................................................................................55 Marzipan ao chocolate ................................................................................................57 Torta Mousse de Chocolate Branco ............................................................................59 Bombom Trufado ao Leite ...........................................................................................61 Trufa de Caipirinha......................................................................................................63 Trufa de Maracujá .......................................................................................................65 Trufa Amarga de Menta ..............................................................................................67 Bombom de Café ........................................................................................................69 Bombom Cherry ..........................................................................................................71 Bombom de Damasco e Amêndoas ............................................................................73 Alpino Crespinho.........................................................................................................75 Bombons Maciços.......................................................................................................77 Ovo Crocante..............................................................................................................79 Ovo Prestígio ..............................................................................................................81 Ovo Trufado ................................................................................................................83Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 48 Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 49 Licor de Chocolate Ingredientes % Peso (gr) Método Álcool de cereais, pinga ou vodka 80 Leite Condensado 100 Água 75 Chocolate ½ amargo 50 Chocolate em pó 5 Essência de Amêndoas 0,5 TOTAL 230 Chocolate • Ferver a água e derreter o chocolate ½ amargo. • Bater todos os ingredientes no liqüidificador. • Colocar em garrafas esterilizadas e deixar em lugar escuro por 15 dias. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 50 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 51 Mousse Fácil de Chocolate Ingredientes % Peso (gr) Método Chantilly 100 Chocolate ½ amargo 50 Creme de leite 30 Conhaque 10 TOTAL 190 Chocolate 100 1000 • Bater o chantilly industrial e reservar. • Derreter o chocolate e incorporar o creme de leite até homogeneizar e ficar brilhante. • Misturar ao creme o conhaque e o chantilly batido. • Derreter e temperar o chocolate, aplicar em papel manteiga e moldar as cestinhas com o auxílio de uma bexiga. • Com uma manga de confeitar preencher as cestinhas de chocolate com o mouse. • Decorar a gosto. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 52 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 53 Petit Gateau I Ingredientes % Peso (g) Método Chocolate ½ amargo 100 Manteiga 83,3 Ovos 100 Gemas 36,6 Açúcar 43,3 Farinha de Trigo 26,6 Glucose 26,6 Essência de baunilha 6,6 Sal 0,3 TOTAL 423,3% • Derreter em banho-maria ou em microondas o chocolate, a manteiga e a glucose. • À parte leve ao fogo em banho-maria os ovos, as gemas e o açúcar e misture bem até atingir 60ºC. • Incorpore a baunilha ao creme de chocolate e em seguida misture aos ovos. • Incorpore a farinha e puncione em forminhas untadas com margarina e cacau ou chocolate em pó. • Deixe descansar por 1h em geladeira. • Leve ao forno pré-aquecido a 220ºC por 7min. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 54 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 55 Petit Gateau II Ingredientes % Peso (g) Método Chocolate ½ amargo 100 Manteiga 100 Ovos 50 Gemas 20 Açúcar 27 Farinha de Trigo 27 TOTAL 324% • Derreter em banho-maria ou em microondas o chocolate e a manteiga. • Bata na batedeira planetária com o batedor globo os ovos, as gemas e o açúcar até aumentar o volume em 4 vezes. • Incorpore o creme de chocolate manualmente e lentamente aos ovos batidos com o açúcar e por último a farinha. • Unte as forminhas com margarina e cacau ou chocolate em pó e preencha com a massa (um dedo abaixo da borda) • Deixe descansar por 1h em geladeira. • Leve ao forno pré-aquecido a 220ºC por 7min. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 56 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 57 Marzipan ao Chocolate Ingredientes % Peso (g) Método Amêndoa 100 Açúcar de confeiteiro 50 Clara 5 TOTAL 155 Chocolate ao leite 100 1000 TOTAL GERAL 255 • Processar a amêndoa sem casca até obter uma farofa. • Misturar o açúcar e a clara as amêndoas até obter uma pasta firme e com liga para a modelagem dos bombons.. • Banhar em chocolate ao leite previamente temperado com o auxílio do garfo para banho de bombons. • Colocar os bombons sobre folha de papel manteiga. • Decorar com amêndoas filetadas ou riscos de chocolate. • Levar à geladeira para que o chocolate seque. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 58 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 59 Torta Mousse de Chocolate Branco Ingredientes % Peso (g) Método Chantilly 100 Chocolate Branco 60 Creme de Leite UHT 30 Gelatina em pó sem sabor 5 Subtotal 195 Base da Torta Pão de ló Cobertura Chocolate ao leite 100 Creme de leite UHT 70 Margarina sem sal 30 Subtotal 200 Total 395 • Bater o chantilly industrial e reservar; • Derreter o chocolate e incorporar o creme de leite UHT até homogeneizar; • Misturar o creme ao chantilly batido, juntar a gelatina; • Forrar aro com o disco de pão de ló untado com margarina e açúcar; • Rechear a torta e gelar; • Dar acabamento final com a ganache. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 60 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 61 Bombom Trufado ao Leite Ingredientes % Peso (g) Método Chocolate ao leite 60 Chocolate ½ amargo 40 Creme de Leite 40 Conhaque 3 Total 143 Cobertura Chocolate ao leite 100 • Derreta o chocolate e adicione o creme de leite. Misture tudo muito bem até a massa ficar homogênea e brilhante. • Deixe esfriar por 30 minutos e coloque na geladeira por aproximadamente 6 horas. • Derreta e tempere o chocolate ao leite. • Despeje uma parte do chocolate em formas para bombons trufados e vire- a para escorrer o excesso. • Raspe a superfície da forma com uma espátula e leve à geladeira para secar o chocolate por aproximadamente 3 min. • Recheie com a massa de trufa e complete com chocolate temperado e raspe novamente a forma. • Leve à geladeira até que o fundo fique opaco e desenforme. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 62 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 63 Trufa de Caipirinha Ingredientes % Peso (g) Método Massa Chocolate ao leite 100 Chocolate ½ amargo 80 Creme de leite 42 Suco de limão 20 Cachaça 5 Total 272 Cobertura Chocolate Branco 100 • Derreta o chocolate e adicione o creme de leite. Misture o chocolate e o creme de leite até a massa ficar homogênea e brilhante • Ferva o suco de limão e adicione a mistura • Por fim adicione a cachaça e raspas de 2 limões. • Deixe esfriar por 30 minutos e coloque na geladeira por aproximadamente 6horas ou até obter ponto de enrolar.• Modele na colher, passe pelo cacau em pó ou banhe em chocolate branco. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 64 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 65 Trufa de Maracujá Ingredientes % Peso (g) Método Massa Chocolate Branco 100 Creme de Leite 15 Suco de Maracujá Concentrado 25 Total 140 Cobertura Chocolate ao leite 100 1000 • Misture o creme de leite com o suco até a massa ficar homogênea e brilhante. • Adicione o chocolate derretido e misture bem. • Derreta e tempere o chocolate ao leite. • Com o molde para copinhos de chocolate fazer as casquinhas ocas. • Levar a geladeira por 3 min. • Desenforme os copinhos. • Aplique a trufa com auxílio de manga de confeitar preenchendo o copinho. • Decore a gosto. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES • Pode-se descansar a massa por 6 horas e enrolar. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 66 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 67 Trufa Amarga de Menta Ingredientes % Peso (g) Método Chocolate ½ amargo 100 Creme de leite 35 Licor de Menta 10 TOTAL 155 1550 • Derreta o chocolate e adicione o creme de leite. • Misture o chocolate e o creme de leite até a massa ficar homogênea e brilhante • Adicione o licor de menta e misture bem. • Deixe esfriar por 30 minutos e coloque na geladeira por aproximadamente 6horas ou até obter ponto de enrolar. • Modele na colher, passe pelo cacau em pó ou banhe em chocolate branca. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 68 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 69 Bombom de Café Ingredientes % Peso (g) Método Chocolate ½ amargo 100 Creme de leite 55 Café Solúvel (pó) 1,5 Mel 12 Água ou licor de cacau 5 TOTAL 173,5 Cobertura Chocolate ½ amargo 100 • Derreta o chocolate e adicione o creme de leite. • Misture o chocolate o creme de leite e o mel até a massa ficar homogênea e brilhante • Adicione o café solúvel e misture bem. • Deixe esfriar por 30 minutos e coloque na geladeira por aproximadamente 6horas ou até obter ponto de enrolar. • Aplicar em moldes para bombons recheados ou utilize com trufa (modele na colher e passe no cacau em pó ou banha com chocolate ½ amargo ou ao leite) • Com o molde para copinhos de chocolate fazer as casquinhas oca e aplicar a trufa com o auxílio de uma manga de confeitar e bico crespo preenchendo o copinho e formando uma pequena torre. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Se quiser pode cobrir com chocolate ou com cacau em pó. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 70 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 71 Bombom Cherry Ingredientes % Peso (g) Método Licor Cerejas 100 Açúcar 70 Rum 35 Água 30 Total 220 Cobertura Chocolate ½ amargo 100 TOTAL GERAL 320 • Levar ao fogo a água, o açúcar e a cerejas até formar o ponto de fio fraco. • Retire do fogo e adicione o rum. • Derreta e tempere o chocolate ao leite • Despeje uma parte do chocolate em formas para bombons recheados e vire-a para escorrer o excesso. • Raspe a superfície da forma com uma espátula e leve à geladeira para secar o chocolate por aproximadamente 3 min. • Recheie com uma cereja inteira e um pouco de calda bombom e complete com chocolate e raspe novamente a forma. • Leve à geladeira até que o fundo fique opaco e desinforme. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 72 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 73 Bombom de Damasco e Amêndoas Ingredientes % Peso (g) Método Amêndoas 100 Açúcar 45 Damasco 60 Total 205 Cobertura Chocolate ½ amargo 100 TOTAL GERAL 305 • Deixe o damasco de molho de véspera, com água que os cubra. • Leve ao fogo os damascos hidratados com o açúcar até obter um purê. • Se precisar, passe pela peneira para desmanchar e amasse tudo até ficar um recheio bem ligado. • Junte a amêndoa, modelar no formato desejado e reservar. • Derreta e tempere o chocolate amargo. • Mergulhe as bolinhas no chocolate e bata levemente o garfo na borda do recipiente para escorrer o excesso. • Coloque os bombons sobre folha de papel manteiga e leve à geladeira para secar. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Para decorar utilize lascas de amêndoas ou linhas de chocolate com auxílio de cartuchinhos de papel manteiga. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 74 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 75 Alpino Crespinho Ingredientes % Peso (g) Método Chocolate ao leite 100 Amendoim ou 30 Crocante ou Flocos de arroz 15 Total 130 / 115 • Derreta e tempere o chocolate amargo. • Misture o amendoim ao chocolate. • Distribua a massa em forminhas aluminiadas. • Leve à geladeira para secar por aproximadamente 10min ou até secar. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 76 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 77 Bombons Maciços Ingredientes % Peso (g) Método Chocolate ao leite 100 Chocolate amargo 100 Chocolate branco 100 Total 300 • Derreta e tempere o chocolate. • Despeje o chocolate em formas para bombons. • Retire o excesso com o auxílio de uma espátula. • Leve à geladeira para secar por aproximadamente 10min ou até ficar opaco e desenformar. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Se quiser faça trabalhos de texturiação com rolinhos de tinta palitos e cartuchinhos de papel com os três tipos de chocolate. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 78 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 79 Ovo Crocante Ingredientes % Peso (g) Método Chocolate ao leite 100 Crocante de Amendoim 20 Total140 • Derreta e tempere o chocolate. • Misture o crocante de amendoim ao chocolate. • Distribua a massa em formas para ovo de páscoa de 500g. • Leve à geladeira para seca por aproximadamente 10min ou até que fique opaca e desenforme. • Repita este processo duas vezes para que o ovo fique resistente não quebre e atinja o peso. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Embalar em papel espelho celofane e finalize com fitas decorativas. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 80 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 81 Ovo Prestígio Ingredientes % Peso (g) Método Casca Chocolate ao leite 100 Recheio Leite Condensado 100 Coco seco (fino) 70 Total Geral 270 • Misture o coco e o leite condensado e reserve. • Derreta e tempere o chocolate. • Distribua a massa em formas para ovo de páscoa de 500g. • Leve à geladeira para seca por aproximadamente 10min ou até que fique opaca e desenforme. • Repita este processo mais uma vez para que o ovo fique resistente, não quebre e atinja o peso. • Aplique o recheio em toda a casca e cubra com uma nova camada de chocolate ao leite. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Embalar em papel espelho celofane e finalize com fitas decorativas. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 82 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 83 Ovo Trufado Ingredientes % Peso (g) Método Casca Chocolate ao leite 100 Chocolate ½ amargo 100 Recheio Chocolate ao leite 100 Chocolate ½ amargo 50 Creme de leite 65 Total 215 Total Geral 415 • Misture o creme de leite aos chocolates ao leite e amargo até ficar bem brilhante e homogêneo e reserve. • Derreta e tempere o chocolate. • Distribua a massa em formas para ovo de páscoa de 500g. • Leve à geladeira para seca por aproximadamente 10min ou até que fique opaca e desenforme. • Repita este processo duas vezes para que o ovo fique resistente não quebre e atinja o peso. • Aplique o recheio em toda a casca e cubra com uma nova camada de chocolate ao leite. PROCESSAMENTO OBSERVAÇÕES Embalar em papel espelho celofane e finalize com fitas decorativas. Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 84 ANOTAÇÕES Tecnologia em Chocolataria Escola SENAI "Horácio Augusto da Silveira" 85 REFERÊNCIA BRASIL. RDC Nº 264, de 22 de setembro de 2005. Agencia Nacional de Vigilância Sanitária. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br. Acesso em: 27 de Outubro de 2005. FADDEN, Christine Mc; FRANCE, Christine. A maior enciclopédia do chocolate. Brasil: Edelbra, 1997. 256 p. GAROTO, Bombons Sem Mistério. HARALD, Industria e Comércio de Alimentos Ltda. Manual de Aplicações, 2005 LOUSADA, Patrícia. A tentação do chocolate. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997. 144 PG. NESTLE. Chocolataria FOODSERVICES.
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