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Resumo de Tabagismo

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TABAGISMO
· Fumante Ativo
O tabagismo que antes era visto como hábito de vida hoje é reconhecido pela OMS como uma dependência química classificada dentro do grupo dos transtornos mentais e de comportamento decorrente do uso de substâncias psicoativas. Responde atualmente por 40 a 45% de todas as mortes por câncer, 90 a 95% das mortes por câncer de pulmão, 75% das mortes por DPOC, cerca de 20% das mortes por doenças vasculares, 35% das mortes por doenças cardiovasculares, entre homens de 35 a 69 anos de idade, nos países desenvolvidos (WHO, 1999).
Para conter o crescimento do tabagismo principalmente em jovens e crianças e para estimular os fumantes a deixarem de fumar foi instituído o Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT), com destaque na conscientização dos profissionais de saúde quanto ao ponto central da cessação de fumar que é a mudança de comportamento. Mediante programas de capacitação foram explicitados os componentes físicos, psicológicos e os condicionamentos envolvidos na dependência da nicotina e como auxiliar o paciente a lidar com a síndrome de abstinência e a “fissura” (desejo intenso de fumar) que se apresenta para uma parcela dos fumantes, durante a cessação de fumar. Em agosto de 2000 o Ministério da Saúde organizou como parte das ações do PNCT o I Encontro de Consenso sobre Abordagem e Tratamento do Fumante nas instalações do Instituto Nacional de Câncer (INCA), com participação de secretarias estaduais e municipais de saúde, instituições de saúde e organizações não-governamentais (ONGs), fruto desse Encontro foi desenvolvido um Documento sobre Tratamento e Abordagem de Fumantes, o qual sistematizamos abaixo:
Métodos de cessação de fumar
1. Métodos de Eficácia Comprovada
a) Abordagem Cognitivo-Comportamental:
Configura-se como a base do tratamento para parar de fumar. Estimula o autocontrole do paciente para quebra do ciclo vicioso da dependência. Mediante o aconselhamento, esclarecimento e conscientização, prepara o paciente para o enfrentamento da crise de abstinência e a “fissura” de fumar. A abordagem PAAPA (perguntar, avaliar, aconselhar, preparar e acompanhar)
· PA (Perguntar e Avaliar):
 Mediante a realização de perguntas objetivas, permite avaliar a fase do tabagismo, suas características, o desejo de parar e as possíveis consequências durante a abstinência.
· AP (Aconselhar e Preparar):
 A conduta prossegue a partir do interesse do paciente em parar de fumar, em caso negativo repete-se o aconselhamento nas próximas consultas até que o paciente decida parar. Na Preparação deve-se sugerir que o fumante marque uma data, deve-se explicar os sintomas da abstinência e sugerir estratégias para controlar a vontade de fumar (tomar água, chupar balas, mascar chicletes, gengibre, etc), e para quebrar os estímulos associados ao fumar (restringir o uso de café 15 e bebida alcoólicas, desfazer-se de isqueiros, evitar ambientes ou situações que estimulem o fumar, aprender a lidar com situações de estresse, etc). Esse preparo deve levar em consideração as experiências individuais do paciente e do próprio profissional que o está atendendo.
· A (Acompanhar):
 É importante que o paciente seja acompanhado na fase inicial que apresenta maior risco de recaída retornando para consultas nos 1º, 3º e 6º meses após o início do tratamento.
b) Farmacoterapia:
Os medicamentos utilizados no auxílio do tratamento, de acordo com o grau de dependência e das consequências da abstinência e reincidência de tratamento, são de duas categorias: nicotínicos utilizados em Terapia de Reposição de Nicotina (TRN), principalmente na forma de adesivos e goma de mascar; e não-nicotínicos como antidepressivos (bupropiona e nortriptilina), e anti-hipertensivos (clonidina).
Apenas em casos que o paciente não consiga parar de fumar após ter sido realizada abordagem cognitivo-comportamental e utilizado-se apenas um dos medicamentos de 1ª linha (TRN + bupropiona), pode-se pensar na utilização dos demais medicamentos descritos principalmente por seus efeitos colaterais e a insuficiência dos estudos de comprovação da eficácia da 2ª linha.
Recomendações em situações especiais:
I. A farmacoterapia deve ser evitada no tratamento de Gestantes pelos riscos ao feto;
II. Em Adolescentes deve-se direcionar a linguagem, material didático e dinâmicas com ênfase na valorização da atividade física, na perda da capacidade de escolha provocada pela dependência, nos aspectos ilusórios da propaganda, nos cuidados com o corpo, a beleza e o desempenho sexual.
III. Qualquer paciente fumante, usuário de álcool e/ou outras drogas, deverá receber uma intervenção mais intensa durante o processo para a abstinência do fumo;
IV. É necessário acompanhamento mais intensivo e farmacoterapia em fumantes que têm comorbidades psiquiátricas (depressão, alcoolismo, esquizofrenia, etc), pois apresentam um maior risco destas manifestações na fase de abstinência;
V. As pessoas que têm medo de engordar recomendar uma dieta balanceada com muitas frutas, vegetais e grãos integrais, com pouca gordura e poucos alimentos doces, fazendo pelo menos 4 refeições por dia e bebendo bastante água. Devem ser motivadas a aumentar a atividade física, que além de manter o peso pode ser uma alternativa para ajudar a suportar a falta do cigarro.
2. Métodos sem eficácia comprovada:
Não há comprovação da eficácia de métodos como hipnose, acupuntura (agulha, laser), feedback fisiológico, cigarros artificiais sem drogas, aromaterapia (França), fórmulas de ervas, adesivos de lobélia. No entanto, poderão a critério do paciente, ser administrados desde que não existam contraindicações para o seu uso.
 Dicas, conselhos de como lidar com o tagabismo, o vicio, abstinência e como parar de fumar citando pontos negativos e positivos de acordo com o Manual do tabagismo:
 Manual de 1 á 4
· É importante primeiramente conhecer os malefícios do cigarro, como: câncer de pulmão, enfisema, infarto do miocárdio, bronquite crônica, sinusite, derrame cerebral e envelhecimento prematuro da pele e entre outros fatores.
· 
· A nicotina causa aumento da ansiedade em pessoas predispostas e essa substancia causa dependência, devido a ela os primeiros dias ao parar de fumar são os mais difíceis, ao longo do tempo o seu corpo se adapta a ausência dessa substancia.
· 
· Os indivíduos se tornam psicologicamente dependentes do cigarro para lidar com situações de estresse, de solidão, para estimular sua criatividade e para diversão, tornando o cigarro um amigo próximo.
· 
· O ato de fumar é muitas vezes associado a hábitos do dia-a-dia, como: fumar e ingerir bebidas alcoólicas, fumar e falar ao telefone, fumar e escrever um relatório, fumar e assistir à televisão ou fumar depois de comer.
· Muitos fumantes sentem-se divididos quanto à decisão de parar de fumar. Por maior que seja o desejo de fumar é possível parar, basta a vontade de parar ser maior do que a de voltar a fumar. Em um curto período, o desejo de fumar e a necessidade de ser um fumante vão desaparecer.
· Métodos para parar de fumar:
· A parada abrupta de fumar ocorre quando a pessoa para de fumar de uma hora pra outra . Algumas pessoas conseguem se tornar ex-fumantes dessa forma.
· A parada gradual não deve ultrapassar mais do que 2 semanas, pois prolongar essa “parada” pode tornar uma forma de adiar e não de parar.
 - Uma das formas da parada gradual é a redução, que consiste em limitar a quantidade de cigarros que devem se fumados em determinado tempo.
- Outra forma de parada gradual é o adiamento que significa adiar a hora na qual você começa a fumar por um número de horas predeterminado a cada dia.
· 5 Dicas para permanecer sem cigarros: 
1º Planejar com antecedência, a fim de evitar recaídas.
2º Realizar listas avaliando o custo que o cigarro tem na vida do fumante e a economia ao deixar o habito.
3º Praticar esportes, aumentando gradualmente o tempo e a intensidade dos exercícios físicos.
4º Aumentar o tempo em lugares onde não se pode fumar, como bibliotecas, ônibus, teatros, cinemas, lojas de departamentos etc.,durante as primeiras semanas sem cigarros.
5º Trocar algumas das suas experiências com outras pessoas passando pelo mesmo processo.
· Uma das principais razões pelas quais muitos indivíduos voltam a fumar são por exemplo a morte de um ente querido, um acidente de carro ou um problema no trabalho; Achar viável fumar apenas um ou dois cigarros para se divertir, pois estão bem após ter parado.
· É normal fazer várias tentativas antes de conseguir parar de fumar. O mais importante é que não use o insucesso das tentativas como uma desculpa para continuar a fumar e não tentar novamente.
· Síndrome da abstinência:
· Existem vários sintomas da síndrome de abstinência, como: angustia, “fissura”( o desejo intenso por cigarros), a tensão, tosse mais intensa e tonturas. Porem a maioria dos sintomas de abstinência desaparecem em 1 a 2 semanas. Isso é sinal de que seu organismo está retornando a um estado saudável.
· Resistir ao cigarro nesse processo de parar de fumar é estressantes para os fumantes devido aos sintomas de abstinência que eles apresentam. O esforço de concentração necessário para se lembrar de não fumar e para resistir às múltiplas tentações de fumar contribuem com esse estresse. É importante conhecer e realizar exercícios de relaxamento, como a técnica de Respiraçao Profunda, para aprender a controlar o corpo de acordo com a necessidade.
· Além dos exercícios de relaxamento se aconselha 4 dicas para a pessoa diminuir o desejo pelo cigarro:
 1º beber muita agua ao longo do dia.
 2º praticar atividade física.
 3º ter sempre consigo algo para mastigar, como por exemplo, chiclete ou balas.
 4º respirar fundo e relaxar.
· Aspecto positivo e negativo ao parar de fumar
· Um dos aspectos negativos de parar de fumar é o ganho de peso, que acomete 25 % dos ex-fumantes. Esse ganho de peso está diretamente relacionado com:
- a melhora do paladar e consequente maior ingestão de alimentos.
 - a necessidade de colocar algo na boca que substitua o cigarro.
 - ingestão de alimentos extras e doces como prêmio por ter parado de fumar.
 - melhora na saúde, podendo ter maior apetite.
 - mudanças metabólicas suficientes para ganhar peso. 
· É possível lidar com essa situação se planejando com antecedência e mudanças hábitos de vida como: 
 - acrescentar alimentos com poucas calorias, vegetais crus, frutas, legumes e verduras. 
 - escolher um prêmio que não seja comida para se presentear por ter parado de fumar. 
 - fazer mais exercícios físicos, sob orientação médica. 
· Porém existem diversos benéficos ao parar de fumar.
· Dos Benefícios indiretos podem-se considerar o aumento da auto-estima e mais segurança em si mesmo, prevenindo a recaídas
· Outro benefício ao parar de fumar é o Benefícios a longo prazo, onde se observa o aumento progressivo da capacidade pulmonar e da energia do ex- fumante, os Sintomas como a tosse irão desaparecer, Risco de doença do coração, enfisema e vários cânceres diminuirão com o passar do tempo, até que o ex-fumante não tenha um risco maior que o de uma pessoa que nunca fumou.
· Fumante Passivo:
Fumante passivo é todo aquele individuo que está exposto a fumaça de derivados de tabaco.
Segundo a OMS fumante passivo é considerada a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, ficando atrás apenas para o tabagista ativo e ao consumo excessivo de álcool.
 O ar poluído possui, em media, 3 vezes mais nicotina, monóxido de carbono e até 50 vezes mais substancias cancerígenas da fumaça que entra na boca do fumante ativo e que as conseqüências dessa fumaça são ainda mais potencializadas em ambientes fechados.
Já existem algumas leis e regulamentações na atualidade em relação ao tabagismo, onde no Brasil, já apresenta resultados positivos em relação a essas leis. 7 estados e 23 municípios brasileiros já entenderam a importância da adoção de ambientes 100% livres da fumaça do tabaco e aprovaram legislações próprias, aperfeiçoando a Lei Federal 9.294/96 .
A absorção da fumaça do cigarro por aqueles que convivem em ambientes fechados com fumantes pode causar diversos malefícios a saúde sendo eles:
· Em adultos não - fumantes:
Maior risco de doença por causa do tabagismo, proporcionalmente ao tempo de exposição à fumaça; Um risco 30% maior de câncer de pulmão e 24% maior de infarto do coração do que os não-fumantes que não se expõem.
· Em crianças: Maior frequência de resfriados e infecções do ouvido médio; Risco maior de doenças respiratórias como pneumonia, bronquites e exacerbação da asma.
· Em bebês: Um risco 5 vezes maior de morrerem subitamente sem uma causa aparente (Síndrome da Morte Súbita Infantil); Maior risco de doenças pulmonares até 1 ano de idade, proporcionalmente ao número de fumantes em casa.

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