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Questionário Alimentação e Nutrição Animal 5

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Questionário – Alimentação e Nutrição Animal 
 
1. O que são proteínas? 
R: Consistem em macromoléculas com diversas funções, como por exemplo: componentes 
estruturais, funções enzimáticas, funções hormonais etc. São compostas de unidades 
construtoras, aminoácidos ligados por ligações peptídicas, que são chamadas de proteínas 
simples. Além disso, proteínas complexas estão presentes no corpo, ou seja, contém, além dos 
aminoácidos, outros compostos como o grupo heme, lipídios e açúcares. 
 
2. Com base nos metabólitos produzidos, como podem ser classificados os aminoácidos? 
Explique. 
R: São classificados em: 
Glucogênicos: importantes precursores para a síntese de glucose, através da gliconeogênese 
hepática em ruminantes. 
Cetogênicos: precursores da síntese de AG’s. 
Glucogênicos e cetogênicos: precursores de glucose e de AG’s. 
 
3. Quais os critérios para a classificação das proteínas presentes nos seres vivos? 
Explique. 
R: Solubilidade, Estrutura Tridimensional, Função, Propriedades Físicas, Formato Geral. 
Solubilidade é classificada em: albumina (solúveis em água), globulinas (pouco solúveis em 
água, mas solúveis em soluções salinas), prolaminas (solúveis em etanol), histonas (solúveis em 
soluções salinas). 
Estrutura tridimensional é classificada por: Globulares (insulina, albuminas plasmáticas, entre 
outros) e fibrosas (queratina, miosina, colágeno e fibrina). 
 
4. Descreva como ocorre a degradação de proteína verdadeira no rúmen. 
R: A quebra de proteínas no rúmen ocorre através da ação de enzimas secretadas por 
microrganismos ruminais, que degradam a fração PDR do PB na dieta e usam peptídeos AA e 
amônia para sintetizar proteínas microbianas e fazer multiplicação celular. As bactérias são os 
microrganismos ruminais mais abundantes e são as principais responsáveis pela degradação 
das proteínas. 
 
5. Descreva como ocorre o metabolismo do NNP no rúmen. 
R: A maior parte do nitrogênio dos alimentos é convertida em amônia no rúmen, e a quantidade 
de amônia produzida depende da natureza do nitrogênio ingerido e da fonte de carboidratos 
disponível, pois os microrganismos ruminais precisam de energia para fazer seu trabalho e se 
reproduzir. O NNP encontrado no rúmen provém dos alimentos consumidos. Muitos alimentos 
usados em formulações dietéticas para ruminantes contêm frações de NNP em sua composição. 
Pode ser representado por NNP até do nitrogênio encontrado nas pastagens. A alimentação 
armazenada como silagem pode conter até metade do nitrogênio como NNP. A ração 
armazenada como palha contém aproximadamente 15% de nitrogênio como NNP. Portanto, por 
meio do processo de fermentação, os microrganismos ruminais promoverão a conversão de 
nitrogênio não proteico em amônia da ração e, na próxima etapa, a amônia produzida será 
convertida em compostos nitrogenados na ração. microrganismos, incluindo a verdadeira 
proteína microbiana. Assim, microrganismos encontrados no rúmen podem converter nitrogênio 
não proteico em proteína verdadeira; pode ser convertido em carne, leite, couro, lã, entre outros, 
após ser metabolizado pelo animal hospedeiro. O nitrogênio não proteico e a amônia produzidos 
na próxima etapa da alimentação de amônia serão convertidos em compostos de nitrogênio por 
microrganismos, incluindo a proteína microbiana verdadeira. Assim, microrganismos 
encontrados no rúmen podem converter nitrogênio não proteico em proteína verdadeira; pode 
ser convertido em carne, leite, couro, lã, entre outros, após ser metabolizado pelo animal 
hospedeiro. Nitrogênio não proteico da alimentação de amônia e na próxima etapa, a amônia 
produzida, Ele será convertido em compostos de nitrogênio por microrganismos, incluindo a 
verdadeira proteína microbiana. Assim, microrganismos encontrados no rúmen podem converter 
nitrogênio não proteico em proteína verdadeira; isso pode ser aplicado à carne, leite, couro, lã 
etc. 
 
6. Quais os processos que ocorrem dentro das células bacterianas com os compostos 
oriundos da degradação ruminal? 
R: Degradação dos pequenos peptídeos a aminoácidos livres > Incorporação dos aminoácidos 
livres na proteína microbiana > Desaminação dos aminoácidos livres a amônia e esqueletos 
carbônicos > Utilização da amônia para a síntese de aminoácido > Difusão da amônia não 
utilizada para fora da célula. 
 
7. Como os protozoários ruminais auxiliam na degradação da proteína da dieta? 
R: Os protozoários são uma porção significativa da massa microbiana ruminal e são muito ativos 
na degradação de proteínas, com mecanismo diferente dos das bactérias. Ao invés de formarem 
um complexo com a proteína, ingerem as bactérias, fungos e partículas de alimentos que são 
digeridos na célula. A digestão da proteína libera peptídeos, que serão degradados a 
aminoácidos livres que serão então incorporados na proteína dos protozoários. Apesar de 
desaminarem aminoácidos, não são capazes de fazer uso da amônia para a produção de novos 
aminoácidos. Por conta da pequena taxa de passagem, esses microrganismos quase não 
contribuem para o fluxo de proteína microbiana para o intestino. Apesar de secretarem peptídeos, 
aminoácidos e amônia no fluido ruminal, uma parte significativa desses compostos é 
disponibilizada no rúmen com a autólise celular ou morte desses microrganismos. 
 
8. Quais os fatores que podem interferir na degradação da proteína no rúmen? 
R: Os fatores que podem interferir na degradação da proteína no rúmen são: composição 
química e física da proteína bruta, a atividade proteolítica microbiana, o acesso microbiano à 
proteína, o tempo de retenção do alimento no rúmen, o pH ruminal, o processamento do alimento 
e a temperatura ambiente. 
 
9. Explique o que é PDR e PNDR? 
R: A proteína bruta contida nos alimentos dos ruminantes é composta por uma fração degradável 
no rúmen (PDR) e uma fração não degradável no rúmen (PNDR). A degradação dessas 
proteínas acontece através da ação de enzimas (proteases, peptidases e desaminases) 
secretadas pelos microrganismos ruminais. O suprimento de quantidades adequadas de PDR e 
PNDR é importante para otimizar a produção de proteína microbiana e complementá-la 
adequadamente como PNDR e, assim, suprir as exigências em proteína metabolizável dos 
animais. A substituição parcial ou total de uma fonte proteica rica em PDR, como o farelo de soja, 
pelas mais diversas fontes comerciais ricas em PNDR, diminuiu a passagem de proteína 
microbiana para o duodeno. A otimização de proteína microbiana representa o uso eficiente de 
PDR, para uma menor perda de amônia ruminal e menor expressão de ureia, menor necessidade 
de PNDR na ração e maior fluxo de proteína metabolizável com melhor perfil de aminoácidos 
essenciais para o intestino. 
 
10. Explique como ocorre o ciclo da ureia no ruminante? 
R: Em razão do seu alto grau de toxicidade, a amônia é convertida no fígado em ureia, um 
composto não tóxico. No fígado, 2 moléculas de amônia são convertidas em uma molécula de 
ureia. A primeira molécula de amônia é carboxilada pela enzima carbamoil fosfato sintetase. 
Nessa reação, 2 moléculas de ATP são utilizadas. O carbamoil fosfato reage com a ornitina para 
formar a citrulina. A segunda molécula de amônia que entra no ciclo é originada do aspartato que 
reage com a citrulina, formando arginino-succinato. Esse composto é clivado a arginina e 
fumarato. A arginina é então quebrada pela arginase, regenerando a ornitina e produzindo uma 
molécula de ureia. Rações com excesso de PDR, resultam em excesso de amônia ruminal e 
requerem quantidade significativa de energia para síntese e excreção de ureia, uma vez que 
para cada mol de ureia produzido são gastos de 2 mols de ATP. Parte da ureia produzida no 
fígado é excretada, via urina, e parte pode retornar para o rúmen via saliva ou corrente 
sanguínea. 
 
11. Explique como ocorre a reciclagem de N no corpo do ruminante? 
R: O nitrogênio pode ser reciclado no rúmen tanto pela saliva quanto pelo sangue, e é utilizada 
como fonte de nitrogênio pelos microrganismosruminais. O fluxo salivar é altamente dependente 
e proporcional a atividade mastigatória e a atividade mastigatória é dependente da dieta, 60% - 
80% do nitrogênio na saliva estão na forma de uréia, mas esse teor é variável, pois é reflexo 
direto da quantidade de ureia no plasma (que varia de acordo com a quantidade de proteína nas 
dietas). A uréia pode chegar ao rúmen pelo sangue também, por difusão via parede ruminal, que 
é imediatamente convertida em amônia pelas bactérias ureolíticas da parede ruminal. A maior 
parte do nitrogênio utilizado pelos microrganismos está na forma de amônia. 
A amônia em excesso é absorvida pela parede do rúmen e, no fígado, é convertida em uréia. 
Em situação de baixo nível de consumo de nitrogênio, uma grande proporção de nitrogênio 
metabolizado pelo animal em forma de amônia e uma pequena proporção é excretada na urina. 
Em animais de alta produção, os elevados níveis de consumo diluem o nitrogênio reciclado a um 
ponto em que ele se torna sem importância e o rúmen fica mais dependente de fontes exógenas 
de nitrogênio e proteínas solúveis para suprir as exigências microbianas. Estima-se que o 
nitrogênio reciclado varia de 70% em dietas com 5% de proteína bruta, até um valor de 11% da 
proteína consumida nas dietas com 20% de proteína bruta. 
 
12. Explique a importância da síntese de proteína microbiana no rúmen. 
R: A proteína metabolizável no intestino de ruminantes é representada pelo total de aminoácidos 
provenientes da digestão intestinal da: 
a) Proteína microbiana produzida no rúmen. 
b) Da Proteína não degradável no rúmen. 
c) Da proteína endógena. 
A proteína microbiana é normalmente a principal fonte de proteína metabolizável para 
ruminantes, na maioria das situações produtivas (45-65% dependendo do bovino). Todo e 
qualquer programa nutricional só tem sucesso se a produção de proteína microbiana for 
otimizada. Manipulações da ração que resultem em redução na síntese microbiana, 
normalmente, comprometem o desempenho do animal (problemas na disponibilidade de energia 
para o animal e a proteína metabolizável disponível no intestino). 
 
13. Quais os fatores que afetam a síntese de proteína microbiana? 
R: Composição microbiana: a célula microbiana contém em sua composição principalmente 
proteínas, mas também carboidratos, lipídeos, minerais e vitaminas. 
Fontes de energia: os microrganismos necessitam de energia para se multiplicarem, utilizando 
em sua maioria, carboidratos como fonte de energia. 
Fontes de compostos nitrogenados: o teor de PB, PDR e qualidade do PDR pode afetar o 
crescimento microbiano, já que a principais fontes de N para os microrganismos do rúmen são 
amônia, aminoácidos e peptídeos. 
Minerais e vitaminas: é sabido que diversas vitaminas do complexo B são requeridas pelos 
microrganismos ruminais, contudo, têm-se considerado que, na maioria das condições normais 
de produção, a alimentação cruzada no rúmen deve suprir esses nutrientes. 
Cinética e ambiente ruminal: taxa de passagem e pH ruminal podem interferir no crescimento 
microbiano. 
 
14. Explique a importância da sincronização da degradação de carboidratos e proteína no 
rúmen. 
R: No CNCPS (Cornell Net Carbohydrate and Protein System) é enfatizada a necessidade da 
sincronização na degradação de nitrogênio e carboidratos no rúmen, para que se obtenha a 
máxima eficiência de síntese de proteína microbiana, bem como a redução das perdas 
energéticas e nitrogenadas decorrentes da fermentação ruminal. De acordo com o sistema 
CNCPS, a proteína e os carboidratos utilizados na alimentação dos ruminantes são fracionados 
em relação à sua composição química, características físicas, degradação ruminal e 
digestibilidade intestinal. Com a estimativa dos parâmetros cinéticos dessas frações no trato 
gastrintestinal, é possível adequar o fornecimento de rações, visando à máxima eficiência de 
síntese de proteína microbiana. Ademais, é possível reduzir perdas energéticas e nitrogenadas 
decorrentes da fermentação ruminal pela melhor formulação de dietas visando maximizar a 
sincronização da degradação entre nitrogênio e carboidratos no rúmen. 
 
15. Como ocorre a digestão e a absorção intestinal da proteína? Explique. 
R: O processo de digestão da proteína no abomaso e intestino dos ruminantes é muito parecido 
com o processo em não ruminantes, exceto pela neutralização lenta da acidez da digesta 
duodenal. A digestão da proteína que deixa o rúmen tem início com a ação da pepsina no 
abomaso, ação essa prolongada no duodeno pela neutralização lenta da digesta nesse 
compartimento. Entretanto a maior parte da digestão ocorre no jejuno médio, no qual as enzimas 
pancreáticas (tripsina, quimotripsina e carboxipeptidase) apresentam atividade máxima; e no íleo 
médio, em que ocorre o pico da atividade das aminopeptidases e dipeptidases secretadas pelo 
intestino. A pepsina age sobre as moléculas de proteínas e produz peptídeos no geral. Tripsina 
e quimotripsina agem sobre proteínas e peptídeos e produzem polipeptídios e dipeptídeos. 
Carboxipeptidases agem sobre polipeptídios e aminoácidos livres. As aminopeptidases agem 
sobre polipeptídios e produzem pequenos peptídeos e aminoácidos livres, enquanto as 
dipeptidases transformam dipeptídeos em aminoácidos livres. 
A mucosa do intestino delgado contém sítios para a absorção de peptídeos, aminoácidos, 
nucleotídeos e nucleosídeos. Aminoácidos e pequenos peptídeos são transportados pela veia 
porta até o fígado. A absorção ocorre principalmente no jejuno médio e íleo médio, através de 
um processo similar ao da absorção de glucose. É um processo que requer energia e que 
também utiliza transportadores dependentes de sódio. Pelo menos 4 e talvez até 6 sistemas 
transportadores distintos ocorrem, específicos para diferentes grupos de aminoácidos. Os 
aminoácidos estruturais são absorvidos a uma taxa mais rápida que os aminoácidos não-
estruturais. 
 
16. Como as fontes proteicas na dieta por interferir no desempenho dos ruminantes? 
Explique. 
R: O efeito de fontes proteicas na produção e composição do leite, com base nos dados, pode – 
se concluir que a maioria das fontes ricas em PNDR não melhora o desempenho de vacas 
leiteiras em comparação ao FS. Entretanto, existe potencial para ganhos em produção de leite 
com o uso de fontes ricas em PNDR para vacas leiteiras. 
Já na suplementação proteica para bovinos em confinamento, a suplementação com fontes de 
proteína verdadeira aumentou estatisticamente, de forma significativa o ganho de peso e a 
eficiência alimentar dos animais. Em outro experimento, a suplementação com fontes ricas em 
PNDR aumentou significativamente o ganho de peso e a eficiência alimentar. Enquanto animais 
confinados em fase de terminação, pode-se concluir que rações com 85 a 90% de concentrado 
rico em milho ou sorgo, a uréia pode ser utilizada como única fonte suplementar de N sem efeito 
negativo no desempenho animal e com vantagens econômicas.

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