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Bioquímica da Caquexia Associada ao Câncer
DEFINIÇÃO
Síndrome multifatorial, na qual há perda
contínua de massa muscular (com perda ou ausência de
perda de massa gorda), que não pode ser totalmente
revertida pela terapia nutricional convencional,
conduzindo ao comprometimento funcional progressivo
do organismo.
É uma condição altamente debilitante,
caracterizada por perda extrema de peso, fadiga,
atrofia muscular, anemia, anorexia e edema.
Síndrome aparece mesmo com ingestão
adequada de energia e proteína.
- Acomete 50% dos pacientes com câncer
- Mais comum em
- CA do TGI, pâncreas e pulmões
- Causa 30% das mortes por câncer
ESTÁGIOS
● Pré-caquexia
- Alteração dos exames metabólicos de
carboidrato, proteína e lipídios
FISIOPATOLOGIA
É causada pela liberação de citocinas
pró-inflamatórias, não apenas pelas demandas
nutricionais do tumor
- TNF alfa
- Causa anorexia
- IL-6
- IL-1
- IFN-gama
- PIF (fator indutor de proteólise)
● Perda de peso
- A perda de peso é proveniente de um balanço
energético negativo
- ↓ n/a ingestão de energia
- ↑ no gasto energético
● Mortalidade
- Comumente por consequência da atrofia do
diafragma e de outros músculos respiratórios
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
EXAMES COMPLEMENTARES
- Hemograma completo
- Transferrina
- Meia vida 8 dias
- Albumina
- Meia vida de 20 dias
- TSH
- Lipidograma
- Urina I
- Lipidograma
- HbA1C
- Glicose de jejum
ASPECTOS METABÓLICOS
CARBOIDRATOS
- Aumento da neoglicogênese pela demanda
energética exigida pelo tumor
- Proteína da musculatura esquelética →
alanina
- Lipídio → glicerol
- Lactato → anaerobiose pela atividade
tumoral, que causa desvio para
metabolismo anaeróbio
- Aumento da glicogenólise
- Degradação do glicogênio hepático
- Intolerância à glicose
- Resistência insulínica
- Resistência insulínica pode ser definida
como uma situação em que a insulina
não é capaz de assegurar captação
adequada de glicose nos tecidos
periféricos e é incapaz de bloquear a
produção hepática de glicose
● Funções da insulina
- Captação da glicose
- Causa a exposição dos GLUT na
membrana, via IRs
- Aumento da síntese proteica, de ácido graxo e
glicogênio
- Reduz a produção hepática de glicose
● Fisiopatologia da resistência insulínica
- Menor [] e atividade da quinase no IR
- Menor []e fosforilação das IRS 1 e 2
- Menor atividade da PI3 quinase
- Agente fosforilador de IRs
- Menor translocação de GLUTs
- Menor atividade enzimática intracelular
PROTEÍNAS
● Aminoácidos essenciais
- São adquiridos pela ingestão e são absorvidas
no intestino delgado, sendo direcionados para o
fígado
● Mecanismos normais
- Impedem a degradação extensa da massa
magra e preserva o nitrogênio corporal
● Na caquexia
- Ingestão reduzida de nitrogênio pela caquexia
- Os mecanismos de regulação proteica falham
- Proteólise exacerbada → musculatura
esquelética, cardíaca e lisa
- Turnover alterado
- Taxa de formação e consumo alterados,
causando balanço negativo
- Alanina e glutamina são liberadas
- Alanina → gliconeogênese
- Glutamina → consumo tumoral
- Aminoácidos essenciais (leucina, isoleucina e
valina)
- Aumento da [] plasmática
- Aumento do turnover, pois valina e
leucina são requisitadas pela
progressão tumoral
- O corpo não estoca o excesso de nitrogênio,
convertendo em amônia
● PIF → fator indutor de proteólise
- LMF (fator mobilizador de lipídios)
- Juntos causam aumento a oxidação dos ácidos
graxos e citocinas pró-inflamatórias
- As citocinas acionam reações de fase aguda no
fígado (ocorrem no trauma, inflamação e
infecção grave)
- Aumento do PCR
- Aumento fibrinogênio (medido pelo
VSH)
- Redução da albumina plasmática
- Além disso, a PIF + citocinas causam
- Colapso dos músculos esqueléticos por
ativação do NF-kB da via
ubiquitina-proteossoma, causando
degradação da miosina de cadeia
pesada
- Perda da atividade muscular
- Causam alteração do complexo
distrofina-glicoproteína, causando
perda da distrofina
- A distrofina forma completo
com miosina para contração
muscular
● Exame de balanço nitrogenado
- Mede a diferença entre a proteína ingerida pela
alimentação e a eliminada através da urina
- Balanço negativo
- Reflete estado catabólico
- Maior excreção que ingestão
- Ocorre em
- Traumas
- Queimaduras
- Infecções
- Menor consumo
- Balanço positivo
- Estado anabólico
- Ex. gravidez e realimentação após jejum
- Balanço zero indica equilíbrio
LIPÍDEOS
- O TNF produzido pelos macrófagos em resposta
às células tumorais causa
- Anorexia
- Inibe a lipoproteína lipase (quebra do
TG em glicerol + ác graxo) e, por isso,
inibe a liberação de ácidos graxos livres
das lipoproteínas
- Ocorre também pela
diminuição da insulina, que
ativa a enzima
● Metabolismo de lipídeos
- Sangue lipêmico → causado pelo TG
- Estão mais concentrados nos
quilomícrons (exógeno) e VLDL
(endógeno) → fornecem TG para
tecidos
- A ApoC II do quilomícron e do VLDL
causam sua degradação, ao lidar com a
lipoproteína lipase
- Estímulo da ação pela [] de
insulina
- Causa aumento dos TG e do LDL
● Fisiopatologia das alterações na caquexia
- Reservas energéticas diminuídas
- [] aumentada de glicerol, indica lipólise no
tecido adiposo periférico
- Aumento do turnover para glicogênese
- Os ácidos graxos liberados, principalmente se
poliinsaturados, podem promover o
crescimento tumoral pela inativação da
proteína ativadora da GTPase
- Apoptose de adipócitos
- Redução da lipogênese
● Alterações laboratoriais
- Hiperlipemia
- Hipertrigliceridemia
- Hipercolesterolemia
- Redução da LPL
- Diminuição HDL
- Redução ApoB
- Usada para ligar na lipoproteína
AVALIAÇÃO DA CAQUEXIA
● Transferrina e albumina
- Estimam o estado nutricional e monitoram a
eficácia da terapia nutricional
- Transferrina→ meia vida de 8 dias
- Glicoproteína de transporte, sintetizada
principalmente no fígado, que carreia o
ferro no plasma e no líquido
extracelular para suprir as necessidades
teciduais
- A sua dosagem é importante para
avaliação de anemias e como
parâmetro para acompanhamento e
marcador de desnutrição em pacientes
hospitalizados
- É um exame mais caro
- Albumina→ meia vida de 20 dias
- Hipoalbuminemia causando edema
● PCR
- Marcador para acompanhamento nutricional
- A concentração não varia com corticóides,
diferente das outras proteínas de fase aguda

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