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14/11/2018 – DOENÇAS REPRODUTIVAS EM SUÍNOS Fêmeas suínas gestam 3meses 3semanas 3dias As doenças de hoje podem aparecem em qualquer período da gestação, mas é mais comum · Brucelose no primeiro terço · Parvovirose no segundo terço · Leptospirose no terceiro terço Causam muito prejuízo econômico, pois provocam aborto Doenças transmitidas de forma horizontal e vertical · Adquire a fêmea de outra fazenda na fase pré-púbere (antes da puberdade), porque se pegar prenhe ela pode trazer doença - colocar no quarentenário para realizar exames e vacinas · 1°cio na propriedade: 5,5 meses a 6,5 meses ou quando atinge 120kg PV – não é utilizada para reprodução ainda · Aguarda o 2°cio que ocorre após 21 dias - fêmea está pronta para a monta natural ou inseminação artificial · O melhor é a inseminação, pois maximiza a produção e reduz transmissão de doenças · MN 1M:25F · IA 1M:100F · Gestação dura 3m3s3d – identifica prenhez avaliando que fêmea não retorna ao cio após 21 dias · Parto nascem 12 a 14 leitões · Período de lactação é de 21 dias – realizar desmame · Após o desmame há o ‘intervalo, desmame e cio’ que leva 3 a 9 dias · 3°cio produtivo e volta para o começo deste ciclo · Período de vida zootécnico: 5 a 6 partos - descarte 1. BRUCELOSE Agente etiológico: Bactéria Brucella suis Vacina: Não existe vacina contra brucelose Histórico: fêmea pré-púbere já veio com brucelose e emprenhou na fazenda. Sempre que uma suína está prenhe a fazenda realiza o teste do cachaço, que consiste em passar o cachaço perto das fêmeas para ver se ele detecta alguma que esteja em cio. No caso da brucelose o cachaço detecta retorno ao cio após 5 ou 7 semanas após a MN ou IA. Fêmea estava gestante, mas apresenta cio de novo porque os embriões morreram e o organismo reabsorveu (quando não há calcificação dos ossos o organismo reabsorve os embriões). Se isso acontece deve-se avaliar o macho, que pode estar com brucelose Sinais no macho: orquite uni ou bilateral, queda de qualidade do sêmen (diminuição de espermatozoides), podem apresentar claudicação e paralisia de membros posteriores Algumas fêmeas ficam estéreis - independente da doença, se uma fêmea suína não emprenha após 2 tentativas ela é descartada Tratamento: Existe ATB que controla, mas o Brasil quer erradicar essa doença, portanto o ideal é descartar os animais positivos (machos e fêmeas) Diagnóstico: prova do antígeno e 3 mercaptoetanol Suínos para engorda são assintomáticos, porque manifesta apenas na fase reprodutiva. O ruim é que é zoonose e não é identificada no abatedouro. É uma zoonose ocupacional (funcionários de abatedouro, veterinários que trabalham a campo e pessoas que tem contato por conta do seu trabalho) Para controle e erradicação da brucelose também é feito o período de vazio sanitário de 3 meses 2. PARVOVIROSE Agente etiológico: Vírus não envelopado Parvovírus Vacina: Realizar dose única de vacina nas fêmeas 30 dias antes de iniciar a gestação. Nos machos vacinar 30 dias antes de colocar para a reprodução e revacinar a cada 6 meses. Histórico: Problemas em fêmeas marrãs (primeiro parto), afetando somente a primeira gestação e nas demais não. Fetos mumificados em etapas diferentes de desenvolvimento – clássico · O organismo da fêmea tenta reabsorver os fetos, porém já estão calcificados, então ficam desidratados · A fêmea transmite para um embrião e o embrião dissemina para os demais (disseminação lateral lenta) · Também pode apresentar baixo número de leitões no parto (ex: 2 leitões), porque morreu antes de calcificar e o organismo reabsorveu. Os que nascem são persistentemente portadores e transmissores de parvovirose, sendo assim devem ser descartados *Fêmea só gesta se tem 4 embriões viáveis indicando sinais para manter a gestação Próximos partos normais porque a fêmea desenvolve imunidade Machos são assintomáticos Diagnóstico: Testes de aglutinação 3. LEPTOSPIROSE Agente etiológico: Bactéria Leptospira (várias cepas) Vacina: Fazer imunização, mas o controle de roedores também é muito efetivo Histórico: Nascimento de natimortos ou vivos muito fracos que morrem logo após o parto Poucas cepas de leptospirose causam icterícia em suínos, portanto o ideal é acompanhar a gestação Controle: Quem traz a leptospirose são os roedores, sendo assim deve-se ter controle contra roedores na propriedade (silos de ração de metal) e fazer corretamente a limpeza, lavagem e desinfecção das instalações *Roedores trazem lepto e disenteria Tratamento: ATB diidoestreptomicina Diagnóstico: coleta soro sanguíneo e fetos - faz teste de aglutinação *Suíno tem liberação intermitente de lepto pela urina
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