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Guia Básico sobre Disfagia

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Prévia do material em texto

GUIA DE PRINCÍPIOS 
BÁSICOS SOBRE DISFAGIA 
Dicas das principais manobras e exercícios - Adulto e Idoso 
Produzido por Annelise Ayres 
Revisado e Ilustrado por Erica Sitta 
O	conteúdo	deste	manual	é	destinado	a	
fonoaudiólogos.	O	mesmo	não	deve	ser	usado	
de	forma	isolada	e	não	deve	substituir	a	decisão	
clínica	individualizada	a	cada	paciente.	
INTRODUÇÃO 
O	 ato	 de	 engolir	 e	 se	 alimentar	 possui	 inúmeras	 importâncias	 para	 nossa	 saúde,	 bem-estar	 e	
qualidade	de	vida.	Os	alimentos	que	 ingerimos	são	uma	das	principais	 fontes	de	energia	para	o	
nosso	dia-a-dia.	
	
Ficar	 impossibilitado	 de	 realizar	 essa	 função,	 além	 de	 trazer	 impactos	 significativos	 na	 nossa	
saúde,	 como	 a	 desidratação	 e	 desnutrição,	 traz	 ao	 indivíduo	 impactos	 emocionais	 e	 sociais	
importantes.	
	
INTRODUÇÃO 
Sendo	 assim,	 tratar	 os	 problemas	 de	 deglutição	 vai	 muito	 além	 de	 reabilitar	 uma	 função	 e	
permitir	 que	 um	 indivíduo	 possa	 ingerir	 nutrientes	 de	 forma	 segura.	 Significa	 possibilitar	 a	 um	
indivíduo	retomar	situações	sociais	como	almoço	de	família	ou	festas	com	a	mesma	qualidade	de	
vida	que	tinha	antes	de	ser	impossibilitado	de	deglutir	com	segurança.	
	
Portanto,	saber	e	poder	tratar	um	paciente	com	disfagia	é	poder	permitir	a	ele	voltar	a	sentir	um	
dos	maiores	prazeres	da	vida	e	deixar	de	ter	seu	convívio	social	limitado	por	uma	dificuldade.	
	
INTRODUÇÃO 
Assim	sendo,	este	material	tem	como	objetivo	introduzir	o	tema	da	atuação	fonoaudiológica	na	
disfagia	 orofaríngea	 em	 pacientes	 adultos	 e	 idosos,	 possibilitando	 ao	 profissional	 iniciar	 ou	
retomar	seus	estudos	sobre	o	tema.		
	
Nessa	apostila	você	terá	acesso	a:	
•  definição	da	deglutição;	
•  fisiologia	da	deglutição	e	estruturas	envolvidas;	
•  definição	das	alterações	de	deglutição;	
•  definição	da	disfagia;	
•  principais	sinais	e	sintomas	da	disfagia;	
•  principais	técnicas	terapêuticas	na	disfagia.		
	
DEGLUTIÇÃO 
Aprendendo a Fisiologia e o Funcionamento 
O QUE É DEGLUTIÇÃO? 
Consiste	em	uma	ação	muscular	automática,	na	qual	
estão	envolvidos	músculos	da	 respiração	e	do	 trato	
gastrointestinal,	objetivando	transporte	de	nutriente	
a	boca	até	o	estômago	de	forma	segura	e	eficiente	e		
a	realização	da	limpeza	da	cavidade	oral/nasal.		
	
É	um	processo	rápido	e	dinâmico,	que	envolve	uma	
ação	coordenada	de	músculos	e	nervos.	
	
A	deglutição	é	uma	função	biológica,		
complexa	e	coordenada.		
DEGLUTIÇÃO 
No	feto,	a	deglutição	faríngea	é	
observada	entre	a	10ª	e	a	11ª	
semana	de	gestação.		
Entre	a	13ª	e	14ª	semana,	o	feto	é	
capaz	de	deglutir,	abrir	e	fechar	a	
boca	e	protuir	a	língua.		
DEGLUTIÇÃO 
Dentes		
em	oclusão	
Mandíbula	estabilizada	
pelas	contrações	dos	
músculos	elevadores	da	
mandíbula	
Ponta	da	língua	
tocando	as	papilas	
palatinas	
Ausência	de	contração	
dos	músculos	mentual	e	
orbicular	
Ausência	de	
movimentos	cefálicos.	
A	deglutição	madura,	ou	seja	já	estabelecida,		
se	inicia	com	o	surgimento	dos	primeiros	molares	decíduos	(+	18	meses).	
A	deglutição	envolve	estas	5	ações	de	forma	coordenada	e	simultânea:	
	
DEGLUTIÇÃO 
O	ato	de	deglutir	ocorre	aproximadamente	
600	vezes	por	dia	em	um	adulto	sadio:		
•  35	vezes/hora	na	vigília	e	
•  	6	vezes/hora	durante	o	sono.		
DEGLUTIÇÃO 
	
	
	
Quando	qualquer	uma	dessas	estruturas	não	apresenta	bom	funcionamento	a	deglutição	pode	
ficar	prejudicada,	levando	a	um	impacto	significativo	na	proteção	de	vias	aéreas	e	na	nutrição	do	
indivíduo.	
	
Desta	forma,	para	trabalhar	com	deglutição	é	fundamental	que	o	profissional	conheça	cada	parte	
em	separado	desse	processo	e	a	integração	do	conjunto.	
	
Participam	na	deglutição	em	torno	de	30	músculos	e	seis	pares	de	nervos	cranianos.	
FASES 
DA DEGLUTIÇÃO 
FASES DA DEGLUTIÇÃO 
Atualmente,	 na	 literatura	 há	 diversas	
subdivisões	 das	 fases	 da	 deglutição.		
Optamos	 por	 usar	 neste	 material	 a	
descrita	no	Tratado	de	Fonoaudiologia.	
Sendo	elas:	
	
•  Fase	Antecipatória		
•  Fase	Oral		
•  Fase	Faríngea		
•  Fase	Esofágica	
	
FASE ANTECIPATÓRIA 
FASE ANTECIPATÓRIA 
É	 importante	 lembrar	 que	 a	 mastigação	 e	 a	
deglutição	acontecem	de	maneira	encadeada	e	
não	 separadamente,	 por	 este	 motivo	 há	 a	
necessidade	 da	 investigação	 desta	 função	
desde	 a	 trituração	 do	 alimento	 até	 seu	
transporte	 ao	 estômago	 para	 assim	 revelar	
achados	de	interferência.	
	
		
FASE ANTECIPATÓRIA 
	
A	 Fase	 Antecipatória	 ocorre	 desde	 o	 momento	 que	 colocamos	 o	 alimento	 na	 boca	 até	 o	
momento	prévio	ao	disparo	do	reflexo	de	deglutição.	Essa	fase	é	caracterizada	pela	preparação	
do	bolo	alimentar	para	ser	deglutido.		
	
É	voluntária.	Compreende	basicamente	do	processo	de	mastigação.	Sua	duração	depende	da	
consistência	do	alimento	e	durante	esse	momento	os	lábios,	língua	e	bochechas	devem	manter	
o	alimento	na	cavidade	oral,	prevenindo	o	escape	anterior	(pelos	lábios	para	fora	da	boca)	ou	
posterior	(sobre	a	base	da	língua).	
	
		
FASE ANTECIPATÓRIA 
In
ci
sã
o	
ou
	m
or
di
da
			
		
• 	Apreensão	do	alimento	entre	as	
bordas	incisais,	obtida	através	
da	elevação	da	mandíbula.	
• 	A	língua,	coordenadamente	
com	as	bochechas,	posiciona	o	
alimento	entre	as	superfícies	
oclusais	dos	dentes	pré	molares	
e	molares,	preparando	as	etapas	
seguintes.	
• 	Duração:	5-10%	do	tempo	total	
da	mastigação	
Tr
itu
ra
çã
o	 • 	É	a	fase	em	que	o	alimento	é	
triturado	e	reduzido	a	partículas	
menores.	
• 	Essa	fase	ocorre	principalmente	
nos	pré-molares,	devido	a	
pressão	intercuspideana	ser	
maior	que	a	dos	molares,	com	
isso	podendo	moer	mais	
facilmente	os	alimentos.	
• 	Duração:	65-70%	do	tempo	
total	da	mastigação	
Pu
lv
er
iz
aç
ão
	
• 	Transforma	o	alimento	em	
elementos	tão	reduzidos		até	
chegar	na	consistência	ideal	
para	a	deglutição.	
• 	Ocorre	principalmente	nos	
molares	e	os	movimentos	
mandibulares	são	variados	e	de	
menor	amplitude.	
• 	Duração:	25-30%	do	tempo	
total	do	ciclo	mastigatório	
1	 2	 3	
O	processo	de	mastigação	que	ocorre	nessa	fase	da	deglutição	é	compreendido	por	3	etapas:	
FASE ANTECIPATÓRIA 
A	 língua	 é	 o	 agente	 primário	 dessa	 fase.	 Forma	 o	 bolo	 alimentar	 e	 o	
posiciona	 contra	 o	 palato	 duro,	 para	 ser	 transportado	 posteriormente	
para	orofaringe.		
A	 fase	antecipatória	 é	 composta	por	movimentos	voluntários	
(vedamento	 labial	 e	movimentação	 da	 língua)	 e	 involuntários	
(elevação	laríngea).	Veja	alguns	detalhes	importantes:		
Bolo		
Alimentar		
O	Esfíncter	Superior	do		
Esôfago	(ESE)	está	fechado	
FASE ANTECIPATÓRIA 
	
	
	
	
	
	
	
Ramo	sensitivo	do	nervo	
facial	(corda	do	tímpano)	
	
Mandíbula:	raiz	mandibular	do	nervo	
trigêmeo	
	
Controle	dos	lábios,	bochechas	e	boca:	
raiz	motora	do	nervo	facial	
	
Movimento	da	língua:	nervo	hipoglosso	
	
FASE ORAL 
Inicia	 no	 momento	 da	 transferência	 do	 bolo	 alimentar	 da	 cavidade	 oral	 anterior	 para	 a	
orofaríngea,	 ultrapassando	 a	 arcada	 amigdaliana,	 sendo	 o	 último	momento	 de	 atividade	
voluntária	da	deglutição.		
	
O	 intervalo	 entre	o	 contato	da	 língua	 com	o	palato	duro	e	o	 início	do	processo	do	bolo,	
juntamente	com	o	movimento	cranial	do	osso	hióide	é	de	1	segundo.	
	
Quando	essa	fase	ocorre	com	eficiência	não	resta	nenhum	resíduo	de	alimento	na	boca.	
	
FASE ORAL 
FASE ORAL 
Bolo	alimentar	saindo	da	cavidade	oral	
indo	para	a	cavidade	orofaríngea		
Bolo	alimentar		
na	cavidade	orofaríngea		
	
	
O	paladar	é	estimulado	
através	do	nervo	facial	e	
glossofaríngeo.		
	
A	sensação	de	textura	e	
peso	do	alimento	na	boca	
é	estimulado	através	do	
nervo	trigêmio.		
	
Mandíbula:	raiz	mandibular	do	nervo	
trigêmeo	
	
Controle	dos	lábios,	bochechas	e	boca:	
raiz	motora	do	nervo	facial	
	
Movimento	da	língua:	nervo	hipoglosso	
	
FASE ORAL 
FASE FARÍNGEA 
É	 composta	 por	 uma	 série	 de	 eventos	 importantes	 que	 ocorrem	 numa	 sucessão	 rápida,	
coordenada	e	com	precisão.		
	
O	 Palato	 Mole	 eleva-se	 para	 vedar	 a	 nasofaringe,	 prevenindo	 queo	 alimento	 vá	 para	
cavidade	 nasal	 (refluxo	 nasal).	 Língua	 e	 o	 movimento	 da	 parede	 faríngea	 realizam	 a	
propulsão	 do	 bolo	 no	 sentido	 caudal.	 Laringe	 é	 elevada	 e	 traquinada	 anteriormente,	 ou	
seja,	 se	 direciona	 para	 debaixo	 da	 base	 da	 língua,	 realizando	 a	 proteção	 das	 vias	 aéreas	
inferiores,	 fechando-a,	 juntamente	 com	 o	 fechamento	 das	 pregas	 vocais	 e	 das	 pregas	
vestibulares	e	pela	cobertura	do	vestíbulo	laríngeo	pela	epiglote.	
	
FASE FARÍNGEA 
Bolo	alimentar		
na	cavidade	orofaríngea		
O	 palato	 mole	 se	 fecha,	 evitando	 a	 passagem	 do	 bolo	 para	 a	
nasofaringe.	 A	 parede	 posterior	 da	 faringe	 vem	 para	 a	 frente	
espremendo	o	bolo	contra	o	dorso	da	língua.	O	alimento	não	poderá	
subir,	uma	vez	que	o	palato	mole	está	fechado,	e	nem	retornar	para	a	
boca,	uma	vez	que	o	dorso	da	língua	está	impedindo	a	passagem	para	
a	cavidade	oral.	Portanto,	o	alimento	terá	que	descer.	
	
FASE FARÍNGEA 
Com	 a	 elevação	 da	 laringe	 e	 do	 músculo	 cricofaríngeo	 ocorre	 a	
abertura	 do	 transição	 faringoesofágica,	 permitindo	 a	 passagem	 do	
alimento	para	o	esôfago.		
	
	
	
	
	
	
Nervo	Glosofaríngeo	e		
Nervo	Vago	
	
	
A	 inervação	 motora	 dos	 componentes	
faríngeos	da	deglutição	ocorre	através	dos	
seguintes	 pares	 de	 nervos	 cranianos:	
trigêmeo,	 facial,	 glossofaríngeo,	 vago	 e	
hipoglosso,	 juntamente	 com	 segmentos	
cervicais	C1-3.		
	
FASE FARÍNGEA 
FASE FARÍNGEA 
FASE ESOFÁGICA 
Ocorre	após	a	passagem	do	bolo	alimentar	pelo	Esfíncter	Esofágico	Superior	 (EES).	Neste	
momento	a	laringe	retorna	a	sua	posição	normal	e	o	tônus	muscular	da	esfíncter	aumenta	
evitando	a	regurgitação	do	alimento	e	a	aerofagia.		
	
O	 transporte	esofágico	envolve	a	peristalse	do	bolo	no	 sentido	 crânio-caudal,	 finalizando	
com	o	relaxamento	do	esfíncter	esofágico	inferior	com	a	passagem	do	bolo	para	o	interior	
do	estômago.	
	
FASE ESOFÁGICA 
Bolo	alimentar		
A	fase	esofágica	envolve	contrações	musculares	que	fazem	
a	propulsão	do	bolo	através	do	esfíncter	esofágico	superior	
até	o	estômago.	
	
FASE FARÍNGEA 
	
É	feito	pelo	nervo	laríngeo	
superior	e	ramos	do	nervo	
laríngeo	inferior	ou	recorrente	
a	nível	do	esôfago	cervical.		
	
Nas	porções	média	e	distal	é	
feito	pelos	ramos	torácicos	do	
nervo	vago.	
	
	
O	 controle	 motor	 do	 esôfago	 é	
feito	 pelos	 ramos	 diretos	 e	
indiretos	do	nervo	vago.		
	
FASE FARÍNGEA 
IMPORTANTE 
O	 	 fonoaudiólogo	 é	 o	 profissional	 habilitado	
para	tratar	os	distúrbios	de	deglutição	da	fase	
antecipatória	até	a	faríngea.	A	fase	esofágica	é	
de	competência	médica.	
ATENÇÃO	
ESTRUTURAS 
ENVOLVIDAS NO 
PROCESSO DE 
DEGLUTIÇÃO 
ESTRUTURAS ANATÔMICAS 
No	 processo	 de	 deglutição	 temos	 seis	 grandes	 estruturas	 anatômicas	 envolvidas,	
compostas	por	ossos,	músculos,	nervos	e/ou	cartilagens,	as	quais	participam	no	preparo	e	
no	transporte	do	bolo	alimentar	até	o	estômago.	
	
ESTRUTURAS ANATÔMICAS 
ESTRUTURAS	ANATÔMICAS	1	
Ca
vi
da
de
	o
ra
l	 •  	É	composta	pelos	lábios,	
bochechas,	dentes,	
gengivas,	dois	terços	
anteriores	da	língua,	
assoalho	da	boca	e	
palato	duro	e	mandíbula.	
N
as
of
ar
in
ge
	
•  	Se	comunica		com	o	
nariz	por	meio	das	
coanas.	
• Possui	na	parade	
posterior	a	tonsila	
faríngica	e	na	parede	
lateral	os	óstios	
faríngicos	da	tuba	
auditiva.	
O
ro
fa
rin
ge
	
•  	Parte	intermediária	da	
faringe,	estende-se	do	
palato	mole	até	o	nível	
do	hióide.			
1	 2	 3	
ESTRUTURAS	ANATÔMICAS	1	
La
rin
go
fa
rin
ge
	
• 	Estende-se	para	
baixo	a	partir	do	
osso	hióide,	e	
conecta-se	com	o	
esôfago	e	
anteriormente	com	
a	laringe.	
La
rin
ge
	
•  É	um	órgão	curto	
que	conecta	a	
faringe	com	a	
traquéia.		 Es
ôf
ag
o	 •  É	um	tubo	fibro-
músculo-mucoso	
que	se	estende	
entre	a	faringe	e	o	
estômago.	
4	 5	 6	
ESTRUTURAS ANATÔMICAS 
Cavidade	Oral	
Nasofaringe	
Orofaringe	
Laringofaringe	
Laringe	
ESTRUTURAS ÓSSEAS 
ESTRUTURAS	ÓSSEAS	2	
O
ss
o	
m
ax
ila
r	
O
ss
o	
m
an
dí
bu
la
r	
Co
lu
na
	c
er
vi
ca
l		
O
ss
o	
hi
ói
de
	1	 2	 3	 4	
As	estruturas	ósseas	envolvidas	no	processo	
de	deglutição	são	4	e	estão	localizadas	na	
face	e	no	pescoço.	
ESTRUTURAS ÓSSEAS 
ESTRUTURAS 
CARTILAGINOSAS 
As	estruturas	cartilagionosas	envolvidas	no	processo	
de	deglutição	são	6	e	estão	localizadas	na	laringe.	
ESTRUTURAS CARTILAGINOSAS 
ESTRUTURAS	CARTILAGINOSAS	3	
Cr
ic
ói
de
	
•  	Em	forma	de	anel,	cuja	
altura	aumenta	
paulatinamente	para	a	
parte	posterior.		
Ar
ite
nó
id
es
	
•  	Situam-se	na	placa	
ascendente	da	cartilagem	
cricóide,	uma	de	cada	
lado	da	linha	mediana,	
com	forma	piramidal.		 Ti
ró
id
e	 •  	Posiciona-se	acima	do	
anel	da	cricóide,	em	
forma	de	meio-tubo	com	
abertura	para	trás	
envolvendo	o	conjunto	
formado	pela	placa	
ascendente	da	cricóide	
encimada	pelas	
aritenóides.		
1	 2	 3	
ESTRUTURAS	CARTILAGINOSAS	3	
Ep
ig
lo
te
	
•  	Em	forma	de	
folha,	se	fixa	na	
parte	interna	da	
face	anterior	da	
cartilagem	
tireóide.	
Co
rn
ic
ul
ad
as
	
•  Situa-se	acima	da	
cartilagem	
aritenoide.	
Cu
ne
ifo
rm
es
	
• É	muito	pequena	e	
localiza-se	
anteriormente	à	
cartilagem	
corniculada	
correspondente,	
ligando	cada	
aritenoide	à	epiglote.	
4	 5	 6	
ESTRUTURAS CARTILAGINOSAS 
Epiglote	
Tireóide	
Cricóide	
Aritenóide	
Corniculada	
PREGAS VOCAIS 
Base	da	língua	
Epiglote	
Pregas	Vocais	
Pregas	Vestibulares	
Pregas	ariepiglóticas	
Cartilagem	cuneiforme	
Cartilagem	corniculada	
Glote	
ESTRUTURAS NEURAIS 
O	controle	neurológico	da	deglutição	envolve	4	grandes	componentes	:	
1.	fibras	sensoriais	aferentes	contidas	nos	nervos	encefálicos,	
2.	fibras	cerebrais,	do	mesencéfalo	e	cerebelares	que	fazem	sinapse	com	os	centros	da	
deglutição	no	tronco	cerebral,	
3.	os	pares	centrais	da	deglutição	no	tronco	cerebral,	e	
4.	as	fibras	motoras	eferentes	contidas	nos	nervos	encefálicos.	
ESTRUTURAS NEURAIS 
ESTRUTURAS	NEURAIS	4	
Nervo	Trigêmeo	(V	par)	
Nervo	Facial	(VII	par)	
Nervo	Glossofaríngeo	(IX	par)	
Nervo	Vago	(X	par)	
Nervo	Acessório	(XI	par)		
Nervo	Hipoglosso	(XII	par)	
Nervos	Cranianos	são	todos	
aqueles	nervos	que	fazem	
conexão	com	o	Encéfalo,	
numeram-se	os	Nervos	Cranianos	
com	algarismos	Romanos	de	I	a	
XII,	obedecendo	à	ordem	de	sua	
origem	aparente	no	Encéfalo	no	
sentido	rostrocaudal.	E	estes	são	
os	nervos	cranianos	envolvidos	no	
processo	de	deglutição.		
ESTRUTURAS	NEURAIS	4	
Bo
ch
ec
ha
s	 • 	músculos	bucinador	e	
risório	→		nervo	facial	
(VII	par).	
Lí
ng
ua
	
• 	músculos	intrínsecos	
→	nervo	hipoglosso	
(XII	par)		
• músculos	extrínsecos		
• estiloglosso,	
hioglosso	e	
genioglosso	→	nervo	
hipoglosso	(XII	par)	
• palatoglosso	→	nervo	
glossofaríngeo	e	vago	
(IX	e	X	pares)		
M
an
dí
bu
la
		
• 	nervo	trigemio	(V	par)		
Fa
rin
ge
	
• constritores	
superiores:	musculo	
tireofaríngeo	e	
cricofaríngeo	
• constritores	inferiores:	
músculo	
estilofaríngeo,	
salpinofaringeo	e	
palatofaríngeo	
• inervados	pelo	plexo	
faríngeo	
1	 2	 3	 4	
ESTRUTURAS MUSCULARES 
As	estruturas	musculares	envolvidas	no	processo	de	
deglutição	são	compostas	pelos	músculos	da	língua,	
da	mastigação,	do	palato	mole,	da	faringe	e	da	
laringe.	
ESTRUTURAS MUSCULARES 
Músculos	 extrínsecos:	 se	 originam	 fora	 e	 se	
inserem	na	 língua,	mudam	a	posição	da	 língua	
em	relação	à	mandíbula.	
ESTRUTURAS MUSCULARES 
Músculos	da	Língua	
Músculos	intrínsecos:	ficam	dentro	da	língua,	
quando	se	contraem	provocam	alterações	na	
forma	da	língua.		
•  Musculo	longitudinal	superior	e	inferior;	
transverso	e	vertical.	
•  Músculo	estiloglosso:	eleva	a	parte	superior	da	
língua.	
•  Músculo	hioglosso:	abaixa	e	retrai	a	língua.	
•  Músculo	genioglosso:	principal	depressor	da	
língua,	evita	que	esta	se	projete	
posteriormente	e	obstrua	a	respiração.	
•  Músculo	palatoglosso:	abaixador	do	véu	
palatino	quando	a	língua	está	imóvel	ou	
elevador	da	parte	posterior	da	língua	quando	
véu	palatino	está	imóvel.	
Os	músculos	da	mastigação	são	
divididos	didaticamenteem	
elevadores,	depressores	e	
auxiliares.	São	compostos	pelos	
músculos		que	estão	ligados	à	
realização	dos	movimentos	
mandibulares,	de	língua,	lábios,	
bochechas	e	osso	hioide.			
ESTRUTURAS MUSCULARES 
M
ús
cu
lo
s	d
a	
M
as
tig
aç
ão
	
elevadores	
depressores	
auxiliares	
ESTRUTURAS MUSCULARES 
Músculos	Elevadores:	principal	função	é	elevar	a	mandíbula		
●  Músculo	 Temporal:	 eleva	 a	 mandíbula,	 contrai	 os	 feixes	 anteriores	 na	 abertura	 máxima	 e	 os	
feixes	posteriores	na	retração	mandibular,	age	no	deslocamento	contralateral.	É	fundamental	na	
determinação	do	tônus	muscular	da	posição	postural	da	mandíbula.		
●  Músculo	 Masseter:	 	 além	 de	 ser	 elevador,	 atua	 na	 projeção	 anterior	 da	 mandíbula	 e	 na	
lateralização.		
●  Músculo	Pterigóideo	Medial:		paralelo	ao	masseter,	é	também	elevador	e	age	em	conjunto	com	o	
masseter	na	protrusão	e	na	lateralização	da	mandíbula,	com	boca	fechada.	
ESTRUTURAS MUSCULARES 
Músculos	Depressores	-	principal	função	é	rebaixar	a	mandíbula.		
Em	 ação	 conjunta	 os	músculos	 pterigóideo	 lateral	 e	 os	 supra-hióideos	 realizam	o	 rebaixamento	 da	
mandíbula	e	a	musculatura	infra-hióidea	estabiliza	o	osso	hióide.	Outras	ações	destes	músculos.	
	
●  Músculo	 Pterigóideo	 Lateral:	 projetar	 a	 mandíbula	 à	 frente,	 atuar	 nos	 movimentos	 laterais	 e	
estabilizar	a	articulação	temporomandibular.		
●  Músculos	 suprahióideos:	 agem	 elevando	 o	 osso	 hióideo	 e	 com	 ele	 a	 laringe	 durante	 a	 fase	
involuntária	 da	 deglutição,	 agindo	 junto	 aos	 infra-hióideos	mantém	o	 osso	 hiódeo,	 propiciando	
uma	base	firme	para	os	movimentos	de	língua.	
●  Músculo	Digástrico:	é	essencialmente	depressor.			
●  Músculo	Geni-hióideo:	facilita	a	deglutição.		
●  Músculo	Milo-hióideo:	favorece	a	deglutição	puxando	o	hióide	para	cima	e	deprime	a	
mandíbula.	
ESTRUTURAS MUSCULARES 
Músculos	Auxiliares	-	não	são	considerados	propriamente	músculos	da	mastigação,	mas	
participam	ativamente	das	funções	estomatognáticas.		
		
●  Músculo	Orbicular	dos	Lábios:	produz	o	fechamento	e	a	projeção	à	frente	dos	lábios.		
●  Músculo	Bucinador:	puxa	a	comissura	labial,	comprime	os	lábios	e	as	bochechas,	empurra	o	bolo	
alimentar	para	a	superfície	oclusal.		
●  Músculo	Zigomático	Maior:	 junto	 com	o	 zigomático	menor	 leva	a	 comissura	 labial	 para	 cima	e	
para	fora.		
●  Músculo	Zigomático	Menor:	puxa	a	comissura	labial	e	o	lábio	superior	em	particular,	para	cima	e	
para	fora.	
ESTRUTURAS MUSCULARES 
Músculos	do	Palato	Mole	
●  Músculo	 palatoglosso:	 aproxima	 o	 arcos	 palatinos	 fechando	 a	 cavidade	 oral	 e	 isolando-a	 da	
cavidade	faríngea.	
●  Músculo	 palatofaríngeo:	 atua	 no	 deslocamento	 das	 paredes	 laterais,	 aproxima	 os	 arcos	
palatofaríngecos,	ocluindo	o	istmo	faríngico.		
●  Músculo	da	úvula:	levanta	ainda	mais	o	quadrante	posterior	do	véu	palatino	(eleva	a	úvula).	
●  Músculo	elevador	do	véu	palatino:	eleva	o	palato	mole,	tracionando-o	posteriormente,	fechando	
a	comunicação	da	nasofaringe	com	a	orofaringe.		
●  Musculo	tensor	do	véu	palatino:		enrijece	o	palato,	auxilia	na	abertura	da	tuba	auditiva.		
ESTRUTURAS MUSCULARES 
Músculos	da	Faringe	
●  Constritores	 superiores:	 músculo	 tireofaríngeo	 e	 cricofaríngeo.	 Durante	 sua	 contração	 levam	
constrição	ou	redução	do	diâmetro	da	faringe.		
●  Constritores	médios.		
●  Constritores	 inferiores:	 astilofaríngeo,	 salpinofaríngeo	 e	 palatofaríngeo	 realizam	 a	 elevação	 de	
partes	da	faringe	ao	se	contrair.		
ESTRUTURAS MUSCULARES 
Músculos	da	Laringe	
●  Musculos	extrínsecos:		
●  Supra-hiódeos:	 estilo-hiódeo,digástrico,	 milo-hiódeo	 e	 gênio-hiódeo	 (Aproximam	
cranialmente	o	osso	hióde	e	a	laringe)	
●  Infra-hiódeos:	 omo-hiódeo,	 esterno-hiódeo,	 esternotireóideo	 e	 tiro-hiódeo	 (Deprimem	
caudalmente	o	osso	hiódeo	e	a	laringe).	
●  Músculos	 intrínsecos:	estão	relacionados	com	a	alteração	no	comprimento	e	tensão	das	pregas	
vocais	e	no	tamanho	e	formato	da	rima	glótica.		
DEFINIÇÃO DAS 
ALTERAÇÕES DE 
DEGLUTIÇÃO 
ALTERAÇÕES DA DEGLUTIÇÃO 
DEGLUTIÇÃO	ATÍPICA	
Ocorre	devido	a	um	movimento	inadequado	de	uma	das	estruturas	responsáveis	pelo	processo	de	
deglutição	durante	a	fase	oral,	sem	presença	de	alterações	estruturais.	
Pode-se	observar,	em	resumo:	
•  Posturas	inadequadas	de	cabeça,	
•  Transtornos	de	hábitos	orais,	
•  Alimentação	com	somente	uma	
consistência	na	infância,	
•  Alteração	de	tônus,	mobilidade	e	
propriocepção	dos	órgãos	
fonoarticulatórios.	
Na	 atipia	 verdadeira,	 somente	 com	 o	 trabalho	 fonoaudiológico,	
já	 poderíamos	 criar	 a	 possibilidade	 de	 modificação	 do	 modo	 de	
deglutir,	pois	a	forma,	isto	é,	as	estruturas	responsáveis	pela	função	
estariam	adequadas,	o	que	permitiria	boas	condições	de	deglutição.	
Em	 geral,	 estas	 atipias	 ocorrem	 por	 problemas	 de	 postura	
inadequada	da	cabeça,	por	alteração	do	tônus,	da	mobilidade	ou	da	
propriocepção	 dos	 órgãos	 fonoarticulatórios:	 língua,	 lábios,	
bochechas,	e	palato	mole.	
ALTERAÇÕES DA DEGLUTIÇÃO 
DEGLUTIÇÃO	ADAPTADA	
Ocorre	quando	há	a	presença	de	uma	alteração	estrutural	na	cavidade	oral	que	provoque	uma	
dificuldade	na	deglutição.	Desta	forma,	o	paciente	se	adapta	às	alterações	existentes	para	conseguir	
engolir.		
Pode-se	observar,	em	resumo:	
•  Alterações	de	oclusão	dentária,	
•  Falhas	dentárias,	
•  Prótese	dentária,	
•  Respirador	oral,	
•  Frênulo	curto.	
Na	deglutição	adaptada,	por	mais	que	o	fonoaudiólogo	tente,	e	
às	vezes,	até	consiga	que	o	paciente	degluta	de	forma	correta	
durante	a	sessão,	este	novo	padrão	de	deglutir	dificilmente	se	
automatizará.	Neste	caso,	encaminhe	primeiro	para	reabilitação	
dentária,	aguardando	a	mordida	ficar	topo	a	topo	para	depois	
iniciar	o	trabalho	fonoaudiológico	na	adequação	da	deglutição.	
ALTERAÇÕES DA DEGLUTIÇÃO 
DISFAGIA	
Qualquer	alteração	no	transporte	do	bolo	alimentar	da	boca	até	o	estômago	que	gere	risco	de	
penetração	e/ou	aspiração	laríngea.	
Pode-se	observar	em:	
•  Doenças	neurodegenerativas,	
•  Traumas	de	face,	
•  Câncer	de	cabeça	e	pescoço.	
É	neste	tipo	de	alteração	da	deglutição	que	iremos	dar	ênfase	neste	guia	básico	de	Disfagia.	
DISFAGIA 
Causas, Sintomas e Estratégias de Intervenção 
É	caracterizada	por	alteração	em	qualquer	uma	das	fases	da	deglutição,	em	consequência	
de	 comprometimentos	 neurológico,	mecânico	 ou	 psicogênico,	 que	 pode	 comprometer	 a	
deglutição	e	levar	a	riscos	de	desnutrição	ou	aspiração	de	alimentos.		
	
Ocorre	 quando	 o	 processo	 de	 ação	 simultânea	 de	 todas	 as	 estruturas	 envolvidas	 na	
deglutição	é	rompido.	
	
É	decorrente	de	variadas	condições	médicas	e	até	psíquicas.	
DISFAGIA 
CAUSAS DA DISFAGIA 
MECÂNICAS	
Decorrentes	de	alteração	nas	estruturas	
envolvidas	no	processo	de	deglutição	
NEUROGÊNICAS	
Relacionadas	com	alterações	do	Sistema	
Nervoso	Central	ou	Sistema	Nervoso	Periférico	
Prevalência	das	principais	causas	de	disfagia	neurogênica	no	adulto	e	idoso	tem-se:	
	
•  16%	e	22%	em	indivíduos	acima	de	60	anos;		
•  20%	as	40%	em	pacientes	com	Doença	de	Parkinson,	Traumatismo	Cranio	Encefálico	ou	
Acidente	Vascular	Encefálico;		
•  30%	a	50%	em	idosos	em	asilos;		
•  60%	em	pacientes	de	homecare;		
•  45%	a	65%	dos	pacientes	com	Acidente	Vascular	Cerebral	nos	primeiros	6	meses.		
DADOS SOBRE DISFAGIA 
A	mortalidade	associada	a	disfagia	é	referida	em	45%	em	um	período	de	12	meses.		
IMPORTANTE 
As	 complicações	 de	 pacientes	 com	 disfagia	
podem	 vir	 a	 ser	 graves,	 independentemente	
de	 fatores	 socioeconômicos	 e	 sociais	 dos	
indivíduos.		
	
O	 reconhecimento	 deste	 quadro	 é	 um	 fator	
fundamental	que	precipita	a	piora	imediata	do	
status	 do	 paciente,	 podendo	 evoluir	
rapidamente	ao	óbito.	
ATENÇÃO	
Sinais	e	sintomas	mais	
frequentemente	
encontrados	em		
pessoas	com	disfagia:	
DISFAGIA 
Dificuldade	de 
mastigação	
Dificuldade em 
iniciar a 
deglutição	
Regurgitação 
nasal	
Controle de 
saliva diminuído	
Tosse e/ou 
engasgos nas 
refeições	
Voz molhada,úmida	
Pigarro	
Queda no nível 
de	saturação	
durante	as	
refeições	
Aumento	da	
frequência	
cardíaca	durante	
as	refeições	
POSSÍVEIS	COMPLICAÇÕES	EM	DISFAGIA	
De
si
dr
at
aç
ão
	
• 	Ocorre	principalmente	
pela	necessária	
modificação	da	textura	
dos	alimentos		e	
espessamento	ou	
suspensão	da	ingestão	
de	líquidos.	
De
sn
ut
riç
ão
	
• 	Leva	a	depleção	
muscular	e	disfunção	
nervosa,	afetando	
indiretamente	a	
deglutição	e	contribui	
para	o	declínio	
funcional.	
Pn
eu
m
on
ia
	a
sp
ira
tiv
a	 • 	Ocorre	quando	há	a	
entrada	de	alimento,	
líquidos	e/ou	
secreções	nas	vias	
aéreas	(aspiração	
laríngea).		
1	 2	 3	
ATUAÇÃO 
FONOAUDIOLÓGICA NAS 
DISFAGIAS OROFARÍNGEAS 
NO ADULTO E IDOSO 
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA 
Objetivos	para	com	o	paciente:		
	
•  Estabilização	 da	 deglutição	 por	 maior	
tempo	possível.	
•  Manutenção	do	estado	nutricional	por	via	
oral,	 e	 quando	 não	 for	mais	 possível,	 por	
via	alternativa.	
•  Minimizar	 ou	 eliminar	 os	 riscos	 de	
aspiração	(alimentos,	saliva	e	secreções).	
•  Preservação	 das	 condições	 pulmonares	 e	
de	hidratação.	Terapia	
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA 
Objetivos	da	terapia	
		mudar	a	fisiologia	da	deglutição	:	
	
•  Por	 meio	 da	 utilização	 de	 estratégias	
compensatórias	 para	 redirecionar	 e	
melhorar	a	deglutição.	
É	 sempre	 importante	 ressaltar	 ao	paciente	 a	 sua	
responsabilidade	 e	 papel	 ativo	 no	 processo	 de	
reabilitação,	 cooperando	 e	 realizando	 os	
exercícios,	mesmo	na	ausência	do	terapeuta,	para	
que	 haja	 efetividade	 do	 processo	 terapêutico.	
Pois,	esse	trabalho	envolve	mudanças	em	hábitos	
comportamentais	 já	 "enraizados"	 pelo	 paciente,	
os	 quais	 só	 conseguiremos	 modificar	 com	 a	
repetição	 sistemática	 dos	 exercícios,	manobras	 e	
orientações	propostas.	
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA 
Há	dois	tipos	de	terapia	fonoaudiológica	nas	disfagias	orofaríngeas	no	adulto	e	idoso.	
ATUAÇÃO FONOAUDIOLÓGICA 
Feita	 com	o	 oferecimento	de	 alimento	
de	 qualquer	 consistência,	 com	ou	 sem	
a	 utilização	 de	 manobras	 e/ou	 outras	
estratégias	compensatórias.	
Feita	sem	o	oferecimento	de	alimento	de	
qualquer	 consistência,	 sendo	 composta	
por	exercícios	miofuncionais,	estimulação	
sensorial	 e	 treino	 de	 manobras	 e/ou	
outras	 estratégias	 compensatórias,	
somente	com	deglutição	de	saliva.	
PRINCIPAIS TÉCNICAS 
UTILIZADAS NA REABILITAÇÃO 
MANOBRAS DE AUMENTO 
DO INPUT* SENSORIAL 
*Input	é	um	termo	da	língua	inglesa,	que	em	português	pode	ser	traduzido	como	entrada.		
Sendo	assim,	input	sensorial	nada	mais	é	do	que	uma	"entrada"	sensorial,	um	estímulo	sensorial.	
TÉCNICA	DE	MUDANÇA	DO	VOLUME	1	
• Quando	aumentamos	o	
volume	por	porção	que	
vai	à	boca	
VOLUME	
MAIOR	
•  Propicia-se	ao	paciente	
input	sensorial	maior	
(melhor	sensação),	
devido	ao	"peso"do	
alimento	na	língua	
RESULTADO	
MELHOR	A)	
TÉCNICA	DE	MUDANÇA	DO	VOLUME	1	
• Quando	reduzimos	o	volume	
por	porção	que	vai	à	boca	
VOLUME	
MENOR	
• O	paciente	necessita	de	
menos	controle	do	alimento	
em	fase	oral,	proporcionando	
à	ele	a	possibilidade	de	
organizar	melhor	o	alimento	
e	com	mais	tempo.	
RESULTADO	
DIFERENTE	B)	
TÉCNICA	DE	MUDANÇA	DO	VOLUME	1	
Não	existe	uma	padronização	de	quanto	é	muita	ou	pouca	quantidade	de	alimento	que	se	
coloca	por	vez	na	boca	do	paciente.	Por	isso	deve-se	prestar	bastante	atenção	na	forma	de	
fazer.	Perceba	qual	é	a	quantidade	da	alimentação	do	paciente	e	manipule	a	mudança	do	
volume	através	desta	comparação,	tanto	em	aumentar	quanto	em	diminuir,		até	encontrar	
a	mais	adequada	e	segura	para	o	paciente.	
TÉCNICA	DE	MUDANÇA	DA	CONSISTÊNCIA	
Só
lid
o	 •  	Necessário	adequado	
controle	oral	e	
mastigação	
Lí
qu
id
o	 • Necessário	adequado	
controle	oral	e	disparo	
do	reflexo	de	deglutição.	
Pa
st
os
o	 •  	Possibilita	maior	tempo	
de	preparo	de	fase	oral,	
bom	para	pacientes	com	
pouca	organização	de	
fase	oral	e	atraso	no	
disparo	de	deglutição.	
•  	Não	depende	da	
mastigação.	
2	
Quanto	mais	viscoso	for	o	alimento	maior	a	força	empregada	pela	língua	na	fase	oral	
TÉCNICA	DE	MUDANÇA	DA	CONSISTÊNCIA	2	
Sugestões	de	consistências	para	cada	tipo	de	alteração	da	deglutição*	
Desordens	da	deglutição	 Melhor	consistência	 Pior	consistência	
Redução	da	amplitude	e	mobilidade	de	língua	 Líquido-pastoso	inicialmente,	depois	líquido	 Sólido	
Redução	da	coordenação	da	língua	 Líquido	 Sólido	
Redução	da	força	da	língua	 Líquido	 Sólido	
Atraso	da	deglutição	faríngea	 Líquido-pastoso	inicialmente,	depois	sólido	 Líquido	
Redução	do	fechamento	laríngeo	 Pastoso	e	sólido	 Líquido	
Redução	da	elevação	laríngea	 Líquido-pastoso	 Pastoso	e	sólido	
Disfunção	cricofaríngea	 Líquido	 Pastoso	e	sólido	
Redução	da	contração	da	parede	posterior	da	faringe	 Líquido	 Pastoso	e	sólido	
Redução	do	movimento	da	base	da	língua	 Líquido	 Pastoso	
*Adaptado	de	Logemann,	1997	e	Jotz,	CArrara-De-Angelis,	Barros,	2009		
TÉCNICA	DE	MUDANÇA	DA	CONSISTÊNCIA	2	
A	 partir	 da	 avaliação	 da	 deglutição	 do	 paciente,	 muda-se	 as	 consistências	 do	 alimento	 conforme	 a	
necessidade	e	as	alterações	que	o	mesmo	apresentar.	Isso	com	base	naqueles	controles	necessários	da	
descrição	de	cada	consistência	(visto	anteriormente	na	tabela)	e	nas	alterações	apresentadas	específicas	
pelo	próprio	paciente.		
	
Por	exemplo:	se	com	alimento	sólido	o	paciente	apresentar	tosse,	engasgo,	muito	resíduo	de	alimento,	
aumento	 de	 tempo	 de	 trânsito	 oral,	 o	 fonoaudiólogo	 deve	mudar	 a	 consistência	 para	 semi-sólido	 ou	
pastoso.	 Fazemos	 as	 mudanças	 necessárias	 de	 acordo	 com	 cada	 caso	 e	 com	 as	 características	
encontradas	na	avaliação.		
TÉCNICA	DE	ESTIMULAÇÃO	TERMO-TÁTIL	3	
Indicada	para	 pacientes	 com	demora	no	 início	 da	deglutição	 e	 diminuição	 	 de	 sensibilidade	 intraoral.	
Pode	ser	realizada:	
Estimulação	 digital	 com	 dedo	 de	 luva,	 com	
cotonetes	 gelados	 associados	 ou	 não	 a	 um	
sabor,	 espelhinho	 laríngeo,	 colher	 de	metal.	
O	movimento	 realizado	 é	 sempre	 da	 região	
mais	anterior	para	posterior	intra-oralmente.	
	
Regiões	 de	 estimulação:	 gengivas,	 papila	
retroincisal,	 laterais,	ponta	e	meio	e	base	de	
língua.	
	
Sempre	após	a	estimulação	associar	a	função	→	
com	alimento	ou	saliva.		
	
•  Hipersensibilidade:	estímulo	aplicado	leve	e	
rapidamente.	
•  Hipossensibilidade:	 estímulo	 aplicado	 com	
mais	força	e	lentamente.		
TÉCNICA	DE	ESTIMULAÇÃO	TERMO-TÁTIL	3	
DICA	1	
Estudos	demonstram	que	
alimentos	frios	diminuem	o	
tempo	de	trânsito	oral	pois	
são	mais	sensíveis		e/ou	
perceptíveis	pelas	
estruturas	da	cavidade	oral.		
	
DICA	2	
Uso	de	alimentos	cítricos	
aumenta	a	gustação	e	
estimula	o	nervo	
trigêmeo,	aumentando	a	
capacidade	de	percepção	
dos	receptores.	
		
TÉCNICA	DE	ESTIMULAÇÃO	TERMO-TÁTIL	3	
Com	o	paciente	com	a	postura	sentada,	com	os	ombros	relaxados,	cabeça	na	posição	de	90	graus	e	o	
olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 pede	 para	 que	 ele	 abra	 a	 boca.	 Com	 o	 material	 escolhido	 com	
temperatura	gelada,	associado	ou	não	a	consistência	cítrica,	o	fonoaudiólogo,	com	a	ajuda	de	um	dedo	
de	 luva	 (	 podendo	 utilizar	 também	 cotonete,	 espelhinho	 laríngeo	 e/ou	 colher	 de	 metal)	 passa	 esse	
material	na	região	a	qual	deseja-se	estimular.	 	 	 		
MANOBRAS POSTURAIS 
As	manobras	posturais	são	voluntárias	e	precisam	da	ação	do	paciente.		
	
Essas	 manobras	 podem	 interferir	 nas	 mudanças	 das	 dimensões	 faríngeas	 e	 no	 fluxo	
gravitacional	da	comida.	Podem	também	ser	utilizadas	como	Métodos	compensatórios	para	
alterações	de	deglutição	orgânicas.	
	
E	tem	como	objetivo	eliminar	ou	reduzir	possíveis	penetrações	e/ou	aspirações	laríngeas.	
	
MANOBRAS POSTURAIS 
Indicação:	falta	de	controle	oral	que	leve	a	escape	prematuro	do	bolo	alimentar,	atraso	na	deglutição	
faríngea,	redução	do	fechamento	de	vias	aéreas	e	estase	em	valéculas.		
Pode	ser	usada	com	todas	consistências.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	 cabeça	 na	 posição	 de	 90⁰	 e	 oolhar	ao	horizonte,	o	 fonoaudiólogo	pede	
para	que	ele	no	momento	que	for	engolir	
abaixe	 a	 cabeça	 para	 frente,	 como	 se	
tivesse	a	intenção	de	encostar	o	queixo	no	
pescoço.	
	
OBJETIVO:	
Esta	 postura	 estreita	 o	 espaço	 entre	 a	 aritenóide	 e	 a	 base	 da	
epiglote	e	direciona	o	bolo	 com	maior	eficiência	para	o	Esfíncter	
Esofágico	Superior	(EES),	com	a	possibilidade	de:	
•  Redução	da	penetração	de	alimentos.	
•  Manter	 o	 bolo	 alimentar	 em	 posição	 anterior	
permitindo	maior	controle.	
•  Diminuir	o	tamanho	de	entrada	para	vias	aéreas.		
•  Empurrar	a	base	de	língua	contra	parede	da	faringe.	
MANOBRA	DO	QUEIXO	PARA	BAIXO	1	
Indicação:	pacientes	com	dificuldade	de	ejetar	o	bolo	da	cavidade	oral	para	faringe.	Pode	ser	usada	com	
todas	consistências,	porém	cuidado	maior	com		líquido.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	 com	 a	 cabeça	 na	 posição	 de	 90	
graus	e	o	olhar	ao	horizonte,	o	fonoaudiólogo	
solicita	que	no	momento	em	que	o	paciente	
for	 engolir	 ele	 coloque/posicione	 a	 cabeça	
para	trás.	
	
OBJETIVO:	
Essa	 postura	 facilita	 o	 trânsito	 oral	 devido	 a	 ação	 da	 gravidade.	
Desta	 forma,	 ajuda	 na	 elevação	 da	 laringe	 e	 fecha	 o	 espaço	 da	
valécula,	aumentando	a	propulsão	do	alimento.		
	
PRECAUÇÃO:	pode	aumentar	o	risco	de	aspiração,	necessário	uma	
fase	faríngea	adequada.		
	
CONTRA-INDICAÇÃO:	 pacientes	 com	 alteração	 severa	 em	 fase	
faríngea	da	deglutição.	
	
MANOBRA	DA	CABEÇA	PARA	TRÁS	2	
Indicação:	paresia	ou	paralisia	unilateral	de	faringe	e/ou	prega	vocal,		
redução	da	abertura	do	esfíncter	cricofaríngeo.		
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90⁰		
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	
solicita	 que	 um	 pouco	 antes	 e	 durante	 a	
deglutição	 o	 paciente	 vire	 totalmente	 a	
cabeça	para	o	lado	mais	fraco.	
	
OBJETIVO:	
A	 rotação	da	 cabeça	para	o	 lado	mais	 fraco	 favorece	que	o	bolo	
alimentar	 seja	 impulsionado	 para	 o	 lado	 não	 afetado,	 auxiliando	
no:	
•  Direcionamento	do	bolo	alimentar	para	o	lado	mais	forte.	
•  Aumento	do	fechamento	de	pregas	vocais.	
•  Aumento	 da	 abertura	 do	 esfíncter	 cricofaríngeo	 em	
comprimento	e	diminuição	da	pressão	em	repouso,	reduzindo	
a	estase	em	seios	piriformes.	
MANOBRA	ROTAÇÃO	DE	CABEÇA	PARA	O	LADO	PIOR/MAIS	FRACO	3	
Indicação:	paralisia	ou	paresia	unilateral	de	faringe.		
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	 com	 a	 cabeça	 na	 posição	 de	 90	
graus	e	o	olhar	ao	horizonte,	o	fonoaudiólogo	
solicita	 que	 no	 momento	 em	 que	 o	 paciente	
for	engolir	ele	 incline	a	 cabeça	para	o	melhor	
lado.	
	
OBJETIVO:	
Direciona	o	bolo	alimentar	para	o	 lado	mais	 forte	pela	ação	
da	gravidade,	proporcionando	uma	maior	segurança	durante	
a	deglutição.		
MANOBRA	DE	INCLINAÇÃO	DE	CABEÇA	PARA	O	LADO	MELHOR	4	
MANOBRAS DE PROTEÇÃO 
DE VIAS AÉREAS 
As	 manobras	 de	 proteção	 de	 vias	 aéreas	 alteram	 o	 tempo	 dos	 componentes	
neuromusculares	 da	 fase	 faríngea	 da	 deglutição.	 Têm	 como	 objetivo	 reduzir	 e	 tentar	
eliminar	possíveis	penetrações	e/ou	aspirações	laríngeas.		
	
Para	 realização	dessas	manobras	é	necessário	que	o	paciente	apresente	boas	habilidades	
cognitivas,	 para	 compreender	 e	 gravar	 a	 sequência	 de	 movimentos,	 por	 isso	 não	
conseguimos	executá-las	com	todos	os	pacientes.	
	
Usadas	 primeiramente	 como	 exercício,	 deglutindo	 a	 saliva.	 Posteriormente	 com	 uma	
realização	 adequada	 pelo	 paciente,	 as	manobras	 de	 proteção	 de	 vias	 aéreas	 podem	 ser	
associadas	a	deglutição	com	alimento.	
	
	
	
MANOBRAS DE PROTEÇÃO DE VIAS AÉREAS 
Indicação:	Redução	ou	demora	no	fechamento	de	pregas	vocais	e	demora	na	deglutição	faríngea.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	 com	 a	 cabeça	 na	 posição	 de	 90	
graus	e	o	olhar	ao	horizonte,	o	 fonoaudiólogo	
solicita	que	ele	prenda	a	 respiração,	degluta	e	
tussa	 logo	 em	 seguida.	 Pode	 ser	 realizada	
primeiramente	 com	 saliva,	 para	 treino.	
Conforme	 o	 paciente	 aprenda	 a	 técnica	
corretamente	pode	ser	utilizada	com	alimento.	
	
OBJETIVO:	
Melhora	 o	 fechamento	 das	 vias	 aéreas,	 a	 nível	 da	 glote,	
antes	e	depois	da	deglutição	e	reduz	os	riscos	de	aspiração.	
MANOBRA	DE	PROTEÇÃO	SUPRAGLÓTICA	1	
Indicação:	Redução	ou	demora	no	fechamento	de	pregas	vocais	e	demora	na	deglutição	faríngea.	
INSTRUÇÕES:	
Com	o	paciente	sentado,	com	os	ombros	relaxados,	
com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	e	o	olhar	ao	
horizonte,	o	fonoaudiólogo	solicita	que	ele	prenda	a	
respiração	 com	 força	 (mantendo	 a	 tensão	 nos	
músculos	 abdominais),	 degluta	 e	 tussa	 logo	 em	
seguida.	 Pode	 ser	 realizada	 primeiramente	 com	
saliva,	para	treino.	Conforme	o	paciente	aprenda	a	
técnica	 corretamente	 pode	 ser	 utilizada	 com	
alimento.	
	
	
OBJETIVO:	
Melhora	o	fechamento	das	vias	aéreas,	favorecendo	o	
contato	 da	 aritenóide	 com	 a	 base	 da	 epiglote	 para	 o	
fechamento	do	vestíbulo	laríngeo	durante	a	deglutição.	
MANOBRA	DE	PROTEÇÃO	SUPER-SUPRAGLÓTICA	2	
MANOBRAS DE 
LIMPEZA FARÍNGEA 
As	 manobras	 de	 limpeza	 faríngea	 alteram	 o	 tempo	 dos	 componentes	
neuromusculares	da	fase	faríngea	da	deglutição.	São	utilizadas	para	limpar	e/ou	
reduzir	a	presença	de	 resíduos	em	cavidade	oral	e	 faríngea,	bem	como	estases	
em	valécula	e	seios	piriformes.	
	
MANOBRAS DE LIMPEZA FARINGEA 
Indicação:	pacientes	com	redução	da	movimentação	faríngea	e	tração	de	base	de	língua,	por	exemplo,	com	
resíduo	alimentar	em	base	de	língua,	valécula	e	parede	posterior	da	faringe.		
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	 com	 a	 cabeça	 na	 posição	 de	 90	
graus	e	o	olhar	ao	horizonte,	o	 fonoaudiólogo	
solicita	que	ele	engula	fazendo	força	na	boca	e	
no	 pescoço,	 como	 se	 tivesse	 a	 intenção	 de	
tensionar	 essas	 regiões	 (como	 quando	 se	 faz	
força	 para	 evacuar	 ou	 pegar	 um	 objeto	
pesado).	
	
OBJETIVO:	
Proporciona	melhora	da	movimentação	posterior	e	pressão	
da	base	de	língua,	visando	limpeza	faríngea.	
MANOBRA	DE	DEGLUTIÇÃO	COM	ESFORÇO	1	
Indicação:	tempo	de	elevação	laríngea	reduzido,	redução	da	abertura	cricofaríngea.		
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	 com	 a	 cabeça	 na	 posição	 de	 90	
graus	e	o	olhar	ao	horizonte,	o	 fonoaudiólogo	
solicita	 que	 ele	 engula	 normalmente,	 quando	
sentir	 que	 a	 laringe	 levantou	 mantenha-a	
elevada	 por	 dois	 segundos	 e	 depois	 relaxe.	
Pode	 ser	 realizada	 primeiramente	 com	 saliva,	
para	 treino.	 Conforme	 o	 paciente	 aprenda	 a	
técnica	 corretamente	 pode	 ser	 utilizada	 com	
alimento.	
	
OBJETIVO:	
Aumenta	 a	 duração	 e	 amplitude	da	 elevação	 cricofaríngea,	
reduz	estase	em	seio	piriforme,	melhora	a	coordenação	dos	
eventos	 da	 deglutição,	 treina	 e	 fortalece	 os	 músculos	 da	
elevação	laríngea.	
MANOBRA	DE	MENDELSOHN	2	
Indicação:	paresia,	fraqueza	ou	hipotonia	de	músculos	constritores	da	faringe.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	 com	 a	 cabeça	 na	 posição	 de	 90	
graus	e	o	olhar	ao	horizonte,	o	 fonoaudiólogo	
solicita	 que	 ele	 engula	 com	 a	 língua	 no	 meio	
dos	 dentes.	 Pode	 ser	 realizada	 primeiramente	
com	 saliva,	 para	 treino.	 Conforme	 o	 paciente	
aprenda	 a	 técnica	 corretamente	 pode	 ser	
utilizada	com	alimento.	
	
OBJETIVO:	
Visa	 aumentar	 a	 movimentação	 da	 parede	 posterior	 da	
faringe,	evitando	estases	alimentares	e	aumenta	o	tempo	de	
elevação	laríngea.		
MANOBRA	DE	MASAKO	3	
Indicação:	insuficiência	na	abertura	do	esfíncter	cricofaríngeo.	
INSTRUÇÕES:	
Com	o	paciente	deitado,	com	as	costas	encostadas	na	cama,	sem	
travesseiro,	 o	 fonoaudiólogo	 solicita	 que	 ele	 eleve	 a	 cabeça	 e	
olhe	para	os	próprios	pés,	sem	tirar	os	ombros	da	cama.		
	
•  Manobra	 Isométrica:	elevar	por	60	 segundos,	descansar	60	
segundos	de	uma	elevação	para	outra	e	repetir	3x.	
	
•  Manobra	 Isocinética:	 elevar	 30vezes	 consecutivas,	 sem	
manter	elevada	por	um	certo	tempo.	Quando	mais	devagar	
for	a	realização	maior	será	o	ganho.	
	
OBJETIVO:	
Melhora	a	força	e	a	eficiência	da	musculatura	
extrínseca	 da	 laringe,	 a	 qual	 é	 responsável	
por	sua	elevação.		
MANOBRA	DE	SHAKER	4	
Indicação:	reduzir	estase	alimentar	em	cavidade	oral	e	região	hipofaríngea.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 solicita	
que	 ele	 degluta	 várias	 vezes	 consecutivas	 o	
mesmo	alimento.	
	
OBJETIVO:	
Minimiza	 os	 resíduos	 orais	 e	 faríngeos,	 contribuindo	
indiretamente	 para	 uma	 deglutição	 mais	 funcional,	
minimizando	os	riscos	de	aspiração	pós	deglutição.		
MANOBRA	DE	DEGLUTIÇÕES	MÚLTIPLAS	5	
Indicação:	pacientes	com	declínio	cognitivo	que	não	conseguem	realizar	
	deglutições	múltiplas	de	modo	voluntário.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 oferta	
uma	colher	com	alimento	seguida	de	uma	colher	
sem	alimento,	e	ir	alternando.	
OBJETIVO:	
Possibilita	 uma	 limpeza	 de	 estase	 em	 cavidade	 oral	 e	
orofaringe.	
MANOBRA	DE	ALTERNÂNCIA	ENTRE	COLHER	COM	ALIMENTO	E	SEM	6	
Indicação:	melhora	a	percepção	intra-oral	do	alimento.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 ao	
ofertar	 o	 alimento	 faz	 uma	 leve	 pressão	 com	 a	
colher	 na	 parte	 anterior	 da	 língua	 enquanto	 o	
paciente	faz	apreensão	do	alimento.	
OBJETIVO:	
Aumenta	 a	 percepção	 do	 paciente	 de	 que	 há	 alimento	 na	
cavidade	 oral,	 favorecendo	 uma	 redução	 no	 tempo	 de	
trânsito	oral.		
MANOBRA	DE	PRESSÃO	COM	A	COLHER	NA	LÍNGUA	7	
EXERCÍCIOS MIOFUNCIONAIS 
Constituem	 um	 dos	 tipos	 de	 técnicas	 da	 terapia	 indireta,	 na	 qual	 não	 há	 a	 oferta	 de	
alimento.		
	
Têm	por	objetivo	preparar	as	estruturas	envolvidas	no	processo	de	deglutição,	melhorando	
a	força	e	coordenação	muscular	para	uma	alimentação	por	via	oral	de	maneira	segura.	
	
Existem	 3	 categorias	 de	 exercícios	 miofuncionais,	 são	 os	 isométricos,	 isotônicos	 e	 os	
isocinéticos	.	
	
EXERCÍCIOS MIOFUNCIONAIS 
TIPOS	DE	EXERCÍCIOS	
Is
om
ét
ric
os
	
• 	Resistência	sem	movimento,	
desenvolvem	tensão	muscular,	
contudo	o	músculo	não	encurta	
nem	alonga,	ocorre	contração	
muscular	estática,	sem	movimento.	
É	o	método	mais	rápido	para	ganhar	
força	muscular,	sem	aumentar	a	
massa.	
Is
ot
ôn
ic
os
	
• 	Envolvem	contração	e	extensão	
muscular	controlada,	contra	uma	
carga	constante.	São	mais	dinâmicos	
e	realizados	com	movimento,	com	
ou	sem	pesos.	Contribuem	para	a	
coordenação	motora,	flexibilidade	e	
força.	
Is
oc
in
ét
ic
os
	
• 	Ocorrem	quando	o	músculo	encurta	
contra	uma	resistência	cooperante	
igualada	com	a	força	produzida	pelo	
músculo	e	requer	uma	velocidade	
constante	durante	toda	a	amplitude	
do	movimento.	Quanto	mais	lenta	
for	a	velocidade	do	movimento	
isocinético,	maior	será	o	ganho	em	
força	e	resistência.	Estes	exercícios	
devem	ser	iniciados	com	um	mínimo	
de	resistência	ao	movimento,	sendo	
aumentada	gradativamente.	
1	 2	 3	
Há	uma	grande	quantidade	de	exercícios	descritos	na	literatura,	contudo	como	o	foco	deste	material	é	
uma	iniciação	ao	tema,	não	descreveremos	todos.	
	
É	sempre	importante	que	o	fonoaudiólogo	entenda	bem	da	doença	e	do	prognóstico	do	paciente	para	
saber	escolher	os	exercícios	mais	adequados	para	cada	caso.	O	número	de	séries	e	repetições	deve	ser	
analisado	 individualmente,	 de	 acordo	 com	 as	 dificuldades	 do	 pacientes,	 suas	 habilidades	 cognitivas	 e	
fadiga	muscular.		
	
A	 seguir	 será	 exemplificado	 um	 tipo	 de	 exercício	 para	 cada	 estrutura	 envolvida	 no	 processo	 de	
deglutição.		
	
EXERCÍCIOS MIOFUNCIONAIS 
Indicação:	para	pacientes	com	redução	na	mobilidade	de	língua	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 solicita	
que	 ele	 passe	 a	 ponta	 da	 língua	 desde	 a	 frente	
nos	alvéolos	dentários	até	a	parte	mais	posterior	
do	palato	que	conseguir.	
OBJETIVO:	
Aumentar	 a	mobilidade	de	 língua	do	paciente	 favorecendo	
uma	 melhora	 na	 movimentação	 da	 língua	 durante	 a	
mastigação	 e	 uma	 melhora	 propulsão	 do	 bolo	 alimentar	
durante	a	deglutição.	
EXERCÍCIO	COM	MOVIMENTO	ÂNTERO-POSTERIOR	DE	LÍNGUA	1	
Indicação:	para	pacientes	com	redução	na	tonicidade	de	língua	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	o	olhar	ao	horizonte,	o	 fonoaudiólogo	que	ele	
coloque	a	língua	para	fora	e	empurre	a	espátula	
com	a	ponta	da	língua	enquanto	o	fonoaudiólogo	
faz	força	ao	contrário.		
	
Pode	 ser	 usada	 a	 parte	 côncava	 de	 uma	 colher	
no	lugar	da	espátula.	
OBJETIVO:	
Aumentar	o	tônus	 	de	 língua	do	paciente	favorecendo	uma	
melhora	 na	 propulsão	 do	 bolo	 alimentar	 durante	 a	
deglutição.	
EXERCÍCIO	CONTRA-RESISTÊNCIA	COM	ESPÁTULA	EM	LÍNGUA	2	
Indicação:	para	pacientes	com	redução	na	mobilidade	de	lábios	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 solicita	
que	 ele	 faça	 um	 bico	 e	 um	 sorriso	 de	 maneira	
alternada	 e	 rápida	 com	 a	 maior	 extensão	
possível	do	movimento.	
OBJETIVO:	
Aumentar	 a	mobilidade	 de	 lábios	 do	 paciente	 favorecendo	
uma	melhora	 na	 pressão	 intraoral	 durante	 a	mastigação	 e	
deglutição.	
EXERCÍCIO	BICO	E	SORRISO	3	
Indicação:	para	pacientes	com	redução	na	tonicidade	de	lábios	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 solicita	
que	 ele	 faça	 um	 bico	 com	 os	 lábios	 empurre	 a	
espátula	enquanto	o	 fonoaudiólogo	 faz	 força	ao	
contrário.		
	
Pode	ser	usado	uma	colher	no	lugar	da	espátula.	
	
OBJETIVO:	
Aumentar	 o	 tonus	 de	 lábios	 do	 paciente	 favorecendo	 uma	
melhora	 na	 pressão	 intraoral	 durante	 a	 mastigação	 e	
deglutição.	
EXERCÍCIO	DE	CONTRA-RESISTENCIA	COM	ESPÁTULA	EM	LÁBIOS	4	
Indicação:	para	pacientes	com	redução	na	mobilidade	e	tonicidade	de	bochechas.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 solicita	
que	ele	encha	as	bochechas	com	ar.	Pode	ser	as	
duas	ao	mesmo	tempo	ou	uma	de	cada	vez.		
OBJETIVO:	
Ao	 sustentar	 infladas	 por	 um	 tempo	 trabalha-se	 mais	
tonicidade	 e	 ao	 se	 inflar	 e	 desinflar	 de	 forma	 alternada	 e	
rápida	trabalha-se	mais	mobilidade.	
EXERCÍCIO	DE	INFLAR	AS	BOCHECHAS	SIMULTANEAMENTE	5	
Indicação:	para	pacientes	com	redução	na	abertura	de	boca.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 solicita	
que	 ele	 abra	 o	 máximo	 possível	 a	 boca	 e	
sustente	por	alguns	segundos.	
	
OBJETIVO:	
Aumentar	a	abertura	de	boca	para	auxiliar	na	apreensão	do	
alimento	e	no	processo	de	mastigação.	
EXERCÍCIO	DE	ABERTURA	DE	MANDÍBULA	6	
Indicação:	para	pacientes	com	redução	na	abertura	de	boca.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 solicita	
que	 o	 paciente	 mova	 a	 mandíbula	 para	 o	 lado	
direito	e	posteriormente	para	o	lado	esquerdo.	
	
Pode	 ser	 feito	 sustentando	 a	 mandíbula	 virada	
para	um	dos	lados	ou	alternando	rapidamente.	
	
OBJETIVO:	
Aumentar	 a	 lateralização	 da	 mandíbula	 para	 auxiliar	 no	
processo	de	mastigação.	
EXERCÍCIO	DE	LATERALIZAÇÃO	DE	MANDÍBULA	7	
Indicação:	para	pacientes	com	paresia	ou	paralisia	de	prega	vocal		
e	pacientes	com	insuficiência	nofechamento	glótico.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 solicita	
que	 ele	 produza	 o	 som	 de	 uma	 vogal	 (a	 mais	
usada	é	a	vogal	A)	em	voz	alta,	forte	e	de	forma	
curta	ao	mesmo	tempo	em	que	 faz	um	"puxão”	
com	os	punhos	serrados.	Outra	forma	também	é	
puxar	 com	 as	 duas	 mãos	 o	 assento	 da	 cadeira	
para	cima.		
	
OBJETIVO:	
Aumentar	a	adução	de	pregas	vocais	e	o	fechamento	glótico	
possibilitando	uma	melhor	proteção	de	vias	aéreas	durante	
a	deglutição.		
EXERCÍCIO	DE	EMPUXO	8	
	
CAUTELA:	 possibilidade	 de	 alterações	 vocais	 com	 o	 uso	
muito	prolongado.	
Indicação:	para	pacientes	com	redução	na	elevação	laríngea.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 solicita	
que	 ele	 produza	 os	 sons	 das	 vogais	 I	 e	 U,	 de	
forma	alternada,	sendo	o	I	no	tom	mais	agudo	e	
o	U	no	tom	mais	grave	que	o	paciente	conseguir	
alcançar.	
	
OBJETIVO:	
Melhora	na	amplitude	do	movimento	de	elevação	laríngea.		
	
EXERCÍCIO	DE	ALTERNÂNCIA	ENTRE	SONS	HIPO	E	HIPER	AGUDOS	(I/U)	9	
Indicação:	para	pacientes	com	redução	na	elevação	laríngea.	
INSTRUÇÕES:	
Com	 o	 paciente	 sentado,	 com	 os	 ombros	
relaxados,	com	a	cabeça	na	posição	de	90	graus	
e	 o	 olhar	 ao	 horizonte,	 o	 fonoaudiólogo	 solicita	
que	o	paciente	coloque	a	língua	bem	para	fora	e	
depois	bem	para	dentro	de	forma	alternada.	
	
OBJETIVO:	
Melhora	na	amplitude	do	movimento	de	elevação	laríngea.		
	
EXERCÍCIO	PÓSTERO-ANTERIOR	DE	LÍNGUA	10	
Esperamos	que	esse	material	seja	uma	porta	de	
entrada	para	seus	estudos	e	aprimoramento	na	
área	da	disfagia.		
	
NOTAS FINAIS 
Trabalhar	com	a	deglutição	é	possibilitar	à	um	paciente	retomar	o	prazer	da	alimentação	e	todas	
as	práticas	relacionadas	a	ela.	Desde	a	escolha	do	alimento,	seu	preparo,	o	momento	de	interação	
social	com	familiares	e	amigos	ao	redor	da	mesa,	bem	como	participação	em	eventos	sociais	que	
envolvam	o	ato	de	engolir,	sem	medo	e	vergonha	devido	suas	dificuldades.		
	
É	 ajudar	 ao	 paciente	 experimentar	 um	 tremendo	 bem	 estar	 ao	 voltar	 a	 desfrutar	 de	 uma	
alimentação	 de	 forma	 segura,	 com	 condições	 positivas,	 acarretando	 com	 isso,	 melhora	 da	
autoestima	e	da	sua	independência.	
	
BIBLIOGRAFIA SUGERIDA 
Essas	e	outras	técnicas	você	poderá	encontrar	nos	livros	:		
	
FERREIRA,	L.P;	LOPES	D.M.B.;	LIMONGI,	S.C.O.	Tratado	de	Fonoaudiologia.	Editora	Roca,	2004.		
	
JOTZ,	 GP;	 CARRARA-DE-ANGELIS,	 E;	 BARROS,	 APB	 (Org.).	 Tratado	 da	 deglutição	 e	 disfagia:	 no	
adulto	e	na	criança.	Editora:	Revinter,	2009.	
	
MARCHESAN,	 I.Q.;	 SILVA,	 H.J.;	 TOMÉ,	 M.C.	 Tratado	 das	 Especialidades	 em	 Fonoaudiologia.	
Editora:	Guanabara	Koogan	Ltda,	2014.		
	
JOTZ,	GP;	CARRARA-DE-ANGELIS,	E.	Disfagia	Abordagem	Clínica	e	Cirúrgica.	Editora	Elsevier,	2016.	
	
Um	pouco	
sobre	a	autora:	
Annelise	Ayres.	Fonoaudióloga	formada	pela	Universidade	Federal	do	
Rio	 Grande	 do	 Sul.	Mestre	 em	 Ciências	 da	 Saúde	 pela	 Universidade	
Federal	 de	 Ciências	 da	 Saúde	 de	 Porto	 Alegre,	 com	 dissertação	
intitulada:	Efeitos	de	um	programa	de	intervenção	fonoaudiológica	na	
disfagia	e	na	qualidade	de	vida	em	Doença	de	Parkinson.	
	
Atualmente,	 é	 doutoranda	 em	 Ciências	 da	 Saúde	 pela	 Universidade	
Federal	de	Ciências	da	Saúde	de	Porto	Alegre,	com	linha	de	pesquisa	
em	 deglutição,	 fala	 e	 cognição	 em	 doenças	 neurológicas	 e	
neurodegenerativas.		
	
É	membro	da	International	Parkinson	and	Movement	Disorder	Society	
e	voluntária	na	Associação	de	Parkinson	do	Rio	Grande	do	Sul.		
	
O	 seu	 diferencial	 é	 ter	 o	 foco	 na	 prática	 baseada	 em	 evidências.	
Acredita	ser	 fundamental	a	realização	de	pesquisas	para	basearem	e	
melhorarem	a	prática	fonoaudiológica.		
PATROCINADOR	
www.fonoonline.com.br

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