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Mári� Sale� Distúrbi� Motore� D� Esôfag� Anatomia do esôfago: Esôfago: estrutura muscular tubular (20-22cm) Faringe distal → Junção E-G abaixo do diafragma Borda inferior do EES → Borda inferior do EEI ESFÍNCTER ESOFÁGICO SUPERIOR (EES) 1/3 sup.: Musculatura estriada | Zona de transição | 2/3 inf.: Musculatura lisa HIATO NA MOTILIDADE (SEM REPERCUSSÃO clínica) Anatomia transversal do esôfago: Inervação Sensorial e Motora do Esôfago: Musculatura estriada do terço superior Inervação: Glossofaríngeo (IX) e Vago (V) COMPROMETIDA EM LESÃO SNC, TRONCO CEREBRAL. Musculatura lisa dos 2/3 inferiores Inervação: Vago (V) via Plexo mioentérico (PME) Alterações no SNC/Tronco - Não costumam acometer motilidade Vago - Modulação | PME - Autônomo Principal neurotransmissor excitatório: acetilcolina 1/3 proximal: liberação (estimula a contração) e cessação (inibe) ↳ de acetilcolina Principal neurotransmissor inibitório: óxido nítrico estimula relaxamento nos 2/3 distais Sensibilidade: nervos vagais e esplâncnicos Mári� Sale� • Principais funções do esôfago: Trânsito do alimento ingerido pela boca para o estômago Proteção contra os efeitos corrosivos do suco gástrico FUNCIONAMENTO OU MOTILIDADE NORMAL DO ESÔFAGO • Depende: - Abertura e fechamento normal do Esfíncter esofagiano superior - Funcionamento normal do corpo do esôfago - Abertura e fechamento normal do Esfíncter esofagiano inferior. Motilidade normal do esôfago: Esfíncter Esofagiano Superior (EES): Músculo cricofaríngeo, constrictor inferior da faringe e esôfago cervical. Zona de alta pressão manométrica (2-4cm) = Exames que avaliem a pressão intraluminal Função: Manter o esôfago proximal fechado | Abrir: deglutições e eructações. Aumento súbito da pressão intraesofágica se for lento o aumento pressão, como na DRGE ele fecha Abertura depende: cessação do estímulo colinérgico, elevação e anteriorização da laringe e pulsão do bolo. espasmo esofágico → aumento da velocidade contração → dor torácica e depuração inadequada Função: Conduzir o alimento da faringe para o estômago Peristalse Primária: Onda de contração peristáltica reflexa desencadeada pela deglutição Peristalse Secundária: Onda de contração peristáltica reflexa desencadeada pela distensão esofágica. Duração: 8-10 seg - velocidade 4 cm/s | Período refratário: 10-15 segundos gutgut - só a última deglutição vai estimular a peristalse Esfíncter Esofagiano Inferior (EEI): Zona de alta pressão que se estende por 2-5cm no esôfago distal Tônus basal: miogênico, colinérgico excitatório e nitrérgico inibitório. Relaxamento: reflexo a deglutição | Relaxamento transitório: eructação, vômito e RGE Junção esofagogástrica: - Esfíncter esofágico inferior | - Crura diafragmática Contração diafragmática aumenta: prensa abdominal, tosse. Contração diafragmática diminui: distensão gástrica, vômitos e eructações. Mári� Sale� Manifestações Clínicas - Distúrbios Motores Do Esôfago Disfagia para líquidos e sólidos Pirose e regurgitação alimentar - DRGE Dor torácica não cardíaca - alteração na contratilidade / retenção alimento Abordagem diagnóstica: Excluir Doença Orgânica Estrutural Endoscopia Digestiva Alta (+ Difícil Para Perceber Dilatação / 8h Jejum ) + Esofagograma Baritado - (Barato + Menos Disponível) Neoplasias, Estenoses, Divertículos | Avalia: Dilatação E Estase Alimentar Endoscopia Digestiva Alta - Papel principal: Identificar lesões obstrutivas ou processos inflamatórios do esôfago. Esofagograma baritado ↳ também ajuda na avaliação funcional do trânsito esofágico Exame contrastado do esôfago | Avaliação estrutural do esôfago Estudo do esvaziamento esofágico Provável Distúrbio Motor Do Esôfago | Avaliação Da Motilidade Esofágica Avaliação Das Pressões Intra-luminais: Manometria Esofágica (Convencional Ou Alta Resolução) - a + disponível aqui no Brasil Avaliação Do Esvaziamento Esofágico: Impedanciometria Esofágica = Fluxo De Líquido Fluoroscopia - Esofagograma Cintilografia De Esvaziamento Esofágico - Aumento Com Material Radioativo • Manometria esofágica convencional: ↳ Avaliação Compartimentalizada 5 Pontos (Distância 5cm Entre Eles) | Sonda Pelo O Nariz • Manometria esofágica de alta resolução (HRM) - no Brasil, não é usada de forma normal 36 Pontos Detecção de Pressão ↳ 1cm de Distância Entre os Pontos - Avalia todo o esofago A proximidade dos sensores permitiu ao software interpolar os valores de pressão intra-esofágica | Exibição dos dados via mapa topográfico de pressão – representado através de imagens dinâmicas coloridas espaço x tempo. DISTÚRBIOS MOTORES DO ESÔFAGO: • Doenças que alteram a motilidade da musculatura estriada (1/3 superior do esôfago - orofaringe): DISFAGIA ALTA - ENGASGO Dificuldade de iniciar a deglutição - Tosse - Regurgitação nasal Mári� Sale� DISTÚRBIOS MOTORES DO ESÔFAGO • Doenças que alteram a motilidade da musculatura estriada (1/3 superior do esôfago - orofaringe): Lesões neurológicas acima do tronco cerebral - NEOPLASIA SNC Alterações do sistema extrapiramidal → PARKINSON Lesões do tronco cerebral → AVC Lesões dos neurônios motores periféricos → MIASTENIA GRAVIS Miopatias e doenças da junção neuromuscular Complicações de CCP; RTP; tireoidopatias e lesões da coluna cervical CIRURGIA CABEÇA E PESCOÇO | LARINGECTOMIA | RADIOTERAPIA CERVICAL Distúrbios funcionais (musculatura lisa – 2/3 distais do esôfago): Disfagia Baixa (Condução) - Entalo - Impactação do alimento na região retroesternal | - Regurgitação alimentar | - Dor torácica Alteração da inervação inibitória (PME) Alteração da inervação excitatória (PME) Doenças da musculatura lisa - esclerose sistêmica → Relaxamento inadequado do Esfíncter Esofagiano Inferior ou Defeitos na contração peristáltica = Disfagia Baixa Relaxamento inadequado do Esfíncter Esofagiano Inferior → Acalasia Defeitos na contração peristáltica → Espasmo esofagiano difuso Motilidade esofagiana ineficaz | Esôfago em “britadeira” Contratilidade Normal, Mas com maior Força | Pode Ou Não Refletirem Sintoma Peristalse Normal Acalasia → Megaesôfago (Estado Avançado Da Acalasia) Principal - Distúrbio motor do esôfago: Relaxamento incompleto ou ausente do Esfíncter Esofagiano inferior | Aperistalse do corpo esofágico distal Estase alimentar | Dilatação progressiva do Esôfago - Megaesôfago Descrita pela primeira vez por Willis em 1674 Termo ACALASIA foi introduzido por Hurst em 1927 Incidência 1:100000 e Prevalência 10:100000 (UK) Não há predominância por sexo Pode ocorrer em qualquer idade (2 picos: 20-40 anos e 6ª década) - Acalasia Primária Fisiopatologia - doença que acomete o plexo mientérico: Perda das células ganglionares inibitórias do plexo mioentérico (Auerbach) - NO Ação sem oposição das fibras excitatórias - Ach Aperistalse do corpo esofágico – 2/3 distais Ausência de relaxamento do Esfíncter Esofagiano inferior Mári� Sale� Acalasia: Etiologia Secundária: Doença de Chagas, Sd Paraneoplásica, Amiloidose Sarcoidose mesotelioma, tumor de peq .cél. de pulmão e de cel. claras renais. Pseudoacalasia: Infiltração da junção Esôfago-gástrica: Neoplasia para pensar em distúrbio motor, descartar alteração estrutural Manifestações Clínicas: Disfagia para líquidos (90%) e sólidos (85%) Perda de peso, regurgitação, dor torácica e pirose (40 – 60%) Não Alivia Com Ibp, Avaliar Se Dist.. Motor Diagnóstico: Endoscopia Digestiva | Alta Esofagograma Baritado Manometria de esôfago – convencional ou de alta resolução Endoscopia Digestiva. ↳ DESCARTA DISTÚRBIO MOTOR Mári� Sale� Acalasia: Diagnóstico Esofagograma Baritado | Esvaziamento incompleto do esôfago | Dilatação Esofágica Imagem em “bico de pássaro” na junção esofago-gástrica - TÍPICO DE ACALASIA ↳ EEI NÃO ABRE Diagnóstico DEFINITIVO: Manometria de esôfago: Relaxamento incompleto ou ausente do Esfíncter Esofágico inferior Ondas simultâneas no esôfago distal - aperistaltálticas Ausência de ondas de contração de corpo esofágico distal - formas mais avançadas Mári� Sale� Acalasia: Tratamento: Novos métodos de tratamento endoscópicoda Acalasia Miotomia Endoscópica Perioral (POEM) | ACALASIA TIPO 3 DISTÚRBIOS MOTORES DO ESÔFAGO: Contração incoordenada: Espasmo esofagiano Contrações esofágicas de amplitude normal, mas simultâneas de forma intermitente (aperistálticas), com relaxamento normal do esfíncter esofágico Inferior às deglutições. ASPECTO DE " SACA ROLHA Espasmo esofagiano difuso: Mecanismo fisiopatológico incerto: provável alteração na inervação inibitória Manifestações clínicas: disfagia e dor torácica Diagnóstico: Manometria esofágica Tratamento: - Excluir causa cardíaca - Inibidores de bomba de prótons (taxa alta de co-existência de DRGE) - Relaxantes da musculatura lisa (nitratos, bloq dos canais de Ca, sildenafil) - Modificadores da percepção de dor (antidepressivos tricíclicos) - Injeção de toxina botulínica - POEM Mári� Sale� DISTÚRBIOS MOTORES DO ESÔFAGO: • Peristalse hipotensiva: Motilidade esofagiana ineficaz Ondas de contração esofágica peristálticas, mas de baixa amplitude ou ausentes, com esfíncter esofágico inferior com relaxamento normal (pressão basal normal ou baixa). ESFÍNCTER HIPOTÔNICO Motilidade esofagiana ineficaz: Patogênese incerta: provável estimulação colinérgica prejudicada/degeneração da musculatura lisa (associação com DRGE) – Primária? Secundária? Doenças do colágeno que afetam a musculatura lisa (Esclerose sistêmica) - Esclerodermia - Ausência de contração esofágica nos 2/3 distais + hipotonia do esfíncter esofágico inferior - Esofagite erosivas graves Manifestações clínicas: sintomas de DRGE refratários (pirose e regurgitação líquidas) e disfagia Tratamento: - Inibidores de bomba de prótons (taxa alta de co-existência de DRGE) - Procinéticos (Domperidona, Metoclopramida, bromoprida) - Fundoplicatura parcial – evitar em formas graves (risco maior de disfagia pós-operatória) CONCLUSÃO: • Esôfago é um órgão tubular: 1/3 superior é composto de musculatura estriada e 2/3 inferiores de musculatura lisa. • Função do esôfago: conduzir o alimento da faringe para o estômago. Essa função depende da peristalse do corpo esofágico eficaz e do relaxamento adequado do EEI. • O sintoma mais característico dos distúrbios motores do esôfago (DME): disfagia para sólidos e líquidos. • Acalasia é o principal distúrbio motor do esôfago – relaxamento inadequado do EEI. • As principais formas de tratamento para acalasia: dilatação endoscópica com balão e miotomia a Heller com fundoplicatura parcial.
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