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Exame clínico do sistema respiratório

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Fernanda Daumas – Curso de Medicina LH II 
 
Exame clínico do 
sistema respiratório 
ANAMNESE 
A anamnese tem grande destaque no 
diagnostico das doenças do trato respiratório. 
Na asma intermitente, o diagnóstico é firmado 
pelos sintomas de vias respiratórias inferiores, 
atopia e história familiar, se olharmos apenas os 
exames tanto a prova de função pulmonar 
quanto a radiografia de tórax fora da crise são 
normais. 
• História da doença atual (HDA): É a meta 
principal da anamnese 
• Identificação: Coletar informações: 
➢Profissão ➢Idade ➢Sexo ➢Cor da pele 
➢Procedência ➢Domicílios atual e anteriores 
➢Tempo de residência no local 
Algumas doenças do sistema respiratório são 
mais incidentes de acordo com a idade, sexo e 
etnia. Nas crianças por exemplo, o sarampo, 
coqueluche e tuberculose. Bronquite crônica, 
enfisema e carcinoma são mais comuns entre 40 
a 60 anos. 
Indivíduos que lidam com pássaros podem ser 
acometidos por Histoplasmose. 
• Antecedentes pessoais e familiares: 
➢Presença de infecções respiratórias na 
infância e juventude redução de reservas 
respiratórias por proliferação de tecido 
cicatricial (fibrose pulmonar); ➢Antecedentes 
Traumáticos, Fraturas? Hemotórax? 
Pneumotórax? ➢Passado Alérgico; ➢Uso de 
corticoides, imunodepressores e antibióticos 
indiscriminadamente; ➢Diabéticos são mais 
vulneráveis a infecções. 
• Doenças preexistentes, medicação em uso e 
imunizações: ➢Asma, AIDS, leucemia, Linfoma, 
ser um paciente transplantado... ➢Anotar todos 
os medicamentos, pois a doença atual pode ser 
um efeito colateral 
• Hábitos de Vida: ➢Tabagismo: possui relação 
direta com asma, bronquite e carcinoma 
brônquico; ➢Etilismo: eclosão de determinadas 
pneumonias; ➢Hábito de nebulização: pode 
exacerbar a atividade de certas bactérias. 
SINTOMAS E SINAIS 
• Os principais sintomas e sinais das afecções do 
aparelho respiratório são: 
 ➢Dor torácica ➢Tosse ➢Expectoração 
➢Hemoptise ➢ Vômica ➢ Dispneia ➢ 
Sibilância ➢ Rouquidão ➢ Cornagem 
EXAME FÍSICO 
Antes de iniciar o exame físico do tórax, o 
médico já deve ter feito o exame físico geral 
observando eventuais alterações para 
correlacioná-las com uma afecção pulmonar. 
EXAME FÍSICO DO TÓRAX 
➢ Inspeção ➢ Palpação ➢ Percussão ➢ 
Ausculta 
INSPEÇÃO: 
 ➢ Deve ser realizada em ambiente bem 
iluminado; ➢ Manter a privacidade do cliente; 
➢ Pode ser realizado com o cliente em posição 
deitado ou sentado; ➢ Avaliar região anterior, 
posterior e lateral; ➢ Tórax desnudo, 
comparando com o lado oposto; 
➢ Cliente capaz de manter fala prolongada; ➢ 
Estado de consciência do cliente; ➢ Possíveis 
rouquidão e/ou estridor; ➢ Chiados audíveis; ➢ 
Dificuldades respiratórias; ➢ Coloração da 
pele/hidratação/lesões ➢ Utilização da 
musculatura acessória; ➢ Nas partes ósseas 
observar se há retrações ou abaulamentos. 
Inspeção estática: examina-se a forma do tórax. 
Inspeção dinâmica: observa-se os movimentos 
respiratórios suas características e alterações. 
Fernanda Daumas – Curso de Medicina LH II 
 
 INSPEÇÃO ESTÁTICA: 
 Tórax Chato ou plano – redução do diâmetro 
anteroposterior, as costelas aumentam sua 
inclinação, os espaços intercostais se reduzem, 
as clavículas são oblíquas e salientes e as fossas 
supra e infraclaviculares mais profundas. EX: 
indivíduos longilíneos, portadores de doença 
pulmonar crônica. 
Tórax em tonel ou globoso – aumento 
exagerado do diâmetro anteroposterior, maior 
horizontalização dos arcos costais e 
abaulamento da coluna dorsal. EX: indivíduos 
portadores de DPOC. Cuidado para não 
confundir com o processo natural de 
envelhecimento 
INSPEÇÃO DINÂMICA: 
➢ Frequência respiratória; ➢ Tipo respiratório; 
➢ Ritmo respiratório; ➢ Tiragem. 
 Frequência respiratória: ➢ Eupneia ➢ 
Bradipneia ➢ Taquipneia ➢ Apneia 
Tipo respiratório: ➢ Respiração torácica 
(comum nas mulheres) ➢ Respiração abdominal 
➢ Respiração tóraco-abdominal (comum em 
homens) 
Ritmo: para analisá-lo deve-se observar por no 
mínimo 2 minutos a sequência, a forma e a 
amplitude das incursões respiratórias. ➢ 
Achados: ➢ Cheyne Stokes ➢ Kussmaul ➢ Biot 
Ritmo – Cheyne Stokes 
➢ Caracteriza-se por uma fase de apneia 
seguida de incursões inspiratórias cada vez mais 
profundas até atingir um máximo, para depois 
vir decrescendo até nova pausa. ➢ Causas: IC, 
Hipertensão intracraniana, os AVEs e os TCEs 
 
Ritmo – Kussmaul 
➢ Compõem-se de quatro fases: inspirações 
ruidosas, apneia em inspiração, expiração 
ruidosas e apneia em expiração. ➢ Causas: A 
acidose metabólica (DM) é a sua principal causa. 
 
Ritmo – Biot 
➢ A respiração apresenta-se com duas fases. A 
primeira apneia, seguida de movimentos 
inspiratórios e expiratórios anárquicos quanto 
ao ritmo e amplitude. ➢ Causas: Quase sempre 
este tipo de respiração indica grave 
comprometimento cerebral, as causas mais 
frequentes deste ritmo são TCE, depressão do 
SNC e precede PCR. 
 
 
 
Tiragem 
Fernanda Daumas – Curso de Medicina LH II 
 
• Tiragem é a depressão inspiratória dos espaços 
intercostais e das regiões supra-esternal e 
supraclaviculares que ocorre durante toda a 
inspiração e indica a presença de dificuldade na 
expansão pulmonar. • Ex: Atelectasia pulmonar 
 
PALPAÇÃO: 
➢ Complementa a inspeção; ➢ Avalia a 
mobilidade da caixa torácica; ➢ Avaliação da 
dor; ➢ Verificação da temperatura e sudorese; 
➢ Expansibilidade de ápice e base pulmonar; ➢ 
Frêmito toracovocal (FTV) 
Palpação da traqueia: 
➢ Avaliar desvio da posição anatômica; ➢ 
Deslocamento contralateral ao pulmão afetado 
durante a inspiração – enfisema ➢ 
Deslocamento lateral fixo sem variar à 
inspiração – aneurisma de aorta, tumor 
(mediastino, pescoço), linfonodos aumentados, 
aumento da tireoide; ➢ Desvio da traqueia na 
fase expiratória – pneumotórax hipertensivo, 
hemotórax, derrame pleural; 
 Palpação do Tórax: 
➢Expansibilidade dos ápices pulmonares 
➢Expansibilidade das bases pulmonares ➢Em 
ambas as técnicas o examinador fica atrás do 
paciente em posição sentada e este deve 
respirar profunda e pausadamente ➢Essa 
técnica é útil nos processos que reduzem a 
mobilidade pulmonar. 
 
Frêmito Toracovocal - FTV 
➢ Corresponde às vibrações da parede torácica 
à emissão de um som ➢ Cliente deverá 
pronunciar palavras ricas em consoantes como 
trinta e três. ➢ Para avaliar – posicionar a mão 
de modo que somente os dedos encostem sobre 
a superfície do tórax, comparando com regiões 
homólogas; ➢ O FTV é mais acentuado a direita 
e nas bases pulmonares. 
➢ Derrame pleural – líquido abafa a vibração 
sonora - FTV diminuído ou abolido ➢ 
Condensações pulmonares – meio sólido facilita 
a transmissão do som – FTV aumentado ➢ 
Brônquio ocluído - FTV diminuído ou abolido 
PERCUSSÃO: 
➢ A percussão permite detectar SOMENTE 
alterações que ocorrem na parede torácica, no 
espaço pleural e na periferia do pulmão – 
nenhuma alteração é notada se a anormalidade 
estiver situada além de 5 cm de profundidade a 
partir da parede torácica. 
 
Fernanda Daumas – Curso de Medicina LH II 
 
 
AUSCULTA: 
 É o método semiológico básico no exame físico 
dos pulmões. É funcional por excelência, 
diferentemente da percussão, uma vez que 
possibilita analisar o funcionamento pulmonar. 
Para sua realização exige-se o máximo de 
silêncio, além de uma posição cômoda do 
paciente e do médico. 
➢ Posicionamento correto, sem forçar a cabeça 
e nem dobrar o tronco; ➢ Deve ser instruído a 
respirar pela boca entreaberta mais 
profundamente que o normal e sem fazer ruído; 
➢ Posicionamento correto do estetoscópio; ➢ 
Ausculta se inicia na parte posterior, depois 
lateral e pôr fim a anterior; ➢ Comparar 
ausculta com lados homólogos. 
TEMOS NA AUSCULTA: 
 ➢Sons Normais: traqueal, brônquico, 
murmúrio vesicular e broncovesicular. 
➢Sons Anormais: estertores finos e grossos, 
roncos, sibilos, estridor e atrito pleural.➢Sons Vocais: broncofonia, egofonia, 
pectorilóquia fônica e afônica 
Sons normais 
Som traqueal ➢ Porção extratorácica da 
traqueia. São muito intensos e com frequência 
muito acentuada, de qualidade pouco sonora ou 
áspera. Na fase expiratória são mais longos que 
na inspiratória. 
Som brônquico ➢ Semelhante ao som traqueal 
– mais suave e menos intenso. Regiões torácicas 
de projeção da traqueia e brônquios de grosso 
calibre, nas proximidades do esterno. 
Som broncovesicular ➢ Geralmente pode ser 
ouvido nas regiões infra e supraclavicular e nas 
regiões supraescapulares. É uma mistura de som 
brônquicos com sons vesiculares. A expiração e 
inspiração tem duração e intensidade 
aproximadamente iguais, não havendo pausa 
entre elas. 
Murmúrio vesicular ➢ É normalmente audível 
no restante do tórax, é um som relativamente 
suave e de baixa frequência. É possível ouvi-lo 
sobre a maior parte da periferia dos pulmões. ➢ 
Pode estar diminuído ou ausente indicando 
diversas patologias. 
Sons anormais 
Sons anormais contínuos: ➢ Roncos – são 
secreções espessas nos grandes brônquios. São 
sons contínuos, escutados nas vias aéreas 
maiores, mais graves. Semelhante ao roncar ou 
ressonar das pessoas 
Sibilos – São sons contínuos, mais agudos, 
decorrentes do estreitamento das vias aéreas. 
Ex.: bronquite, crises asmáticas, bronco-
espasmo. 
Estridor – som produzido pela semiobstrução da 
laringe ou da traqueia. Ex: laringites agudas, 
câncer da laringe. 
Atrito pleural – Em condições normais os 
folhetos das pleuras parietal e visceral deslizam 
um sobre o outro. Na vigência de um processo 
inflamatório sua superfície se torna irregular, 
podendo gerar uma vibração sonora, como o 
ranger do atrito de couro 
Estertores finos: ocorrem no final da inspiração, 
tem frequência alta, isto é, são agudos, e 
duração curta. Não se modificam com a tosse. 
Som parecido com o fechar e abrir um fecho de 
velcro. EX: pneumonias. 
Estertores grossos: tem frequência menor e 
maior duração que os finos. Sofrem nítida 
Fernanda Daumas – Curso de Medicina LH II 
 
alteração com a tosse. São ouvidos no início da 
inspiração e durante toda a expiração. EX: 
bronquite crônica. 
Sons Vocais 
➢Ausculta-se a voz nitidamente pronunciada e 
a voz cochichada. Para isso o paciente vai 
pronunciando as palavras trinta e três enquanto 
o examinador percorre o tórax com o 
estetoscópio, comparando com regiões 
homólogas. ➢Os sons produzidos pela voz e 
ouvidos na parede torácica se chama de 
ressonância vocal. 
Podemos observar: Ressonância vocal normal: 
escuta-se sons incompreensíveis. Ressonância 
vocal diminuída 
Ressonância vocal aumentada: 
 - Broncofonia: ausculta-se a voz com pouca 
nitidez 
- Pectorilóquia fônica: ausculta-se a voz 
nitidamente 
- Pectorilóquia afônica: ausculta-se a voz 
mesmo cochichado

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