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Infecções de via respiratória superior IVRS

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DEFINIÇÃO 
O resfriado comum é uma síndrome respiratória 
superior caracterizada por rinorreia e obstrução 
nasal, frequentemente acompanhada por garganta 
inflamada, espirros e tosse. 
Essa síndrome viral está entre as enfermidades 
mais comuns da humanidade, isso porque 
“Resfriado comum” é um termo que engloba, de 
maneira genérica, várias doenças identificadas por: 
rinite infecciosa aguda, rinofaringite/ nasofaringite 
aguda, coriza aguda e inflamação nasal aguda. 
EPIDEMIOLOGIA 
A incidência dos resfriados comuns diminui com a 
idade, de, pelo menos, 6 episódios por ano em 
crianças comuns para aproximadamente 2 
episódios por ano em adultos. 
A incidência da doença é mais alta em adultos que 
têm exposição ocupacional ou doméstica a 
crianças e em crianças que frequentam creches. 
O resfriado comum ocorre o ano todo em climas 
temperados, mas tem um aumento entre o início 
do outono e o final da primavera. Essa 
“temporada” de resfriado comum consiste em 
surtos sequenciais provocados por diferentes vírus 
respiratórios. 
ETIOLOGIA/ FISIOPATOLOGIA 
Quase todas as infecções do trato respiratório 
superior inespecíficas são causas por vírus, que 
podem ser de diferentes famílias e tipos 
antigênicos. Exemplo: há pelo menos 100 
imunotipos de rinovírus. O rinovírus é um vírus 
RNA que infecta o epitélio respiratório e é 
responsável pela metade dos casos de resfriado 
comum, o que faz jus a seu apelido: “o vírus do 
resfriado comum”. Além disso, também pode 
causar bronquite crônica, asma e associado a 
bronquiolite em crianças pequenas. 
Além do rinovírus, há também 3 imunotipos de 
vírus influenza, 4 imunotipos de vírus 
parainfluenza, 47 imunotipos de adenovírus, pelo 
menos 3 imunotipos do coronavírus, vírus sincicial 
respiratório e metapneumovírus. 
 
FISIOPATOLOGIA 
O resfriado comum é iniciado pela infecção do 
epitélio. Alguns vírus produzem um dano evidente 
no epitélio respiratório (influenza e adenovírus), 
outros tem pouco ou nenhum impacto detectável 
no epitélio (sincicial respiratório). Além disso, 
todos os vírus estimulam uma resposta 
inflamatória não específica do hospedeiro que 
parece ser responsável por muitos dos sintomas 
associados com o resfriado comum. 
 
O risco de infecção após a exposição aos vírus 
respiratórios depende da presença de anticorpos 
neutralizantes específicos. As respostas dos 
anticorpos para os rinovírus e vírus influenza são 
protetoras contra a infecção subsequente, mas 
devido a alta taxa de sorotipos diferentes no 
rinovírus e a mutação rápida dos antígenos no 
influenza, ainda ocorre a infecção. Já o vírus 
parainfluenza, os vírus sinciciais e os 
metapneumovírus não produzem imunidade 
protetora, então a reinfecção é comum. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Os sinais e sintomas são semelhantes a outras 
infecções do trato respiratório superior, mas não 
possui uma localização anatômica específica, 
como, por exemplo, laringite na laringe. 
Os sinais e sintomas são variáveis e diferem entre 
os pacientes, mesmo quando causados pelo 
mesmo vírus. Por outro lado, a variedade talvez 
reflita as diferenças nas respostas do organismo 
infectante, como, por exemplo, mialgia e fadiga 
podem ocorrer nas infecções por influenza e 
parainfluenza, e a presença de conjuntivite sugere 
infecção por adenovírus ou enterovírus. 
A incubação do resfriado comum geralmente é 
curta, variando de dois a oito dias, embora os 
adenovírus possam ter a incubação de até 13 dias. 
Dor ou irritação na garganta é frequentemente a 
primeira manifestação. A obstrução nasal e a 
rinorreia desenvolvem-se rapidamente e, 2 ou 3 
dias depois, ocorrem os sintomas mais incômodos. 
A tosse normalmente se desenvolve mais tarde. O 
resfriado normalmente dura por até 1 semana, e 
em poucas pessoas até 2 semanas. 
PRINCIPAIS SINTOMAS: rinorreia (purulenta ou 
não), congestão nasal, tosse e dor de garganta. 
SINTOMAS VARIÁVEIS: febre (mais comum em 
crianças pequenas e lactentes), mal-estar, espirros, 
linfadenopatia (aumento palpável de linfonodos) e 
rouquidão. 
Os achados físicos são limitados ao trato 
respiratório superior. O aumento da secreção nasal 
frequentemente é evidente para o examinador. 
Alteração na cor ou na consistência das secreções 
é comum durante o curso da doença e não é 
indicativa de sinusite ou superinfecção bacteriana. 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico é pouco preciso nos primeiros dias 
de sintomas. 
A rinite alérgica tem um conjunto de sintomas 
parecidos com os do resfriado comum, embora a 
presença de coceira no nariz ou na conjuntiva 
sugira doença alérgica. A maioria dos pacientes 
sabe diferenciar essas enfermidades. 
Exames laboratoriais de rotina não são úteis para o 
diagnóstico e tratamento do resfriado comum. 
Embora os patógenos virais associados com o 
resfriado comum possam ser detectados por 
cultura, detecção de antígenos, reação em cadeia 
de polimerase ou métodos sorológicos, esses 
exames são de pouca utilidade, exceto se houver 
possibilidade de instituir tratamento com agente 
antiviral. 
TRATAMENTO 
Há poucas opções específicas de tratamento, 
apesar das novas modalidades diagnósticas que 
podem determinar a etiologia viral. Além disso, não 
vale a pena. Em adultos saudáveis, geralmente não 
há necessidade de se proceder uma investigação 
específica para além do diagnóstico clínico. 
Os antibióticos não são indicados no tratamento 
das ITRSs inespecíficas, e o seu mau uso facilita o 
surgimento de resistência aos antimicrobianos. O 
tratamento deve ser apenas sintomático, com o 
uso de descongestionantes e anti-inflamatórios 
não esteroides. Esses medicamentos têm eficácia 
demonstrada em adultos, mas não claramente 
benéficas em crianças e não são recomendados 
para crianças menores de quatro anos. 
Os ensaios clínicos feitos com zinco, vitamina C, 
equinácea (planta medicinal) e outros remédios 
alternativos não demonstram qualquer benefício 
consistente no tratamento das ITRSs inespecíficas. 
 
PROGNÓSTICO 
O resfriado comum, geralmente, não tem muito 
significado médico. Contudo, essas enfermidades 
são frequentemente complicadas por otite média 
ou sinusite, que podem ser resultado direto da 
infecção viral ou podem ocorrer em função de uma 
superinfecção bacteriana. As exacerbações de 
asma e de bronquite crônica também são 
complicações importantes do resfriado comum. 
 
 
 
Os vírus influenza já causaram 5 pandemias de 
variadas gravidades ao longo dos últimos 120 anos. 
A pandemia de 1918 a 1919 (pós 1ª Guerra-
mundial) provocou, pelo menos, 500.000 mortes 
nos Estados Unidos e mais de 40 milhões pelo 
mundo. 
As epidemias recentes causaram em média mais de 
36.000 mortes relacionadas com problemas 
respiratórios e circulatórios e mais de 200.000 
hospitalizações apenas nos Estados Unidos. 
DEFINIÇÃO 
O vírus causador infecta o trato respiratório, é 
altamente contagioso e produz sintomas logo no 
início da doença. 
EPIDEMIOLOGIA 
Influenza é uma doença respiratória febril aguda 
que ocorre em surtos anuais de gravidade variável 
e causa epidemias e pandemias imprevisíveis. 
ETIOLOGIA 
Agente etiológico: INFLUENZA. 
Os vírus influenza são divididos em 3 tipos: A, B, C 
e se distinguem por suas proteínas internas e 
externas. 
Enquanto os vírus da influenza B e C são 
principalmente patógenos humanos, os vírus 
influenza A infectam principalmente aves aquáticas 
e às vezes outros hospedeiros animais, incluindo 
outras aves, suínos, cavalos, mamíferos marinhos, 
felinos e cães. 
Os vírus da influenza A são classificados em 
subtipos de acordo com suas glicoproteínas HA e 
NA. 16 subtipos de HA e 9 de NA são reconhecidos 
na natureza, mas apenas 3 HAs (H1, H2 e H3) e 2 
NAs (N1 e N2) foram documentadas até agora nos 
vírus de influenza A humana. 
Cada cepa é identificada por tipo, subtipo, local, 
número da amostra e ano do isolamento.FISIOPATOLOGIA 
A infecção pelo vírus influenza é transmitida de 
pessoa a pessoa por secreções respiratórias que 
contém vírus. 
Uma vez iniciada a infecção viral do epitélio do 
trato respiratório, ciclos sucessivos de replicação 
viral infectam grandes números de células e 
resultam na destruição do epitélio ciliado. 
MAMIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
SÍNDROME GRIPAL: Um início abrupto de doença, 
com sensação de febre, frio, calafrios, cefaleia, 
mialgia e mal-estar ocorre em menos de dois 
terços dos casos. Sintomas sistêmicos predominam 
inicialmente, e prostração ocorre nos casos mais 
graves. Mialgia e cefaleia são os sintomas iniciais 
mais incômodos, e a sua gravidade é relacionada 
com o nível de febre. Às vezes, sintomas oculares, 
incluindo fotofobia, lacrimejamento, ardência e 
dor à movimentação dos olhos, estão presentes. 
Sintomas respiratórios, particularmente tosse seca 
e corrimento nasal, também estão geralmente 
presentes desde o início, mas são superados pelos 
sintomas sistêmicos. Obstrução nasal, rouquidão e 
dor de garganta também são comuns. 
Cefaleia, mal-estar, mialgia (dor muscular), febre, 
rinorreia, odinofagia (deglutição com dor), 
linfadenopatia (aumento palpável dos linfonodos), 
tosse não produtiva; 
DIAGNÓSTICO 
TESTES LABORATORIAIS: testes moleculares (alta 
sensibilidade, 1 a 8 h), teste antígeno rápido 
(menor sensibilidade, 15 minutos), cultura viral 
(alta sensibilidade, 48 a 72h). 
TRATAMENTO 
Todos que, em epidemia, que for se beneficiar do 
tratamento e, em casos esporádicos, apenas em 
quem ter fator de risco para infecção por gripe 
(profissionais de saúde ou próximos de quem já 
teve a gripe). 
Os testes devem ser feitos o mais rápido possível, 
pois o pico da transmissão ocorre entre as 24h e 
48h dos primeiros sintomas. 
O tratamento antiviral é recomendado o mais 
rápido possível para os pacientes com 
comprovação ou suspeita de influenza que 
manifestam enfermidade grave, complicada ou 
progressiva; pacientes hospitalizados; ou com 
condições subjacentes que aumentem o risco para 
complicações, incluindo adultos com mais de 64 
anos de idade e crianças com menos de 5 anos de 
idade. 
PACIENTES EM ALTO RISCO: crianças menores de 5 
anos, idosos maiores de 65 anos, doentes crônicos, 
imunossupressores, gestantes, obesos mórbidos, 
residentes em serviço de saúde. 
Tratamento com OSELTAMIVIR: pacientes de alto 
risco com internação hospitalar e de baixo risco em 
menos de 48h dos sintomas. Além disso, para 
todos deve-se prescrever analgésicos, anti-
inflamatórios não esteroides e supressor de tosse. 
 
 
Refere-se ao quadro inflamatório que envolve os 
seios paranasais. Normalmente o seio maxilar é o 
mais afetado, seguido pelos seios etmoidais, 
frontais e esfenoidais. 
Todos os seios paranasais são revestidos por 
epitélio respiratório produtor de muco; esse muco 
é transportado pela ação ciliar para dentro da 
cavidade nasal. Esse muco, normalmente, não se 
acumula nos seus paranasais. A deficiência parcial 
ou total do movimento ciliar ou a obstrução dos 
óstios dos seios pode resultar na retenção de 
secreções, desencadeando sinais e sintomas de 
Rinossinusite. 
Normalmente é classificada de acordo com a 
duração da doença (aguda ou crônica), a etiologia 
(infecciosa ou não) e, quando infecciosa, o tipo de 
patógeno implicado (viral, bacteriana ou fúngica). 
 
 
DEFINIÇÃO 
Com duração menor a 4 semanas, representa a 
grande maioria dos casos. A maior parte dos 
diagnósticos é feito em ambulatório, e a doença 
ocorre principalmente como consequência de uma 
ITRS viral precedente. A distinção entre 
rinossinusite aguda bacteriana e viral com base 
apenas nos achados clínicos é difícil. Não 
surpreende, portanto, que se prescrevam 
antibióticos com tanta frequência (85-98% dos 
casos) para essa doença. 
ETIOLOGIA/ FISIOPATOLOGIA 
A rinossinusite viral é muito mais comum do que a 
bacteriana. Os vírus mais encontrados em estudos 
são: rinovírus, vírus parainfluenza e o vírus 
influenza. 
a obstrução dos ostios pode ocorrer por causas 
infecciosas ou não. As não infecciosas são: rinite 
alérgica (edema da mucosa ou obstrução por 
pólipo), barotrauma (mergulho profundo ou 
viagem aérea) e exposição a irritantes químicos. A 
obstrução pode ocorrer por tumores nasais ou dos 
seios (carcinoma de células escamosas) ou doenças 
granulomatosas, e nas situações de modificação no 
conteúdo do muco (fibrose cística). 
As causas bacterianas de rinossinusite são mais 
bem caracterizadas. 
MAMIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Otalgia acompanhada de dor maxilar, hiposmia 
(perda do olfato), halitose, rinorreia com tosse 
principalmente noturna, congestão nasal e 
dor/pressão facial. 
Em sua maioria, os casos de rinossinusite aguda 
ocorrem após ou durante ITRS viral, e pode ser 
difícil diferenciar seus quadros clínicos, sendo que 
a sucessão dos sintomas é importante para o 
diagnóstico. 
Grande parte dos pacientes com resfriado tem 
inflamação dos seios paranasais, porém apenas 
0,2% a 2% evoluem com complicações. 
Entre os sinais e sintomas comuns à apresentação 
nos pacientes com rinossinusite, estão corrimento 
e congestão nasais, dor facial à compressão e 
cefaleia. Muitos acreditam que um corrimento 
nasal espesso, purulento ou de cor alterada seja 
um sinal de rinossinusite, mas esse sinal também 
ocorre precocemente nas infecções virais, como o 
resfriado comum, não podendo ser considerado 
específico da rinossinusite bacteriana. Outras 
manifestações são tosse, espirros e febre. A dor de 
dente, principalmente quando afeta os molares 
superiores, e a halitose ocasionalmente estão 
associadas à rinossinusite bacteriana. 
Na rinossinusite aguda, a dor sinusal à compressão 
muitas vezes tem a mesma localização do seio 
acometido (particularmente o seio maxilar) e pode 
se agravar quando o paciente se curva ou se deita. 
Algumas complicações da rinossinusite 
potencialmente fatais são meningite, abscesso 
extradural e abscesso cerebral. 
Os pacientes com rinossinusite aguda hospitalar 
com frequência estão em estado crítico e, por esse 
motivo, não apresentam as características clínicas 
típicas da doença sinusal. No entanto, deve-se 
suspeitar do diagnóstico quando pacientes com 
fatores de risco compatíveis (p. ex., intubação 
nasotraqueal) evoluem com febre sem outra causa 
evidente. 
DIAGNÓSTICO 
No ambulatório é difícil distinguir entre 
rinossinusite bacteriana e viral em razão da 
sensibilidade e especificidade relativamente baixas 
das manifestações clínicas comuns. 
É um diagnóstico clínico! Não necessita do uso de 
exames de imagem, salvo casos suspeitos de 
complicações. 
Uma característica clínica tem sido usada para 
ajudar a orientar as decisões diagnósticas é a 
duração da doença. 
Como a rinossinusite bacteriana aguda é incomum 
em pacientes com sintomas há menos de 10 dias, 
recomenda-se reservar esse diagnóstico aos casos 
com sintomas persistentes. 
Em pacientes que apresentam sintomas de (1) 
secreção nasal purulenta, (2) obstrução nasal e (3) 
dor na face, com sintomas há mais de 10 dias nos 
adultos e 14 dias em crianças, ainda apenas 40 – 
50% dos casos apresentam, de fato, rinossinusite 
bacteriana. 
IMPORTANTE: Pacientes com double sickening – 
alguns dias melhorando e piora repentina. 
TRATAMENTO 
Irrigação salina, esteroides tópicos (reduzem a 
vermelhidão e a coceira provocada por 
determinados problemas da pele – NEOSORO), 
esteroide oral, analgésicos comuns (dipirona e 
paracetamol) e antibioticoterapia (amoxicilina). 
A maioria dos pacientes com diagnóstico clínico de 
rinossinusite aguda melhora sem antibióticos. A 
conduta inicial nos pacientes com sintomas leves a 
moderados de curta duração deve ser a prescrição 
de medidas terapêuticas para aliviar os sintomas e 
facilitar a drenagem dos seios paranasais, como 
uso de descongestionantes tópicos e orais,lavagem nasal com soro fisiológico e – ao menos 
nos pacientes com antecedentes de rinossinusite 
crônica ou de alergias – glicocorticoides nasais. 
Pode-se considerar antibioticoterapia para 
pacientes adultos que não apresentem melhoras 
após 10 a 14 dias, e qualquer paciente com 
sintomas mais graves (independentemente da 
duração) deve ser tratado com antibiótico. Para os 
pacientes que não responderem à 
antibioticoterapia inicial, deve-se considerar a 
possibilidade de aspiração e/ou de lavagem dos 
seios paranasais por um otorrinolaringologista. 
 
 
DEFINIÇÃO 
É caracterizada por sintomas de inflamação sinusal 
com duração maior que 12 semanas. 
ETIOLOGIA/ FISIOPATOLOGIA 
A doença está mais comumente associada a 
bactérias ou fungos, e, na maioria dos casos, é 
muito difícil obter a cura clínica. Muitos desses 
pacientes já receberam várias prescrições de 
antibióticos e tiveram os seios paranasais operados 
diversas vezes, fatores que aumentam os riscos de 
colonização por patógenos resistentes a 
antibióticos e complicações cirúrgicas. Tais 
pacientes com frequência apresentam taxas 
elevadas de morbidade, às vezes durante vários 
anos. 
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA 
Otalgia (dor de ouvido), hiposmia (perda parcial do 
olfato), halitose (mal hálito), rinorreia (secreção do 
nariz), congestão nasal e dor/pressão facial. 
TRATAMENTO 
Cessar o tabagismo (evitar os fatores que causam a 
lesão tecidual), irrigação salina (custo-benefício 
bom), esteroide tópico (reduzem a vermelhidão e 
a coceira provocada por determinados problemas 
da pele – NEOSORO) e esteroides orais. 
O tratamento da rinossinusite bacteriana crônica 
pode ser desafiador e consiste primariamente em 
vários ciclos de antibióticos com escolha orientada 
por teste de sensibilidade e duração de 3-4 
semanas ou mais; administração de 
glicocorticoides intranasais; e irrigação do seio 
paranasal com solução fisiológica estéril. Quando 
essa conduta falhar, deve-se considerar a indicação 
de cirurgia dos seios paranasais, procedimento que 
propicia significativa melhora, ainda que 
transitória. O tratamento da rinossinusite fúngica 
crônica consiste na remoção cirúrgica do muco 
impactado. Infelizmente, a recorrência é comum. 
 
 
A otite média é um distúrbio inflamatório da orelha 
média que ocorre como resultado de disfunção da 
tuba de Eustáquio (conecta a orelha média a 
orofaringe. Tem por função regular a pressão da 
orelha média, além de retirar líquidos dessa 
região). 
Essa estrutura é importante para patologias 
associadas a crianças. Num adulto, a angulação 
com a orelha média relativamente grande, em 
torno de 45 graus, e isso impede que líquidos 
passem da cavidade oral para orelha média. Em 
crianças, essa tuba tem uma angulação muito 
menor, o que possibilita uma maior passagem de 
líquidos da orofaringe para a cavidade da orelha 
média, podendo ocorrer casos de otite. 
 
DEFINIÇÃO 
Ocorre quando patógenos da nasofaringe 
penetram no líquido inflamatório acumulado na 
orelha média (exemplo: assoar o nariz durante uma 
TRS). A proliferação de patógenos nesse espaço 
resulta no surgimento dos sinais e sintomas típicos 
de infecção aguda da orelha média. No entanto, é 
mais comum que eles predisponham à otite média 
bacteriana. 
ETIOLOGIA E FISIOPATOLOGIA 
A otite média aguda em geral sucede uma ITRS 
viral. Os vírus causadores (vírus sincicial 
respiratório, influenza, rinovírus e enterovírus) 
também são capazes de causar otite média aguda. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
A presença de líquido na orelha média é 
confirmada com à otoscopia pneumática. Na 
ausência de líquido, vê-se a membrana timpânica 
movendo-se quando se plica pressão positiva ou 
negativa. No entanto, esse movimento diminui na 
presença de líquido. 
Quando há infecção bacteriana, a membrana 
timpânica também pode se mostrar eritematosa, 
abaulada ou retraída. Às vezes, ocorre perfuração 
espontânea. Os sinais e sintomas que 
acompanham a infecção poder ser localizados ou 
sistêmicos, incluindo otalgia, otorreia, perda de 
audição e febre. Outros sinais e sintomas 
ocasionalmente relatados são vertigem, nistagmo 
(movimentos involuntários dos olhos) e zumbido. 
OTITE MÉDIA AGUDA RECORRENTE: Caracterizada 
por mais de três episódios em 6 meses ou quatro 
episódios em 12 meses, decorrendo da resistência 
da infecção. 
Recomenda-se antibiótico ativo contra 
microrganismos produtores de b-lactamase. Pode-
se fazer profilaxia em pacientes recorrentes com 
amoxicilina. 
OTITE MÉDIA SEROSA: É a otite média com efusão, 
líquido presente na orelha média por muito tempo 
sem sinais de infecção. 
Os antibióticos e a miringotomia com inserção de 
tubo de timpanostomia são reservados aos 
pacientes nos quais a efusão bilateral (1) tenha 
persistido por mais de 3 meses ou (2) esteja 
associada a perda auditiva bilateral significativa. 
DIAGNÓSTICO 
O diagnóstico de otite média aguda exige a 
demonstração da presença de líquido na orelha 
média (com imobilidade da membrana timpânica), 
bem como sinais e sintomas concomitantes de 
doença local ou sistêmica. 
TRATAMENTO 
HOLANDA: médicos tratam com anti-inflamatórios 
de forma agressiva para tratar a dor, e o antibiótico 
é administrado somente após 48 – 72h de sintomas 
contínuos. 
EUA: recomenda-se antibiótico para crianças 
maiores de 2 anos se apresentar doença bilateral, 
perfuração da membrana timpânica, 
imunocomprometidos, febre ou com vômito; e 
para maiores de 6 meses se secreção na orelha 
média e sinais de inflamação da orelha média. 
Em geral, o tratamento para otite média aguda é 
considerado empírico, exceto nos poucos casos em 
que se justifica a timpanocentese. 
Em geral, o tratamento da otite média aguda não 
complicada dura 5 a 7 dias nos pacientes maiores 
de 6 anos. Tratamentos mais longos devem ser 
reservados a pacientes com doença grave para os 
quais o tratamento de curta duração pode ser 
insuficiente. 
Descongestionantes e anti-histamínicos são usados 
frequentemente como agentes adjuvantes para 
reduzir a congestão e aliviar a obstrução da tuba de 
Eustáquio, embora não haja ensaios clínicos 
demonstrando evidências significativas de que 
sejam benéficos. 
 
 
DEFINIÇÃO 
Inflamação na garganta que pode ser provocada 
tanto por vírus quanto por bactéria. 
EPIDEMIOLOGIA 
Cerca de 50% dos doentes têm menos de 18 anos. 
ETIOLOGIA/ FISIOPATOLOGIA 
Uma grande variedade de microrganismos pode 
causar faringite. A importância relativa dos 
diferentes patógenos pode ser apenas estimada, 
pois em muitos casos não é possível identificar o 
agente. 
No seu conjunto, os vírus respiratórios são a causa 
identificável mais comum de faringite aguda, sendo 
os rinovírus e o coronavírus responsáveis por uma 
grande proporção dos casos. 
Os vírus influenza, parainfluenza e adenovírus 
também causam uma parcela ponderável das 
faringites casos, sendo os dois primeiros mais 
sazonais e o último presente em uma síndrome 
mais grave (febre faringoconjuntival). 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Odinofagia (a dor de garganta é o sintoma mais 
comumente apresentado) + linfonodomegalia, 
febre, cefaleia, fadiga e mal-estar. 
A faringite aguda por vírus respiratórios 
geralmente não ser grave e costuma estar 
associada a um conjunto de sintomas relacionados 
com coriza; a febre é rara; 
Diferentemente, a faringite aguda por vírus 
influenza pode ser grave, estando muito mais 
frequentemente associada a febre, mialgias, 
cefaleia e tosse. 
DIAGNÓSTICO 
CAUSAS INFECCIOSAS: viral (a maioria). 
CAUSAS NÃO INFECCIOSAS: alergia, tabagismo, 
locais de baixa umidade, trauma de intubação, 
estiramento vocal. 
O objetivo básico dos exames diagnósticos é 
distinguir a faringite, para que os antibióticos sejam 
prescritos de forma mais efetiva e apenas para os 
pacientes que possam ser beneficiados. 
Avaliar sinais de gravidade: obstrução de via aérea(disfonia, estridor, esforço respiratório) e infecção 
profunda (dor unilateral, edema intraoral, 
crepitação, trismo trauma penetrante). 
Se não houveres sinais de gravidade: ESCORE DE 
CENTOR MODIFICADO. 
Positivo se 3 ou mais pontos. 
 
TRATAMENTO 
MEDIDAS DE SUPORTE: repouso, hidratação, dieta 
(apenas alimentos mornos ou quentes), humidade 
adequada no ambiente (evitar ambientes secos), 
analgésicos orais e tópicos (ajudar na deglutição) e 
anti-inflamatórios não esteroides. 
ANTIBIOTICOTERAPIA: penicilina V (VO: via oral), 
amoxicilina VO, penicilina G benzatina IM. 
O tratamento antibiótico é recomendado em 
pacientes em risco razoável de infecção bacteriana. 
 
 
DEFINIÇÃO 
Define-se como qualquer processo inflamatório 
que envolva a laringe, podendo ter várias causas, 
infecciosas ou não. 
EPIDEMIOLOGIA 
Em sua grande maioria, os casos de laringite 
encontrados na prática clínica de países 
desenvolvidos são agudos. 
ETIOLOGIA/ FISIOPATOLOGIA 
AGUDA: predominantemente viral. 
CRÔNICA: agentes irritantes (tabagismo, álcool, 
alergia, refluxo gastroesofágico). 
Quase todos os vírus respiratórios importantes 
foram implicados na laringite viral aguda, como 
rinovírus, influenza, parainfluenza, adenovírus, 
coxsackie, coronavírus e vírus Sincicial respiratório. 
Muitas vezes é difícil distinguir laringite do câncer 
de laringe, em parte pela frequente ausência de 
sinais e sintomas, bem como de achados 
radiográficos típicos de lesão pulmonar. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
AGUDA: menos de 3 semanas, disfonia 
(rouquidão), tosse, rinorreia, odinofagia 
(deglutição com dor), estridor (ruído audível 
durante a respiração) e dispneia (dificuldade na 
respiração). 
CRÔNICA: mais de 3 semanas, disfonia (rouquidão), 
tosse, pirose (queimação estomacal) e irritação na 
garganta. 
A laringite caracteriza-se por rouquidão e, 
também, por estar associada à redução do timbre 
da voz ou afonia. Como a principal causa de 
laringite são os vírus respiratórios, esses sintomas 
costumam ocorrer junto com outros sinais e 
sintomas de ITRS, como rinorreia, congestão nasal, 
tosse e dor de garganta. 
TRATAMENTO 
AGUDA: higiene vocal (evitar gritar, falar muito...). 
CRÔNICA: higiene vocal + tratamento específico 
para etiologia. 
A laringite aguda geralmente é tratada apenas com 
umidificação e repouso da voz. Não se 
recomendam antibióticos. A escolha do 
tratamento da laringite crônica depende do 
patógeno, cuja identificação geralmente exige 
biópsia e cultura. 
 
 
DEFINIÇÃO 
Definida como a manifestação de inflamação local 
na mucosa nasal. 
EPIDEMIOLOGIA 
Prevalência de 5% no mundo e, no Brasil, de 20%. 
Pode ser sazonal em alguns momentos do ano, ou 
perianual (ano inteiro). Em crianças até 10 anos, há 
uma prevalência de 20%, diminui ao longo da vida 
e idosos com uma prevalência de 2%. 
ETIOLOGIA/ FISIOPATOLOGIA 
CAUSAS ALÉRGICAS: predominantemente marcada 
por espirros e pruridos. 70% possuem sintomas de 
conjuntivite. 
CAUSAS NÃO ALERGICAS: gravidez (acúmulo de 
ácido hialurônico na mucosa nasal), causa 
infecciosa, vasomotora (mudança de ambiente), 
ocupacional (em um lugar específico), 
medicamentosa (usuário de neosoro – rebote), 
doenças sistêmicas (doenças como granulomatose 
de Wegener – inflamação dos vasos sanguíneos 
devido a uma vasculite – e o lupos). 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Espirros, rinorreia, gotejamento pós-nasal, 
congestão, prurido. 
TRATAMENTO 
ALÉRGICA: anti-histamínicos, esteroides tópicos 
(reduzem a vermelhidão e a coceira provocada por 
determinados problemas da pele – NEOSORO), 
esteroide oral (em casos graves), adrenérgicos 
(vasoconstrição local por via de alfarepectores). 
NÃO ALÉRGICA: evitar irritantes, irrigação salina, 
esteroide tópico (reduzem a vermelhidão e a 
coceira provocada por determinados problemas da 
pele) e adrenérgicos (vasoconstrição local por via 
de alfarepectores).

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