Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Adesão à atividade física APRESENTAÇÃO A atividade física é essencial para a promoção da saúde e para o incremento da qualidade de vida. Nos últimos anos, é possível observar que houve uma crescente expansão na oferta de programas de atividades físicas voltados à promoção da saúde, muitos deles por meio de academias, praças de esporte e cultura, além de postos de saúde. No entanto, ainda que haja uma enorme variedade de possibilidades de práticas de atividades físicas, poucos indivíduos aderem aos programas de treinamento e ao desenvolvimento de aptidão. Nesta Unidade de Aprendizagem, você estudará o processo de adesão aos programas de atividades físicas, assim como os seus fatores facilitadores e dificultadores. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar os motivos para a adesão de adultos a protocolos de treinamento físico.• Reconhecer os fatores que aumentam ou reduzem a adesão de idosos a programas de atividades físicas. • Estabelecer medidas para aumentar a adesão aos programas de atividades físicas no âmbito da saúde. • DESAFIO Uma das grandes dificuldades dos profissionais de educação física que atuam com programas de promoção da saúde é a efetivação da adesão de seus participantes. Imagine o cenário a seguir. Diante do que foi exposto, responda: a) Considerando que seu programa se desenvolve em um posto de saúde, que estratégias você poderia utilizar para mapear e buscar a adesão daqueles indivíduos que mais necessitam de atividades físicas? b) Percebendo a desistência de alguns indivíduos do programa de atividades físicas, como você poderia agir para fazê-los retornar às atividades? c) Para evitar que novas desistências ocorram, quais estratégias poderiam ser realizadas para manter os participantes engajados na participação do programa de atividades físicas? INFOGRÁFICO A busca de indivíduos aos programas de atividades físicas ocorrem por muitos fatores. Da mesma forma, também são diversas as causas que contribuem para a permanência ou desistência em tais propostas. Neste Infográfico, você vai ter uma síntese dos fatores que contribuem para a adesão aos programas de atividades físicas no âmbito da saúde. Acompanhe. CONTEÚDO DO LIVRO Atualmente, muitos programas de promoção da saúde têm surgido, possibilitando a prática de atividades físicas em diversos locai, para pessoas de todas as idades, diferentes sexos e classes sociais. Contudo, um dos grandes desafios ainda é fazer com que as pessoas possam aderir aos programas de atividades físicas. No capítulo Adesão à atividade física, da obra Saúde e prescrição do exercício físico, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer os processos que levam os adultos e os idosos à prática de atividades físicas, aderindo aos programas de promoção da saúde. Além disso, vai compreender os principais aspectos que dificultam ou facilitam a adesão a tais programas, além de identificar algumas estratégias que podem facilitar a concretização dessa adesão. Boa leitura. SAÚDE E PRESCRIÇÃO DO EXERCÍCIO FÍSICO Patrick da Silveira Gonçalves Adesão à atividade física Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: � Identificar os motivos para a adesão de adultos a protocolos de trei- namento físico. � Reconhecer os fatores que aumentam ou reduzem a adesão de idosos a programas de atividades físicas. � Estabelecer medidas e estratégias para aumentar a adesão aos pro- gramas de atividades físicas no âmbito da saúde. Introdução Embora possamos presenciar uma crescente oferta de programas de pro- moção da saúde por meio da atividade física, a participação da população ainda é pouco efetiva. Além disso, mesmo aqueles que decidem participar de programas de atividades físicas acabam desistindo poucas semanas ou poucos meses depois de iniciá-las. Para compreender os motivos da baixa participação nesses tipos de programas, é fundamental entender as principais razões pelas quais os indivíduos iniciam, permanecem e desistem das atividades. Neste capítulo, você vai estudar os motivos que levam à adesão de adultos aos protocolos de treinamento físico, diferenciará os principais fatores que aumentam ou reduzem a adesão de idosos aos programas de atividades físicas e estabelecerá algumas medidas e estratégias para aumentar a adesão a esses programas com vistas à promoção da saúde. Motivos para a adesão de adultos a protocolos de treinamento físico A atividade o exercício físico são importantes fatores para a promoção da saúde e da qualidade de vida (HOWLEY; FRANKS, 2000; SHEPHARD, 1997; PATE et al., 1995). Ainda que possamos vislumbrar o aumento de políticas públicas voltadas à promoção da saúde e o surgimento de muitos estabelecimentos de práticas corporais diversas, como academias de ginástica, centros de lutas, salões para danças, ginásios esportivos, entre outros, apenas uma pequena parcela da população brasileira pratica atividades físicas (LIZ; ANDRADE, 2016). As academias de ginástica, que geralmente possuem um acesso mais facili- tado em termos logísticos e financeiros, além de contarem com a possibilidade do acompanhamento profissional constante, em geral, são os locais preferidos por adultos sedentários que aderem a uma vida mais ativa. No entanto, dados do American College of Sports Medicine (2000) sugerem que apenas 5% dos adultos que não costumam praticar exercícios físicos, ao iniciarem um pro- grama de atividades físicas estruturado, aderem à prática. Do mesmo modo, no Brasil, as taxas de evasão das academias são bastante altas. Cerca de 70% dos praticantes desistem da regularidade de sua prática, após algumas semanas ou poucos meses de prática (ALBUQUERQUE; ALVES, 2007). Assim, Santos e Knijinik apontam que existem quatro possibilidades de comportamento frente aos programas de exercícios físicos: Adoção: Crença dos benefícios proporcionados à saúde; é provável que a mo- tivação esteja mais relacionada ao bem-estar. Motivadas por fatores internos e/ou externos ao indivíduo. Manutenção: mais automotivados, estabelecendo as suas próprias metas, tem apoio familiar, a adesão está mais relacionada às sensações de bem-estar e prazer, não percebem inconveniência nos exercícios. Desligamento: falta de tempo, e a inconveniência, falta de motivação, fatores situacionais, ocorre em maior número nos que têm histórico de inatividade ou baixas capacidades físicas e motoras. Retomada da atividade: melhor habilidade de administração do tempo, sensação de controle e autoconfiança, metas mais flexíveis e pensamento positivo. (SANTOS; KNIJINIK, 2006, p. 26). Frente a isso, é possível pensar que a adesão aos exercícios físicos ocorre a partir de fatores internos ou externos aos indivíduos, como as características pessoais (sexo, idade, raça, ocupação, tabagismo, renda, estado médico, conhe- cimento, experiência na prática, atitudes, crença) e os atributos psicológicos/ comportamentais (traços, habilidades). Ou seja, a adesão pode ser considerada como um nível de participação alcançado em um regime comportamental, de forma voluntária, individual ou em grupo (MARCUS; FORSYTH, 2003). De modo geral, podemos caracterizar a adesão em três categorias: Adesão à atividade física2 � Variáveis sociodemográficas: envolvem o sexo, a idade, o nível de escolaridade, a renda, o estado conjugal, a ocupação, a percepção do estado de saúde e as morbidades referidas. Normalmente, indivíduos de maior escolaridade, com maior renda e do sexo masculino são mais propensos a aderir aos programas de atividades físicas. � Variáveis cognitivas/personalidade: envolvem a autoeficácia e a per- cepção do nível de estresse. Indivíduos que possuem maior autoeficácia e uma tolerância maior ao estresse são mais propensos a aderir aos programas de atividades físicas. � Variáveis de comportamento: envolvem oshábitos e as experiências dos praticantes. A adesão aos programas de atividades físicas é mais efetiva em indivíduos que praticavam esportes e vivenciaram experi- ências positivas na infância e na adolescência. Elencamos, portanto, alguns motivos que têm sido relatados e que têm ganhado destaque na literatura como contribuintes para a adesão de adultos a protocolos de treinamento físico. A prevalência dos motivos para a adesão de adultos à prática de atividades físicas também depende do contexto sociocultural. Ou seja, em bairros mais favorecidos economicamente, é mais comum vermos mais pessoas adeptas às práticas corporais. Do mesmo modo, a importância que determinado grupo social demanda sobre a atividade física é fundamental nas prevalências de adeptos às práticas. Dessa forma, a ordem que estabelecemos nessa seção pode não ser a ordem de prevalência evidenciada em todos os grupos sociais. Recomendação médica Entre as motivações que levam os indivíduos adultos a praticarem algum tipo de atividade física estruturada, a recomendação médica é apontada por Santos e Knijinik (2006) como uma das principais. A saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na ausência de doença ou de enfermidade. Nessa perspectiva, a saúde é um processo de busca constante, não restringe-se apenas ao tratamento de doenças. É possível 3Adesão à atividade física reconhecer que para muitas pessoas a saúde ainda é vista como a ausência de doenças, uma vez que a busca das atividades físicas só ocorre após a orientação médica, quando uma patologia já apresenta sinais de desenvolvimento. O sedentarismo ou a baixa atividade física auxilia no processo de desen- volvimento direto ou indireto de inúmeras patologias. A hipocinesia favorece o desenvolvimento da obesidade que, por sua vez, aumenta os riscos de de- senvolvimento de doenças cardiovasculares (TRICHES; GIUGLIANI, 2005). O surgimento dos sintomas e sinais da obesidade, da hipertensão arterial, da hipercolesterolemia e de outros processos de regressão funcional, como a perda da flexibilidade, a atrofia das fibras musculares e o comprometimento funcional de vários órgãos, direcionam os sujeitos para os sistemas de saúde na busca de auxílio médico. Associados aos tratamentos medicamentosos e de mudança de hábitos alimentares, as pessoas são orientadas a procurar alguma atividade física para ser desenvolvida de forma regular. Podemos salientar, então, que a busca por atividades físicas, em grande parte das vezes, é para enfrentar patologias que já demonstram sinais e sintomas nos sujeitos. Nessa direção, a atividade física ainda é relacionada como um instrumento de tratamento de doenças e também uma prática considerada dispensável na vida adulta por grande parte da população. Estética e autoconceito Outro motivo bastante grande que leva os adultos à prática de exercícios físicos é a preocupação com a estética. Na vida adulta, algumas modificações corporais começam a ocorrer, como os declínios das capacidades físicas e a mudança da composição corporal (PAPALIA; OLDS, 2000). Esses fenômenos levam as pessoas a aderirem à prática de alguma atividade física sistematizada como forma de recuperar certa aparência física ou na tentativa de retardar as suas modificações. No mesmo sentido, Codo e Senne (1984) já apontavam, há algumas décadas, que o boom das academias de ginástica, iniciado entre as décadas de 1970 e de 1980, e influenciado por padrões inseridos nos moldes capitalistas, indicava que esses espaços estavam servindo para a promoção de um corpo “desejável” esteticamente. Atualmente, como apontado por Baptista (2001) a busca por um ideal de corpo belo, o qual deve ser magro e de traços musculares bem definidos, tem motivado adultos a procurarem as academias de ginástica. Cabe salientar que o “belo” esteve por muitos anos direcionado ao sexo feminino apenas. A presença do público do sexo masculino com o objetivo de aumentar o autoconceito estético tem aumentado nas academias de ginástica. Adesão à atividade física4 Convergindo com a busca estética, é possível pensar também que boa parte dos praticantes aderem às práticas de exercícios físicos com o objetivo de aumentarem o autoconceito. Tamayo et al. (2001, p. 158) define o autoconceito como uma “[...] estrutura cognitiva que organiza as experiências passadas do indivíduo, reais ou imaginárias, controla o processo informativo relacionado consigo mesmo e exerce uma função de autorregulação”. Ou seja, podemos elaborar que o autoconceito traduz as representações mentais elaboradas pelo indivíduo sobre as próprias características. Os mesmos autores, em pesquisa realizada com adultos praticantes e não praticantes de atividades físicas, concluíram que, aliadas às concepções de beleza que os exercícios físicos podem proporcionar, também se encontram as perspectivas de aumento de autoconfiança e autocontrole. Lazer e qualidade de vida O lazer não é visto apenas como modo de ocupação dos tempos nos quais as atividades laborais não estão sendo desempenhadas, mas está também associado ao sentimento de diversão e de satisfação pessoal. Muitas empresas têm surgido nesse campo, à medida em que o lazer passou a ganhar destaque como uma das necessidades do ser humano para a manutenção da qualidade de vida. Nesse aspecto, as atividades de satisfação pessoal e que estão relacio- nadas também com a prática de atividades físicas, contribuem para a adesão de adultos aos programas de exercícios físicos. Sávio et al. (2008) apontam que a adesão às atividades físicas como modo de lazer tem aumentado nos últimos anos, embora o número de praticantes ainda seja baixo. Entre os praticantes de atividades físicas nos momentos de lazer, é bastante evidente a predominância de indivíduos do sexo masculino, de alta escolaridade e de renda média. Ainda que possamos traçar algumas aproximações gerais quanto aos pro- cessos de adesão à prática de exercício físico por adultos, é evidente que outras motivações também podem se fazer presentes entre esses sujeitos. Por exemplo, buscar uma atividade física que possa minimizar os efeitos da gravidez, aderir a alguma prática como fator motivacional a algum membro da família ou amigo próximo, como tantas outras possibilidades. O que buscamos, portanto, foi traçar alguns motivos mais evidentes para a adesão de adultos, de forma específica, uma vez que cada fase da vida possui suas próprias motivações, como no caso dos idosos, que veremos a seguir. 5Adesão à atividade física Fatores que aumentam ou reduzem a adesão de idosos a programas de atividades físicas Por muito tempo, os idosos representavam uma pequena parte da pirâmide etária brasileira. No entanto, nas últimas décadas, algumas modificações da estrutura etária vêm ocorrendo devido à interação entre o aumento da ex- pectativa de vida e a diminuição do índice de fecundidade (BERQUÓ, 1999). Aliado a isso, o aumento do número de idosos e da longevidade permitem que as pessoas possam preocupar-se com o envelhecimento saudável, de forma a evitar ou diminuir os efeitos causados pelo envelhecimento. Nesse sentido, os programas de atividades e exercícios físicos voltado ao público idoso se tornam cada vez mais frequentes. Entre as ativida- des preferidas por esse público, algumas modalidades específicas têm se destacado: � hidroginástica; � ginástica; � ioga; � dança; � musculação; � ciclismo; � tênis; � natação; � cavalgada; � golfe. (VARANDA, 2003). A adesão às atividades físicas pode ser considerada um grau de participação alcançado em um regime comportamental, de forma voluntária, individual ou em grupo. Nesse sentido, algumas motivações parecem aumentar ou diminuir o grau de motivação e de envolvimento em programas de atividades físicas, especialmente em idosos, os quais vamos discutir a seguir e cuja síntese pode ser apresentada no Quadro 1. Adesão à atividade física6 Fonte: Adaptadode Lopes et al. (2014). Ingresso Permanência Desistência � Indicação médica � Problemas de saúde � Qualidade de vida e saúde � Atividade física � Acompanhamento � Lazer � Indicação geral � Saúde � Convivência em grupo � Atividade física � Atendimento oferecido pelo programa � Melhoria da qualidade de vida � Percepção de insegurança � Falta de apoio social � Falta de incentivo familiar Quadro 1. Motivos de ingresso, permanência e desistência de idosos aos programas de atividades físicas Melhora da saúde Com o envelhecimento, várias alterações fisiológicas começam a ocorrer no indivíduo idoso. A senilidade, a osteopenia, a sarcopenia, a perda da flexibi- lidade e, como consequência, da mobilidade articular, prejudicam os idosos em suas tarefas mais rotineiras. Esses fenômenos podem ser revertidos com a atividade física e ser facilmente identificados na autopercepção de idosos quanto à melhora de sua saúde. Ribeiro et al. (2016) apontam que cerca de 60% dos estudos com idosos que aderem à prática de atividades físicas relatam que a melhora da saúde é o principal fator que os mantém engajados. A adesão às atividades físicas também ocorre por determinação médica quando ocorre alguma lesão, como no caso das fraturas em decorrência de quedas. A necessidade de retomar sua condição de vida adequada às tarefas pelo cotidiano faz com que muitos idosos busquem esse tipo de atividade como forma de tratamento de lesões, como no caso dos exercícios fisioterápicos, no fortalecimento muscular, para que sejam evitadas novas lesões. Com isso, progra- mas cujo enfoque seja a melhora da saúde, podem facilitar a adesão por idosos. Convívio social Assim como as mudanças fisiológicas específicas acontecem durante o enve- lhecimento, as modificações sociais também ocorrem. Ao envelhecerem, é bastante comum que os meios sociais frequentados pelos idosos se modifiquem. A aposentadoria pode ser considerada um marco dessa idade. 7Adesão à atividade física Ao se aposentarem, muitos idosos acabam perdendo o vínculo com os amigos com quem conviviam de forma cotidiana no trabalho. Aliado a isso, os vínculos familiares também se modificam, já que seus filhos, de maneira geral, já constituíram as suas famílias e, em muitos casos, ocorre o falecimento dos cônjuges. Nesse aspecto, as crescentes possibilidades de realização de atividades físicas com outros indivíduos que passam pelo mesmo fenômeno têm aumentado. Estudos com idosos constatam que o convívio social é apontado como um dos principais motivos para a adesão aos programas de atividades físicas. Assim, os programas que facilitam o fortalecimento de vínculos afe- tivos e sociais podem gerar maiores índices de adesão pelos idosos a esse tipo de atividade. Diminuição do estresse O estresse é resultado da interação entre os sujeitos e o ambiente e pode ser entendido como um estado de tensão que causa uma ruptura no equilíbrio interno do organismo, ou seja, um estado de tensão patogênico para o organismo (LAZARUS; FOLKMAN, 1984). Ainda que o envelhecimento seja marcado pela diminuição das tensões laborais, o que poderia sugerir uma sensação de bem-estar, o que ocorre em muitos casos é o contrário. A aposentadoria pode representar certo luto aos idosos, despertando o sentimento de pouca utilidade social e do fim de vínculos sociais e afetivos. Além disso, as patologias e as disfunções que ocorrem em decorrência do processo de envelhecimento, o falecimento de entes queridos e a diminuição da aptidão que era apresentada na fase adulta, podem também resultar em um estado de tensão que caracteriza o estresse na fase idosa. As atividades físicas podem suprir essa tensão e seus efeitos são facilmente reconhecidos pelos idosos, sendo esse também um dos motivos que facilita a sua adesão aos programas de atividade física. Os sintomas de estresse entre os idosos são bastante comuns e podem ter várias origens, como a perda do cônjuge, a aposentadoria ou até mesmo a chega de um membro novo na família. O estresse crônico eleva o risco de doenças cardíacas, pode desencadear azia, agravar o quadro de diabetes, elevar a pressão arterial e causar insônia, além de tornar as pessoas ansiosas, preocupadas, deprimidas ou frustradas. Adesão à atividade física8 Aquisição de um estilo de vida saudável O envelhecimento não significa necessariamente a aquisição de uma vida doente. Muitos idosos envelhecem com uma vida fisicamente ativa e com padrões consideráveis de saúde. Ainda assim, a longevidade tem feito com que os indivíduos idosos procurem atividades físicas para desfrutar de um envelhecimento mais saudável possível, ou seja, eles procuram atividades pelo simples fato de manter ou de elevar os padrões de aptidão apresentados durante boa parte da vida adulta. Wallack, Wiseman e Ploughman (2016) apresentam a perspectiva de que, a cada ano, mais idosos se preocupem com a aquisição de um estilo de vida saudável. Ainda que a atividade física tenha um papel central na busca pela saúde, a conscientização de outros hábitos saudáveis também faz parte do repertório de tomadas de decisões dos idosos. Entre suas compreensões sobre saúde, os idosos identificam o fato de terem relações sociais, pensamento positivo, determinação, manutenção da identi- dade, alimentação saudável, sono e descanso adequado, cuidados de saúde de alta qualidade, gerenciamento dos medicamentos, terapias alternativas, controle do peso, independência, realização de trabalho voluntário, desenvolvimento de espiritualidade ou prática de alguma religião e segurança financeira. Assim, a adesão aos programas de atividade física encontra-se entrelaçada aos demais fatores que os idosos aderem para um estilo de vida saudável. Percepção de segurança Além dos fatores que conduzem os idosos à adesão aos programas de atividades físicas, alguns fatores parecem gerar o efeito oposto, dificultando essa adesão. Nesse aspecto, o sentimento de insegurança em desenvolver as atividades é o principal fator mencionado pelos autores sobre a desistência de idosos aos programas. Devemos salientar que a insegurança envolve aqueles aspectos fundamentais de estruturas ambientais necessárias ao deslocamento do idoso até o local de prática de atividades como, transporte adequado, iluminação pública, policiamento e passeios planos. Outros aspectos são subjetivos, como a segurança em desenvolver as atividades físicas e a autoestima em participar dos programas. 9Adesão à atividade física Suporte social e incentivo familiar Outro fator para a desistência de idosos dos programas é a falta de suporte so- cial. O envelhecimento, em grande parte das vezes, é marcado pelo isolamento dos indivíduos idosos em seus lares (MATSUKURA; MARTURANO; OISHI, 2002). A falta da companhia de familiares e amigos pode ser prejudicial para a saúde e comprometer a adesão de idosos à prática de atividade física. Esse suporte envolve desde o compartilhamento de hábitos que formam a cultura na qual o indivíduo idoso está inserido até o suporte financeiro que ele dispõe. Os fatores que aumentam ou reduzem a adesão de idosos aos programas de atividades físicas são diversos e podem variar de acordo com o sexo, os hábitos, a região onde reside, o nível socioeconômico, entre outros fatores. No link a seguir, você poderá ter acesso a um artigo que buscou identificar as principais barreiras que influenciaram a não adoção de atividade física de um programa oferecido na cidade de Florianópolis, no estado de Santa Catarina. https://goo.gl/Jb6ux3 As atividades físicas são fundamentais para a promoção da saúde e a busca por uma melhor qualidade de vida da sociedade. Ainda que a adesão a programas possa encontrar inúmeras barreiras que, por vezes acabam por afastar os indivíduos de sua prática, algumas estratégias podem ser elaboradas para que esse processo de aderência se efetive. A seguir, buscaremos apresentar algumas dessas estratégias que podem auxiliaros profissionais de educação física na elaboração e no acompanhamento de programas de promoção da saúde. Medidas e estratégias para aumentar a adesão aos programas de atividade física no âmbito da saúde Conforme apresentado, alguns fatores dificultam ou aumentam a efetividade da adesão dos indivíduos aos programas de atividades físicas. Compreender esses fenômenos é fundamental para elaborar e adequar os planos e estratégias Adesão à atividade física10 de modo a contribuir no engajamento de todos os indivíduos. Entendendo que apenas a compreensão desses fatores não é suficiente para elaborar planos em que a adesão seja concretizada, a seguir, buscaremos elencar algumas estratégias para aumentar a aderência aos programas de atividades físicas. A adesão aos programas de atividades físicas é permeada por fatores determinantes pessoais e ambientais. Os fatores pessoais dizem respeito às características sociode- mográficas, cognitivas, de personalidade e de comportamento. Os fatores ambientais dizem respeito às características de ambiente físico e social e às características das atividades físicas (Figura 1). FATORES DETERMINANTES PESSOAIS Variáveis sociodemográ�cas e cognitivas/comportamentos AMBIENTAIS Variáveis relacionadas ao ambiente social, ambiente físico e características da atividade física Figura 1. Fatores determinantes para a adesão aos programas de atividades físicas. Fonte: Tedechi (2013, p. 13). Acessibilidade Muitos programas de atividades físicas voltadas à promoção de saúde são cons- tituídos por profissionais e materiais de excelente qualidade, mas, no entanto, não se mostram acessíveis à população. Pitanga (2001) informa que um dos principais fatores que contribuem para a adesão aos programas de atividade física consiste na acessibilidade ao local de sua prática. Ou seja, quanto mais próximo da residência dos participantes, maior será a probabilidade de sua continuidade no serviço. Os programas de atividades físicas têm elaborado estratégias para decen- tralizar os serviços de promoção da atividade física e, como consequência, 11Adesão à atividade física da saúde. Nos últimos anos, podemos citar algumas alternativas criadas pelos Governos Federal, Estaduais e Municipais na criação de Unidades Básicas de Saúde (UBS), Academias ao ar livre e outras propostas que buscam dis- tribuir com os espaços de práticas corporais pelos diversos bairros. Esses espaços têm se mostrado importantes campos de atuação dos profissionais de educação física, em que a presença desse profissional se mantém mais próxima das moradias dos praticantes. Isso favorece a criação de vínculos e a identificação das situações nas quais as comunidades em que os praticantes vivem se encontram. Uma das estratégias que deve compor os programas de promoção da saúde é justamente o mapeamento residencial dos atendidos, elaborando a descen- tralização e a criação de espaços para a prática de atividades físicas variadas. Outro fator que merece destaque também são as vias próximas ao local de prática de atividades, que devem permitir o deslocamento dos praticantes de forma segura. Com isso, ações multisetoriais, envolvendo as secretarias de planejamento urbano, os setores ligados ao trânsito e à segurança devem ser efetivados. Viabilidade financeira As atividades físicas são possíveis de serem realizadas em qualquer ambiente, por livre iniciativa de qualquer sujeito, como as caminhadas nos parques, por exemplo. No entanto, muitas pessoas necessitam de um acompanhamento ou de um programa de atividades que possibilitem a eficácia dessa prátiva. Evidentemente, o acompanhamento profissional é feito por meio de materiais adequados e gera custos aos participantes dos programas e isso, muitas vezes, impede a continuidade nos programas. Assim, é necessário que as políticas públicas promovam práticas físicas a baixo ou a nenhum custo, permitindo que sejam acessíveis em termos fi- nanceiros a qualquer participante. A Organização Mundial da Saúde (OR- GANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE, 2003) aponta que a alta renda é um dos principais fatores que contribuem para a adesão e a continuidade em programas de atividades físicas. Flexibilidade de horários Tendo em vista que os horários de trabalho ocupam grande parte do dia dos indivíduos adultos, torna-se necessário que a oferta de atividades ocorra em horários diversos. Por exemplo, sabemos que grande parte da população Adesão à atividade física12 trabalha em horário comercial. Restringir os programas a esse horário limita o atendimento a muitas pessoas. Do mesmo modo, os programas também devem estar atentos àqueles que possuem horários de trabalho diferentes da maioria da população, oferecendo atividades em turnos variados, abertos à possibilidade de prática nesses diferentes horários. Características de atividades Um dos fatores mais importantes trata-se do desenvolvimento de atividades. Os programas de promoção da saúde geralmente são voltados ao público adulto. Nessa fase, algumas características devem estar presentes para que se aumente o engajamento e a satisfação dos participantes em praticá-las. Veja algumas características que devem permear o trabalho com os adultos: � Necessidade de saber: os adultos necessitam saber qual a razão de estarem aprendendo/desenvolvendo determinado conteúdo. Cada ati- vidade deve ter um objetivo claro para o praticantes. � Autoconceito do aprendiz: os adultos aprendem melhor a partir de métodos experimentais. Ou seja, não basta apenas orientá-los às práticas das atividades, mas incentivá-los para que descubram quais são as atividades que mais satisfazem as suas vontades e anseios; � Experiências anteriores: os conhecimentos prévios orientam os per- cursos de aprendizagem uma vez que deve ser levada em consideração para aproximar o adulto das vivências já experimentadas. As atividades novas, muitas vezes, levam ao sentimento de insegurança dos adultos. Partir de atividades familiarizadas e de conhecimentos que já possuem pode facilitar a adesão aos programas de atividades físicas. � Prontidão para aprender: a aprendizagem deve se basear nos conhe- cimentos que o adulto entende serem necessários para a sua vida diária, ou seja, os conteúdos e programas sempre devem ser guiados pela necessidade. Para isso, os programas precisam basear suas atividades para melhorar aspectos da vida diária de maneira imediata. � Orientação para a aprendizagem: para os adultos, a aprendizagem se baseia na resolução de problemas e não na perspectiva de acúmulo de novos conhecimentos. Assim, ela ganha maior potência quando partem de contextualizações de situações reais. Por exemplo, abordar as alterações fisiológicas e as consequentes alterações na qualidade de vida obtidas por uma caminhada pode ser uma forma de abordar essa atividade física. 13Adesão à atividade física � Motivação para aprender — os motivos para aprender são mais po- tentes quando partem de desejos subjetivos e possuem uma aplicação imediata. Os adultos devem se sentir confortáveis na prática de ativi- dades e poder sempre experimentar aquelas que gostam mais. Com isso, o tipo de atividade, a sua frequência, a duração e a intensidade do esforço percebido, deve sempre ser objeto de avaliação pelo profissional e pelo praticante, adequando-as aos objetivos do programa. Vínculos socioafetivos Outro fator que leva os indivíduos a aderirem aos programas de atividades físicas são os vínculos sociais com os outros participantes e com os próprios profissionais. Por isso, as atividades físicas devem, sempre que possível, ser desenvolvidas em grupos, fortalecendo a criação de vínculos afetivos entre os participantes. Ryan e Deci (2000) afirmam que a motivação intrínseca é essencial para os processos de adesão à atividade. Os mesmos autores infor- mam que os vínculos sociais e a percepção de pertencimento a um grupo são essenciais para que se mantenham. A criação e a manutenção desses laçosé uma das atribuições dos pro- gramas de promoção da saúde. As buscas aos sujeitos que demonstram os primeiros sinais de desistência dos programas devem ser ativas, isto é, devem ser promovidas por meio de telefonemas, de visitas às residências, ressaltando a importância das atividades físicas para os praticantes e deles para o grupo que foi constituído. Para o fortalecimento dos vínculos nos programas de promoção da saúde e de ativi- dades físicas, algumas atitudes podem ser tomadas como, por exemplo, a criação de grupos em aplicativos de celulares, mensagens telefônicas de incentivo pelo profissional, eventos com os membros da família em datas festivas (dia das mães, dia dos namorados, etc.) e visitas domiciliares. Adesão à atividade física14 É possível reconhecer que a adesão aos programas de atividades físicas pode possuir muitos fatores. Entre os mais comuns, estão aqueles voltados à busca da saúde e da qualidade de vida. No entanto, muitos praticantes ini- ciam e não continuam nos programas, motivados por razões diversas. Dessa forma, a compreensão, pelos profissionais de educação física, dos fatores que levam os diferentes indivíduos a aderirem e a desistirem dos programas são fundamentais. ALBUQUERQUE, C. L. F.; ALVES, R. S. A evasão dos alunos das academias: Um estudo de caso no centro integrado de estética e atividade física — CIEAF, na cidade de Caicó — RN. Dominium Revista Científica da Faculdade de Natal, v. 1, n. 5, p. 1-33, jan./abr. 2007. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE. ACSM’s guidelines for exercise testing and prescription. Rio de Janeiro: Revinter, 2000. BAPTISTA, T. J. R. Procurando o lado escuro da lua: implicações sociais da prática de atividades corporais realizadas por adultos em academias de ginástica de Goiânia. Goiânia: Universidade Federal de Goiás, 2001. BERQUÓ, E. Considerações sobre o envelhecimento da população no Brasil, In: NÉRI, A. L.; DEBERT, G. G. Velhice e sociedade. Campinas, SP: Papirus, 1999. p. 11- 40. CODO, W.; SENNE, W. A. O que é corpo (latria). São Paulo: Brasiliense, 1984. (Coleção Primeiros Passos). HOWLEY, E.; FRANKS, B. D. Manual do instrutor de condicionamento físico para saúde. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. LAZARUS, R.; FOLKMAN, S. Stress, appraisal and coping. New York: Springer, 1984. LOPES, A. L. et al. Motivos de ingresso e permanência de idosos em um programa de atividades aquáticas: um estudo longitudinal. Revista de Educação Fisica UEM, v. 25, n. 1, p. 23-32, mar. 2014. MARCUS, B.; FORSYTH, L. H. Motiving people to be physically active. United States: Human Kinetics, 2003. MATSUKURA, T. S.; MARTURANO, E. M.; OISHI, J. O Questionário de Suporte Social (SSQ): estudos da adaptação para o português. Revista Latino Americana de Enfermagem, v. 10, n. 5, p. 675-681, 2002. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE. Cuidados inovadores para condições crônicas: componentes estruturais de ação: relatório mundial. Brasília, DF: OMS, 2003. PAPALIA, D. E.; OLDS, S. W. Desenvolvimento humano. 7. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. 15Adesão à atividade física PATE, R. R. et al. Physical activity and public health: a recommendation from the cen- ters for disease control and prevention and the American college of sports medicine. Journal of the American Medical Association, v. 273, p. 402-408, 1995. PITANGA, F. J. G. Tempo de permanência em programas de exercícios físicos em hi- pertensos de ambos os sexos: Estudo através da análise de sobrevida. Revista Baiana de Educação Física, v 2. N. 3, p. 6-10, 2001. RYAN, R. M.; DECI, E. L. Self-determination theory and the facilitation of intrinsic motiva- tion, social development and well-being. American Psychologist, n. 55, p. 68-78, jan. 2000. SÁVIO, K. E. O. et al. Sexo, renda e escolaridade associados ao nível de atividade física de trabalhadores. Revista de Saúde Pública, v. 42, n. 3, p. 457-463, jun. 2008. SHEPHARD, R. J. J. Aging, physical activity, and health. United States: Human Kinetics, 1997. TEDECHI, M. R. M. Fatores determinantes da adesão de idosos aos programas de atividade física da Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação da cidade de São Paulo. 2013. Dissertação (Mestrado em Ciências)- Universidade de São Paulo, São Paulo, 2013. TRICHES, R. M.; GIUGLIANI, E. R. J. Obesidade, práticas alimentares e conhecimentos de nutrição em escolares. Revista de Saúde Pública, v. 39, n. 4, p. 5417, 2005. VARANDA, I. V. S. Quais os motivos que levam os idosos a procurar por atividades físicas. 2003. Monografia (Especialização)- Faculdade de Educação Física, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003. WALLACK, E. M.; WISEMAN, H. D.; PLOUGHMAN, M. Healthy aging from the perspecti- ves of 683 older people with multiple sclerosis. Multiple Sclerosis International, v. 2016, p. 1845720, jul. 2016. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/ PMC4967669/>. Acesso em: 18 nov. 2018. Leituras recomendadas BARBOSA, S. S. R.; SILVA, K. Hidroginástica: estética ou saúde?: discussões a respeito das concepções de corpo e praticantes. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DO ESPORTE: sociedade, ciência e ética, 12., 2001, Caxambú. Anais... Caxambú: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, 2001. FLETCHER, R. H.; FLETCHER, S. W.; FLETCHER, G. S. Epidemiologia clínica: elementos essenciais. 5. ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. HAYNES, R. B. et al. Epidemiologia clínica: como fazer pesquisa clínica na prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2008. HULLEY, S. B. et al. Delineamento a pesquisa clínica: uma abordagem epidemiológica. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. Adesão à atividade física16 Conteúdo: DICA DO PROFESSOR Na promoção de atividades físicas, a adesão muitas vezes esbarra na forma como o profissional comunica e informa os sujeitos sobre os benefícios dos programas. Nesta Dica do Professor, você vai conhecer a importância da comunicação, da informação e das emoções na mudança de hábitos para a adesão de programas de promoção da saúde. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) A adesão a programas de atividades físicas pode ser caracterizada em três categorias. Em relação às variáveis sociodemográficas, analise as alternativas a seguir e assinale a correta. A) As variáveis de renda não exercem influência na adesão aos programas de atividades físicas. B) As variáveis de sexo não exercem influência na adesão aos programas de atividades físicas. C) Em indivíduos de escolaridade mais alta, o nível de atividade física tende a ser maior. D) A percepção do estado de saúde não pode ser considerada uma variável sociodemográfica. E) Ainda que a percepção do estado de saúde seja considerada uma variável sociodemográfica, ela não exerce influência nos processos de adesão aos programas de treinamento físico. 2) Os fatores estéticos são um dos fenômenos que direciona adultos aos programas de atividades físicas. Muitos praticantes de atividades físicas buscam a prática como forma de elevar a autopercepção de beleza. Em relação aos fatores estéticos, é correto afirmar que: A) os fatores estéticos somente são válidos para indivíduos do sexo feminino. B) ainda que alguns indivíduos do sexo masculino possam aderir aos protocolos de treinamento físico por fatores estéticos, o número ainda é irrelevante se comparados aos do sexo feminino. C) os fatores estéticos não estão associados ao autoconceito. D) ainda que o conceito de belo esteja historicamente associado ao sexo feminino, atualmente é visível a crescente adesão de indivíduos do sexo masculino por questões estéticas. E) os fatores estéticos não são uma das motivações que levam os adultos a praticarem atividades físicas. 3) A busca por momentos de lazer também é um fator que leva os indivíduos a aderirem aos programas de atividades físicas. Analise as alternativas a seguir e assinale a correta em relação aos fatores relacionados ao lazer. A) As atividades físicas de lazer são predominantementepraticadas por indivíduos de níveis socioeconômicos baixos, principalmente por serem gratuitas. B) Entre os praticantes de atividades físicas de lazer, são mais comuns os indivíduos do sexo feminino. C) Os indivíduos com baixa escolaridade são a maioria entre os praticantes de atividades físicas de lazer, uma vez que é necessário estudo para aderir a outras possibilidades. D) Entre os praticantes de atividades físicas de lazer, destacam-se indivíduos do sexo masculino, de alta escolaridade e alto nível socioeconômico. E) Entre os praticantes de atividades físicas de lazer, destacam-se indivíduos do sexo feminino, de baixa escolaridade e alto nível socioeconômico. 4) Para os idosos, a atividade física contribui para a aquisição da qualidade de vida, evitando os efeitos associados ao envelhecimento. Embora os benefícios sejam evidentes, muitos idosos não aderem aos programas de atividades físicas. Entre as alternativas a seguir, assinale aquela que apresenta um dos principais motivos pelos quais os idosos desistem dos programas de atividades físicas. A) A falta do apoio social é um dos principais fatores que contribui para a desistência de idosos dos programas de atividades físicas. B) Entre as justificativas pela desistência dos programas por parte dos idosos, destaca-se a incapacidade física da terceira idade. C) A presença de familiares nos mesmos programas de atividades físicas dos idosos acaba afastando-os de tais programas, já que na terceira idade os indivíduos preferem estar sozinhos. D) A velhice é sempre marcada pelas alterações e pelo desenvolvimento de patologias articulares, sendo este o principal motivo pela desistência dos idosos de programas de atividades físicas. E) A falta de acompanhamento médico é o principal fator que leva os idosos a desistirem de programas de atividades físicas. 5) Para promover a adesão aos programas de atividades físicas para os adultos, o profissional de educação física deve tomar alguns cuidados. Analise as alternativas a seguir e assinale aquela que apresenta uma informação que deve ser considerada por esse profissionais. A) Os objetivos das atividades físicas desenvolvidas só devem ser apresentados aos praticantes ao final do programa, para que façam a avaliação em conjunto com o profissional sobre o sucesso do planejamento. B) O trabalho com adultos deve sempre apresentar atividades novas e difíceis de serem realizadas, promovendo o desafio e a atenção dos praticantes. C) Desconsiderar as atividades que os adultos mais gostem de realizar é essencial para o engajamento nas atividades físicas, uma vez que o esforço é uma condicionante para a adesão aos programas voltados à saúde. D) O tipo de atividade, a sua frequência, duração e intensidade do esforço percebido deve sempre ser objeto de avaliação pelo profissional e nunca pelo participante, de modo que os objetivos sejam atendidos. E) Os programas de atividades físicas devem propor objetivos que possibilitem a resolução de problemas dos adultos. Ou seja, os programas devem sempre basear suas atividades para melhorar aspectos da vida diária de maneira imediata. NA PRÁTICA A atividade física na terceira idade é fundamental para um envelhecimento saudável e com qualidade de vida. Neste Na Prática, você vai conhecer Mônica, uma profissional de educação física que tinha como objetivo recuperar indivíduos idosos que desistiram do programa de promoção da saúde, trabalhando e desenvolvendo atividades que também buscassem novos participantes. Veja a seguir. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Educação física para a comunidade da terceira idade gera socialização na UFPR Na aposentadoria, muitas pessoas não sabem como fazer para achar novas amizades e novas atividades para ocupar a mente e o corpo. Muitas delas nem imaginam que o exercício físico pode ser divertido e acessível, além de uma ótima oportunidade para fazer amigos. No vídeo sugerido, você vai entender a visão de idosos sobre um programa de atividades físicas, assim como os seus benefícios para a socialização. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Prática do exercício físico na meia e terceira idade Na meia-idade (entre 45 e 60 anos), adotar hábitos saudáveis e praticar atividades físicas regulares são atitudes fundamentais para o envelhecimento saudável e ativo. No link indicado a seguir, você vai ser direcionado a um artigo que buscou comparar o nível de capacidade funcional em pessoas de meia e terceira idade, praticantes de ginástica localizada e não praticantes. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Prevalência da prática de exercícios físicos em idosos e sua relação com as dificuldades e a falta de aconselhamento profissional específico O aumento do número de pessoas com 60 anos ou mais no Brasil indica que o país se encontra em processo de envelhecimento. Com isso, tornam-se cada vez mais presentes e necessários os programas de atividades físicas com vistas à promoção da saúde e da qualidade de vida na terceira idade. Neste artigo, você vai conhecer um estudo que buscou investigar a prevalência, o aconselhamento e as dificuldades para a prática de exercício físico em idosos no Programa de Saúde da Família. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
Compartilhar