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Síndrome Sjögren Reumatologia Eliane Costa Acadêmica 7º período Medicina UFPEL Introdução Doença sistêmica inflamatória crônica, de provável etiologia auto-imune As glândulas lacrimais e salivares xeroftalmia e xerostomia Pâncreas, glândulas sudoríparas, glândulas mucosas dos tratos respiratório, gastrointestinal e urogenital Epidemiologia ♀ 4ª A 6ª década de vida 7:1 (negros) até 27:1( Ásia) Pode afetar adolescentes e adultos jovens , assim como homens Fenótipo : geolocalização e etnia Epidemiologia Vírus Epstein-Barr CMV Herpes vírus humano Vírus da hepatite Helicobacter pylori Linfoma maligno de células B tipo não-Hodgkin População sadia Fisiopatologia insultos ambientais como as infecções virais. disparam imunidade inata e determinam o estágio das inflamações glandulares persistentes. No caso de SS primária, as vias imunes inatas relevantes incluem as células epiteliais ativadas e as células dendríticas. As células epiteliais suprarregulam a expressão do complexo de histocompatibilidade principal (MHC) classe II e as moléculas coestimuladoras na superfície celular, habilitando-as a atuar como células acessórias apresentadoras de antígenos e a estimular a ativação das células T. As células epiteliais também são fontes ricas de citocinas pró-inflamatórias cuja função é amplificar a resposta inflamatória. As células T ativadas percorrem desde a circulação até as vênulas endoteliais altas (HEVs) no interior do microambiente das glândulas salivares, onde estimulam outras células imunes. As células dendríticas plasmacitoides das glândulas salivares produzem quantidades abundantes de interferon tipo 1 e do fator de ativação de células B (BAFF). Em particular, o excesso de produção de BAFF estimula o desenvolvimento de estruturas que se assemelham ao centro germinal, que consiste de agregados de células B circundados por uma bainha de células T. A presença de células T auxiliares tipo 1 (Th1) e de células Th17 cria um estímulo inflamatório constante e ajuda as células B a se diferenciarem em células formadoras de anticorpos. Os macrófagos também segregam fatores pró-inflamatórios que amplificam a resposta inflamatória crônica. Figura 1 - Patogênese da SS primária. Postula-se que as vias que iniciam a inflamação nas glândulas salivares sejam insultos ambientais como as infecções virais. Esses fatores ambientais disparam imunidade inata e determinam o estágio das inflamações glandulares persistentes. No caso de SS primária, as vias imunes inatas relevantes incluem as células epiteliais ativadas e as células dendríticas. As células epiteliais suprarregulam a expressão do complexo de histocompatibilidade principal (MHC) classe II e as moléculas coestimuladoras na superfície celular, habilitando-as a atuar como células acessórias apresentadoras de antígenos e a estimular a ativação das células T. As células epiteliais também são fontes ricas de citocinas pró-inflamatórias (fator de necrose tumoral [TNF], interleucina-1 [IL-1] e IL-6) e quimiocinas (CXCL9, CXCL10, CXCL12) cuja função é amplificar a resposta inflamatória. O aumento na expressão de Fas e do ligante Fas (FasL) na superfície das células epiteliais também contribui para sua morte, limitando a reserva secretora das glândulas. As células T ativadas percorrem desde a circulação até as vênulas endoteliais altas (HEVs) no interior do microambiente das glândulas salivares, onde estimulam outras células imunes. As células dendríticas plasmacitoides das glândulas salivares produzem quantidades abundantes de interferon tipo 1 e do fator de ativação de células B (BAFF). Em particular, o excesso de produção de BAFF estimula o desenvolvimento de estruturas que se assemelham ao centro germinal, que consiste de agregados de células B circundados por uma bainha de células T. A presença de células T auxiliares tipo 1 (Th1) e de células Th17 cria um estímulo inflamatório constante e ajuda as células B a se diferenciarem em células formadoras de anticorpos. Os macrófagos também segregam fatores pró-inflamatórios que amplificam a resposta inflamatória crônica. 5 Etiologias da SS SS primária Doença primária das glândulas exócrinas SS simulada Doenças granulomatosas (sarcoidose e tuberculose) Amiloidose Neoplasias (linfoma) Hiperlipidemia do tipo V SS associada AR 7% LES 11-19% Esclerose sistêmica progressiva Esclerodermia Doença de Graves Doença de Still SS secundária Infecção crônica por HCV (países mediterrâneos) Infecção pelo HTLV-I (países asiáticos) Infecção pelo HIV Doença do enxerto versus hospedeiro Síndrome eosinofílica Lesão por irradiação Ressecamento relacionado com medicação Sarcoidose Miopatias infl amatórias Doenças auto-imunes de órgãos específi cos Cirrose biliar primária Tireoidite auto-imune Esclerose múltipla Diabetes melito SS secundária Manifestações clínicas Síndrome seca Sindrome seca Órgão Manifestação Boca Ressecamento oral (xerostomia-95% ),dolorimento, cáries, doença periodontal, candidíase oral e edema parotídeo Olhos Ceratoconjuntivite (KCS) Ressecamento ocular(xeroftalmia),fotossensibilidade, eritema, fadiga ocular ou redução da acuidade visual , úlceras de córnea, conjuntivite Nariz e garganta Ressecamento nasal e tosse crônica Pele Ressecamento cutâneo, púrpura palpável,lesões policíclicas associadas ao anti-Ro e lesões urticariformes Edema de Glândulas parótidas e submandibulares em 10 a 20% unilateral bilateral ou ausência de secreções glandulares do trato respiratório Glândulas exócrinas da pele Ressecamento da vagina e da vulva Dispareunia e prurido Xerodermia Ressecamento do nariz, garganta e da traquéia Rouquidão + tosse crônica seca MANIFESTAÇÕES EXTRAGLANDULARES SINTOMAS GERAIS ARTICULAÇÕES/MÚSCULOS PELE Febre Dor generalizada Fadiga Fraqueza Distúrbios do sono Artralgias generalizadas (em 25 a 75%) Artrite simétrica intermitente das pequenas articulações Deformidade articular e erosões são raras Miopatia clínica Miosite subclínica. Vasculite linfocítica ou neutrofílica. Púrpura palpável, urticária e máculas ou pápulas eritematosas + crioglobulinas em 30% dos pacientes anti-Ro/SS-A lesões cutâneas policíclicas, fotossensíveis PULMÕES CARDIOVSCULAR TGI / FÍGADO Ocorre no início, logo após a apresentação clínica da doença A positividade do anticorpo anti-Ro é FR Fenômeno de Raynaud, com prevalência de 13% Derrame pericárdico é raro Motilidade esofagiana alterada, gastrite crônica e má absorção Função hepática podem estar elevadas Hepatite C associada cirrose biliar primária Hepatite auto-imune do tipo 1 e colangite auto-imune ou esclerosante. (RAROS ) MANIFESTAÇÕES EXTRAGLANDULARES Acometimento neurológico OUTROS ACHADOS Polineuropatia mista Neuropatia sensorial isolada Mononeurite múltipla Trigêmeo (V), vestibulococlear (VIII) e e facial (VII) Lesões assintomáticas da substância branca 33% Doença da tireóide Perda sensorineural da audição em 25% Depressão e ansiedade MANIFESTAÇÕES EXTRAGLANDULARES Quando suspeitar de SS ? Sintomas diários de olhos secos e/ou boca seca > 3 meses Aumento de glândula parótida Aumento inexplicado de cáries dentárias AUMENTO sorológicos específicos : Anti-Ro/SSAcom ou sem anti-La Anticorpos SSB FR Hiperglobulinemia Diagnóstico Características clínicas (Anamnese+ Exame físico) Características laboratoriais Exclusão de outras causas Clínico como é feito ? Diagnóstico Secura ocular avaliação oftalmológica Secura oral Anormalidades glandulares Teste de Schirmer em qualquer um dos olhos <5mm/5’ ou coloraão ocular anormal Teste anormal de Saxon ou sialometria total RM US ( Sensibilidade 55-33%) Especificidade 93-98% ) Cintilografia de parótida Sialografia de contraste Diagnóstico Evidência Sorológica e histopatológica Anticorpos anti-Ro/SSA Com ou sem anticorpos anti-La/SSA2. ANA ≥1 :320 por imunofluorescência + FR positivo Ou presença de padrão de coloração de centrômero no teste ANA 2. Biopsia positiva gl salivares 3. Sialadenite linfocítica focal com score de foco ≥ 1 4. Doença reumática sistêmica 5. Miopatia inflamatória idiopática Quando realizar biópsia da glândula salivar ? Sem evidência de autoimunidade sistêmica Única evidencia para autoimunidade sistêmica é teste anti-Ro/SSA fracamente positivo Presença de anticorpos anti-La/SSB na ausência de anticorpos anti-Ro/SSA Definir diagnostico alternativo (sarcoidose, amiloidose , doença relacionada a IgG4-RD Informar prognostico da doença Diagnóstico Deve-se avaliar Paciente com FR : Hepatite C , HIV e vírus linfotrópico de células T humanas tipo I Obter nível sérico de IgG4 pois é comum em aumento de gl submandibulares sem aumento de gl. parótida Possível sarcoidose = RX de tórax Diagnóstico Teste laboratoriais pode vim alterados na SS : Leucopenia VHS elevado Trombocitopenia Anemia Hiperglobulinemia Proteinuria e ou hematúria Critérios de classificação Diagnóstico diferencial Síndrome sicca relacionada a idade Doença relacioanada com IgG4 Sialadenite linfoepitelial benigna e dacrioadenite Linfoma Sarcoidose Hepatite C Infecção por HIV Doença do enxerto contra o hospedeiro Doença de Wegener REFERÊNCIAS
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