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Diarreia Aguda e Crônica

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Diarreia Aguda e Crônica
Academicamente há descrição de diarreia como aumento de volume das fezes (>500g), da frequência de evacuações e/ou diminuição da consistência. geralmente a queixa não será essa.
Aguda quando duração < 2 semanas, persistente 2-4 semanas, crônica > 4 semanas.
Quando diarreia com <200g/dia considerar as condições pseudodiarreia por síndrome do intestino irritável, doença funcional, proctite e nos quadros de incontinência fecal por falha esfincteriana.
Diarreia Aguda
Infecciosa 85% dos casos, desses 70% virais. Não infecciosas medicamentos, toxinas, neoplasias etc. Etiologia bacteriana considerada em quadros mais graves. Maioria transmissão fecal-oral.
Causas de diarreia aguda não infecciosa			Causas de diarreia aguda infecciosa
Estrongilodíase pode simular dor de pancreatite. Estrongiloide se detecta larvas, não é captado em exames não específicos.
Diagnóstico: maioria dos casos leves e autolimitados, cessando em 3 a 5 dias. Fatores de mau prognostico: extremos de idade, comprometimento da função imune. Pontos importantes da história: uso prévio de antibióticos ou hospitalização nos últimos 2 meses, práticas sexuais por possibilidade de proctite por gonorreia clamídia ou treponema e ingestão de alimentos suspeitos ou familiares ou contactantes com quadro semelhante. Na avaliação de sintomas número e volume das evacuações presença de sangue ou os nas fezes febre dor abdominal tenesmo e vômitos. Objetivo do exame físico avaliar o grau de desidratação e estado hemodinâmico. Investigação depende da severidade e duração geralmente se resume a solicitação de lâmina direta e coprocultura. 
Tratamento objetiva restaurar as perdas e prevenir a desidratação. Nos casos leves a moderados e sem vômitos incoercíveis a hidratação deve ser por via oral. Reposição hídrica pode ser feita com sucos, água de coco ou líquidos isotônicos.
Casos com perda líquida mais significativa deve-se preferir o uso de soluções glicossalinas. Em pacientes intensamente desidratados com vômitos incoercíveis e hipotensos usar a via parenteral com ringer lactato. Deve-se fazer o controle bioquímico e da função renal com ureia creatinina e eletrólitos. Idosos e imunocomprometidos ou com instabilidade clínica devem ser internados. 
Evitar cafeína, leite e derivados de gorduras. Em casos de diarreia aguda não disentérica pode-se utilizar agentes anti motilidade (loperamida) ou antissecretórios (racecadotril). Não são indicados nas primeiras 48 horas. Se a causa for tóxica a toxina precisa ser expelida. 
Probióticos em fase experimental tem mostrado efeito benéfico. Antibioticoterapia empírica está indicada nos casos de febre moderada e intensa que sim teria lâmina direta com leucócitos e idosos ou imunocomprometidos com queda do estado geral (Ciprofloxacina). Após resultados dos exames fazer antibioticoterapia específica.
Diarreia Crônica
Diarreia osmótica ocorre quando há excesso de solutos no lúmen intestinal, por osmose há passagem de líquidos para as fezes aumentando o volume. 
Na diarreia secretória à mucosa intestinal está íntegra sem lesões, ocorre ou diminuição da absorção da secreção ou aumento da secreção em si (enterotoxinas). 
Na diarreia motora a aumento do trânsito intestinal com piora durante um reflexo gastrocólico. O peristaltismo pode estar acentuado (síndrome do intestino irritável). 
Diarreia inflamatória quando há lesão da mucosa e consequente inflamação, como neoplasias, autoimunidade...
Exige investigação, história detalhada, exame físico completo não só abdominal. Diferenciação entre diarreia orgânica ou funcional. 
Exames utilizados: lâmina direta, parasitológico, cultura, gordura fecal (quantitativa é ais trabalhoso e difícil, faz-se o qualitativo que chega perto pelo método), pH fecal, alcalinização das fezes, osmolaridade e eletrólitos, pesquisa de antígenos virais (rotavírus e adenovírus), pesquisa de toxina do Clostridium difficile, dosagens hormonais, autoanticorpos, teste da D-xilose, tolerância a lactose. Radiografias, TC. Colono, endoscopias. Tratamento será dirigido ao diagnóstico, podendo ser curativo, supressivo ou empírico (quando diagnostico não fechado).

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