Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA • Projeção de mortes até 2030: • Mapeamento dos serviços de Cuidado Paliativo no Brasil: HISTÓRICO • Movimento Hospice Moderno: ▪ Cicely Sauders no Reino Unido ▪ Em 1967 fundou o St Christopher’s Hospice ▪ Visão holística do paciente • Década de 1970: encontro de Cicely Saundres com Elizabeth Kluber-Ross • Em 1982: Comitê de câncer da OMS para definir politicas para alivio da dor e cuidados paliativos • Em 1990: 1ª definição de Cuidados Paliativos criada pela OMS MARCOS NO DESENVOLVIMENTO DOS CUIDADOS PALIATIVOS • Testamento vital: Resolução CFM 1995/2012 – Diretivas antecipadas de vontade – Ele diz o que gostaria de ser feito em caso de ficar inconsciente; não pode colocar algo ilegal, como eutanásia QUALIDADE DE MORTE • Critérios para definir onde a pessoa morre melhor • Revista Economist LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA POLÍTICA NACIONAL DE ATENÇÃO ONCOLÓGICA • Portaria MS Nº 874, de 16 de maio de 2013 • O CACON precisa oferecer tudo ao paciente, desde o diagnóstico até o fim de vida • Promoção • Diagnóstico • Tratamento • Reabilitação • Cuidados paliativos O QUE OS PACIENTES CONSIDERAM UM DESTINO PIOR DO QUE A MORTE? • Comunicação adequada para o paciente decidir o que ele quer que seja feito FRAGMENTAÇÃO DO PACIENTE • Despersonalização da medicina • Múltiplas especialidades • Extração do contexto familiar e social • Dissociação físico-psíquica-espiritual • O médico foca tanto no que estudou que esquece do paciente MÉDICO • Marketing da cura • Não quer perder o doente para outro profissional • Receio de parecer incompetente • Não sabe como falar/Despreparo na comunicação • A graduação em medicina não ensina ao médico como lidar com o paciente em fase terminal, como reconhecer os sintomas e como administrar esta situação de maneira humanizada e ativa DEFINIÇÃO DE CUIDADOS PALIATIVOS • “Os Cuidados Paliativos são cuidados holísticos ativos, ofertados a pessoas de todas as idades que se encontram em intenso sofrimento relacionados a saúde, proveniente de doença grave, especialmente aquelas que estão em final de vida. O objetivo dos Cuidados Paliativos é, portanto, melhorar a qualidade de vida de pacientes, de suas famílias e de seus cuidadores” • Visão holística • O foco não é a doença em si e sim na prevenção do sofrimento do paciente • Cuidados paliativos não se baseiam em protocolos e sim em princípios ▪ Promover o alívio da dor e de outros sintomas ▪ Não acelerar nem adiar a morte ▪ Integrar os aspectos psicológicos e sociais no cuidado do paciente ▪ Iniciar o mais precocemente possível o cuidado paliativo, juntamente com outras medidas de prolongamento da vida, como quimioterapia e radioterapia ▪ Oferecer um sistema de suporte que possibilite ao paciente viver tão ativamente quanto possível até o momento da morte ▪ Acessar, por meio de uma equipe multiprofissional, as necessidades do paciente e da família, incluindo assistência ao luto, se necessário ▪ Melhorar qualidade de vida e influenciar positivamente o curso da doença • Rede de apoio + Boa comunicação + Respeito + Empatia LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA • Compaixão é o desejar que outros seres se libertem do sofrimento. E o amor é desejar que eles encontrem a felicidade QUALIDADE DE VIDA • Percepção do indivíduo de sua posição na vida no contexto da cultura e sistema de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, padrões e preocupações TRANSDISCIPLINARIDADE • A interação e um exercendo um pouco o papel do outro, precisa de conhecimento técnico em cuidados paliativos nivelado • Equipe multiprofissional completa • Médico • Assistente social • Fisioterapeuta • Fonoaudióloga • Farmacêutico • Administrador • Enfermeiro • Técnicos de enfermagem • Equipe de apoio • Terapeuta ocupacional COMO O PACIENTE SE SENTE EM CUIDADOS PALIATIVOS? SINTOMAS • Dor: é sempre subjetiva e pessoal ▪ Alta prevalência de dor oncológica por falha de tratamento ▪ Barreiras relacionadas ao paciente ▪ Barreiras relacionadas aos profissionais ▪ Barreiras relacionadas ao sistema de saúde ▪ Proveniente do próprio câncer ou associada ao tratamento ▪ Dor total: dimensão espiritual, social, física e psíquica ▪ Avaliação de forma objetiva, adequada, reprodutível, frequente ▪ Escala de 0 a 10 ▪ Avaliação detalhada LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA ▪ Proposta da OMS: via preferencial é a VO, seguida do relógio (medicações de horário de acordo a meia vida da droga e não só quando o paciente sente dor) e da escada ▪ Uso de adjuvantes: medicamentos não analgésicos ▪ Corticoide: dexametasona (dor ossea) ▪ Anticonvulsivante: gabapentina, pregabalina ▪ Antidepressivo: amitriptilina, principalmente os tricíclicos (dor neuropática) ▪ Anestésico local ▪ Atenção aos detalhes • Fadiga • Insônia • Anorexia • Confusão mental • Tosse • Xerostomia • Constipação • Náuseas e vômitos • Dispneia: ▪ Um dos sintomas mais frequentes em CP ▪ Não é fácil avaliar o grau de dispneia que o paciente apresenta ▪ Diversas escalas de avaliação, mas nenhuma contempla todos os aspectos necessários ▪ Intensidade ▪ Fatores desencadeantes ▪ Fatores de melhora e piora ▪ Presença do componente emocional ▪ Impacto da funcionalidade ▪ Resposta terapêutica ▪ Tratar a causa base ▪ Aumento no esforço respiratório para vencer algum problema mecânico ▪ Aumento da proporção de fibras musculares para manter o funcionamento normal ▪ Aumento na necessidade ventilatória ▪ Medidas não farmacológicas: ambiente arejado, ventilador, exercícios respiratórios, posicionamento no leito, contenção de energia, técnicas de relaxamento, acupuntura, apoio psíquico, social e espiritual ▪ Medidas farmacológicas: opioides, benzodiazepínicos, oxigenioterapia, corticoterapia e broncodilatadores LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA • Prevalência de sintomas relatados por cuidadores no último ano de vida dos pacientes: MANEJO DOS SINTOMAS o Investigação criteriosa do sintoma o Explicação do sintoma o Tratamento de causas reversíveis o Terapia medicamentosa criteriosa e individualizada o Reavaliação contínua dos resultados AVALIAÇÃO DO PACIENTE o ECOG: vai de 0 a 4 e define como o paciente está naquele momento o Karnofsky: vai da 0 a 100% o PPS: EFEITOS ADVERSOS DOS OPIOIDES • É preciso saber os efeitos adversos para manejar e não deixar que o paciente abandone o tratamento • Náusea e vomito: transitório • Constipação: principal efeito colateral, o paciente segue apresentando durante todo o seu uso • Comprometimento cognitivo • Sedação: geralmente idosos e no início, depois melhora • Tontura • Vermelhidão • Sudorese • Prurido: não é alergia, é efeito adverso conhecido • Depressão respiratória: vem precedida de outro efeito, como sonolência, miose, alteração cognitiva, podendo reverter o efeito antes da depressão respiratória com o Naloxone • Hipotensão postural LARISSA MENEZES – ONCOLOGIA • Desmaio • Urgência miccional • Retenção urinaria ÚLTIMAS 48H DE VIDA • Sororoca é o ronco da morte, é o acúmulo de saliva na cavidade oral • Nesse momento é focar no conforto do paciente • Evita fazer glicemia capilar, acesso venoso. Muita manipulação vai trazer mais sofrimento desnecessário • A equipe e a família nesse momento fazem total diferença SEDAÇÃO PALIATIVA • “Sedação paliativa é a administração deliberada de fármacos em doses e combinações necessárias para reduzir o nível de consciência, com o consentimento do paciente ou de seu responsável, e possui o objetivo de aliviar adequadamente um ou mais sintomas refratários em pacientes comdoença avançada terminal” • Sintoma refratário: ▪ Incapacidade de promover alívio adequado ▪ Associação a excessivas e intoleráveis morbidades agudas e crônicas ▪ Improvável obtenção de alívio em curto prazo • Situações em que pode indicar sedação paliativa: ▪ Doença avançada terminal com sintomas refratários ▪ Quadro agudo ameaçador a vida: ex câncer gástrico avançada com hemorragia digestiva alta volumosa ou obstrução intestinal malignas com vômitos incontroláveis ▪ Morte iminente com sofrimento intenso CLASSIFICAÇÃO o Objetivo: ▪ Sedação primaria: prescreve a droga ▪ Sedação secundaria: ocorre secundaria a uma droga já prescrita por outro motivo o Temporalidade: ▪ Sedação intermitente: pode suspender em alguns momentos do dia ▪ Sedação contínua: inicia e vai até o momento da morte o Intensidade: ▪ Sedação superficial ▪ Sedação profunda PRINCÍPIOS o Escolher apropriadamente o agente: Midazolam é a droga de escolha em dose baixa o Considerar os sintomas apresentados pelo paciente ▪ Dispneia ▪ Delirium o Monitorar o nível de sedação o Iniciar com a menor dose para paliar o sintoma o Titular a dose dos sedativos o Doses adicionais ou associar outros agentes SEDAÇÃO PALIATIVA X EUTANÁSIA
Compartilhar