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CIR - ABDOME AGUDO PERFURATIVO

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1 
CIRURGIA GERAL 7 
Marina Prietto 
ABDOME AGUDO PERFURATIVO 
 
QUADRO CLÍNICO: 
 
A dor nesses pacientes é súbita (diferencia de alguns quadros inflamatórios); 
Pode ter localização epigástrica ou difusa; 
Possui uma apresentação mais grave: sepse, hipotensão, taquicardia, taquipneia e irritação peritoneal. 
 
 
Ao exame físico: 
 
− Apresenta sinais de peritonite difusa; 
− Rigidez em todos quadrantes 
− Mecanismo de defesa abdominal 
− Abdome em tábua – até que se prove o contrário, SEMPRE pensar em perfuração; 
− Dor a descompressão (de qualquer tipo); 
 
 
Lembrar sempre do sinal de JOBERT: 
 
» É a perda da macicez hepática à percussão (você encontra um som timpânico) – porque existe um pneumoperitonio 
interposto (abdome agudo perfurativo). 
 
» Indica perfuração de víscera oca em peritônio livre, em geral, úlcera péptica perfurada, interposição de alça intestinal 
(sinal de Chilaiditi) ou tórax enfisematoso. 
 
 
 
Na história clínica: 
 
− Sempre investigar a possibilidade do uso de AINES (principalmente de forma crônica) – principal causa de perfuração de ulceras pépticas; 
 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
 
1. Clínica favorável 
2. Radiografia de tórax e de abdome; 
 
− No RX de TORAX: Pneumoperitônio (presença de gás abaixo das cúpulas diafragmáticas) 
 
− No RX de ABDOME: O sinal de Rigler é a visualização de parede gástrica ou intestinal pela presença de gás na cavidade peritonial 
(pneumoperitônio) e no interior da alça, usualmente dilatada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
CIRURGIA GERAL 7 
Marina Prietto 
PRINCIPAIS CAUSAS: 
 
Principal: Doença ulcerosa péptica; 
 
Abdome agudo inflamatório que perfurou: 
 
− Corpo estranho; 
− Doença de Crohn 
− Tumor. 
 
 
 
CONDUTAS: 
 
1º PASSO: Compensar os pacientes – normalmente se apresentam bem graves; 
 
− Infundir volume. 
 
− Iniciar a antibiótico de amplo espectro (possibilidade de sepse); 
 
− Vasopressor – se hipotenso; 
 
 
2º PASSO: Cirurgia; 
 
− Indica-se a laparotomia exploratória de urgência. 
 
− Diagnóstico é feito no intra operatório; 
 
 
 
Em casos de ulceras perfuradas: 
 
» Ulcerorrafia e proteção da úlcera com omento (procedimento de Graham) 
» Epiploplastia; 
» Biópsia gástrica 
» Associação a armas terapêuticas como fármacos anti-secretores tem sido usados - bloqueadores de bomba de prótons; 
 
 
 
 
Se o resultado do anatomopatológico da biopsia sugerir malignidade: 
 
▪ Deve-se internar o paciente e programar uma gastrectomia subtotal alargada com linfadenectomia D2 (quase sempre); 
 
▪ Tumores do terço distal do estômago (o que inclui o antro) são tratados com gastrectomia subtotal + reconstrução à Billroth II 
+ linfadenectomia D2. 
 
▪ A linfadenectomia D2 inclui linfonodos mais distantes que a D1, sendo a mais usada no Brasil.

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