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MÓDULO III: SAÚDE MENTAL – SESSÃO 01 Isabelle Gualberto Souza – T. XXII – 6º Período Medicina UNIFIPMoc – 2021.1 PROBLEMA 01 OBJETIVOS - Descrever os termos desconhecidos: indumentária, alopsiquica, autopsiquica, estereotipia, neologismo, fuga de idéias, desacarrilamento, bloqueio de pensamento, alucinação, ilusão, hipotenaz, encarapitados; - Conhecer os aspectos que devem ser analisados na entrevista psiquiátrica; - Explicar o papel do exame físico e dos exames complementares na consulta psiquiátrica. REFERÊNCIAS Sadock BJ, Sadock VA, Ruiz P. Exame e diagnóstico do paciente psiquiátrico. In: ______. Compêndio de psiquiatria: Ciência do comportamento e psiquiatria clínica. 11 ed. São Paulo: Artmed. 2017. p. 192-266. Linda B, Andrews MD. Entrevista psiquiátrica e exame do estado mental. In: Hales RS, Yudofsky SC, Gabbard GO. Tratado de Psiquiatria clínica. 5 ed. Porto Alegre: Artmed. 2012. p. 31-45. ASPECTOS GERAIS DA ENTREVISTA PSIQUIÁTRICA Objetivo: Na consulta psiquátrica o principal objetivo vai ser conseguir informações que irão estabelecer um diagnóstico com base em critérios. A consulta é o elemento mais importante na avaliação e no tratamento de pessoas com doença mental. É fundamental para entender um paciente que exibe sinais e sintomas de uma psicopatologia. Consulta psiquiátrica bem conduzida → estabelecer relação com o paciente → compreensão multidimensional dos aspectos biopsicossociais do transtorno → permite ao psiquiatra ter as informações que precisa → desenvolvimento de um plano de tratamento centrado na pessoa. A entrevista molda a natureza do relacionamento entre o paciente e o médico, que pode ter influência profunda no resultado do tratamento. Onde pode acontecer essa consulta psiquiátrica? • Unidades de internação psiquiátricas – muito comum em hospitais no Brasil; MÓDULO III: SAÚDE MENTAL – SESSÃO 01 Isabelle Gualberto Souza – T. XXII – 6º Período Medicina UNIFIPMoc – 2021.1 • Unidades de internação não psiquiátricas – como em clínicas de reablitação de usuários de drogas, unidades socioeducativas; • Prontos-socorros; • Consultórios médicos; • Ambulatórios – como no NASPP, como no CAPES; • Casas de repouso; • Outros programas residenciais e instituições correcionais. Qual a duração da consulta psiquiátrica? Vai variar de acordo com seu foco, local, objetivo específico e outros fatores. IMPORTANTE No geral, consulta psiquiátrica é semelhante a consulta médica comum. Tem os seguintes aspectos: • Queixa principal; • História da moléstia atual e história pregressa; • História familiar e biopsicossocial; • Revisão de sistemas. A diferença está na análise mais aprofundada da questão mental do paciente. Pesquisa-se os seguintes aspectos: • História do desenvolvilmento do paciente; • Seus sentimentos em relação a eventos importantes da sua vida; • Vai explorar seus relacionamentos interpessoais; • Analisar seus padrões de adaptação e traços de caráter. Diretrizes para a entrevista Temos uma série de aspectos que devemos estar cientes antes de começar a consulta psiquiátrica, sendo eles: • Sob que circunstâncias a entrevista psiquiátrica está ocorrendo? • Quem solicitou e quem fez os arranjos para a entrevista psiquiátrica acontecer? • Os resultados da entrevista psiquiátrica serão confidenciais? • O paciente está participando voluntariamente da entrevista? • De quanto tempo o psiquiatra dispõe para conduzir a entrevista? • A avaliação psiquiátrica envolve um ou mais encontras com o paciente? • Onde ocorrerá a entrevista? • O psiquiatra ou o paciente esperam que outras pessoas sejam entrevistadas como parte da avaliação psiquiátrica? PRINCÍPIO DA ENTREVISTA PSIQUIÁTRICA • ACORDO A RESPEITO DO PROCESSO: psiquiatra se apresenta e se necessário esclarece a razão por estar conversando com o paciente; se não estiver implícito, assinar acordo de consentimento para prosseguir com a consulta; saber se o paciente está ali de forma voluntária ou involuntária; • CONFIDENCIALIDADE: reafirmar ao paciente o caráter confidencial da consulta. Este momento é fundamental para a relação médico-paciente. #Uma questão especial relativa à confidencialidade é quando o paciente indica que pretende causar dano a outra pessoa. Quando a avaliação do psiquiatra sugere que isso poderia de fato acontecer, ele pode ter a obrigação legal de alertar a vítima potencial. # Com frequência, os familiares do paciente, incluindo cônjuge, filhos adultos ou pais, acompanham-no na primeira sessão ou estão presentes no hospital ou em outros locais institucionais quando o psiquiatra encontra o paciente pela primeira vez. Se um familiar desejar conversar com o psiquiatra, em geral é preferível um encontro com o(s) familiar(es) e o paciente juntos no fim da sessão e após este ter dado seu consentimento. O psiquiatra não revela material que o paciente compartilhou, mas MÓDULO III: SAÚDE MENTAL – SESSÃO 01 Isabelle Gualberto Souza – T. XXII – 6º Período Medicina UNIFIPMoc – 2021.1 escuta o que os familiares têm a dizer e discute itens que o paciente introduz durante a sessão conjunta. • RESPEITO E CONSIDERAÇÃO: tratar o paciente com respeito, considerando as circunstâncias da condição do paciente; • RAPPORT/EMPATIA: defini-se por rapport: respostas hamorniosas do médico ao paciente e do paciente ao médico. Isso é fruto de uma boa relação médico-paciente e do respeito do profissional para com seu paciente. O paciente deve sentir que está havendo um esforço conjunto. CONTEÚDO DA ENTREVISTA PSIQUIÁTRICA 1. QUEIXA PRINCIPAL Começar a entrevista com uma pergunta não estruturada e relativamente aberta para evocar a queixa princpal. • “Como você está hoje?” • “O que o(a) traz à clínica hoje” • “Você está com algum problema hoje?” E por que é importante começar a entrevista psiquiátrica dessa forma? Porque permite ao paciente ter espaço para iniciar a entrevista com sua queixa principal e que ele decida sobre o que irá discutir primeiro. Ainda, é fundamental para criar um laço de comunicação inicial, a medida que o médico permite ao paciente conte sua história. #Deixar o paciente falar de forma ininterrupta. 2. HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL O psiquiatra deve então conduzir as perguntas de forma a obter mais informações e detalhes sobre a queixa principal e assim montar uma discussão mais completa da H.M.A. Buscar com tempo e esforço para conseguir se obter esses detalhes. Quais perguntas devem ser feitas para desenvolver e criar a história da doença atual do meu paciente? • Revisão sobre sintomas psiquiátricos recentes: início, frequência, duração, fatores precipitantes, fatores de alívio ou agravamento e os sintomas associados. 3. HISTÓRIA DE DOENÇAS PASSADAS Pesquisar a ocorrência anterior de sintomas psiquiátricos nesse paciente. Nesse caso, vamos dar seguimento aos sintomas seguindos os mesmos tóipicos usados na revisão dos sintomas recentes. # Essa parte da anamnese é sequência da história atual. A medida que vai se investigando a H.M.A. deste paciente, vai se perguntando sobre os sintomas passados. O que também se deve pesquisar na história de doenças passadas? • Tratamento medicamentoso – listar os medicamentos tomados, dosagens, efeitos colaterais, duração e adesão ao tratamento; • Terapia ou eletroconvulsoterapia; • Hospitalizações anteriores; • Intervenções devidas a abuso ou dependência de substâncias; • Ideação ou tentativa de suicídio ou homicídio. # Tentar entender a opinião do paciente sobre a eficácia de tratamentos que ele possa ter feito no passado. 4. HISTÓRIA PSIQUÁTRICA FAMILIAR Nesse momento, assim como na consulta comum, vamos buscar as doençasfamiliares prevalentes, MÓDULO III: SAÚDE MENTAL – SESSÃO 01 Isabelle Gualberto Souza – T. XXII – 6º Período Medicina UNIFIPMoc – 2021.1 mas, nesse caso, vamos dar foco às doenças psiquiátricas. Buscar se há presença ou ausência de psicopatologias em pais, avós, irmãos, tias, tios, primos e filhas. Esse momento é importante porque temos algumas doenças em que há predisposição familar a se desenvolver, sendo elas: • Esquizofrenia; • Transtorno bipolar; • Depressão maior; • TOC; • Transtorno de pânico. 5. HISTÓRIA MÉDICA Aqui a pesquisa de história médica vai buscar demais problemas de saúde do paciente. Se apresenta alguma comorbidade, se faz uso de algum medicamento regularmente, se tem alergias a fármacos ou outros elementos. Conhecer sobre esses tópicos é fundamental para a instalação do tratamento medicamentoso do paciente. Algumas drogas tem interação com outros sistemas corporais e, a depender da comorbidade do meu paciente, deve-se fazer a escolha de um medicamento que não interfira nisso. Ex.: alguns antipsicóticos usados na esquizofrenia podem elevar a quantidade de açúcar no sangue e exarcebar condições cardíacas pré- existentes. Ainda, conhecer a história médica desse paciente é fundamental para fazer diagnósticos diferenciais e verificar se o problema atual do meu paciente é realmente de origem psiquiátrica ou se tem uma causa orgânica levando à sintomatologia apresentada por ele. Exemplo: um paciente com hipotireoidismo apresenta-se com energia diminuída e hipersonia, o psiquiatra deve descobm se ele está tomando medicamento para tireoide e se fez um teste de hormônio tireoidiano antes de supor que esses sintomas poderiam estar relacionados a um transtorno depressivo primário. Outro ponto fundamental aqui nesse momento é investigar o ambiente em que esse paciente vive porque isso pode também interferir em seu quadro clínico. E por que é tão importante entender a dinâmima familiar do meu paciente? Principalmente por conta do tratamento. Se o tratamento exigir uma mudança de comportamento, isso pode afetar outros membros da família, além de ser necessário uma rede de apoio pra que isso aconteça. Além disso, resistência familiar em aceitar tanto a psicopatologia do paciente, quanto seu tratamento, pode prejudicar o seguimento do quadro clínico. Deve-se pesquisar: • O paciente tem disponível um lugar de residência estável e seguro? • Alguma coisa na situação de vida do paciente mudou recentemente? • É esperada alguma mudança no futuro próximo? • O paciente tem uma fonte de renda confiável? • O paciente está trabalhando? • O paciente conta com algum tipo de subsídio, como Medicare, Medicaid ou Previdência Social, para apoio financeiro? • O paciente tem um sistema de apoio adequado, incluindo família, amigos, vizinhos, etc.? • O sistema de apoio do paciente é confiável e encontra-se disponível nos momentos de necessidade? • O paciente é casado, solteiro, divorciado, separado? • O paciente tem filhos? • O paciente tem fam1lia próxima e disponível para ajudar? • Qual é a natureza do relacionamento do paciente com sua família - ou seja, a família o apoia e ajuda ou é intrusiva e difícil? Outras coisas para se pesquisar: MÓDULO III: SAÚDE MENTAL – SESSÃO 01 Isabelle Gualberto Souza – T. XXII – 6º Período Medicina UNIFIPMoc – 2021.1 • Crença religiosas que possam interferir no tratamento; • Hábitos que possam afetar negativamente a eficácia dos medicamentos (tabagismo – pode alterar o metabolismo de alguns psicofármacos, alcoolismo etc); • Perguntas sobre violência doméstica, relacionamentos abusivos etc. 6. HISTÓRIA DO DESENVOLVIMENTO É fundamental para contextualizar de forma correta os sintomas atuais do paciente. Vamos pesquisar aspectos: • Motores; • De linguagem; • Físicos; • Sexuais; • Emocionais; • Morais. Verificar se houve algum evento perinatal incomum e se o paciente atingiu os marcos do desenvolvimento nas idades corretas (pode ser que precise de ajuda de familiares). Nesse momento, deve-se analisar principalmente o desenvolvimento emocional do paciente. Os vínculos do paciente com as figuras parentais também é importante. Deve-se verificar quais foram as experiências dele na infância, como foi e é a qualidade dos seus relacionamentos com seus amigos etc. # Deve-se perguntar ao paciente se ele sofreu algum abuso verbal, emocional, físico ou sexual quando criança ou adolescente. # Visto que o desenvolvimento estende-se para além da infância, o psiquiatra precisa avaliar, conforme apropriado, o desenvolvimento contínuo do paciente ao longo da adolescência e da idade adulta jovem, média e tardia, incluindo a análise dos padrões de resposta a transições de vida normais e eventos devida importantes, bem como a qualidade dos relacionamenros interpessoais presentes. Outros pontos a serem analisados: • Como o paciente lidou com a primeira mudança de casa? • Como foi a entrada na escola? • Casamento; • Nascimento de filhos; • Demissão; • Morte dos pais etc. 7. REVISÃO DE SISTEMAS Rever quaisquer sistemas gerais ou categorias de psicopatologias que não tenham sido discutidos anteriormente. Perguntar sobre: • Padrão de sono; • Padrão de apetite; • Regulação do peso; • Funcionamento sexual; • Pensamento, humor, ansiedade, uso de substâncias e transtornos cognitivos. EXAME DO ESTADO MENTAL Nesse momento o que vamos ter é uma combinação de observações ao longo da anamnese com uma série de perguntas formais. O exame do estado mental é o equivalente psiquiátrico do exame físico no resto da medicina. MÓDULO III: SAÚDE MENTAL – SESSÃO 01 Isabelle Gualberto Souza – T. XXII – 6º Período Medicina UNIFIPMoc – 2021.1 Objetivo: fornecer um quadro preciso do estado mental real do paciente no momento da entrevista psiquiátrica. O que o exame do estado mental vai explorar? Áreas do funcionamento mental e mostra evidências de sinais e sintomas de doenças mentais. # Lembrar que esse exame determina a função mental do paciente em um determinado momento e não representa necessariamente uma perspectiva do transtorno do indíviduo. Por isso, pode ser que o exame se altere de uma consulta para outra. # Essas diferenças no exame do estado mental de uma consulta para outra podem ajudar o médico a esclarecer questões diagnósticas e atualizar suas condutas. APARÊNCIA GERAL Observar a aparência geral do paciente. Postura, apresentação, vestuário e hábito corporal. Verificar se está dentro da normalidade ou não. ORIENTAÇÃO Na primeira consulta deve-se fazer uma avaliação formal de orientação. Deve-se questionar: • Nome completo; • A data (dia/mês/ano); • Lugar onde a entrevista está ocorrendo (cidade, estado, prédio, andar, nome da clínica). FALA Deve-se analisasr a taxa, o volume, a articulação, a coerência e a espontaneidade da fala durante toda a entrevista. Psicopatologias podem afetar a fala, especialmente a taxa (desacelerar ou acelarar). ATIVADE MOTORA Analisar o comportamento motor do meu paciente; marcha, posição, gestos, movimentos anormais, tiques, movimentos corporais gerais. Algumas psicopatologias podem levar à mudanças nesses aspectos. AFETO Afeto, nesse caso, quer dizer estado emocional expressado pelo paciente durante a entrevista: triste, alegre ou agitado. Observar se o afeto muda durante a consulta e como é essa mudança, se é gradual ou abrupta. # Pacientes com ausência de responsividade afetiva pode indicar algumas psicopatologias como transtornos depressivos. HUMOR Pedir ao paciente que descreve seu humor nos ultimos dias e semanas. Registrar com as palavras do paciente. Compara o humor com o afeto do paciente durante a entrevista. Possíveisalterações: • Ansiedade e sintomas autonômicos; • medo e tensão; • irritabilidade, raiva, ódio, desprezo, hostilidade; • labilidade afetiva (rápidas alternações de afetos opostos); • incontinência emocional (deixar transparecer todas emoções, geralmente intensas); • indiferença afetiva (restrição importante na saúde ou vida do paciente, e a reação deste é praticamente indiferente); • afeto inapropriado ou incongruente (em relação ao que está sendo relatado); • afeto hipomaníaco e maníaco, exaltado, expansivo: euforia e êxtase; • afeto deprimido: tristeza, desesperança, baixa autoestima e sentimentos de culpa; • apatia, afeto achatado ou embotado (resposta emocional diminuída ou indiferente às alterações dos assuntos). PENSAMENTO Analisar as funções integrativas capazes de associar conhecimentos novos e antigos, integrar estímulos externos e internos. Avalia-se a produção (ou forma), curso e conteúdo. A produção refere-se a como o paciente coloca em ordem as idéias, em que seqüência, se segue ou não MÓDULO III: SAÚDE MENTAL – SESSÃO 01 Isabelle Gualberto Souza – T. XXII – 6º Período Medicina UNIFIPMoc – 2021.1 as leis da sintaxe e da lógica. O normal é que a produção do pensamento seja lógica (ou coerente), isto é, clara e fácil de seguir e entender. O curso caracteriza-se pela quantidade de idéias que vêm ao pensamento, podendo ser de abundante a escassa; e pela velocidade. O conteúdo do pensamento são as idéias propriamente ditas, sua conexão ou não com a realidade, refletindo ou não aspectos reais do mundo externo ou interno. Possíveis alterações: • Produção: Ilógica (irreal, difícil ou impossível de seguir a linha de raciocínio); • Curso: lento ou acelerado, fuga de ideias, perda de associação; • Conteúdo: delírio ou idéia delirante, idéias supervalorizadas (crença exagerada, como desconfiança, implicância gratuita); idéias de referência (sensação inevitável de que outras pessoas e meios de comunicação referem-se a si); pobreza (pouca informação, repetições vazias, vago); obsessões (idéias, imagens ou impulsos repetitivos). MEMÓRIA É a função psíquica responsável pela fixação, armazenamento e evocação dos estímulos e vivência. zenamento e evocação dos estímulos e vivências(8). Embora existam diversas classificações e subsistemas de memória, uma das mais adotadas é aquela que leva em consideração o tempo decorrente entre a fixação do estímulo e sua evocação. Com base neste critério, podemos classificar a memória em imediata, recente e remota. • Imediata: a duração é de segundos entre a fixação e a evocação. Falar 3 palavras ou três números e pedir que o paciente repita imediatamente; • Recente: a duração é de minutos/horas/dias. Pedir para o paciente repetir após a aplicação de um distratator; • Remota: semanas/meses/ anos: Perguntar sobre fatos do passado. INSIGHT Entendimento do paciente sobre como está se sentindo, se apresentando e funcionando, bem como as possíveis causas de sua apresentação psiquiátrica. Esse entendimento pode ser total, parcial ou o paciente pode não ter entendimento. JULGAMENTO Capacidade da pessoa de tomar boas decisões e agir de acordo com elas. O paciente pode não ter consciência de sua doença, mas ter bom julgamento. Avaliar o julgamento é fundamental para saber se o paciente está tendo ações perigosas ou procurando problema, além de que ajuda verificar se o paciente consegue fazer o tratamento correto ou se precisa de ajuda especializada, como hospitalização. EXAME FÍSICO Sinais vitais, peso, circunferência da cintura, indice de massa corporal podem ser importantes para se acompanhar já que alguns medicamentos e/ou algumas doenças podem ter efeito potencial sobre esses aspectos. • Escala de movimentos involuntários anormais: teste de triagem; importante ser feito quando o paciente usa algum medicamento antipsicótico porque a escala ajuda na monitorização de efeitos colaterais potenciais, como a discinesia tardia (movimentos repetitivos involuntários que se manifestam como um efeito colateral do uso prolongado ou alta doses de antipsicóticos). EXAMES COMPLEMENTARES Na maioria dos casos, exames complementares são desnecessários e onerosos, não carecendo de solitação por parte do médico. Caso durante a anamnese o psiquiatra encontre indicações para a realização de algum exame, este deve ser solicitado. Possíveis exames a serem solicitados: • Hemograma; MÓDULO III: SAÚDE MENTAL – SESSÃO 01 Isabelle Gualberto Souza – T. XXII – 6º Período Medicina UNIFIPMoc – 2021.1 • Bioquímica sanguínea; • Sorologia para lues; • Exame do líquor; • Neuroimagem cerebral; • Eletroencefalografia; • Estudos genéticos; • Dosagens hormonais; • Testagem neuropsicopatológica; • Testagem psicodiagnóstica.
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