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A Importância do Lúdico no Processo do Luto Infantil - resumo + anotações - módulo 5

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1 Grupo de Estudo – Luto Infantil – Instituto Fratelli - 2021 
@sabrina.estudantedepsi 
Ludoterapia é uma forma de psicoterapia para 
crianças que objetiva proporcionar à criança 
atendida capacidade para resolver seus 
problemas de forma saudável, sendo ela 
mesma, mas sem a pressionar para mudar ou 
seguir em frente (ROCHA & BARRETO, 2015). 
Segundo Axline (1984, como citada em Rocha e 
Barreto, 2015), a ludoterapia se baseia na ideia 
do jogo como modo de se expressar natural da 
criança. Para obter bons resultados, é preciso 
que a criança se sinta segura, adaptada ao 
consultório e ao terapeuta. Segundo Fiorini 
(1985, como citado em Rocha e Barreto, 2015), 
um vínculo entre paciente e terapeuta pode ser 
entendido de duas formas: 
1. o vínculo se adequa às necessidades de cada 
paciente, ou 
2. o terapeuta utiliza suas competências e 
atitudes reais a serviço do processo de 
formação do vínculo. 
Normalmente, quando uma criança é 
encaminhada para atendimento psicológico, ela 
apresenta comportamento oprimido e 
desconfiado nas primeiras sessões (ROCHA & 
BARRETO, 2015). 
A ludoterapia oferece um ambiente em que a 
criança é encorajada a ser criativa, usando seu 
próprio modo de brincar que será interpretado 
pelo terapeuta (GRUNSPUN, 1997, como citado 
em Rocha e Barreto, 2015). 
Assim, o brinquedo deve servir como veículo de 
comunicação entre o profissional e a criança 
(FRANÇANI et al., 1988, como citado em Rocha 
e Barreto, 2015). 
O luto é um processo que passamos quando 
perdemos algo ou alguém. O que acontece 
nesse processo, quanto tempo dura e sua 
intensidade, depende de cada indivíduo e 
também do quão significativa era aquilo (ou 
pessoa) que o indivíduo perdeu (SCHOEN et al., 
2004 apud LIMA, 2007; como citado em Rocha 
e Barreto, 2015). 
O fato de uma criança não expressar 
verbalmente que está sofrendo, não significa 
que ela não entende o que acontece. Ela pode, 
inclusive, está vivenciando essa perda de modo 
não saudável (ROCHA & BARRETO. 2015). 
Segundo Nunes (1998, como citado em Rocha 
e Barreto, 2015), nos primeiros dias da perda, 
as crianças podem acreditar que o ente querido 
ainda está vivo porque ainda não entendem o 
que é morte ou apresentar tristeza profunda. 
Segundo Raimbault (1979, como citado em 
Rocha e Barreto, 2015), o sofrimento 
negligenciado pode se manifestar como 
distúrbios de atenção, diminuição da acuidade 
escolar, distúrbios da fala, ansiedade, fobias, 
ritos, tiques, agressividade, apatia e medo do 
escuro e desconhecido.
1. Liberdade: a criança tem que se sentir livre 
para brincar. 
2. Lugar de decisão: a criança pode dizer não, 
ela pode recusar. 
3. Indeterminação: uma característica do 
brincar é mudar o tempo todo. 
Algumas vezes, os pais procuram a psicologia 
acreditando que a criança não elaborou o luto. A 
elaboração do luto acontece na transformação 
da falta em saudade. Entretanto, há situações 
que essa demanda é dos pais e não da criança. 
Quando essa demanda é da criança, ela 
aparece em algum momento do processo 
clínico. Se isso não for uma demanda da 
criança, a demanda é dos pais. 
 
 
2 Grupo de Estudo – Luto Infantil – Instituto Fratelli - 2021 
@sabrina.estudantedepsi 
A fim de validar as emoções da criança, é 
preciso promover um setting clínico em que ela 
esteja segura para expressar suas emoções. 
Por outro lado, é preciso também conversar com 
os pais a respeito da necessidade de eles 
também validarem as emoções da criança. 
Uma forma de engajar os pais na terapia infantil 
é sensibilizá-los de que eles são importantes no 
processo terapêutico. Uma vez que eles, de 
fato, são importantes, pois são eles quem 
passam a maior parte do tempo com a criança. 
Os recursos lúdicos podem auxiliar nos rituais 
para elaboração de luto no setting clínico. 
Alguns recursos lúdicos são: desenho, pintura, 
imagens, puxa papos, historinhas. 
BAÚ MENA BARRETO, J.; ROCHA, M. V. A 
ludoterapia no processo do luto infantil: um 
estudo de caso. Pesquisa em Psicologia - 
anais eletrônicos, [S. l.], 2015. Disponível em: 
https://portalperiodicos.unoesc.edu.br/pp_ae/art
icle/view/8555. Acesso em: 14 ago. 2021. 
Veja também: 
Falar da Morte com Crianças – COVID-19

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