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Legitimidade na execução - Resumo 02

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Legitimidade na execução 
• É possível em algumas situações que a execução seja instaurada de ofício. (CPC: art. 497, 498. Nas 
execuções das contribuições sociais na Justiça do Trabalho, CF: art. 114, VII e súmula vinculante 
53, ou nas execuções regulares na justiça do Trabalho.) 
• Não cabem intervenções de terceiro na execução. 
• Não é permitido a consignação em pagamento pelo devedor, todavia o artigo 526 permite, de certa 
forma, uma espécie de consignação em pagamento interna na execução. 
Legitimidade ativa 
• O credor a quem a lei confere título executivo: 
- Credor: aquele que a lei confere uma posição jurídica de vantagem no título executivo 
(legitimidade ordinária primária): 
- Situações em que a lei autoriza determinadas pessoas que, mesmo quem não estejam indicadas no 
título, tenham legitimidade para executar: 
*advogado (não é parte originária, mas é detentor de legitimação ordinária para a cobrança via 
executiva, de seus honorários); 
*o substituto processual (que procederá a execução quando quem conduziu o processo de 
conhecimento foi o seu substituto); 
*Cártula com endosso em branco (a execução dela autoriza ao portador promover a ação); 
*a vítima de crime (é legitimada para promover a execução da sentença penal condenatória 
perante o juízo cível, mesmo tendo a demanda sido proposta pelo Ministério Público na esfera 
penal). 
• Ministério Público: apesar de ser difícil de ser verificado na prática, pois não é função do MP 
buscar tutela de interesses patrimoniais disponíveis. Constituindo legitimação ativa extraordinária, 
pois, como regra, ele não consta como credor no título. São as situações que pode ocorrer: 
- execução da sentença de procedência da ação popular se o demandante ou qualquer outro cidadão 
não ajuizar a execução no prazo de 60 dias da decisão de segundo grau (art. 16, Lei n. 4.717/65); 
-execução de sentença condenatória proferida em processo coletivo regulado pelo CDC (art. 100, 
Lei n. 8.078/90); 
- no compromisso de ajustamento, denominado de TAC (arts. 211, Lei n. 8.069/90, 113, CDC e 5º, § 
6º, da Lei n. 7.347/85. 
- Pode, também, na qualidade de órgão público reivindicando benefício concedido por lei, mas não repassado 
pelo Estado. 
Obs.: Importante frisar que na qualidade de parte não há óbices quanto à legitimação ativa na execução. 
• Herdeiros e sucessores: Os herdeiros e sucessores terão legitimidade quando o crédito lhes tenha 
sido transferido por sucessão causa mortis. Trata-se de legitimação ordinária, pois os herdeiros 
estão buscando em juízo direito próprio em nome próprio (sucessão processual). 
• Cessão de crédito: trata-se de sucessão inter vivos, independente se ocorreu a título oneroso ou 
gratuito. 
- É legitimidade ordinária superveniente; 
 
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- pode ser tanto uma demanda ajuizada pelo próprio cessionário (que recebeu o crédito 
anteriormente) como no curso da lide (verdadeira alienação do objeto litigioso), nada impedindo que 
o cedente continue no processo agindo em nome próprio direito do cessionário como substituto 
processual. 
- Não depende da anuência do executado, exige-se notificação; 
• Sub-rogação: ocorre quando o terceiro não paga o crédito, havendo uma substituição na posição de 
vantagem que deixa de ser ocupada pelo credor originário e passa a ser exercida pelo sub-rogado 
já que o terceiro que paga a dívida se sub-roga nesse direito. (pode ser aplicada nos casos de sub-
rogação legal e na convencional). 
- Se a dívida paga estava representada por título executivo caberá forçosamente execução. 
Legitimidade passiva 
• Do devedor: é modalidade de responsabilidade primária originária. 
- é aquele reconhecido como tal no título executivo; 
- são legitimados passivos todos que puderem ser responsabilizados para o cumprimento da dívida; 
• Espólio, herdeiros e sucessores: modalidade de responsabilidade primária superveniente 
decorrente de sucessão causa mortis. 
- Os sucessores apenas respondem nas forças da herança, ou seja, até o quinhão sucessório. 
• O novo devedor: modalidade de responsabilidade primária superveniente, são as hipóteses de 
cessão de débito ou assunção de dívida, Ocorre quando a dívida, representativa do título executivo, 
é transferida para novo devedor desde que haja anuência expressa do credor. 
• Fiador do débito em título extrajudicial: modalidade de responsabilidade extraordinária; 
- A fiança prevista no inciso IV do art. 779 é apenas de título extrajudicial. Quando se tratar de 
título judicial é necessária sua citação como réu na fase de conhecimento sob pena de ilegitimidade 
na execução/cumprimento por não figurar na sentença. 
- Fiança: é modalidade de garantia, podendo ser judicial ou convencional. 
- Fiador judicial: é um terceiro que presta garantia para alguma das partes exclusivamente 
dentro do processo quando for necessário. 
- o fiador que pagar a obrigação poderá executar o afiançado nos mesmos autos do processo. 
- Importante que se diga que o título executivo é o contrato principal (que é a relação obrigacional 
sujeita à execução) e não o acessório (que constitui apenas uma garantia para o cumprimento desse 
contrato). 
• O responsável ou titular do bem vinculado por garantia real ao pagamento do débito: modalidade 
de responsabilidade extraordinária; 
- Para o cumprimento das obrigações é possível estabelecer garantia real por meio de penhor, 
hipoteca, anticrese ou alienação fiduciária (arts. 1.419 a 1.430 do CC, Decreto-lei n. 911/69 e Lei n. 
9.514/97). 
- A princípio a responsabilidade para o cumprimento da obrigação é do devedor/executado que 
figurou na relação obrigacional de direito material, no entanto, devido a natureza de garantia a 
responsabilidade para com o adimplemento da obrigação se estende a esses terceiros garantidores 
que figurarão, por consequência, no polo passivo da execução. 
• Responsável tributário: modalidade de responsabilidade extraordinária. Ocorre quando aquele que, 
não sendo contribuinte, está obrigado ao pagamento do tributo ou penalidade pecuniária por 
expressa disposição de lei. 
 
 Lembre-se de curtir e salvar! :) 
- Há três formas de responsabilidade: por sucessão, por terceiros e por infração. 
Referências: Manual de Direito Processual Civil, Renato Montans de Sá.

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