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Planejamento de cardápios para coletividade sadia Planejamento de cardápios: planejamento é traçar estratégias para atingir determinado objetivo, com isso é oferecer uma refeição com qualidade nutricional e que atenda a clientela e que não afete risco a saúde do consumidor. Segundo Vieira (2012) ‘’é uma atividade complexa, que exige a utilização de conhecimento sobre nutrição e dietética, envolvendo aspectos nutricionais, sensoriais, afetivos e emocionais, sociais, econômicos e operacionais, regulamentares, ambientais e éticos da alimentação’’. É complexo pois precisamos utilizar todo conhecimento Cardápio: é definido como uma lista de preparações culinárias, composta por receitas previamente escolhidas e padronizadas (MENDONÇA, 2014). O cardápio é um meio de comunicação: - ao cliente o que o restaurante tem a oferecer - aos trabalhadores o que deve ser produzido Comensal comprar sem garantias e testes! - é importante que as normas técnicas sejam seguidas para que ocorre a comunicação. Requisitos para a elaboração dos cardápios: PAT – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO AO TRABALHADOR LEIS AS ALIMENTAÇÃO PNAE – PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO ESCOLAR QUANTIDADE QUALIDADE HARMONIA ADEQUAÇÃO Ao realizar um planejamento de cardápio adequado a coletividade o profissional estará: - o planejamento adequado favorece uma melhor qualidade de vida a coletividade - adequar alimentação servida ao estado nutricional da coletividade Lembrar sempre que é importante qual o sujeito referência da UAN, se tem sobrepeso, hipertensão, se é eutrófico.. - otimizar os custos - respeitar os hábitos alimentares da coletividade. Respeitar os hábitos é um passo para tentar muda-los caso a alimentação trouxer riscos à saúde do indivíduo. Em estudos feito por Vieira e Japur (2012), foi constatado que muitos restaurantes no Rio de Janeiro teria uma alta ingestão de gorduras e de proteínas e uma baixa ingestão de carboidratos, portanto é importante que haja um equilíbrio dos macronutrientes e micronutrientes. Ao planejar um cardápio devemos observar principalmente: - perfil da clientela - Per capita recomendado (qual a quantidade feijão, arroz..) - Estrutura física - Cálculos de nutrientes - Sazonalidade dos alimentos (pois isso interfere nos custos e qualidade dos alimentos) - custos - mão de obra (pessoas e manipuladores) - controle sanitário - harmonia e variedade entre as preparações - preço das matérias da UAN - padrão do cardápio Os cálculos dos macro nutrientes e micronutrientes devem atender as recomendações da OMS Deve-se atender as orientações do contrato em empresas prestadoras de serviço. O Conselho Federal de Nutricionistas, através da resolução 380/205, determina como atribuições mínimas e específicas para atuação em UAN: - o desenvolvimento de fichas técnicas; (um pré-requisito importante para elaboração de cardápios padronizados) - coordenação e execução dos cálculos de valor nutritivo - rendimento - custo da refeição - gestão do desenvolvimento de receituários e respectivas fichas técnicas; (receitas padrão, com rendimento, tempo de preparo, ingredientes, método de cocção.. para que o manipulador de alimentos mantenha a mesma qualidade nutricional) - deve-se avaliar periodicamente as preparações culinárias Planejamento físico e funcional: - racionalização do trabalho, maior produtividade e flexibilidade; - preservar as características nutricionais e organolépticas dos alimentos; - redução do investimento na implantação da cozinha; - equipamentos bem utilizados; - redução de custos e investimentos desnecessários. Nas diferentes UAN (comercial, hospitalar ou de institucional (industrias), podemos aplicar diferentes padrões de cardápios: - básicos - médios ou intermediários - superior ou luxo Redação: letras inicias maiúsculas em todas as palavras, exceto preposições e conjunções. - Salada de Frutas - Arroz à Grega; - Filé de Peixe ao Molho Tártaro. Agrupar as preparações do cardápio na ordem em que serão apresentadas Apresentar sempre o método de preparação, exemplo: Frango Grelhado, Ensopado de Carne.. Cardápios institucionais: - entrada - prato principal - opção - guarnição -complementos – arroz/feijão - sobremesa -bebida A avaliação de cardápios em uma UAN deve ser realizado periodicamente - avalia se os objetivos estabelecidos para a UAN estão sendo cumpridos - nutricionais - financeiros - sociais -satisfação (cardápio) O desperdício de alimentos é sinônimo de falta de qualidade. Perde-se: - matéria-prima - água - energia - mão de obra - e outros materiais: descartáveis, material de limpeza, etc. O controle de produção em alimentos: Fator de correção, sobras e restos Controles de produção: - remoção de partes não comestíveis (pré-prepato): - indicador de parte comestível (IPC): peso bruto/peso líquido; - aproveitamento integral dos alimentos; (o desejo é que ocorra o aproveitamento integral dos alimentos, mas pode acontecer do manipulador não ser treinado e o equipamento não conseguir atender a demanda, com isso acaba perdendo grande parte dos alimentos) - qualidade da matéria-prima; (por exemplo: 3kg de alface, durante a manipulação acaba perdendo 1kg de alface, é hora de rever os fornecedores!) - armazenamento dos alimentos; - treinamento dos funcionários; Deve-se ficar atento aos equipamentos e a saúde do trabalhador, pois se os equipamentos não conseguem atender ao volume de refeições pode-se aumentar a sobrecarga do trabalhador - alimentos produzidos e não distribuídos (SOBRAS): -número de refeições; -aceitação dos cardápios: Variedade? Respeito aos hábitos alimentares? Tudo isso são fatores que devem ser pensados e avaliados As fórmulas utilizadas: Peso da sobra por cliente (Kg) = peso das sobras/número de refeições servidas O ideal é que esse peso fique entre 7 a 25 gramas por pessoa! % de sobras = sobras prontas após servir as refeições x 100 / peso da refeição distribuída - alimentos distribuídos e não consumidos: - dimensionamento de per capita; - da adequação dos utensílios de servir; - compatibilidade das preparações com o padrão do cliente ou com seus hábitos alimentares - eficiência da produção de alimentos que envolve a apresentação das preparações Muitas vezes uma preparação é saborosa porem a aparência não é agradável, ambos devem ser bons. Calculo muito cobrado em concursos: Resto-ingestão per capita (Kg) = peso do resto-ingesta/ número de refeições servidas % Resto-ingestão = peso do resto-ingesta x 100 / Peso da refeição distribuída Não deve ser maior que 10% para coletividades sadias E maior que 20% para as coletividades enfermas Entre 4 e 7% são os ideais! Pessoas alimentadas com desperdício acumulado = sobra acumulada + resto acumulado/consumo per capita por refeição Consegue-se estimar o número de pessoas que conseguiriam ser alimentadas com o desperdício desse alimento!
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