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- katzung cap 29 - fármacos utilizados no tratamento de: ▪ esquizofrenia ▪ transtornos psicóticos induzidos por drogas (anfetamina, cocaína, levodopa, apomorfina, bromocriptina) ▪ distúrbio afetivo bipolar ▪ transtornos cognitivos (mal de Alzheimer) ESQUIZOFRENIA - hipótese dopaminérgica: o aumento da atividade dopaminérgica leva a surtos psicóticos; a anfetamina, por exemplo, libera dopamina no cérebro e pode causar episodio agudo de esquizofrenia - hipótese serotoninérgica: o aumento da atividade serotoninérgica central leva a esquizofrenia; o LSD, por exemplo, um agonista parcial dos receptores 5GT2A produz alucinações - hipótese glutamatergica: a diminuição da atividade glutamatergica pode levar a esquizofrenia; os antagonista do receptor NMDA – fenciclidina e cetamina, causam sintomas psicóticos positivos e negativos semelhantes a esquizofrenia › SINTOMAS POSITIVOS (sistema límbico) ▪ delírios (algo existente) ▪ alucinações (algo inexistente) ▪ distúrbios do pensamento ▪ agitação ou catatonia ▪ discurso e comportamento desorganizado ▪ respostas emocionais incongruentes › SINTOMAS NEGATIVOS (córtex pré-frontal) ▪ afeto embotado ▪ retraimento social ▪ embotamento cognitivo ▪ pensamento estereotipado ▪ anedonia (ausência de prazer) ▪ atenção prejudicada › SINTOMAS AGRESSIVOS E HOSTIS ▪ hostilidade declarada (abusos verbais ou físicos) ▪ automutilação ▪ suicídio ▪ abusos sexuais - na via mesolimbica, em indivíduos com esquizofrenia, há uma ativação exacerbada da dopamina; por isso há alucinações e outros sintomas positivos - na via mesocortical, em indivíduos com esquizofrenia, há diminuição de dopamina, sendo relacionado aos sintomas negativos - na via tuberoinfundibular a dopamina controla a prolactina › TRATAMENTO - os antipsicóticos atípicos fazem antagonismo dopaminérgico em receptores D2 e também tem antagonismo 5HT2A, controlando, ainda, o sistema serotoninérgico - clorpromazina é o protótipo de fármacos antipsicóticos MECANISMO DE AÇÃO rever aula 01:09:00 - antipsicóticos típicos: • atuam na via mesolimbica; bloqueia os receptores D2 na via mesolimbica, diminuindo os sintomas positivos; • o bloqueio D2 na via dopaminérgica mesocortical, onde a DA já está diminuída, pode provocar piora nos sintomas negativos. e cognitivos • na via tuberoinfundibular, o bloqueio D2 na via dopaminérgica tuberoinfundibular pode provocar hiperprolactinemia, que se relaciona com a galactorreia, ginecomastia, amenorreia/dismenorreia, diminuição da fertilidade, desmineralização óssea e ganho de peso • na via nigroestriatal, o bloqueio D2 promove transtornos do movimento, chamados de sintomas extrapiramidais (distonias agudas, acatisia, catatonia e parksonismo farmacológico) • com o bloqueio crônico de receptores dopaminérgicos na via nigroestriatal ocorre up regulation desses receptores, hipersensibilizando o neurônio, determinando discinesia tardia (movimentos involuntários estereotipados hipercinéticos – trejeitos orofaciais, movimentos mastigatórios, protusao da língua, movimentos atetoides da cabeça, pescoço e membros superiores) • produzem bloqueio de receptores colinérgicos muscarínicos M1, causando efeitos como: constipação, visão turva, boca seca, sonolência, retenção urinaria • produzem bloqueio de receptores histaminérgicos H1, que tem atividade central, causando efeitos como ganho de peso e sonolência • produzem bloqueio de receptores adrenérgicos alfa 1, causando efeitos como queda na pressão sanguínea, tontura e sonolência - antipsicóticos atípicos: atuam como antagonistas nos receptores serotoninérgicos 5HT2A, dopaminérgicos D1 e D2, colinérgicos muscarínicos, adrenérgicos alfa 1 e 2, histaminérgico H1 • o efeito antipsicótico tem uma baixa relação entre a afinidade D2/afinidade 5HT2A • o bloqueio dos receptores 5HT2A determina uma maior liberação de DA na fenda sináptica, promovendo uma competição com o antipsicótico e revertendo parte do bloqueio D2 • capazes de tratar os sintomas positivos e negativos, reduzindo os efeitos colaterais por ter um bloqueio reduzido nos receptores D2 › EFEITOS TERAPÊUTICOS DOS ANTIPSICÓTICOS ▪ reduzem os sintomas positivos ▪ reduzem os sintomas negativos ▪ efeito sedativo ▪ efeito antiemético: devido ao bloqueio de D2, da zona do gatilho quimioceptora na áreas postrema, além do bloqueio de receptores muscarínicos e histamínicos › EFEITOS COLATERAIS ▪ toxicidade cardíaca: prolongamento QT, a superdosagem causa bloqueio da condução cardíaca ▪ agranulocitose fatal e leucopenia: predispõe o paciente a infecções ▪ síndrome neuroléptica fatal: rigidez muscular extrema, febre alta, coma e morte ▪ efeitos oculares: pigmentação acastanhada da córnea e cristalina (clorpromazina) e retinopatia pigmentar (diminui acuidade visual em altas doses de tioridazina) ▪ ganho de peso ▪ hiperglicemia ▪ dislipidemias
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