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Erica Marques DIGESTÃO DOS CARBOIDRATOS EM MONOGÁSTRICOS HERBÍVOROS E CARNÍVOROS A maioria dos carboidratos da dieta dos animais é de origem vegetal, em menoria tem os carboidratos de origem animal como glicogênio e lactose. Dentro da célula encontramos os carboidratos solúveis, já na parede celular encontramos os carboidratos insolúveis. Classificação dos carboidratos Os monômeros dos carboidratos podem ser do tipo aldeído ou do tipo cetona, o do tipo poliidroxialdeído é o caso da glicose, já o poliidroxicetona é o caso da frutose, embora as duas tenham 6 carbonos. Principais carboidratos em células vegetais ● Toda enzima hidrolítica separa monômeros, e elas são específicas, por exemplo, a alfa amilase pancreática só é capaz de quebrar as ligações alfa 1-4. ● O amido é um carboidrato solúvel, então ele está presente basicamente no conteúdo celular. Pode estar na raiz, no caule ou na folha. ● Já a celulose está na parede celular da planta, pois ela é um carboidrato estrutural e insolúvel. CARBOIDRATOS ESTRUTURAIS Celulose ● A celulose é uma molécula formada de glicoses ligadas por ligações β-1,4. ● Se estende em uma cadeia linear, da estrutura a planta. ● Existem espaços entre elas, e quando a planta é jovem esse espaço é preenchido por água. Hemicelulose ● A cadeia básica é formada por monômeros de xilose (cadeia de xilana). ● Pode ganhar uma diversidade de ramificações, existem vários carboidratos que podem se ligar. Pectina ● É o carboidrato que forma a casca das frutas. ● Se ele é isolado, ele é capaz de inchar (as suas ramificações servem para aprisionar a água ao redor a fim de tornar o meio mais gel). ● Está na parede celular porém é solúvel. ● O monômero da pectina é o ácido galacturônico. ● A interação das hidroxilas do ácido galacturônico mantém a pectina interagindo com a água. ● Embora ela esteja na parede celular ela interage bem com a água, por conta das suas hidroxilas. Na alimentação de equinos os produtores preferem a aveia do que o milho: pois o milho é basicamente amido, enquanto que a aveia é amido e fibra. Assim chega menos amido para o intestino e a fibra que chega é facilmente digerida. Conforme a planta vai envelhecendo, os espaços que antes continham água são preenchidos por lignina. Essa lignina enrijece a estrutura da planta. Lignina – composto fenólico altamente complexo ligado por pontes dissulfeto. Totalmente indigestível. A lignina faz parte da fibra. CARBOIDRATOS NÃO ESTRUTURAIS Amido ● O amido é constituídos por unidades de glicose unidas por ligações α1-4 e divididos em duas partes, a amilose, que é uma cadeia linear não-ramificada, e amilopectina, que apresenta pontos de ramificação, com ligações do tipo α1-6. ● Polissacarídeo de reserva das plantas. ● A enzima alfa amilase só consegue quebrar as ligações α1-4. Açúcares simples ● Maltose ocorre na natureza nos grãos em germinação. Pode ser obtido através da hidrólise parcial do amido, sendo a glicose o produto final. ● Lactose é o principal açúcar encontrado no leite. É o menos doce dos dissacarídeos. Glicose + galactose. ● Sacarose é encontrada no açúcar da cana e da beterraba. Após hidrólise de glicose e frutose. Digestão de carboidratos em monogástricos BOCA E ESTÔMAGO ● Início da digestão dos carboidratos. ● Parótidas secretam α-amilase salivar. ● pH da saliva é alcalino – ativação da enzima. ● Ação amilolítica nas ligações α-1,4 do amido (3-5% do amido ingerido). ● pH de ação – a partir de 6,7. ● Bolo alimentar misturado à saliva, deixa a boca pelo esôfago e chega no estômago. ● α-amilase permanece agindo no centro do bolo alimentar, onde o pH permanece inalterado (também foi identificada amilase no papo das aves). ● A medida que inicia-se a secreção ácida estomacal, a digestão dos carboidratos é interrompida. ● HCl liberado por estímulo da gastrina – inativação da amilase. ● Gastrina é estimulada pela presença de alimento no lúmen. INTESTINO DELGADO ● Quimo ácido chega ao ID → ativação de osmorreceptores e mecanorreceptores → inibição no esvaziamento gástrico. ● Não há efeito químico dos carboidratos sobre o controle do esvaziamento gástrico – não promovem a saciedade pré-absortiva. ● Secreção hormonal da colecistoquinina, que reduz a secreção ácida, é influenciada por aminoácidos e lipídios que chegam ao duodeno. ● Secreção intestinal pH alcalino 7,8 – 8,0 - α-amilase pancreática. ● Amilose aproximadamente 20% do amido na dieta - ligações α-1,4 clivadas até glicose, maltotriose e maltose. ● Amilopectina aproximadamente 80% do amido dietético – ligações α-1,6 na amilopectina, clivadas até maltose, maltotriose e dextrinas. ● As ligações α-1,6 só são clivadas no intestino pela enzima dextrinase. ● Cães - mais hábeis em digerir o amido da dieta que os gatos. ● Mesmo para cães, o grau de digestão do carboidrato dependerá do processamento que a dieta foi submetida, ex: extrusão – gelatinização do amido ou cozimento. ● Rápido trânsito da dieta reduz eficiência da digestão no cão (carnívoro anatômico). ● Cães - têm pouca amilase salivar, mas é bem provido de amilase pancreática. ● Gatos – não possuem amilase salivar, possuem quantidade reduzida de amilase pancreática. ● Amido na dieta está presente pelo processo industrial da peletização. Absorção dos carboidratos da dieta
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