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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ Centro de Ciências da Saúde – CCS Curso de Graduação em Nutrição Disciplina de Tecnologia de Alimentos Prof. Me. Antonio de Pádua Valença da Silva Davi Renan Souto Torres Emily Silva dos Santos Ienara David Sombra de Lima João Vitor Fernandes Carvalho Mikaele dos Reis Gomes Perspectivas positivas da utilização de alimentos transgênicos INTRODUÇÃO • Aperfeiçoamento da agricultura • Transgênico (Tg) ou Organismo Geneticamente Modificado (OGM) (GENOVESE; CARVALHO, 2015) INTRODUÇÃO (DUMONT, 2016; MARQUES et al., 2012) • Tgs X Alimentos melhorados geneticamente (biofortificados) INTRODUÇÃO (BRASIL, 2005) LEGISLAÇÃO ● Lei n° 11.105, de 24 de Março de 2005 Lei n° 8.974, de 5 de janeiro de 1995 Medida Provisória n° 2.191-9, de 23 de Agosto de 2001 Artigos 5º, 6º, 7º, 8º, 9º, 10° e 16° da Lei nº 10.814, de 15 de Dezembro de 2003 INTRODUÇÃO (AVIDOS, 2002; COLE et al., 2018; RIBEIRO; MARIN, 2012) ● Alegações contra o seu uso −Discurso ideológico do código de defesa do consumidor −Organizações não governamentais de preservação ambiental −Segmentos políticos e religiosos ● Demanda populacional por alimentos ROTULAGEM DOS PRODUTOS TRANSGÊNICOS (BRASIL, 2003a; BRASIL, 2003b; BRASIL, 2005) ● Lei nº 11.105, de 24 de Março de 2005. Cria o Conselho Nacional de Biossegurança – CNBS e reestrutura a Comissão Técnica Nacional de Biossegurança – CTNBio. ● Decreto de direito à informação n° 4.680 de 24 de abril de 2003, conhecida como Lei de Transgênicos. ● Portaria n° 2658, de 22 de dezembro de 2003 do Ministério da Justiça ROTULAGEM DOS PRODUTOS TRANSGÊNICOS (BRASIL, 2003a; BRASIL, 2003b; BRASIL, 2005) ● Rótulos impressos em policromia ● Rótulos impressos em preto e branco • Estudo da segurança de alimentos derivados de cultivos geneticamente modificados (GM). • Relação causa-efeito entre o perigo e o produto ou processo. • Para disponibilizar à sociedade produtos seguros, uma avaliação de biossegurança dos produtos gerados deve ser rigorosamente estruturada e executada. ✔ Tal avaliação dimensiona riscos potenciais e suas probabilidades de ocorrência. EFICIÊNCIA & SEGURANÇA • A caracterização molecular do transgênicos após a inserção na planta é um importante componente da análise de risco. (EUROPEAN FOOD SAFETY AUTHORITY, 2004). ANÁLISES MOLECULARES • Casos agudos ANÁLISE DO RISCO ALIMENTAR • Risco muito importante para ser avaliado • Decisões para a avaliação do potencial de alergenicidade de novas proteínas em alimentos geneticamente modificados foi desenvolvida, em 1996, pelo Conselho Internacional de Biotecnologia de Alimentos e pelo Instituto de Alergia e Imunologia do ILSI (International Life Sciences Institute). TOXICIDADE & ALERGENICIDADE • Consumo de alimentos na dieta de animais de laboratório durante um período de 90 dias. ESTUDOS COM ANIMAIS • Estudos de caracterização molecular e estabilidade da modificação genética. • A OECD tem publicado documentos, conhecidos como Consensus Documents, para auxiliar na compilação de informações sobre diversos organismos hospedeiros e características de interesse que são utilizadas nas cultivares transgênicas. ANÁLISE DE RISCO AMBIENTAL • Obtenção de microrganismos • Produção de aminoácidos • Clonagem CONTRIBUIÇÕES DA ENGENHARIA GENÉTICA • Foram realizados mais de 11.000 ensaios de campo entre 1987-2000, por 45 países com mais de 81 cultivos de OGMs diferentes. (SILVEIRA; BORGES; BUAINAIN, 2005) Culturas mais testadas INTRODUÇÃO • Introdução das principais características genéticas IMPACTOS POSITIVOS DA APROVAÇÃO DOS OGMs • Redução de 12,6 bilhões de litros 95% 3% 2% • Redução de 104,8 milhões de diesel JAMES, 2010 270.000 de toneladas de CO2 • Economia de 6,8 toneladas de ingredientes ativos IMPACTOS POSITIVOS DA APROVAÇÃO DOS OGMs PLANTIO E OS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS EMISSÃO DE CO2ÁGUA PESTICIDAS 10% 6% 84% 2% 3% 95% BENEFÍCIOS DO PLANTIO • Plantas resistentes a pesticidas/herbicidas; • Plantas resistentes a variações climáticas, ataques de insetos e pragas • Proteção do meio ambiente devido à redução dos agrotóxicos; • Alimentos com melhor teor nutricional. ✔ Maior durabilidade e qualidade do produto. ✔ Menores perdas na produção; ✔ Maior lucratividade; (CAMARA et al., 2009; CARVALHO; HENRIQUES, 2012) IMPACTOS POSITIVOS DA APROVAÇÃO DOS OGMs IMPACTOS POSITIVOS DA APROVAÇÃO DOS OGMs BENEFÍCIOS DO PLANTIO NO SOLO • Redução da utilização de água, menor quantidade de N2 é retirada do solo pela lavagem das águas, beneficiando a qualidade do lençóis freáticos. (ALMEIDA; LAMOUNIER, 2005) • Aumento da resistência às alterações climáticas e maior adaptabilidade aos solos pobres, devido à redução do uso de agrotóxicos. (VALOIS, 2001) • Com menores aplicações de agroquímicos, há menos emprego de tratores sobre o solo, causando menor compactação do solo e menor emissão de gases poluentes pelas máquinas. (FINUCCI, 2010) CENÁRIO INTERNACIONAL • Food and Agriculture Organization (FAO) e a World Health Organization (WHO) • As primeiras plantas geneticamente modificadas foram desenvolvidas a partir de 1983, quando um gene codificante para resistência a um antibiótico foi introduzido em plantas de fumo. (GUERRANTE, 2003) • As primeiras autorizações para plantio experimental de culturas GMs ocorreram na China, em 1990, e se referiam ao tabaco e ao tomate resistentes a vírus. (ALVES, 2004) • A primeira aprovação para uso comercial de plantas geneticamente modificadas só ocorreu em 1992, nos Estados Unidos, com o tomate Flavr savr e, posteriormente, em 1994 com a soja Roundup ready. (ALVES, 2004) CENÁRIO NACIONAL • Ministério da Saúde (MS), da Agricultura e Abastecimento (MA) e o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (IDEC). • Atraso do início nas pesquisas dos transgênicos no Brasil, principalmente devido aos altos custos de investimentos à pesquisa de longo prazo e a falta de uma legislação específica para a proteção da propriedade intelectual que aumentasse a difusão e transferência de tecnologia com outros países. • Dessa forma, os transgênicos tornaram-se disponíveis ao consumidor no cenário nacional somente a partir de 1997. (NEVES, 2005) CENÁRIO NACIONAL • Em 1998, a CTNBio registrou o primeiro pedido de liberação de transgênicos para comércio, referente à soja OGM Roundup Ready, espécie resistente ao herbicida Roundup. • O pedido foi aceito, pois não foi detectado nenhum problema de biossegurança, segundo a CNTBio. • O Brasil apresenta produção agrícola de cana-de-açúcar, soja, milho, laranja e mandioca, com 59,6 milhões de hectares de áreas plantas, 30,3 milhões representam áreas plantadas com OGMs nas culturas de soja, algodão e milho. (NEVES, 2005) INTRODUÇÃO PROCESSO DE MODIFICAÇÃO DE ALIMENTOS TRANSGÊNICOS ● Tecnologia do DNA recombinante: ● Isolar ● Manipular ● Identificar TÉCNICAS UTILIZADAS PROCESSO DE MODIFICAÇÃO DE ALIMENTOS TRANSGÊNICOS ● Eletroporação: Utilizada em bactérias. ● Polietilenoglicol (PEG): Plantas e fungos. ● Biobalística: transformação de plantas. ● Agrobacterium tumefaciens: forma natural utilizada em plantas e fungos. ● Microinjeção: Animais. TRANSGÊNICOS E MEIO AMBIENTE TRANSGÊNICOS E MEIO AMBIENTE TRANSGÊNICOS E MEIO AMBIENTE BENEFÍCIOS • Redução no uso de agrotóxico • Redução da quantidade de água utilizada TRANSGÊNICOS E MEIO AMBIENTE BENEFÍCIOS • Aumento da produtividade CONSIDERAÇÕES FINAIS Prós do alimento transgênico Saúde Alimentos mais ricos de nutrientes Diminuição agrotóxicos Economia Maior lucratividade Redução de custos Meio ambiente Redução de água Maior produtividad e • ABRASEM - Associação Brasileira de Sementes e Mudas. Estudo analisa benefícios dos transgênicos na agricultura. [S.I], 30 de janeiro de 2014. Disponível em: http://www.abrasem.com.br/estudo-analisa-beneficios-dos-transgenicos-na-agricultura/. Acessoem: 13 jul. 2021. • ALMEIDA, G. C. S. de.; LAMOUNIER, W. M. Os alimentos transgênicos na agricultura brasileira: evolução e perspectivas. Organizações Rurais & Agroindustriais, v. 7, n. 3, p. 345-355, 2005. • ALVES, G. S. A Biotecnologia dos transgênicos: precaução é a palavra de ordem. 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Regulamenta o direito à informação, assegurado pela Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, quanto aos alimentos e ingredientes alimentares destinados ao consumo humano ou animal que contenham ou sejam produzidos a partir de organismos geneticamente modificados, sem prejuízo do cumprimento das demais normas aplicáveis. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/insumos-agropecuarios/insumos-pecuarios/ali mentacao-animal/arquivos-alimentacao-animal/legislacao/decreto-no-4-680-de-24-de-abril- de-2003.pdf Acesso em: 07 jul. 2021. 2003a. • BRASIL. Lei nº 11.105, de 24 de Março de 2005. Estabelece normas de segurança e mecanismos de fiscalização de atividades que envolvam organismos geneticamente modificados - OGM e seus derivados. Disponível em: https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2005/Lei/L11105.htm. Acesso em: 07 jul. 2021. • BRASIL. Portaria nº 2658, de 22 de dezembro de 2003. 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