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Emergência Kids simulação 1

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Marina Ribeiro Portugal 
 
MARINA RIBEIRO PORTUGAL 
 
AULA 1: INTRODUÇÃO 
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1. Abordagem sistematizada ABCDE 
 
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2. DEA 
 Para o uso correto do DEA (Desfibrilador Externo Automático) é necessário que o 
profissional que for prestar o atendimento saiba de alguns passos essenciais: 
❖ Identificar a necessidade → Se a situação ocorre em um ambiente hospitalar, o 
profissional de saúde capacitado deverá identificar se o paciente está tendo um PCR 
(parada cardio-respiratória) ou um ataque cardíaco. Caso a situação ocorra em um lugar 
afastado, ligue para o SAMU (192) ou peça para uma pessoa que esteja próxima e 
comunique o ocorrido e solicite um DEA, assim os profissionais do atendimento vão 
passar as orientações sobre a massagem cardíaca, até que os profissionais capacitados 
cheguem no local. 
❖ Ligue o DEA → Posicionar o DEA próximo ao paciente, ligar o aparelho e seguir as 
orientações fornecidas no equipamento. 
❖ Posicione os eletrodos → Os eletrodos precisam ser posicionados 
corretamente conforme as instruções. O coxim direito deve ser 
posicionado abaixo da clavícula direita e o esquerdo, abaixo do mamilo 
esquerdo. Deve-se prestar atenção se o paciente não está molhado, se 
pessoa faz uso de marca-passo (pois pode interferir no procedimento). 
Paciente homens que tem excesso de pelo no tórax deve fazer a 
raspagem para a colocação dos eletrodos. 
❖ Conecte os eletrodos no DEA → Após a fixação dos eletrodos, deve-se conectar os cabos 
no aparelho e esperar o mesmo analisar se tem a necessidade de choque ou não. 
❖ Aplicação do choque ou não → Em caso de indicação de choque, peça para que todas as 
pessoas que estejam em sua volta se afastem, verifique se todas pessoas se afastaram 
da vítima antes de apertar o botão. Caso o aparelho não indique o choque, inicie 
novamente as massagens cardíacas, não tendo a necessidade de intercalar com a 
respiração, de acordo com as novas diretrizes. A indicação é que se mantenha a 
massagem cardíaca em uma frequência de 100 por minuto. 
3. Ambu 
 O Reanimador Manual ou Ressuscitador Manual é também conhecido como AMBU, que 
vem da sigla “Artificial Manual Breathing Unit” (Unidade Manual de Respiração Artificial) 
 A máscara deve ficar na base do nariz até o mento 
 O Reanimador Manual é formado basicamente por um balão, uma válvula unidirecional 
(que impede que o ar exalado pelo paciente retorne ao balão), uma pré-válvula para 
reservatório, uma máscara facial que envolve o nariz e a boca do paciente e um 
reservatório de oxigênio. 
 A ventilação possui a duração de três segundos a cada compressão 
 A válvula regula a pressão 
 O oxigênio vem do reservatório 
 Na ventilação com ambu, uma bolsa auto inflável (bolsa de reanimação) é conectada a 
uma válvula não respiratória e então a uma máscara facial que adapta-se aos tecidos moles 
da face. A extremidade oposta da bolsa é conectada a uma fonte de oxigênio (100% de 
oxigênio) e geralmente a um reservatório. A máscara é mantida manualmente firme contra 
a face, e o ato apertar a bolsa ventila o paciente pelo nariz e pela boca. A menos que 
contraindicado, usam-se das vias respiratórias adjuvantes, como cânulas nasofaríngeas 
e/ou orofaríngeas, durante a ventilação com ambu para ajudar a manter a via respiratória 
pérvia. Deve-se usar válvulas de pressão positiva expiratória final (PEEP) se for necessária 
assistência adicional para a oxigenação sem contraindicações ao seu uso. 
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 A correta ventilação com ambu requer competência técnica e depende de 4 elementos: 
❖ Via respiratória pérvia 
❖ Vedação adequada da máscara 
❖ Técnica de ventilação apropriada 
❖ Válvula PEEP se necessário para melhorar a oxigenação 
 O estabelecimento de uma via respiratória patente para ventilação com ambu exige 
❖ Manter a orofaringe livre de obstruções físicas (p. ex., secreções, vômitos e/ou corpos 
estranhos) 
❖ Posicionamento do paciente e manobras manuais adequadas para posicionar a língua e 
os tecidos moles das vias respiratórias altas de modo a não obstruí-las. 
❖ Adjuvantes das vias respiratórias, como as cânulas nasofaríngea ou orofaríngea, para 
facilitar a troca gasosa eficaz (ver também Obtenção do controle das vias respiratórias) 
 O objetivo é obter rapidamente a ventilação e a oxigenação com sucesso. 
 Indicações 
❖ Ventilação de emergência para apneia, insuficiência respiratória ou parada respiratória 
iminente 
❖ Pré-ventilação e/ou oxigenação, ou ventilação provisória e/ou oxigenação, durante as 
tentativas de obter e manter vias respiratórias artificiais definitivas (p. ex., intubação 
endotraqueal) 
 Não há contraindicação médica ao suporte ventilatório do paciente; no entanto, pode 
estar em vigor alguma contraindicação legal (ordem de não reanimar ou diretiva 
antecipada específica). 
 Se a ventilação com ambu for usada durante um período prolongado ou se for feita 
incorretamente, pode-se introduzir ar no estômago. Se isso ocorrer e houver distensão 
gástrica, inserir uma sonda nasogástrica para remover o ar acumulado no estômago. 
4. Laringoscópio 
 Sempre utiliza a luz branca, pois a iluminação é mais eficaz 
 Possui diferentes tamanhos das lâminas 
 Existem dois tipos de lâminas, a reta (Miller) e a curvada (Mcintosh) 
 Sempre utiliza a mão esquerda para passar o laringoscópio e entubar com 
a direita 
 O tubo endotraqueal pode ser com cuff, cuja função é ajudar na ventilação 
e evitar o retorno (proteção), ou sem cuff; o cuff fica subglótico 
 O calculo para obter o tamanho adequado do tubo sem cuff é feito pela 
idade dividido por quatro somado com quatro 
 Não usa cuff em recém-nascido 
5. Cânula de Guedel 
 Mede da rima labial até o lobo da orelha para obter o tamanho adequado do Guedel 
 Consiste em um tubo utilizado para manter as vias aéreas desobstruídas em pacientes 
inconscientes ou durante a anestesia geral. Ela possui as seguintes características: bordas 
arredondadas anti-traumas; superfície lisa facilitando sua limpeza; “bloco mordedor” que 
impede que o paciente morda a língua ou que aconteça oclusão das vias aéreas. 
 
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6. Máscara laríngea 
 Usada para a intubação às cegas 
 Insere até o esôfago, insuflando-a; essa medida age vedando e projetando a ventilação 
para a traqueia 
 
 
 Tem um tamanho específico relacionado com o peso 
7. Máscara não reinalante 
 Possui um reservatório e uma válvula 
 Fornece oxigênio à 100% para o paciente 
 A máscara não-reinalante destaca-se pelo reservatório de oxigênio 
e por um sistema de válvulas expiratória e inspiratória que conferem 
a capacidade de fornecer uma fração inspirada de oxigênio de até 
100% (fluxo de 12-15 L/min), sendo amplamente utilizada em 
setores de emergência e UTI. 
 É utilizada principalmente do trauma (quando a intubação não está indicada) e em 
situação de emergência clínica em que há uma hipoxemia moderada-grave que não 
conseguiu ser revertida com cânula e que ainda não há uma indicação de intubação ou 
ventilação-não-invasiva. 
 Sua utilização prolongada pode ser desconfortável devido ao peso do equipamento e a 
vedação necessária. 
8. Máscara de venturi 
 Utilizada para desmame após o uso da máscara não reinalante 
 Ela controla o percentual máximo ofertado de oxigênio 
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 A Máscara de Venturi possui um sistema de válvulas que possibilita 
um controle exato da FiO2 a ser fornecida ao paciente. Cada válvula 
tem uma cor e na válvula tem escrito tanto o fluxo quanto a FiO2 
ofertado por ele, que varia de 24 a 50%. 
 Seu benefício está em situações em que se busque um desmame da 
oferta de oxigênio ou nas quais uma oferta exagerada e/ou 
descontrolada pode ser prejudicial,como em pacientes com DPOC. Também é muito 
usado em crianças e em paciente em desmame de oxigenoterapia 
9. Cateter nasal 
 A cânula nasal é o dispositivo mais utilizado, tanto pela disponibilidade quanto pela 
facilidade do uso. Ela é um dispositivo simples, de baixo fluxo, suportando um fluxo de até 
6 L/min, fornecendo uma FiO2 de, no máximo, 45%. Um aumento maior no fluxo não é 
transmitido em aumento da FiO2 
 A cada 1 L/min corresponde a um acréscimo de 3-4% na FiO2 do ar ambiente. 
 Sua principal indicação é hipoxemia leve, conseguindo reverter a hipoxemia na maioria dos 
casos em que se há uma diminuição leve da SatO2 (92-94%). 
 Sua principal desvantagem é que o uso prolongado ou aplicação de fluxos altos podem 
levar a ressecamento da mucosa nasal ou até lesões na mucosa. 
10. Máscara simples 
 A máscara simples pode aumentar a FiO2 até 60%, ela deve ser usada 
com um fluxo mínimo de 5 L/min para prevenir retenção de dióxido de 
carbono (CO2). 
 Tem uma vantagem de ser mais acessível e leve (podendo ser utilizada 
até em casa, porém não tem garantia de selamento, além de precisar 
ser removido se o paciente precisar falar ou se alimentar. 
11. Glicemia capilar 
 É um teste onde é feita a coleta de sangue periférico das gestantes ou puérperas para 
verificação do valor glicêmico através de aparelho eletrônico específico (glicosímetro). 
 Possui a finalidade de conhecer o nível de glicose no sangue, auxiliando na avaliação clínica 
e eficiência do plano alimentar, da infusão de glicose ou das medicações hipoglicemiantes, 
assim como orientar as mudanças no tratamento. 
 Pode ser a causa ou consequência do problema 
12. Acesso venoso 
 Periférico → Garrote e gelco 
 Central → Nunca é usado na 
urgência; sempre realizado 
em ambiente controlado 
 Intraósseo → Usado na 
urgência; normalmente 
utiliza a tíbia; usado – no 
máximo – por 24 horas 
13. Avaliação neurológica 
 Avaliação da responsividade 
do paciente 
 Avaliação da reatividade 
pupilar 
 Avaliação do tônus 
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14. Conceitos 
 Ventilação → Entrada e saída de ar entre as unidades funcionais dos pulmões, alvéolos, e 
o meio externo. 
 Oxigenação → Participação do oxigênio molecular no processo de obtenção de oxigênio. 
Este conceito se relaciona, dentre outros fatores com a saturação de oxigênio. 
 Saturação de Oxigênio (SatO2) → Porcentagem de hemoglobina que está ligada a 
moléculas de oxigênio. 
 Fração inspirada de O2 (FiO2) → Porcentagem de oxigênio no ar inspirado. Em ar 
ambiente, ao nível do mar, temos uma FiO2 de 21%. 
 Drogas que podem ser administradas no tubo orotraqueal → NAVEL 
❖ Naloxona 
❖ Atropina 
❖ Vasopressina 
❖ Epinefrina 
❖ Lidocaína 
15. Algoritmo de avaliação inicial 
 
Referências bibliográficas 
Aula de Dra. Adriana (03/08/2021) 
PALS emergências pediátricas – guia de estudo; 3º edição 
Milani, M. F. L., Medeiros, C. C., de Oliveira Goes, I. A., Marcon, L. M. P., Ferreira, M. G., de Queiroz Fonseca, M. R. B., & do Carmo Aguiar, W. (2021). 
Trauma pediátrico sob cuidados adultos: abordagem e prognóstico entre serviços assistenciais de diferente enfoque. International Journal of Health 
Management Review, 7(1). 
Porras-Ramírez, G. (2005). The pediatric surgeon in the Emergency Room A necessity. Revista Mexicana de Cirugía Pediátrica, 12(3), 146-149.

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