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RECUPERAÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR

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RECUPERAÇÃO DO LIGAMENTO CRUZADO ANTERIOR
Anatomia: 
· Fêmur:Superfície medial do côndilo lateral (fixação femoral)
· Tíbia:Anterior e lateral à espinha tibial anterior (fixação tibial)
· Mecanorreceptores : Ruffini e Corpúsculo de Paccini > Propiocepção e controle motor 
Sem suporte do peso corporal (CCA)
Flexão -> Extensão: o platô tibial rola e desliza 
anteriormente e rotação lateralda tibia
Extensão: mecanismo de “trava” ou “aparafusar”;
BIOMECÂNICA
Extensão em CCA: o platô tibial rola e desliza anteriormente e rotação lateral da tibia
Extensão CCF: os côndilos femorais rolam anteriormente e deslizam posteriormente e rotação medial. 
Estabilidade ântero-posterior – Estabilização Primária: > Translação anterior do platô tibial: 85% da força de contenção ligamentar para gaveta anterior a 30º e 90º. A lesão do LCA resulta no rolamento posterior excessivo dos côndilos femorais;
Esse movimento > o estresse sobre o corno posterior dos menisco - > alta incidência de lesões associadas dos meniscos.
AVALIAÇÃO CLÍNICA: Testes especiais 
LCA tenso= nenhuma hiperextensão; Frouxidão fisiológica do LCA= Hiperextensão; Lesão do LCA= hiperextensão anormal 
Estabilidade Lateral – função secundária: Stress no LCA durante as forças em valgo
Estabilidade Rotatória – Função secundária: Stress no LCA durante a rotação medial da tíbia
MECANISMOS DE LESÃO - 60% das lesões de LCA no esporte ocorrem sem contato: Desaceleração com torção, pivô e mudança de direção (desaceleração, stress em valgo e rotação lateral do joelho; Hiperextensão com rotação medial do joelho; Trauma direto em valgo
Alterações proprioceptivas: Alterações na sensação de posição articular e de movimento articular; Atraso na resposta reflexa dos m.m. isquiotibiais
Reabilitação: Enfatizar o fortalecimento de quadríceps;Fortalecimento de isquiotibiais (Evitar deslocamento anterior da tíbia ao promover a flexão do joelho);Evolução SLR (Straight leg raising) para CCF; CCA;Ganho de ADM;Trabalho de propriocepção; Treino de marcha e funcional.
Pós-operatório imediato (1º e 2º dia no hospital) 
· Com Dreno: Membro operado posicionado em extensão e elevação no leito hospitalar; movimentos ativos para o tornozelo
exercícios isométricos para o quadríceps; crioterapia a cada 2 horas, por 20min.
· Dreno removido: Exercícios passivos para manter ou ganhar ADM do joelho (extensão 0º e flexão até 90º); mobilização patelar no sentido latero-lateral e crânio-caudal; induzir o “despertar do quadríceps” com contrações voluntárias isométricas com o joelho em extensão; treino de marcha LEVE com muletas axilares ou canadenses, apoiando o membro até o tolerado.
FASE I (3º ao 8º dia)
· Objetivos: Melhora do controle da contração do quadríceps;ganhar ADM (priorizando a extensão);treino de marcha;controle dos sintomas
· Conduta: Mobilização passiva da patela;alongamento LEVE passivo dos isquiotibiais;eletroestimulação do quadríceps priorizando fibras lentas;exercícios resistidos de plantiflexão e dorsiflexão (resistência elástica ou manual);exercício ativo isométrico de quadríceps e isotônico de quadril SLR (straight leg raising) em decúbito dorsal ou em decúbito lateral associando com abdução do quadril;exercícios ativos isotônicos para adutores e abdutores do quadril (se tolerado);exercício ativo assistido para ganho de ADM de flexão (técnica de inibição recíproca do quadríceps) com o paciente sentado na maca; treino de marcha com muletas (se o padrão de marcha for satisfatório, retirar a uma muleta ao final da 1ª semana)
 
FASE II (2ª a 7ª semana)
Objetivos: Recuperação da marcha normal;ganho de ADM (extensão 0º e flexão 110º);início do fortalecimento muscular
Condutas: Eletroestimulação de quadríceps com contração isométrica associada (até o final da 4ª semana);ganho de ADM de flexão sentado (inibição recíproca do quadríceps);manter mobilização patelar;manter exercícios para o tornozelo (até que não haja edema em perna e/ou tornozelo);manter alongamento muscular de IQT e acrescentar tríceps sural (passivos ou ativos); exercícios isotônicos de flexão de joelho em decúbito ventral (colocando tornozeleiras com carga conforme o desempenho);manter exercícios isotônicos de quadril e isométricos de joelho SLR, com carga progressiva e acrescentar extensão do quadril;manter o treino de marcha (ao final da 2ª semana retirar a outra muleta);marcha retrógrada em casos de déficit de extensão
 FASE III (8ª a 12ª semana)
Objetivos:Fortalecimento muscular de MMII;estimular mecanismos de propriocepção;iniciar treino aeróbico (com ajuda do técnico/preparador físico)
Conduta: Bicicleta para pré-aquecimento;manter alongamentos ativos de IQT, tríceps sural e quadríceps;ADM recuperada;
evoluir cargas nos exercícios em mecanoterapia;exercícios para tríceps sural em pé unipodal;Rotex, transport ou step;
caminhada na esteira; intensificar a propriocepção (sem mudanças de direção ou movimentos bruscos de aceleração e desaceleração)
FASE IV (4º ao 5º mês)
Objetivos:intensificar fortalecimento muscular;manter flexibilidade muscular;intensificar treino sensóriomotor;iniciar treino do gesto esportivo e treino pliométrico;retorno ao esporte sem contato;
Conduta:bicicleta ou step para pré aquecimento;alongamentos para MMII;iniciar mesa flexora na mecanoterapia (decúbito ventral);
iniciar trote na esteira;iniciar propriocepção com mudanças de direção;iniciar treino do automatismo dos movimentos do esporte;
iniciar pliometria no colchão, passando para solo e depois para leg press;exercícios excêntrico em mecanoterapia CCA (30º a 90º);
liberado para esporte de não contato (5º mês); Agachamento com rotação de tronco; Afundo
FASE V (6º mês)
Objetivos:recuperação total do trofismo muscular;retorno à corrida;treino sensóriomotor;retorno ao esporte
Conduta:bicicleta ou step para pré-aquecimento;alongamentos globais;intensificar exercícios na mecanoterapia;exercícios concêntrico e excêntrico em CCA (mesa extensora) 0º a 90º realizando fase concêntrica com as 2 pernas e fase excêntrica com 1 perna;corrida na esteira;intensificar propriocepção enfatizando mudanças de direção, aceleração e desaceleração;intensificar pliometria no solo unipodal
treino do gesto esportivo;retorno ao esporte de contato.