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Medicina Laboratorial | UC XIII | SP2 Potássio, Cl�o, Magnésio No LIC, o K é o principal íon que está fazendo ali sua composição elétrica, o Mg também está presente em quantidade elevada, porém, bem menos que K+ No LEC, o Na+ é o principal cátion, e como ânion mais importante temo Cl- Cloro e Mg, sempre temos que falar de outros íons, porque eles nunca estão sozinhos nesse meio Lembrando que sempre que eu falo de Na+ e K+, eu absorvo um e jogo o outro para fora ● Potássio Principal componente do meio intracelular (98%do total). A bomba de sódio e potássio está sempre fazendo o balanço elétrico de sódio e potássio- transporte ativo; jogamos 3 Na+ para fora e colocamos 2 K+ para dentro. Em torno de 140 mEq/L. Potássio atua nos meus mecanismos de condução elétrica e outros processos relacionados ao metabolismo celular, transmissão e contratilidade dos músculos esqueléticos, principalmente do cardíaco (impulso, potencial de ação, tudo relacionado ao coração, junto com o cálcio). Atua na regulação de muitos processos metabólicos celulares Participa na excitação neuromuscular (está envolvido com potencial de membrana relacionado a potencial de ação) Normal: entre 3,5 e 5 mEq/L Hipercalemia ou hiperpotassemia: > 5 mEq/L Hipocalemia: < 3,5 mEq/L Aumento de K+ no LEC leva à diminuição do potencial de repouso das fibras miocárdicas e com isso temos diminuição do potencial de ação, as contrações ficam mais fracas e isso pode levar ao risco de arritmias O ECG começa se alterar de acordo com a concentração de potássio, o ECG fica cada vez mais esquizóide; Quando maior o potássio, temos que maior será a alteração; Indiretamente o potássio afeta os potenciais de ação e o quadro clínico do paciente com HIPO ou HIPER é muito parecido; De onde vem esse potássio? Ele vem principalmente da minha dieta e é absorvido no intestino delgado; é eliminado principalmente pelos rins, que é onde é feito o balanço do potássio; também posso fazer o balanço interno a partir da absorção da ingesta, se eu precisar de mais, vou absorver mais e o inverso é verdade também. → Como funciona o balanço externo a nível renal? - Aldosterona: mineralocorticóide secretado pelas células adrenais; é importante no balanço eletrolítico do sódio e potássio; Tenho muito mais potássio no meio intracelular na célula principal e muito mais sódio nos capilares peritubulares A aldosterona aumenta a atividade da bomba de sódio e potássio; absorve mais sódio e excreta mais potássio. No capilar peritubular, vou absorver mais sódio e jogar mais potássio do meu sangue para a célula; tenho aumento dos canais livres de sódio e potássio; Se eu tiver um hiperaldosteronismo, vou ter uma diminuição do potássio; se for hipo, em caso de síndrome de addison, acabo reabsorvendo mais potássio. Gabriela de Oliveira- 5º período 1 Medicina Laboratorial | UC XIII | SP2 - mecanismos regulatório normais Além da função renal, tenho controle de absorção GI; A aldosterona aumenta excreção de potássio e diminui a sua concentração no sangue; a nivel tubular tenho sua excreção em túbulo coletor; Não há um limiar renal, ou seja, enquanto eu tiver aumento de aldosterona eu vou tes essa excreção aumentada de potássio. Aumento de osmolaridade extracelular leva à desidratação celular (dentro da célula muita água e fora muito mais partículas, a água tenta arrumar e sai da célula), que vai causar o aumento K+ intracelular, com isso tenho aumento da difusão de K+ Se eu tiro água tenho muito K+ intracelular, eu concentro esse K+ , então relativamente, eu aumento o K+ intracelular, e esse K+ aumentado, aumenta a difusão para fora(já que está mais concentrado dentro do que fora) Faço 2 coisas: perco água, aumento K+ e o K+ sai também ● Distúrbios 1. Hiperpotassemia/ Hipercalemia K+ sérico > 5 mEq/L → Principal causa é problema de excreção renal → falência renal / insuficiência renal → Causas menos frequentes: acidose metabólica deficiência de insulina (quando não tenho insulina, não tenho essa atividade da bomba de sódio e potássio, por isso pode aumentar o K+ na corrente sanguínea) hipoaldosteronismo, uso de medicação venosa de potássio → Balanço interno (condições que podem desencadear hipercalemia): Deficiência de insulina (menos bomba de sódio e potássio Acidose (excesso de H+; troca de H+ por potássio em nível renal) Lise celular (K+ é mais concentrado dentro da célula, então se eu tenho lise esse K+ vai para o extracelular) Exercícios (lise e aumento de necessidade energética; aumento da abertura de canais de K+) Drogas (betabloqueadoras- saída de K+ das células; bloqueio captação celular de potássio → Balanço externo ingestão excessiva (condições normais o corpo elimina) insuficiência renal (qualquer tipo de comprometimento da excreção; paciente pode precisar de hemodiálise) hipoaldosteronismo (aumenta retenção por diminuição de excreção) insuficiência adrenal drogas É um exame de medição de K+ que dá muito problema quando temos amostra hemolisada, não pode ser lise de hemácia, porque o potássio liberado de dentro da célula vai ser contado como sendo do paciente, e isso vai alterar o resultado do exame; trata-se de um exame que tem grande percentual de recoleta → Manifestações clínicas Os sinais e sintomas são dependentes dos níveis e evolução da hiperpotassemia e podem levar à parada cardiorrespiratória O paciente vai apresentar principalmente arritmias Surgem abruptamente No sistema neuromuscular temos o problema devido ao potencial de ação: parestesias, geralmente temporárias, fraqueza, arreflexia, evoluindo para paralisia flácida e hipoventilação se atingir músculo respiratórios Gabriela de Oliveira- 5º período 2 Medicina Laboratorial | UC XIII | SP2 ● Hipocalemia As causas são as contrárias à hipo aumento de insulina; perdas digestivas (vômito diarreia- podem alterar quase todos eletrólitos do piloro para cima, penso mais em HCl; do piloro para baixo seriam diarreias, onde o principal seria cálcio, magnésio, cloro); perdas urinárias diuréticos alcalose hiperaldosteronismo drogas (antibióticos etc) Toda perda digestiva, eu vou pensar em perda de eletrólitos → Manifestações Clínicas Os mesmo de hiper Problemas com parestesia, convulsão, e a longo prazo PCR → Quadro clínico falência de suprarrenal, não estão produzindo cortisol, mineralocorticóides, hiperpigmentação: se o cortisol está baixo mando sinal de feedback para aumentar ACTH pela neurohipófise para fazer cortisol; se ACTH aumenta mas o cortisol não, tenho um ACTH muito alto, porque ele está tentando a todo custa estimular a adrenal; ACTH estimula um componente que é a betalipotrofina e ela estimula melanócitos; é comum nesses casos diminuir produção de adrenal e com isso uma hiperpigmentação; Renina está aumentada; é uma tentativa fisiológica de tentar melhorar a PA; não estou conseguindo pq no final do sistema renina, angiotensina, aldosterona, não tenho como produzir aldosterona Na+ está baixo e K+ acima do normal; lembrar de bomba de sódio e potássio, um aumenta e outro diminui, praticamente sempre ● Magnésio Valor normal: 1,4 a 2,5 mEq/L É o 4º cátion mais abundante do organismo e o 2º intracelular Ingestão diária ideal: 21 a 28 g de Mg+ Concentração: Paciente chega em problemas relacionado ao álcool e não pensamos na dosagem de Mg Magnésio é intracelular; a dosagem dele no extra vai ser bem baixa; Temos frações de magnésio que são livres e outras que são ligadas É importante ser dosado em urina de 24 horas Vem principalmente da nossa alimentação: brócolis, espinafre, almeirão, vegetais verdes, etc. Gabriela de Oliveira- 5º período 3 Medicina Laboratorial | UC XIII | SP2 Vai ser absorvido no intestino delgado e no rim ele é reabsorvido; 65% dele é reabsorvido na alça de Henle (normalmente em alça de Henle não temos muita absorção); o que não é absorvido, é excretado, tudo isso baseado na necessidade diária, se preciso absorver mais ou excretar. Importante para funções neuromusculares e cardíacas; magnésio aumentado diminui a liberação de acetilcolina na placa motora; é importantena formação de DNA, mecanismos e transcrição, replicação , todos esses mecanismos que precisam de reações de fosforilação. Ele é cofator de várias reações e também substrato para enzimas. Posso dosar ele no sangue e na urina de 24h. Mg+ sérico: 1,5 a 2,5 mEq/L ou 1,8 a 2,1 mg/dL Urina: 50 a 150 mg/24h Só pela dosagem da urina, consigo saber se estou tendo perna intestinal, renal; se na urina 24 horas tiver muito Mg+ significa que estou tendo perda renal; se for diminuída, ou posso estar comendo menos do que o ideal ou a perda é GI - Hipermagnesemia Medicamentos que são à base de magnésio: laxantes, tratamentos para eclâmpsia, tratamento de insuficiência renal; isso tudo, pode levar ao aumento de Mg+ Aumento de magnésio diminui a liberação de acetilcolina na placa motora → leva a problemas de transmissão: PCR, parada respiratória, bloqueio átrio ventricular Dificilmente isso tudo vai estar relacionado apenas com a ação do magnésio, mas devemos sempre considerar que se trata de um depressor do SNC, vasodilatador (leva a hipotensão) - Hipomagnesemia magnésio sérico inferior a 1,5 mEq/L ou 1,8 mEq/L GRAVE: valores < 1 mEq/L Peço urina de 24 horas Alcoolista crônica só bebe, muitas vezes nem come mais (acaba sendo “desnutrido”); Considerando um alcoolista, ou até mesmo um paciente cirrótico; Se eu diminui magnésio tenho aumento da liberação de acetilcolina, vou ter problemas com reflexo e neuromusculares Temos muitas perdas GI associadas a uma falta de absorção; paciente ele tem muito vômito e diarreia, associada a uma falta de ingestão de quantidades corretas; posso ter um hiperaldosteronismo secundário na cirrose- acabo excretando mais potássio e mais magnésio também. Álcool em grandes quantidades começa aumentar excreção renal de magnésio e diminui absorção, mesmo que a pessoa faça ingestão, vai haver hipomagnesemia. Normalmente, vai ter associado: hipopotassemia, hipocalemia e alcalose metabólica Manifestações comuns: arritmias atriais e ventriculares, manifestações neuromusculares, “delirium tremens” em alcoolistas ● Cloro Ânion mais abundante no meio extracelular (sódio é o cátion mais abundante no LEC) OBS: tudo que eu falar pro cloro, tenho que pensar que pro sódio é igual. Cloreto é absorvido junto com o sódio; na alimentação, precisamos de 150 mmol/dia de cloreto; No estômago temos o cloro auxiliando na digestão e nos rins ele atua ajudando o equilíbrio ácido-base → É reabsorvido junto com o sódio no túbulo proximal, por: via paracelular- ducto coletor e túbulo proximal canais específicos de cloro- túbulo proximal cotransportador na alça de henle- entra sódio, potássio e 2 cloros, todos são reabsorvidos canais de cloreto que enviam o Cl para o interstício celular O excesso de Cl é excretado: urina e suor Quando temos suor excessivo, podemos estimular a secreção de aldosterona; por perder NaCl, acabo estimulando a aldosterona que faz a reabsorção de sódio, se eu reabsorver sódio, reabsorvo Cl também; → hipocloremia Causas: - Déficit digestório: falta de ingestão, diarreia, aspiração nasogástrica, vômito prolongado - Doença renal: perso sódio, perco Cl junto - Doença de Addison: diminuição da aldosterona → não reabsorve Na e nem Cl, então aumenta K+ - Alcalose metabólica hipoclorêmica Gabriela de Oliveira- 5º período 4 Medicina Laboratorial | UC XIII | SP2 No túbulo distal, em situações de baixo cloro, o sódio é reabsorvido junto com o bicarbonato; estou com uma alcalose, por aumento de bicarbonato, nesse caso hipoclorêmica, porque o sódio é absorvido junto com o bicarbonato por não ter cloro; era pra reabsorver Na e Cl,mas não tenho Cl para reabsorver, então eu reabsorvo HCO3 → alcalose metabólica → hipercloremia Geralmente associada com hipernatremia - acidose metabólica para manter a neutralidade elétrica frente a perda de HCO3 eu acabo reabsorvendo mais Cl tinha muito H+, pouco HCO3, então eu vou ter uma reabsorção maior de HCO3, logo acabo reabsorvendo mais Cl- Causas: desidratação, IRA, nefropatia, tratamento excessivo com sal, deficiência de mineralocorticóides, entre outras. ● Relembrando AG acidose metabólica: pH mais ácido, HCO3 baixo, as principais causas são ácido exógeno, retenção de ácido exógeno, perda de base (diarreia, etc) Como corrigir? aumentar compensação respiratória primeira 2ª É a renal: aumento excreção de H+ e tento reabsorver HCO3; temos que ver o ânion GAP, que está diretamente associado ao Cl anion gap: no LEC tenho que estar obrigatoriamente em equilíbrio; o que mais tenho é Na+ como cátion e quanto a ânions, principalmente Cl- e HCO3- Valor normal: de 6 a 14 Posso ter uma acidose relacionada a retenção de ácido ou perda de base; penso sempre no Cl AG aumentado: retenção de ácidos pode ser caso de cetoacidose diabética, acidose láctica; tenho aumento de H+ que consome HCO3 pra tentar tamponar; como consumo HCO3, aumento AG, não acontece nada com o Cl aqui, ele se mantém normal → acidose metabólica normoclorêmica; AG normal: perda de base; Cl aumentado → acidose metabólica hiperclorêmica tenho perda tubular ou digestiva de HCO3, mas para arrumar isso eu absorvo mais Cl, para tentar organizar o equilíbrio ácido-base; a) R: potássio aumentado, tenho manifestações parestésicas b) R: hiponatremia hipoosmolar hipotônica normovolêmica c) R: d- aldosterona baixa, reabsorvo potássio e sódio está baixo (por excretar mais) Gabriela de Oliveira- 5º período 5
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