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Legislação da Educação Básica e Políticas Educacionais Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Ruth Cássia Schreiner Prof.ª Me. Maria do Carmo Teles F. Stringhetta Revisão Textual: Jaquelina Kutsunugi A Diversidade na Educação Escolar • Aspectos gerais da diversidade; • Diversidade e legislação; • Educação Especial e diversidade. • Compreender em que consiste a diversidade na sociedade atual; • Analisar a diversidade com foco na escolarização; • Refl etir a respeito das legislações no que tange a diversidade; • Estabelecer relações entre a diversidade e a Educação Especial. OBJETIVOS DE APRENDIZADO A Diversidade na Educação Escolar Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. Unidade a diversidade na educação escolar Introdução Querido(a) leitor(a)! Mais uma unidade de estudos se inicia e a temática a ser trabalhada neste mo- mento será a diversidade e a Educação Especial. Antes de seguir com seus estudos, reflita sobre o tema e pontue aquilo que você considera ser diversidade na socie- dade atual. Entender o conceito de diversidade na sociedade atual é importante e, para isso, esses estudos levarão à compreensão de que em tempos anteriores esse tema não era tratado tal como é hoje, e isso se deve principalmente pelas discussões acerca do preconceito com a diversidade existente ao longo da história. Para além das discussões do termo diversidade, e seu significado social, será pos- sível verificar também, a questão da diversidade e da educação escolar, mas especi- ficamente a respeito da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, inferindo quais aspectos essa lei agrega para a discussão acerca da diversidade na educação. Para além da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996, outras tantas leis foram instituídas, muitas delas inseridas no próprio texto da LDB em prol da construção de uma sociedade mais justa frente às diversidades que possui. Uma vez estudado tais aspectos da diversidade, chegará o momento de contex- tualizá-la com a educação especial, a inclusão e o reflexo disso para os alunos e a comunidade como um todo, será visto assim, a educação para a diversidade mais especificamente no âmbito da educação especial. Boa leitura e bons estudos! Aspectos Gerais da Diversidade Para que o estudo envolto à diversidade seja efeito é importante que seu signi- ficado seja analisado com o de vários outros termos que o cercam e que até certo ponto estão diretamente relacionados a ele. Isso significa que não seria tão signi- ficativo estudar a diversidade de modo isolado, até porque como o próprio nome sugere é diverso, múltiplo de significados e considerações. Por esse e outros motivos, aliado ao termo diversidade, se faz relevante analisar ainda, que brevemente, a diferença, desigualdade, igualdade e equidade. Mas o que cada um desses termos significa e qual sua relação com a diversidade será verifica- do ao longo desse texto. A diversidade tal como se discute na atualidade, como algo próprio das socieda- des, da vida em grupo, bem como da globalização que possibilitou maior troca de saberes entre as pessoas em todo o mundo nem sempre foi percebida dessa forma. 8 9 Por muito tempo, a diversidade, característica das diferenças, era vista como algo negativo e se munia do preconceito e sensação de superioridade de determinados grupos que se julgavam “iguais”. Segundo Paula (2013, p. 20), A história apresenta exemplos de violências cometidas contra os diferen- tes: as “minorias”, como negros, mulheres, crianças e idosos etc. Essa diferença ao ser traduzida como desigualdade, tem proporcionado e justi- ficado práticas cada vez mais violentas. A desigualdade traz evidências de uma sociedade deficiente quanto ao senso de justiça, enquanto poucos têm grande oportunidades, a maioria fica à mercê da sorte e de oportunidades que possam não aparecer, e isso não deve ser visto como normal, uma sociedade mais justa traz a possibilidade de maior igualdade e menos discriminações. Tais aspectos, característicos do preconceito, levaram e ainda levam pessoas ao sofrimento e a exclusão, contudo, é válido que se repense o fato da diferença como algo negativo, visto que as pessoas não são iguais e sim diferentes, assim, aquilo que for comum a um grupo não é e não deve ser motivo para desmerecer ou discriminar outro. Ainda para a autora, Em meio à complexidade é que nos constituímos. Somos semelhantes como humanos, pois descendemos de um tronco comum e, ao mesmo tempo, muito diferentes nas realizações e construções históricas, culturais e sociais. Somos desafiados pela experiência humana a conviver com as diferenças, mas ainda demonstramos dificuldades nessa coexistência. (PAULA, 2013, p. 25) A sociedade é múltipla e as diversidades que a compõem não são somente de raça ou de classe social, mas de uma série de fatores que a torna diversa em muitos sentidos, podendo-se destacar dentre eles a diversidade racial, étnica, cultural, de capacidades físicas e mentais, diversidade religiosa, socioeconômica, política, de opinião e tantas outras. Todas essas diversidades são enriquecedoras de saberes e experiências quando respeitadas, ademais, o desrespeito é gerador da discrimina- ção e preconceito, propulsor das desigualdades que assolam parte da população ao longo dos anos, fato que muitas vezes impossibilita o seu desenvolvimento. Para Silvério (2015, p. 87), O substantivo feminino diversidade pode significar variedade, diferen- ça e multiplicidade. A diferença é a qualidade do que é diferente, o que distingue uma coisa da outra, a falta de igualdade ou de semelhança. A variedade diz respeito a qualidade, atributo ou estado de algo que pos- sui diferentes formas ou tipos que se diversificam dentro de uma classe. A multiplicidade diz respeito a grande número ou variedade de algo. Assim, pode-se perceber que as diferenças são muitas e que o problema não consiste nas diferenças, características de um ambiente diversificado em si, massim, no julgamento errôneo de superioridade que leva a exclusão e a busca de pa- dronizar para se ter homogeneidade. 9 Unidade a diversidade na educação escolar O fato é que a diversidade está relacionada ao heterogêneo, às variedades e diferenças e por isso, necessita de atenção para que não haja retrocessos e discri- minações no espaço em que haveria de predominar o respeito e aceitação dessa diversidade até mesmo como meio de enriquecimento, seja ele intelectual, cultural ou social de modo mais amplo. No âmbito da sociedade como um todo e das distinções sociais que a represen- tam e que asseguram privilégios a uma minoria, cabe ressaltar que: As diferenças sociais, econômicas e culturais impactam na divisão da so- ciedade. A expansão da democracia e de políticas direcionadas ao bem- -estar social sugerem novas formas de relacionamento entre as pesso- as, a fim de amenizar as diferenças sociais. Tais ações contribuem para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, igualitária e inclusiva. (HIRYE; HIGA; ALTLOÉ, 2016, p. 35) Para que a sociedade seja mais justa, a inclusão, bem como a igualdade e a equidade, devem se fazer presentes, pois dessa forma, independente das “diferen- ças”, todos terão oportunidades iguais para desenvolverem-se enquanto indivíduos e cidadãos críticos perante a realidade que vivenciam. De acordo com Michaliszyn (2012), no que tange a área das ciências sociais, o termo di- versidade pode estar relacionado com os termos alteridade, diferença e semelhança. Você saberia pontuar as características pertinentes a cada uma das palavras pontuadas? Pois bem, vejamos: Por alteridade, um conceito mais restrito que o de diversidade, entendemos o sen- timento de um indivíduo em ser outro, colocar-se ou se constituir como outro. É por meio desse sentimento que conseguimos perceber o outro, o diferente, sem discrimi- ná-lo pelas suas características que nos distinguem. A diferença é, por assim dizer, a determinação da alteridade. (MICHALISZYN, 2012, p. 16) As diferenças são as características que irão diferir um indivíduo do outro, evidenciando as- sim sua dessemelhança, ou seja, a identidade particular de cada indivíduo possibilitará ser dessemelhante e assim também diferente, visto que as diferenças podem ser físicas ou não. Leia mais no livro: MICHALISZYN, M. S. Educação e diversidade. Curitiba, PR: InterSaberes, 2012. Ex pl or 10 11 Visto ainda, que brevemente, a respeito do que é a diversidade torna-se pos- sível refletir que ela é composta pelas pessoas que fazem parte da sociedade e que possibilitam a ela ser diversa e tão rica de culturas e saberes advindo de cada indivíduo ou grupos. Ao analisar os termos que também permeiam a diversidade, observa-se que ao passo que se analisa a exclusão, o preconceito e a discriminação, verifica-se tam- bém uma crescente preocupação pela inclusão, respeito, igualdade e equidade, de tal modo que a sociedade possa caminhar para algo mais justo aos seus indivíduos e certamente mais enriquecedor para cada um, individualmente, e para a sociedade como um todo também. Voltando a atenção para esses termos, entender como a igualdade e equidade ocorrem na prática é um passo importante para a promoção de ambientes mais justos. O passo inicial está na conscientização, na informação, na educação voltada a esse respeito, isso significa que para se entender a pluralidade em que se vive, é de grande valia conhecê-la. A inclusão, por exemplo, está muito atrelada ao conhe- cimento e ao respeito às diferenças, pois para que haja inclusão, significa que em outro momento havia exclusão. A igualdade e equidade, conforme Azevedo (2013, p. 131), “[...] constituem valores essenciais para a construção de políticas públicas voltadas para a promoção da justiça social e da solidariedade”, assim, são fundamentais no processo inclusivo e da construção de uma sociedade mais justa, isso porque, basicamente, a igual- dade possibilita possibilidades semelhantes a todos e a equidade a possibilidade adequada às necessidades do indivíduo, de uma maneira que todos possam chegar aos mesmos resultados. A exemplo da educação escolar, igualdade compreende assegurar o acesso de todos à educação, ou seja, possibilitar que todos tenham acesso a se matricular e frequentar a escola, já a equidade, nesse contexto, remeteria a fomentar o ensino e aprendizado de acordo com as particularidades dos alunos para que todos possam aprender determinado conteúdo no mesmo período de tempo, tendo assim, o su- porte mais adaptado para que isso aconteça. Não somente no processo de escolarização, mas também nas demais áreas da sociedade, fazer valer a diversidade como algo positivo para o crescimento dos indivíduos, oferecendo a eles direitos iguais e condições de equidade, torna possível o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, independente das dife- renças que a compõem. 11 UNIDADE A Diversidade na Educação Escolar Importante! A diversidade está envolta a uma série de aspectos que a concretizam como algo posi- tivo e fonte de desenvolvimento dos espaços que ocupa. Nesse sentido, para que haja harmonia na diversidade, ela precisa estar aliada, ou seja, envolver em seus processos, o respeito, a inclusão, a igualdade e a equidade, pois dessa forma será cada vez mais possível o desenvolvimento de uma sociedade mais justa. Figura 1 - Implicações positivas da diversidade Fonte: Elaborada pelas autoras. Em Síntese Diversidade, Legislação e Educação Com vistas a assegurar legalmente uma sociedade mais justa e igualitária, que não discrimine, mas sim tenha respeito pelas diferenças e possa a partir delas, buscar tam- bém seu próprio desenvolvimento, é que o país tem sancionado ao longo da história uma série de leis, que respaldam a questão da diversidade, do respeito às diferenças. Embora a discussão antecede a essa data, haja vista a diversidade da qual o Brasil é composto, um marco importante que será também o ponto de partida aqui, trata-se da Constituição Federal de 1988, sendo que em seu texto há parte fundamental para as discussões a respeito da diversidade e da formação de uma sociedade mais justa para as pessoas que dela fazem parte. Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil: I - construir uma sociedade livre, justa e solidária; II - garantir o desenvolvimento nacional; III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. 12 13 Todos os pontos elencados nesse artigo da Constituição trazem à tona a necessi- dade constante por desenvolver e manter a sociedade mais justa, tendo como base tais princípios, que vigoram desde 1988, porém é triste saber que ainda hoje não é difícil se deparar com notícias de atos discriminatórios no país. Seja qual for a dife- rença, a discriminação é algo insustentável para o desenvolvimento efetivo do país. Com base no texto da Constituição, você julga que tais itens são amplamente difundidos e aplicados no país? O que falta para que a sociedade seja mais livre, justa e solidária, promovendo o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação? Ex pl or A caminhada para se obter êxito na construção de uma sociedade mais justa e sem discriminações ainda é longa, e a disseminação da tolerância e do respeito se devem, em sua maioria, à conscientização da população, ao conhecimento, conse- quentemente, à educação a ser desenvolvida seja no ensino formal ou não, o fato é que os princípios de humanidade precisam se fazer valer nas ações de cada um. A constituição irá contemplar a diversidade em vários momentos, bem como os direitos e deveres docidadão brasileiro. No que tange a educação, mais espe- cificamente, a Constituição também agrega valor significativo na caminhada da igualdade ao considerar: Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais. A igualdade e liberdade empregados no texto constitucional é que garante a todos o direito de acesso à educação no país. Isso foi um marco de muita re- presentatividade para a educação, uma vez que contempla o direito de acesso e permanência no ensino, bem como a liberdade para o trabalho com a construção e desenvolvimento de saberes, dada a pluralidade, ou seja, a diversidade de con- cepções pedagógicas, bem como de demandas pedagógicas ao longo de todo o território nacional. 13 Unidade a diversidade na educação escolar As discussões que permeiam a diversidade no Brasil são amplas, e tanto a Constituição Fe- deral como a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, trazem pontos de grande im- portância, por isso, fica aqui o convite para acessá-las: Constituição Federal. Disponível em: https://bit.ly/1bIJ9XW. Acesso em: 22 fev. 2019. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Disponível em: https://bit.ly/1OgopZ0. Aces- so em: 22 fev. 2019. Ex pl or Na sequência e, após a Constituição, muitas foram as discussões a respeito da diversidade, exercendo papel de destaque a Lei nº 7.853/89, que trata do apoio às pessoas portadoras de deficiência, a Declaração Mundial de Educação para Todos, a Lei nº 8.069/90 que trata do Estatuto da Criança e do Adolescente, bem como a Declaração de Salamanca, todas representando grandes marcos para a temática da diversidade e também da inclusão. Além das políticas e leis já citadas, serão elencadas algumas considerações per- tinentes a essa discussão e que estão contidas no texto da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9394/96). No que se refere aos princípios e fins da educação nacional, essa lei contempla: Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensa- mento, a arte e o saber; III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância; V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; VII - valorização do profissional da educação escolar; VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e da legis- lação dos sistemas de ensino; IX - garantia de padrão de qualidade; X - valorização da experiência extra-escolar; XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. XII - consideração com a diversidade étnico-racial. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 14 15 XIII - garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida. (Incluído pela Lei nº 13.632, de 2018) Ao tratar da educação atrelada aos princípios de liberdade e de solidariedade humana, bem como o fato de ser um direito de todos, de primar pelo respeito à liberdade e apreço à tolerância, reafirmam os pressupostos contidos na Constitui- ção e para além disso, visa uma gestão democrática, além de considerar a diversi- dade étnico-racial. Todos esses fatores apresentados servem de suporte para que a prática educativa atual se fortaleça enquanto meio de inclusão e de valorização das diversidades enquanto forma de desenvolvimento e enriquecimento de saberes em sala de aula e para a formação cidadã dos alunos. É a LDB que irá também oferecer o suporte legal, assim como outras leis que a complementam, a fim de tratar da diversidade no que contempla a educação volta- da para populações específicas, dentre as quais enquadram-se a Educação de Jo- vens e Adultos, Educação no Campo, Educação Indígena e Educação Quilombola. Todos esses grupos possuem particularidades que demandam olhares atentos dos profissionais, para direcionar práticas que possibilitem a escolarização signifi- cativa e eficaz, isso significa que podem haver adaptações para que eles tenham o mesmo direito de acesso, permanência e, sobretudo, qualidade na educação. Essas particularidades que os representa, evidenciam também a diversidade do perfil de alunos no qual o sistema de ensino nacional abrange. A busca pela universalização e democratização do ensino contidas na LDB nº 9394/96, esclarece a preocupação e a responsabilidade que o setor da educa- ção tem de findar com a discriminação e preconceitos, ao tratar da diversidade cul- tural e também do atendimento educacional especializado, utilizando-se da diversi- dade e sua riqueza como fonte de saberes e do desenvolvimento do conhecimento. Nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), é possível observar a existên- cia de temas transversais que em muito contribuem para a compreensão e respeito às diversidades, são eles: ética, pluralidade cultural, meio ambiente, saúde, orien- tação sexual e temas locais. Esses temas estão inseridos nas discussões e conteúdo da educação no país, sendo necessário serem contemplados no processo de esco- larização para que a diversidade esteja cada vez mais sendo explorada em prol de aprendizado e do desenvolvimento de uma sociedade justa. Nos PCNs fica evidente o trato com a diversidade e a necessidade de se promover uma educação cada vez mais inclusiva, fato que, também se percebe, nas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs). Mais especificamente nas diretrizes que tratam da diversidade e inclusão. Observe um excerto da introdução do referido documento: Um dos desafios postos pela contemporaneidade às políticas educacionais é o de garantir, contextualizadamente, o direito humano universal, social inalienável à educação [...]. Nessa perspectiva, torna-se inadiável trazer para o debate os princípios e as práticas de um processo de inclusão so- cial, que garanta o acesso à educação e considere a diversidade humana, 15 Unidade a diversidade na educação escolar social, cultural, econômica dos grupos historicamente excluídos. Trata- -se das questões de classe, gênero, raça, etnia, geração, constituídas por categorias que se entrelaçam na vida social, mulheres, afrodescendentes, indígenas, pessoas com deficiência, populações do campo, de diferentes orientações sexuais, sujeitos albergados, em situação de rua, em privação de liberdade, de todos que compõem a diversidade que é a sociedade brasileira e que começam a ser contemplados pelas políticas públicas. (BRASIL, 2013, p. 7) As políticas públicas direcionadas à inclusão das diversidades têm crescido, e isso é reflexo, das demandas da própria sociedade em caminhar rumo ao desenvolvi- mento com maior igualdade, e justiça. As diretrizes irão abarcar assim, pareceres, resoluções, conferências e leis que regem a inclusão e a diversidade, bem como quais rumos precisam tomar essas políticas para que essa inclusão seja efetivamen- te cumprida na prática,ou seja, na vida em sociedade. Lutar por uma sociedade mais justa tem sido uma preocupação do sistema de ensino em âmbito nacional, por isso, a legislação que compreende a diversidade tem ganhado espaço ao longo dos anos, a fim de que nas escolas, desde a mais tenra idade, a criança tenha o direito de frequentá-la e permanecer em seus es- tudos, que devem, nessa perspectiva, compreender o aprendizado para além dos conteúdos teóricos em si, mas para a formação cidadã, que tenha por princípios a liberdade e democratização do ensino, para que os alunos possam ser agente da própria formação e que aprendam o respeito, a interação com os demais e exer- çam a inclusão nos meios dos quais fazem parte. Educação Especial e Diversidade Parte relevante nas discussões sobre a diversidade e a educação, especialmente aliada à inclusão, é a Educação Especial, que por muitos anos foi limitada e per- cebida com certo preconceito. Ao tratar do tema inclusão, é válido ressaltar que está relacionado a um processo histórico que partiu do preconceito, discriminação e exclusão. Nessa perspectiva, a inclusão no contexto escolar e também fora dele, visa opor- tunizar possibilidades de inserir as pessoas com algum tipo de deficiência no convívio social, isso inclui a escolarização, o mercado de trabalho e demais espaços sociais, fato que deveria ser natural, mas que devido à falta de informação e ao preconceito não ocorreu por muito tempo, reduzindo o que deveria ser um direito de todos. Para Freire (2002, p. 67), “qualquer discriminação é imoral e lutar contra ela é um dever por mais que se reconheça a força dos condicionamentos a enfrentar”. O ensino inclusivo visa assim oferecer possibilidades de acesso e permanência com mais igualdade e equidade para as pessoas portadoras de deficiência, identificando suas potencialidades e dificuldades para que seja possível adaptar as 16 17 práticas pedagógicas a essas necessidades específicas. Conforme contribuições de Mantoan (2013, p. 105), “o ensino inclusivo se propõe a explorar talentos, atualizar possibilidades, desenvolver predisposições naturais de cada aluno. As dificuldades e limitações dos alunos devem ser reconhecidas, assim como suas possibilidades”. Cabe ao docente a impreterível função de respeito a essas novas demandas e de trabalho adaptado para que todos possam compreender e sistematizar os saberes trabalhados em sala de aula, por isso, conforme apresenta Freire (2002), respeitar a autonomia e as particularidades que caracterizam o estudante exige do profissio- nal da educação práticas que estejam de acordo com tais aspectos. Nesse pensar, A inclusão só é possível onde houver respeito à diferença e, consequente- mente, a adoção de práticas pedagógicas que permitam às pessoas com deficiências aprender e ter reconhecidos e valorizados os conhecimentos que são capazes de produzir, segundo seu ritmo e na medida de suas pos- sibilidades. (SARTORETTO, 2013, p. 77) No processo inclusivo, muitas foram as discussões e a elaboração de leis para que alcançasse a realidade atual, e muito ainda há de se fazer a fim de que os in- divíduos com deficiências, sejam elas quais forem, estejam efetivamente inseridos no contexto social. Com relação à legislação que norteia a inclusão, podem-se des- tacar a Constituição Federal de 1988, que prevê a educação como um direito de todos, assegurando o pleno desenvolvimento e o exercício da cidadania. Outro marco legal no âmbito da inclusão é a Lei nº 7.853/89 que dispõe a “respeito do apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social”. Verifique os trechos que seguem: Art. 1º Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exer- cício dos direitos individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiên- cias, e sua efetiva integração social, nos termos desta Lei. [...] Art. 2º Ao Poder Público e seus órgãos cabe assegurar às pessoas portadoras de deficiência o pleno exercício de seus direitos básicos, inclusive dos direitos à educação, à saúde, ao trabalho, ao lazer, à pre- vidência social, ao amparo à infância e à maternidade, e de outros que, decorrentes da Constituição e das leis, propiciem seu bem-estar pesso- al, social e econômico. Esta lei trata-se de uma conquista valiosa às pessoas portadoras de deficiência e a sua integração social. Assegurando-lhes direitos que eram recusados outrora, com relação à educação, trata da matrícula, oferta gratuita de Educação Especial na rede pública de ensino. A LDB nº 9394/96 também é representativa no processo de inclusão ao tratar do atendimento educacional especializado, oportunizando estratégias educacionais condizentes com as necessidades e potencialidades de cada estudante. 17 Unidade a diversidade na educação escolar No ano de 2000, foi sancionada a Lei nº 10.098/00, que regulamenta a ques- tão da acessibilidade ao estabelecer normas e critérios básicos para que seja pro- movida a acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou que tenham a mobilidade reduzida. Após isso, muito ainda se discutiu a respeito da inclusão, e do atendimento às pessoas com necessidades especiais, da Educação Especial e principalmente a inclusão e integração dos estudantes nas escolas e também na sociedade, como um todo. O Plano Nacional de Educação, sob a Lei nº 10.172/01, contempla a questão da diversidade e da Educação Especial como um desafio e intenciona a promoção de melhorias significativas, assim, em seu texto prevê: As tendências recentes dos sistemas de ensino são as seguintes: . integração/inclusão do aluno com necessidades especiais no sistema regular de ensino e, se isto não for possível em função das necessidades do educando, realizar o atendimento em classes e escolas especializadas; . ampliação do regulamento das escolas especiais para prestarem apoio e orientação aos programas de integração, além do atendimento específico; . melhoria da qualificação dos professores do ensino fundamental para essa clientela; . expansão da oferta dos cursos de formação/especialização pelas univer- sidades e escolas normais. (BRASIL, 2001, on-line) Essas tendências contidas no texto da lei reforçam a eminente demanda por modificar a forma de se fazer educação no país ao contemplar em todos os pro- cessos educativos as diversidades dos alunos que o compõe, atendendo a todos e fornecendo subsídios para que possam desenvolver-se. A Educação Especial, conforme a Lei nº 10.172/01, está destinada “[...] às pes- soas com necessidades especiais no campo da aprendizagem, originadas quer de deficiência física, sensorial, mental ou múltipla, quer de características como altas habilidades, superdotação ou talentos”. (BRASIL, 2001, on-line) A preservação da dignidade humana, a busca pela identidade, bem como o exercício da cidadania são os princípios que regem a Educação Especial, segundo as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na educação básica, publicado em 2001, em que se verifica que, A construção de uma sociedade inclusiva é um processo de fundamental importância para o desenvolvimento e manutenção de um Estado demo- crático. Entende-se por inclusão a garantia, a todos, do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade [...]. (BRASIL, 2001, on-line) Nesse mesmo pensamento de possibilitar uma educação para todos é que em 2007 foi publicado o Decreto nº 6.094/2007, que abarca a melhoria da qualidade da educação, conforme indicado no artigo que segue: 18 19 Art. 1º O Plano de Metas Compromisso Todos pela Educação (Compro- misso) é a conjugação dos esforços da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, atuando em regime de colaboração, das famílias e da comuni- dade, em proveito da melhoria da qualidade da educação básica. Esse documento contempla o acesso e permanência no ensino regular, bem como o atendimento aos estudantesque possuem alguma deficiência, ou trans- tornos globais do desenvolvimento, assim como os alunos com altas habilidades/ superdotação. Sendo, posteriormente, implementado o Plano de Desenvolvimento da Educação. A Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, compreende a Lei Brasileira de In- clusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), sendo uma das mais recentes no que tange o atendimento às pessoas com deficiência. Ela se destina, conforme seu artigo primeiro a “[...] assegurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, visando à sua inclusão social e cidadania”. Para isso, o Estatuto da pessoa com deficiência trata da inclusão, dos direitos, do acesso, do respeito, da igualdade e da não discriminação. Outras políticas, leis e conferências marcaram as discussões dessa temática como a Base Nacional Comum Curricular que contempla a necessidade da educação no país estar preparada para a diversidade que possui de modo a oferecer equidade na educação, para isso, os profissionais da educação necessitam de preparo e atuali- zação constante para oportunizar a todos os estudantes um ensino e aprendizagem significativa e eficaz. Quadro 1 - Políticas para a Educação Inclusiva (1948) Declaração Universal dos Direitos Humanos (1959) Declaração Universal dos Direitos das Crianças (1988) Constituição da República Federativa do Brasil (1989) Lei nº 7.853/89 - apoio às pessoas portadoras de deficiência (1990) Declaração Mundial de Educação para Todos (1990) Lei nº 8.069/90 - Estatuto da Criança e do Adolescente (1994) Declaração de Salamanca (1996) Lei nº 9.394 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação (1999) Convenção da Guatemala (2001) Lei nº 10.172 - Plano Nacional de Educação (PNE) 19 UNIDADE A Diversidade na Educação Escolar (2001) Resolução CNE/CEB nº 2. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica (2002) Lei nº 10.436/02 - Língua Brasileira de Sinais (Libras) (2006) Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos (2007) Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (2007) Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE) (2008) Decreto nº 6.571 - O Atendimento Educacional Especializado (AEE) (2009) Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (2014) Plano Nacional de Educação (PNE) (2015) Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) Fonte: Elaborado pelas autoras. No que se refere à Educação Especial no Brasil, conforme leis nacionais, fica estabelecido que essa educação será oferecida preferencialmente em instituições regulares de ensino, sendo que a educação especial compreende pessoas com defi- ciência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades e superdotação. Quanto às especificidades desse atendimento nas escolas, verifique os itens: Figura 2 - Atendimento Educacional Especializado Fonte: Tarapong / 123RF 20 21 O Brasil tem por uma de suas principais características a diversidade das pessoas que o compõem, por isso, estudar e compreender essa diversidade seja no convívio familiar, nas instituições de ensino, ou nos mais variados espaços sociais é impres- cindível para que o país seja mais justo e igualitário. Igualdade, equidade, democracia, respeito, compreensão, entre outros, são con- dicionantes de uma sociedade diversa e harmoniosa que caminha para o desen- volvimento. As tentativas de padronização e concepções de iguais e diferentes levaram e, infelizmente, ainda levam a atitudes discriminatórias e excludentes, mas aceitáveis para a sociedade do conhecimento que se vive. O ambiente escolar tem papel de grande importância nesse aspecto, ao formar cidadãos críticos e reflexivos frente a essas atitudes errôneas de preconceitos e discriminação e por isso, é também na escola que a formação cidadã e inclusiva poderá transformar a sociedade como um todo. 21 Unidade a diversidade na educação escolar Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Inclusão escolar O livro indicado trata de maneira bastante compreensiva a questão da inclusão no contexto escolar, seus aspectos legais, bem como implementar a inclusão nas escolas com respeito e proporcionar aos alunos uma educação justa em escolas que estejam efetivamente abertas às diferenças. MANTOAN, M. T. E. Inclusão escolar – O que é? Por quê? Como Fazer?. São Paulo: Summus, 2015. Inclusão e educação Este material é uma coletânea de textos de diversos autores, pesquisadores do tema inclusão, assim, os textos apresentarão as várias perspectivas e aspectos positivos em se desenvolver uma educação que seja inclusiva e rejeite a exclusão. RODRIGUES, D. (org.). Inclusão e educação: doze olhares sobre a educação inclusiva. São Paulo: Summus, 2006. O deficiente no discurso da legislação A leitura proposta irá traçar um panorama da legislação e o deficiente, envolvendo nessa análise a reflexão sobre o deficiente no contexto educacional no que se refere a legislação educacional existente. MARQUEZAN, R. O deficiente no discurso da legislação. Campinas: Papirus, 2009. Vídeos Escola Inovadora 1 O vídeo proposto é um dos vídeos de uma série de reportagens a respeito de ações criativas e inovadoras em escolas públicas que podem modificar a forma de se trabalhar a diversidade indo para além do ensino formal. https://bit.ly/2cqbQ5I Leitura Ministério da Educação Nesse link indicado encontram-se vários textos disponibilizados pelo Ministério da Educação a respeito da diversidade e de ações que podem ajudar no combate ao preconceito e discriminações. Ministério da Educação. Ações do MEC ajudam a combater preconceito e discriminação. https://bit.ly/2GJkjzL 22 23 Referências ALVARENGA, C. B. C.; MEDEIROS, S. (orgs.). Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Básica: diversidade e inclusão. Brasília: Conselho Nacional de Educação: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Continuada, Alfabeti- zação, Diversidade e Inclusão, 2013. AZEVEDO, M. L. N. de. Igualdade e equidade: Qual é a medida da justiça so- cial? In: Avaliação. Campinas, Sorocaba-SP, v. 18, n. 1, pp. 129-150, mar. 2013. Disponível em: <http://submission.scielo.br/index.php/aval/article/ view/113712/8010>. Acesso em: 10 jan. 2019. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 10 jan. 2019. ______. Decreto n. 6.094, de 24 de maio de 2007. Disponível em: <http://www2. camara.leg.br/legin/fed/decret/2007/decreto-6094-24-maio-2007-553445-pu- blicacaooriginal-71367-pe.html>. Acesso em: 18 fev. 2019. ______. Lei n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 10 jan. 2019. ______. Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989. Disponível em: <http://www. planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7853.htm>. Acesso em: 10 jan. 2019. ______. Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L10098.htm>. Acesso em: 10 jan. 2019. ______. Lei n. 13.146, de 6 de julho de 2015. Disponível em: <http://www.pla- nalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2015/Lei/L13146.htm>. Acesso em: 18 fev. 2019. ______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Diretrizes Na- cionais para a Educação Especial na Educação Básica. MEC; SEESP, 2001. Dispo- nível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB0201.pdf>. Acesso em: 17 fev. 2019. FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2002. HIRYE, E. S.; HIGA, N.; ALTLOÉ, S. M. L. Diversidade educacional: uma aborda-gem no ensino da matemática na EJA. Curitiba, PR: InterSaberes, 2016. MANTOAN, M. T. E. A propósito de uma escola para este século. In: MANTOAN, M. T. E. (org.). Para uma escola do século XXI. Campinas, SP: UNICAMP/BCCL, 2013, pp. 103-114. MICHALISZYN, M. S. Educação e diversidade. Curitiba, PR: InterSaberes, 2012. 23 Unidade a diversidade na educação escolar PAULA, C. R. de. Educar para a diversidade: entrelaçando redes, saberes e identi- dades. Curitiba, PR: InterSaberes, 2013. SARTORETTO, M. L. Inclusão: da concepção à ação. In: MANTOAN, M. T. E. (org.). O desafio das diferenças nas escolas. 5. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2013. SILVÉRIO, V. R. A (Re)configuração do nacional e a questão da diversida- de. In: ABRAMOWICZ, A.; SILVÉRIO, V. R. (orgs.). Afirmando diferenças: Montando o quebra-cabeça da diversidade na escola. Campinas, SP: Papirus, 2015, pp. 87-108. 24
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