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DRGE · Definição: quando o suco gástrico reflui pro esôfago causando sintomas incomodativos ou lesão – é o voltar do alimento · Epidemiologia · Possui elevada prevalência · Interfere na qualidade de vida · Possui refratariedade ao tto (42%) · Fatores de risco: obesidade, idade (aumenta com a idade), gestação presença de hérnia hiatal e fatores genético · Fisiologia · O refluxo fisiológico ocorre quando o EEI relaxa, permitindo o alimento voltar, principalmente após as refeições. Logo em seguida, o peristaltismo propulsiona o material refluído de volta pro estomago. O resíduo remanescente é neutralizado pela saliva · O refluxo torna-se patológico quando o mecanismo fisiológico fica desbalanceado – há uma redução dos mecanismos de defesa (elementos anatômicos) e aumento de eventos que possam aumentar a agressão (elementos esofágicos e gástricos) · Para a agressão, há: · a quantidade de relaxamentos transitórios do esfíncter EEI é o mais importante (mecanismo predominante) · A natureza (acidez) do refluxato – HCL, pepsina, sais biliares... · Quanto mais tempo o estomago ficar cheio, maior a chance de refluir – o esvaziamento gástrico retardado, pode piorar a doença do refluxo · A quantidade de acido · Defeito no epitélio a resistência ao material acido · Depuração esofágica insuficiente · O corpo possui diversos mecanismos de proteção para o material refluído · Elementos de barreira – a crura diafragmática, o ligamento freno esofágico, EEI, porção intra abdominal do esôfago, ângulo de HIS, a anatomia do estomago · Quadro clinico · Esofagicos · Típicos · Pirose – queimação ESOFAGICA (retroesternal) · Regurgitação · * 2 ou mais vezes/semana – perguntar sempre a frequência! · Atípicos · Dor torácica não cardíaca – procura excluir 1º as causas cardíacas · Extraesofagicos · Associações bem estabelecidas: tosse, laringite posterior, asma, erosão dentaria · Associação propostas: faringite, otite media, sinusite, fibrose pulmonar · Apresentação clinica · DRGE erosiva – o refluxato causa lesão à mucosa esofágica levando à erosão – lembra a meia calça quando o puxa o fio · DRGE não erosiva – não há alteração, mas há sintomas – é a mais frequente · Complicações · Estenose – o refluxo é tao intenso que machuca a ponto de causar uma estenose – muita inflamação circunferencial, fibrose e estenose · Esôfago de barret – cor vermelho salmão – alteração sugestiva de esôfago de barret – ocorre em refluxos de longa data · É a mucosa de cor vermelho salmão, associado a mudança da cela, a substituição do epitélio escamoso pelo epitélio colunar intestinal metaplásico – o diagnostico só é feito com a biópsia · É uma condição fator de risco para o AdenoCA de esôfago · Perfil de paciente – caucasiano, obeso, com muitos anos de doença do refluxo · O risco de malignização é baixo, mas ainda é 11,3x maior do que a população normal · Diagnostico · Teste terapêutico – dá a medicação (IBP) por 2 a 4 semanas e observar se há melhora (da pirose e da regurgitação) - *é muito utilizado em contextos de dificuldades/poucos recursos/SUS · O medicamento reduz a acidez do material refluído · Porém não pode fazer em qualquer paciente devido a complicações · Candidatos: · Jovem <45 a, · Sintomas típicos (pirose e regurgitação) · Sem sinais de alarme (continuar investigação se encontrados) – suspeita de CA · Disfagia e/ou odinofagia – suspeita de CA ou estenose · Perda de peso - CA · Sinais de sangramento do TGI/anemia · Náuseas e vômitos persistente · HF+ de CA · >45 a · Manifestações atípicas · Sem respota ao teste terapêutico/IBP ou recidiva dos sintomas · *O teste é feito · com maior frequência do que gostaria · endoscopia – é o 1º exame a ser realizado – separa o paciente nas apresentações clinicas (DRGE erosiva e não erosiva) · a forma não erosiva é a mais frequente (70%) e quando ocorre dá menos certeza de diagnostico pela endoscopia · possui alta sensibilidade e alta especificidade · achados diagnósticos · esofagite C e D · complicações (estonose péptica e esôfago de barrett) · classificação · grau A – uma ou mais erosão menor que 5mm – não é indicio de doença do refluxo. Pode ser o próprio refluxo fisiológico · grau B – uma ou mais lesões maiores de 5mm · grau C – as lesões vao ficando confluentes, mas não acometem a circunferência esofagica toda (<70% da circunferência esofágica) · grau D – acomete mais 70% da circunferência · Biopsia – fazer só quando quiser estudar complicações associadas a DRGE · Ulcera/subestenose/estenoses · Suspeita de barrett · Refratariedade ao tto – não melhora com IBP · DD: esofagite eosinofilica – mimetiza sintomas – diagnostco com Bx · *Microscopia eletrônica – não é feita na clinica – mostra alargamento dos espaços intracelulares · pHmetria de 24hrs · SNG, deixa posicionada perto do esfíncter e o paciente fica 24 hrs com a sonda e fica com um diário/papel, anotando os: · Horários que se alimentou · Horário que dormiu · Horário dos sintomas (queimação, pigarro, tossiu...) · A sonda é liga a um dispositivo que diz o pH e o horário. As anotações dos horários devem ser DE ACORDO COM O HORARIO QUE APARECE NO DISPOSITIVO e não o horário do relógio ou celular · Podem ser feitos com ou sem sonda (mais caro) · Indicação · Pacientes com sintomas típicos de DRGE e que não respondeu ao tto · Manifestações atípicas extraesofagicas · Pré-operatorio com exame de endoscopia normal – pra ter certeza · É considerado anormal quando a % de tempo com pH<4 for maior que 6% do tempo total do exame · · Impedancio-pHmetria esofágica · Avalia o conteúdo liquido e o gas (eruptação/arroto) – diagnostica melhor o refluxo ácido – relaciona o sintoma com o evento de refluxo – · é feito principalmente quando a endoscopia mostra a forma não erosiva da doença e auxilia também pra ver a patencia esofágica que diz se o exame vai se rpossivel ou não – é feito após a endoscopia · Padrao-ouro · Avalia o fluxo de substancias ao longo do esôfago assim como a sua acidez · Tratamento – objetivos: aliviar sintomas, cicatrizar mucsa, prevenir recidiva e complicações · Modalidade clinica – não existe medicação que reduz o relaxamento do EEI – o tto portanto é a soma das medidas comportamentais e farmacológicas · Medidas comportamentais (mais importante) · Moderação na ingestão de certos alimentos – a ingesta frequente também a abertura frequente do EEI, ao reduzir a ingesta dos alimentos, também reduz a abertura do esfíncter e o retorno · Elevação da cabeceira da cama em 15 cm · Aguardar 2-3hrs para deitar após a limentação · Suspensão do fumo · Redução do peso em sobrepeso e obesidade · Medidas farmacológicas (apenas reduz a acidez estomacal) · *atentar medicações de risco – p.ex. idosos com polifarmacia – suspeitar quando tto não resolve · Anticolinérgicos · Teofilina · ADT tricíclico · Bloq canais de Ca · Agonistas B-adrenergicos · Alendronato · IBP – medicações mais efetivas – outros medicamentos é utilizado pra controle de outros sintomas e desmame da medicação · O IBP é uma pró-droga e precisa de um ambiente acido pra bloquear a bomba · Omeprazol: 20-40mg/dia · conduta · Dose plena/dia (e jejum) · meia dose 2x/dia (se sintomas noturnos) · tomar 30-60 minutos antes da refeição – efeito ótimo · 4-8 semanas -> 8 semanas (na pratica) · Se Boa resposta -> desmamar até menor dose assintomática · Respondedores parciais -> dobrar a dose (padrão) ou trocar o IBP pode levar a melhor controle do sintomas · Não respondedores -> investigar – EDA com biopsia esofágica · Resultado insatisfatórios em ate 40%! – explica a má adesão · Metabolizadores rápidos – peliomorfismo da CYP2C19 · Hérnia de hiato · Distúrbio do motor esofágico (hipotonia do EIE, MEI grave) · Alterações no esvaziamento gástrico · Outras medicações · Tornaram-se inferiores ao IBP · Ranitidina (bloq receptores H2) saiu do mercado – risco de CA · Utilizado em sintomas noturnos · Antiácidos/alcalinos – controlam sintomas, mas não tratam a doença · Hidrox de Al · Hidrox de Mg · Citoprotetores – atapetam a mucosa · Alginato · Sucralfato( · PACB´s – bloqueador acido potássico competitivo · Compete pela bomba como o IBP · Tem maior estabilidade, ação mais rápida · Não depende de ambiente acido · Procineticos: NÃO devem ser associado ao IBP de rotina! So usar em esvaziamento gástrico lentificado/sintomas dispépticos, reduzindo o retorno do alimento · Baclofeno: reduz o nº de relaxamentos transitórios do EEI, mas possui muito efeitos colaterais · Modalidade cirúrgica · Uma cinta no fundo gástrico e vai “abraçar” pra apertar o EEI · Indicações · Henia de hiato > 4cm · Paciente jovens que necessitam de tto clinico continuado (bom respondedores, mas que precisam de uso continuo) · Sintomas persistente decorrentes do refluxo não acido · Formas complicadas da doença · Não fazer em IMC > 30 – PERDER PESO ANTES · *não esquecer · pHmetria pré-operatoria é obrigatória para pacientes sem esofagite erosiva ou com esofagite leve · menometria esofágica deve ser realizada no pré-operatorio de todos os pacientes para descartar distúrbio motor do esôfago grave · Modalidade endoscópica · Stretta – emite ondas de radiofrequência e estimula contração do esficter – indicado apenas para hipotonia do EEI – portanto, não é indicado para todos os casos