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As aflatoxinas pertencem ao grupo das micotoxinas e são substâncias sintetizadas durante a multiplicação de fungos que podem contaminar alimentos e rações animais, produzindo efeitos agudos ou crônicos naqueles que os consomem. Os cães são sensíveis aos efeitos tóxicos das aflatoxinas, havendo dificuldades de diagnóstico definitivo desta doença devido a fatores, como a inespecificidade dos sinais clínicos e o custo elevado da análise da presença de toxinas na alimentação. Micotoxinas são substâncias sintetizadas durante a multiplicação dos fungos na dependência de condições adequadas de temperatura e umidade, sendo que fungos de um mesmo gênero podem produzir mais de um tipo de micotoxina de acordo com o tipo de substrato disponível. Em climas tropicais e subtropicais, como no Brasil, o desenvolvimento de fungos produtores de micotoxinas é favorecido, havendo inúmeros alimentos passíveis de contaminação, principalmente grãos, amplamente utilizados na fabricação de rações para diversas espécies animais, incluindo cães e gatos. A aflatoxina M1 (AFM1) tem sido detectada em leite de animais alimentados com ração contaminada por aflatoxina B1(AFB1), possuindo efeitos tóxicos e carcinogênicos muito próximos. Sua toxidez é preocupante, quando os indivíduos mais jovens estão entre os maiores consumidores de leite e estes são os mais sensíveis a seus efeitos. A produção de aflatoxinas B1, B2, G1 e G2 pode ocorrer por 3 espécies de fungos: ➢ Aspergillus flavus ➢ Aspergillus parasiticus ➢ Aspergillus nomius As três espécies são produtoras de aflatoxinas B1, B2, G1 e G2, entretanto, citações sobre a produção de aflatoxina G1 e G2 por cepas de A. flavus são bem recentes. A aflatoxina B1 é considerada o mais potente hepatocarcinogênico para mamíferos. Dentre as micotoxinas, as aflatoxinas têm sido as mais pesquisadas em leite e seus derivados. A presença de aflatoxina M1 em leite se deve à presença aflatoxina B1 no alimento destinado ao consumo animal. Seu efeito crônico que é evidenciado pelo aparecimento de carcinoma hepático é bastante preocupante. As aflatoxinas são primariamente metabolizadas por um misto de funções oxidases (MFO) no fígado. Tais enzimas são responsáveis pelo metabolismo oxidativo de um grande número de xenobióticos. A absorção gastrintestinal é a primeira etapa de entrada da aflatoxina M1 na corrente sanguínea. Após a absorção gastrintestinal, esta é transportada pelo sangue, podendo se ligar as suas células ou proteínas plasmáticas. Os cães são animais particularmente sensíveis aos efeitos hepatotóxicos agudos, entretanto a exposição regular as aflatoxinas pode ocasionar lesões hepáticas crônicas. AFLATOXINAS