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PROVA DE PROCESSO PENAL III

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CURSO: DIREITO PERÍODO 2020..2 DISCIPLINA: DIREITO
PROCESSUAL PENAL III - “A” Manhã
ALUNO (A): LARISSA OLIVEIRA ALVES, 1713050017
Questões
1) (2,0) Discorra sobre o princípio da correlação a qual está vinculado o juiz ao prolatar a
sentença penal.
O princípio da correlação entre a acusação e a sentença estabelece que a sentença
deve ter uma correlação com o pedido, dessa forma, não pode haver distorções entre a
acusação e a sentença proferida, caso tenha alguma distorção, essa será tratada como
nulidade.
É um princípio que visa garantir o direito de defesa do acusado.
O Código de Processo Penal prevê dois institutos que devem ser observados pelo
magistrado:
a) Emendatio Libelli: nesse instituto o magistrado pode classificar os fatos que foram
narrados na denúncia ou na queixa, de forma diversa do que está na petição inicial,
mesmo que o magistrado tenha que aplicar uma pena maior. Não há prejuizo para a
defesa do acusado, pois o mesmo se defende os fatos e não da classificação legal.
Está presente no artigo 383 do Código de Processo Penal.
b) Mulatio Libelli:situada no artigo 384, esse instituto implica no surgimento de uma
nova prova que tenha circunstância elementar e que, também, não tenha sido
colocada na peça inicial. Não pode ser aplicada em Segunda Instância, segundo a
Súmula 453 do STF, pois caso fosse admitida, estaria violando o duplo grau de
jurisdição.
2)(2,0) Gabriel responde a ação penal na condição de réu solto. Em razão da complexidade
do procedimento, após oitiva das testemunhas, foi designada nova data para realização
exclusivamente do interrogatório do acusado. Apesar de regularmente intimado, Gabriel,
por opção, não compareceu à audiência, esclarecendo seu advogado ao juiz o desinteresse
do seu cliente de ser interrogado.
De acordo com as previsões do Código de Processo Penal e a jurisprudência dos Tribunais
Superiores, qual o procedimento deve ser adotado pelo magistrado para prosseguimento do
feito?
Segundo o artigo 367 do Código de Processo Penal, o processo poderá seguir
mesmo sem a apresentação do Acusado, também, pode vir a ocorrer a revelia do Acusado
mas diferentemente do que acontece no processo civil, a revelia no processo penal não se
aplica como uma forma de veracidade dos fatos.
Ou seja, mesmo que o acusado deixe de comparecer sem um motivo justo, o
processo seguirá.
3) (2,0) Corona Vírus foi denunciado pela prática de homicídio qualificado, pronunciado nos
mesmos moldes da denúncia e submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri em
25/01/2018, tendo sido condenado à pena de 07 anos de reclusão em regime fechado
(tendo sido tecnicamente justificado a fixação de regime prisional mais grave). A decisão
transita em julgado para o Ministério Público, mas a defesa de Antônio apela, alegando que
a decisão dos Jurados é manifestamente contrária à prova dos autos. A apelação é provida,
sendo o réu submetido a novo Júri. Neste segundo Júri, Antônio é novamente condenado e
sua pena é agravada (07 anos e 01 mes), mas fixado regime mais vantajoso(semi aberto).
Pergunta-se agiu o Juiz corretamente em relação ao quatum da sentença aplicada, uma
vez que externou a vontade soberana do conselho de sentença? Justifique sua resposta.
O juiz agiu incorretamente, pois no novo julgamento, acabou violando o princípio
non reformatio in pejus. Nesse princípio, mais precisamente o non reformatio in pejus
Indireto, é estabelecido que o magistrado não pode proferir uma sentença que ponha o réu
em uma situação mais gravosa, tendo em parâmetro a sentença anterior.
Sobre isso dispõe o HC 89544/RN, rel. Min. Cezar Peluso, 14.4.2009 “o juiz o qual
venha a proferir nova decisão, em substituição à cassada no âmbito de recurso exclusivo da
defesa, está limitado e adstrito ao máximo da pena imposta na sentença anterior, não podendo
de modo algum piorar a situação jurídico-material do réu, sob pena de incorrer em reformatio in
pejus indireta.”
4) (2,0) O MP da Comarca de Campina Grande ofereceu denúncia contra Augusto, tendo
lhe imputado violação ao mandamento proibitivo disposto no art. 307 do CP, porquanto o
denunciado teria atribuído a si falsa identidade para obter vantagem em proveito próprio. O
juiz de direito do juizado especial cível e criminal rejeitou a denúncia ofertada. O parquet
tomou ciência da decisão e dez dias depois interpôs recurso de apelação. O denunciado
não foi encontrado para ser intimado, estando em lugar incerto e não sabido. Esgotadas as
diligências cabíveis para localizar o recorrido, o MP requereu sua intimação por meio de
edital.
Na qualidade de Juiz do processo, qual seria sua atuação para o prosseguimento do feito?
Considere as súmulas dos Tribunais Superiores para sua resposta
Como Juíza do caso, receberia o recurso que foi interposto pelo Ministério Público e
deliberará a intimação por meio de edital, já que o denunciado não foi encontrado, tendo
por base o Enunciado n. 125 do FONAJE, o qual diz que é cabível a intimação por edital,
no Juizado Especial Criminal, quando o réu não for localizado. Amparada, também, pelo
artigo 67 da Lei de Juizados Especiais Criminais, que dispõe que a intimação pode ser feita
por qualquer meio idôneo de comunicação.
5) (2,0) Hélio, João Vitor e Lucas foram denunciados pela prática de um crime de lesão
corporal dolosa gravíssima em concurso de agentes. Após o recebimento da denúncia, o
oficial de justiça compareceu ao endereço indicado no processo como sendo de residência
de Hélio, mas não o encontrou, tendo em vista que estava preso, naquela mesma unidade
da Federação, por decisão oriunda de outro processo. Hélio, então, foi citado por edital.
João Vitor, por sua vez, estava em local incerto e não sabido, sendo também citado por
edital. Em relação a Lucas, o oficial de justiça foi à sua residência em quatro oportunidades,
constatando que ele, de fato, residia no local, mas que estava se ocultando para não ser
citado. Após certificar-se de tal fato, foi realizada a citação de Lucas com hora certa.
Considerando o texto legal analise quanto a validade das citações dos acusados,
justificando sua resposta em relação a cada uma.
A citação de João Vítor é válida pois está de acordo com o artigo 361 do CPP, o qual
diz que, caso o réu não seja encontrado, ocorrerá a citação por edital com um prazo de 15
dias.
A citação de Lucas também é válida, pois está expressa no artigo 362 do CPP que
dispõe que quando o réu não está sendo encontrado porque o mesmo está se escondendo
para que não seja citado, a citação será por hora certa.
Porém em relação a Hélio, a citação é inválida pois se encontra em discordância
com a Súmula 351 do STF que dispõe que a citação por edital será nula se o réu já estiver
preso na mesma unidade da federação que o magistrado desempenha a sua função.
Também encontra-se em divergência com o artigo 360 do CPP, que pré-dispõe que o réu
será citado pessoalmente caso esteja preso.

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