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Aula 5 - Vitamina B6 (Piridoxina)

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Resumo da Malu – 2020.1 
Vitamina B6 – Piridoxina 
Histórico 
→ 1926: 
• Goldberger, Wheeler, Lillie e Rogers 
• Esse grupo de pesquisadores fizeram um estudo onde eles 
alimentavam os ratos com uma dieta deficiente no fator 
de prevenção de pelagra → notou-se que os animais 
desenvolveram lesões na pele 
 
→ 1934: 
• Gyogy identifica que o fator de prevenção de pelagra 
deficiente na dieta base do estudo anterior continha 
vitamina B6 
• Identificou o fator como vitamina B6 → substância capaz 
de curar uma doença de pele característica dos ratos 
 
→ 1935: 
• A maioria dos estudos anteriores caracterizavam a 
pelagra apenas pela deficiência de niacina 
• Nesse ano houveram diferentes estudos onde Birch e 
Gyogy conseguiram diferenciar a piridoxina e a niacina 
nesse fator específico de prevenção da pelagra 
 
→ 1938: 
• Lepkovsky é o primeiro a relatar o isolamento da vitamina 
B6 na forma cristalina e pura 
• Alguns outros pesquisadores isolaram a vitamina a partir 
do arroz polido 
 
→ 1939: 
• Harris e Folkers determinaram a estrutura da piridoxina e 
conseguiram sintetizar a vitamina 
• Gyogy propôs o nome “piridoxina” 
 
→ 1945: 
• A piridoxina ganhou grande significado devido a 
descoberta do seu importante papel na nutrição humana 
e animal 
• Snell foi capaz de formar que existem duas ou mais formas 
naturais da vitamina: piridoxal e piridoxamina 
 
→ 1957: 
• Snyderman estabelece as necessidades da vitamina B6 
para os seres humanos 
Características Químicas 
• Vitamina B6 – Nome genérico para um grupo de 6 compostos 
- Álcool piridoxina (PN) 
- Aldeído piridoxal (PL) 
- Amina piridoxamina (PM) 
- Seus 5’fosfatos 
• Esses compostos são todos derivados da piridina 
• O piridoxal 5’fosfato (PLP) e a piridoxamina 5’fosfato (PMP) 
constituem as formas coenzimáticas ativas 
• PLP é a de forma de interesse biológico 
• O álcool piridoxina, aldeído piridoxal e a amina 
piridoxamina podem ser convertidos para a 
forma metabolicamente ativa (PLP) 
• Envolvido no metabolismo de aminoácidos 
• A piridoxal fosfato é a forma fosforilada desses 3 compostos 
básicos (piridoxina, piridoxal e piridoxamina) 
 
• O grupo substituinte na posição 4 que vai os diferenciar esses 
compostos entre si 
- Piridoxina – presença de um hidroxi-metil 
- Piridoxal – presença de um formil 
- Piridoxamina – presença de um amino-metil 
• A conversão desses compostos para piridoxal fosfato ocorre 
através da fosforilação na posição 5 
• Tem-se descrito que o PLP teria ação coenzimáticas em cerca 
de cem reações enzimáticas no organismo 
• 4-ácido piridóxico – principal produto final do metabolismo 
da vitamina B6 em humanos, e é biologicamente inativo 
Absorção 
• A absorção da fonte alimentar se inicia com a hidrólise da 
forma fosforilada no lúmen intestinal 
• Posteriormente serão absorvidas por difusão passiva 
• Se dá a partir do álcool piridoxina, do aldeído piridoxal e da 
amina piridoxamina 
• Na captação pelas células, o aldeído piridoxal, álcool 
piridoxina e a piridoxamina vão ter que ser novamente 
fosforilados em piridoxal fosfato e piridoxamina fosfato pela 
ação da enzima piridoxamina quinase 
• Diferente de outras vitaminas do grupo B que normalmente há 
uma saturação da absorção da vitamina devido as altas 
concentrações dela, isso não ocorre com a vitamina B6 
• Não parece haver limite para a absorção da vitamina B6, visto 
que doses extremamente altas são bem absorvidas 
 Resumo da Malu – 2020.1 
Transporte 
• A concentração sanguínea é de cerca de 6 𝜇g/dL 
• Estará ligada à albumina plasmática ou hemoglobina dos 
eritrócitos em sua maioria 
• A forma predominante no sangue é o PLP (ativa) 
• Pequenas quantidades de piridoxina livre (PN livres) também 
são encontradas na circulação 
Armazenamento 
• Armazenada em sua maioria nos músculos, que contém 80-90% 
do total dos estoques corporais dessa vitamina 
• Nos músculos estará presente na forma de PLP ligada ao 
glicogênio fosforilase 
Funções Metabólicas 
• Age como coenzima em mais de cem reações enzimáticas 
envolvidas no metabolismo de aminoácidos, carboidratos, 
neurotransmissores e lipídios 
• Os compostos metabolicamente ativos são o PLP e PMP, sendo 
que o PMP atua em menor proporção 
• Reações metabólicas onde há ação da piridoxal fosfato: 
 
→ Transaminação: 
• Reação caracterizada pela transferência de um grupo 
amino de um aminoácido para um cetoácido 
• As enzimas responsáveis por essas reações são chamadas 
transaminases ou aminotransferases 
• Principais tipos de aminotransferases: 
- Alanina aminotransferases 
- Aspartato aminotransferases 
• A maioria dessas enzimas usam a piridoxil-5-fosfato (PLP) 
como coenzima 
• Essas enzimas estão presentes principalmente dentro dos 
hepatócitos, podendo ser encontradas nos rins e coração 
 
• A reação de Transaminação é fundamental no metabolismo 
de aminoácidos, pois a partir de um aminoácido de um 
alfa-cetoácido, ocorrerá a formação de um novo alfa-
cetoácido e aminoácido 
• A piridoxal fosfato será um transportador intermediário do 
grupamento amina → essa ação é de extrema importância 
• O glutamato ao perder o grupamento amino será 
transformado em alfa-cetoglutarato (alfa-cetoácido) 
• Esse grupamento amina perdido será transportado pela 
piridoxal fosfato e fornecido ao oxalacetato fazendo com 
que ele se transforme em aspartato (novo aminoácido) 
 
→ Metabolização da homocisteína: 
• O aminoácido chamado homocisteína será convertido em 
cistationina → reação catalisada pela enzima cistationina 
B sintetase (CBS) que vai necessitar de vitamina B6 como 
cofator 
• A síntese da cistationina se dá a partir dos substratos 
homocisteína e serina, que se combinam gerando H2O 
• A PLP é fundamental nesse processo para o transporte do 
grupamento amino 
 
• Homocisteína: 
- Aminoácido natural do corpo humano 
- Em níveis elevados, podem acarretar problemas ao 
indivíduo, como: endurecimento das artérias, ataques 
cardíacos, acidentes vasculares cerebrais, osteoporose e 
até mesmo Doença de Alzheimer 
 
→ Síntese da Cisteína: 
• Reação secundária da metabolização da homocisteína 
• A partir da cistationina com a ação da enzima cistationina 
liase, ocorre a formação do alfa-cetobutirato e cisteína 
• Essa enzima usa PLP como coenzima para realizar o 
transporte do grupamento amino que será liberado 
• Nesse processo ocorre a conversão de H2O em NH4
+ 
• Cisteína: 
- Pode ser incorporada em enzimas e proteínas 
- Podendo ter o seu grupo -SH convertido em pontes 
dissulfeto → são necessárias para a força e estabilidade 
de muitas proteínas (inclusive do colágeno) 
 Resumo da Malu – 2020.1 
 
→ Reação de Descarboxilação: 
• Remoção do grupo carboxil -COOH de certos aminoácidos 
para que haja a síntese de diversos neurotransmissores 
- Serotonina, norepinefrina, histamina e GABA (a partir do 
triptofano), tirosina, histidina e glutamato, respectiv. 
• Síntese de Histamina: 
- Sintetizado a partir da histidina 
- Reação é mediada pela histidina decarboxilase que 
necessita da PLP como coenzima, e libera CO2 no processo 
 
- No hipotálamo, a histamina regula funções térmicas e 
relacionadas ao despertar 
- Em outras partes do organismo, a histamina é importante 
para regular o fluxo sanguíneo e a resposta à inflamação 
• Síntese de GABA: 
- Principal neurotransmissor inibidor no SNC 
- Sintetizado a partir do glutamato 
- Reação é mediada pela glutamato decarboxilase que 
necessita da PLP como coenzima, e libera CO2 no processo 
 
• Síntese da Noradrenalina (NA): 
- Sintetizado a partir da tirosina 
- A PLP será requisitada na segunda reação, que será a 
reação de descarboxilação, e ela não é a reação exata 
que sintetiza a norepinefrina 
- Substância química que induz a excitação física e mental 
e induz o bom humor 
- Sua produção ocorre no locus ceruleus (região cerebral) 
- Atua no centro de “prazer”do cérebro 
- Sua falta está associada a transtornos depressivos 
 
• Síntese da Serotonina: 
- Sintetizado a partir do triptofano 
- A ação da PLP se dá na reação direta da síntese da 
serotonina, que é uma reação de descarboxilação 
- É um dos principais neurotransmissores, com maior nº de 
receptores e diferentes funções 
- Possui forte efeito no humor, memória, aprendizado, 
alimentação, desejo sexual e sono reparador 
- A falta está associada a transtornos depressivos, sexuais, 
alimentares e do sono 
- Para sua boa produção é importante o consumo de 
triptofano, uma boa rotina de 6-8h de sono e exercícios 
regulares 
 
 Resumo da Malu – 2020.1 
• Síntese do ácido delta-aminolevulínico: 
- A PLP atua como cofator da enzima ácido delta-
aminolevulínico sintase → importante na reação de 
condensação da glicina + succinil-CoA 
- Essa reação forma o ácido delta-aminolevulínico 
- É um precursor do grupo heme da hemoglobina 
 
• Síntese do glicogênio fosforilase: 
- A PLP é coenzima da glicogênio fosforilase e será trivial 
para o transporte do grupamento fosfato (nesse caso) 
- A parte ativa da coenzima é o grupo fosfato, ao invés do 
grupo aldeídico e do anel aromático igual as outras 
enzimas 
- Reação de glicogenólise: 
♥ Gera uma glicose-1-fosfato + glicogênio (com menos 
resíduos que o inicial) 
♥ Essa reação sofre a ação da glicogênio fosforilase 
♥ O grupo fosfato da PLP participa da transferência do 
fosfato inorgânico para as unidades da glicose gerada 
a partir do glicogênio liberado com a glicose-1-fosfato 
- O músculo contém a maioria do glicogênio do corpo e a 
maioria da glicogênio fosforilase 
- A maioria da vitamina B6 no musculo está ligada a essa 
enzima 
- 
Excreção 
• O ácido 4-piridóxico é o principal produto de excreção da 
vitamina B6 
- É um metabólito da vitamina B6 biologicamente inativo 
• A piridoxal livre pode deixar a célula ou será oxidada para 
gerar o ácido 4-piridóxico pela ação da enzima aldeído 
desidrogenase 
• A excreção via ácido 4-piridóxico vai representar metade dos 
compostos encontrados na urina aproximadamente 
• Sua excreção reflete mais a ingestão recente da vitamina, do 
que as reservas dela no tecido 
• Em doses muito elevadas de piridoxina, sua maioria será 
excretada sem alterações na urina 
• Pequenas quantidades de piridoxal e piridoxamina são 
excretadas na urina, pois grande parte é absorvida 
• Embora grande parte da vitamina ativa seja filtrada nos 
glomérulos, elas podem ser absorvidas nos túbulos renais 
• Menor proporção da vitamina pode ser excretada nas fezes, 
entretanto, essa rota de excreção é dificultada pela 
possibilidade da síntese da vitamina B6 no intestino grosso 
Fontes 
• Presente na maioria dos alimentos 
• Carnes, produtos de grãos integrais, vegetais e nozes 
• A vitamina B6 derivada das fontes animais terá maior 
disponibilidade do que a derivada de alimentos vegetais 
• Muitos alimentos de origem vegetal possuem quantidade 
significativa de vitamina B6 na forma glicosilada, como 
piridoxina-5’-𝛽-D-glicosídio 
• Acredita-se que essa forma glicosilada tenha metade da 
eficiência comparada as demais, pois ela mesmo que seja 
absorvida, a sua hidrólise para ser captada pelas células vai 
ocorrer de forma incompleta devido a presença dessa ligação 
glicosídica 
• Por isso, se diz que a vitamina B6 derivada de fontes vegetais 
é menos biodisponíveis 
• Fontes exógenas de vitamina B6: 
- A partir da alimentação 
- Pela síntese bacteriana no intestino grosso pela microbiota 
normal 
• Em uma dieta mista, estima-se que a biodisponibilidade da 
vitamina B6, seja de aproximadamente 75% 
 
• As perdas dessa vitamina são altas no cozimento e no 
processamento de carnes e vegetais 
• A moagem do trigo para a fabricação da farinha pode resultar 
em perdas de 70-90% → por isso, grãos integrais possuem alta 
concentração dessa vitamina, quando comparados a grãos 
refinados 
• O congelamento de vegetais pode gerar uma perda de 35-55% 
 Resumo da Malu – 2020.1 
Recomendações 
• EAR – necessidade média estimada: 
- É o valor de ingestão diária de um nutriente que se estima 
suprir a necessidade da metade dos indivíduos saudáveis de 
um grupo mesmo sexo e estágio de vida 
- 50% dos indivíduos saudáveis de mesmo sexo e estágio de 
vida precisam dessas concentrações diárias desse nutriente 
• RDA – ingestão dietética recomendada: 
- Leva em consideração todos os indivíduos saudáveis de um 
determinado grupo de mesmo sexo e estágio de vida 
- 97-98% desse grupo 
- É determinado a partir dos valores da EAR 
• AI – ingestão adequada: 
- Utilizada apenas para recém-nascidos 
- Feita quando não há dados suficientes para determinar a 
EAR e RDA 
- É um valor estimado que está sempre sendo ajustados a 
partir de novos estudos para que haja um maior o grau de 
confiabilidade 
• UL – limite superior tolerável de ingestão: 
- O maior valor de ingestão diária que aparentemente não 
oferece risco de efeito adverso na saúde da maioria dos 
indivíduos 
 
Hipovitaminose 
• A deficiência clinica dessa vitamina é rara pois ela é bem 
distribuída nos alimentos e ainda há a síntese via flora 
bacteriana intestinal 
• Alguns sintomas da deficiência grave podem incluir: 
- Dermatite seborreica, anemia microcítica (devido à síntese 
diminuída de hemoglobina), convulsões, depressão e 
confusão (pela alteração na síntese dos neurotransmissores 
e acúmulo de metabólitos prejudiciais – homocisteína) 
Hipervitaminose 
• A toxicidade pela dieta alimentar é relativamente baixa 
• Muitos dos sinais da toxicidade da vitamina B6 se assemelham 
àqueles da sua deficiência 
• Estudos feitos administrando altas doses de PN ou PLP em 
animais, tiveram efeitos secundários nocivos, como lesões 
dermatológicas, em particular a neuropatia periférica 
• Os mecanismos da sua neurotoxicidade ainda não são 
conhecidos 
• Nesses estudos os sinais clínicos da toxicidade da vitamina nos 
animais, foram revertidos após alguns meses com a 
descontinuidade da sobrecarga da vitamina 
Análise Laboratorial 
→ Concentração plasmática do PLP: 
• Essa análise é considerada um teste de avaliação do 
estado da vitamina B6, uma vez que as concentrações da 
piridoxal fosfato variam em função da ingestão de 
vitamina 
• Essa questão fica evidenciada quando após uma 
deficiência da ingestão da vitamina, os níveis de PLP 
plasmático e eritrocitário diminuem de forma rápida 
• Essa alteração é precoce e ocorre antes de qualquer outra 
modificação bioquímica (como a redução dos níveis séricos 
de piridoxal e piridoxamina) 
• Essa análise ocorre a partir do uso de um kit com reagente 
diagnostico que determina de forma quantitativa a 
concentração de piridoxal fosfato no soro, plasma ou no 
sangue total por cromatografia liquida de alto 
desempenho com a detecção por fluorescência 
• Ponto negativo: A concentração de piridoxal fosfato no 
plasma pode ser alterada em algumas condições: 
- O aumento da atividade de fosfatase alcalina vai 
aumentar a desfosforilação do PLP plasmático fazendo 
com que haja um aumento da captação pelas células, 
acarretando na diminuição da concentração do PLP 
plasmático 
- Há uma modificação da PLP em resposta ao exercício 
moderadamente intenso → foram realizados estudos 
com atletas pós-treinos intensos de corrida e os 
resultados observados pelos pesquisadores foi um 
aumento da vitamina B6 plasmática, pois não há 
explicação clara para isso, a hipótese é que o aumento 
da concentração da vitamina B6 plasmática estaria 
relacionada ao aumento da necessidade de uma 
coenzima para a gliconeogênese, pois ao ver a 
diminuição das reservas de glicogênio a PLP se torna 
disponível, por não ser mais necessária como cofator 
para a glicogênio fosforilase visto que não há mais 
reserva de glicogênio, então ela se torna disponível 
sobretudo para o fígado e rins a fim de fornecer mais 
energia para a gliconeogênesea partir dos aminoácidos 
 Resumo da Malu – 2020.1 
- A gestação causa diminuição da concentração de 
piridoxal fosfato plasmática, logo, gestantes precisam de 
maior concentração da vitamina 
 
→ Excreção urinária da vitamina B6: 
• Testes realizados com isótopos mostraram que 40-50% da 
vitamina B6 ingerida é eliminada na urina, sobretudo na 
forma de ácido 4-piridóxico e o restante é eliminado na 
forma de piridoxamina 
• Essa análise seria considerada uma hipótese justificada 
para a análise laboratorial, na medida que os níveis 
urinários desse catabólito parecem estar associados à 
ingestão da vitamina B6 
• É difícil interpretar os resultados dessa medida mesmo que 
a excreção esteja diminuída na deficiência 
 
→ Determinação da atividade da transaminase: 
• Representa um teste bioquímico funcional que permite 
obter informações sobre o estado de deficiência ou grave 
depressão das reservas de vitamina B6 
• Em estudos controlados, demonstrou-se que transaminases 
dependentes de PLP (como aspartato aminotransferases e 
alanina aminotransferases) estão diminuídas no plasma, 
leucócitos e eritrócitos 
• A medida da evolução da atividade dessas enzimas pelo 
piridoxal 5’-fosfato in vitro é um indicador satisfatório 
para a avaliação do estado nutricional relativo à vitamina 
B6 
• As enzimas relacionadas às reações de transaminação, 
teriam o PLP como coenzima (cofator), então, a análise da 
atividade enzimática seria eficiente para avaliar o estado 
nutricional relativo à vitamina B6 
• Se as enzimas tiverem sua atividade diminuída, isso seria 
um indicativo de concentrações baixas de vitamina B6 
 
→ Concentração da homocisteína plasmática: 
• O catabolismo da homocisteína ocorre por meio da 
transsulfuração para cisteína, envolvendo duas enzimas 
dependentes de piridoxal fosfato e suas concentrações são 
influenciadas pela ingestão de vitamina B6, B12 e folato 
• A determinação da homocisteína é realizada por alguns 
métodos chamados método ouro, sendo eles: 
- Método de cromatografia de troca iônica por analisador 
de aminoácidos 
- Método de cromatografia líquida de alta pressão com 
detecção eletroquímica 
 
→ Teste de sobrecarga de metionina: 
• A metionina é um precursor metabólico da homocisteína 
• A habilidade de metabolizar uma sobrecarga de metionina 
seria um teste valido para a medida do estado nutricional 
da vitamina B6 
• Pois, a metionina ingerida tende a se transformar em 
homocisteína, que será metabolizada 
• No entanto, se a reserva de vitamina B6 não estiver em 
bons níveis a homocisteína tende a se acumular 
• Isso ocorre, pois as enzimas que transformam a 
homocisteína em cistationina ou cisteína, não terão uma 
ação eficiente, visto que precisam da vitamina B6 como 
cofator 
- Enzimas: Cistationa sintetase e cistationase 
• A atividade da cistationa sintetase é pouco afetada pela 
deficiência de vitamina B6, provavelmente pois tem alta 
afinidade por seu cofator 
- Possui relação com a 1ª degradação da homocisteína que 
desencadeia na produção de cistationina 
• A atividade da cistationase diminui frente a deficiência da 
vitamina B6, e há aumento no conteúdo da apoenzima 
inativa nos tecidos 
- Relacionada com a lise da cistationina para a síntese da 
cisteína 
• Como isso, na deficiência da vitamina B6, há aumento da 
excreção urinária de cistationa, após uma sobrecarga de 
metionina e sobre condições basais 
 
→ Índices do estado nutricional em relação a vitamina B6: 
• Esses são os valores adequados relativos a cada uma das 
analises laboratoriais citadas, para um paciente que não 
esteja apresentando hipovitaminose ou hipervitaminose 
 
Interações Medicamentosas 
• Medicamentos como a isoniazida (antibiótico utilizado no 
tratamento da tuberculose) e contraceptivos orais com doses 
altas de estrógeno – eles podem diminuir as concentrações 
plasmáticas de piridoxal fosfato (PLP) 
• Alcoólatras apresentam baixas concentrações plasmáticas de 
PLP, visto que o acetaldeído compete com o piridoxal por 
proteínas de ligação, diminuindo a captação de piridoxal 
pelas células 
• Algumas drogas antiepilépticas (ácido valpróico, fenitoína e 
carbamazepina) possuem a capacidade de aumentar a taxa 
de catabolismo (degradação) da vitamina B6, resultando em 
baixa PLP plasmática levando à hiperhomocisteinemia (maior 
concentração de homocisteína) 
• Pacientes tratados com teofilina (fármaco antiasmático), 
geralmente, possuem baixas concentrações plasmáticas de 
PLP, podendo contribuir para efeitos colaterais neurológicos e 
no SNC associados à teofilina, incluindo convulsões → pode 
ser relacionado a problemas na síntese de neurotransmissores

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