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1 Atividade Morfofuncional - 13/04/2020 Hemácias: O sangue é um fluido de tonalidade vermelha brilhante a escura, viscoso, levemente alcalino (pH 7,4), responsável por aproximadamente 7% do peso corporal. O volume total do sangue de um adulto normal é cerca de 5 L, e ele circula pelo corpo no interior do sistema circulatório. O sangue é um tecido conjuntivo especializado, constituído de elementos figurados — hemácias (ou eritrócitos), leucócitos e plaquetas — suspensos em um componente líquido (a matriz extracelular), conhecido como plasma. Os eritrócitos (ou hemácias) são as menores e mais numerosas células do sangue, as quais não possuem núcleo e são responsáveis pelo transporte de oxigênio e dióxido de carbono para e a partir dos tecidos do corpo. Cada eritrócito (ou hemácia) assemelha-se a um disco bicôncavo, com um diâmetro de 7,5 μm, 2,0 μm de espessura na sua região mais larga, e menos do que 1 μm de espessura no centro. Este formato proporciona à célula uma grande área de superfície em relação ao seu volume, aumentando assim sua capacidade nas trocas gasosas. Embora as células precursoras dos eritrócitos localizadas na medula óssea sejam nucleadas, elas não somente expulsam o seu núcleo, mas também perdem todas as suas organelas, à medida que amadurecem e entram na circulação. Desta forma, os eritrócitos maduros são anucleados. Quando corados pelas colorações de Giemsa ou Wright, os eritrócitos possuem uma cor rosa-salmão. Embora os eritrócitos não possuam organelas, eles possuem enzimas solúveis no seu citosol. No interior do eritrócito, a enzima anidrase carbônica facilita a formação do ácido carbônico a partir de CO2 e água. Este ácido dissocia-se para formar bicarbonato (HCO3-) e hidrogênio (H+). Os homens possuem mais eritrócitos por unidade de volume de sangue do que as mulheres (5,0 × 106 versus 4,5 × 106 por mm3), e indivíduos de ambos os sexos que vivem em grandes altitudes possuem relativamente mais eritrócitos do que os que vivem em altitudes menores. Os eritrócitos humanos possuem uma vida média de 120 dias. 2 Plaquetas: As plaquetas (ou tromboplastídeos) são pequenos fragmentos celulares anucleados, em formato de disco, derivados de megacariócitos na medula óssea. As plaquetas possuem um diâmetro de 2 a 4 μm nos esfregaços de sangue . Nas fotomicrografias, elas apresentam uma região periférica clara, o hialômero, e uma região central mais escura, o granulômero. A membrana plasmática da plaqueta possui numerosas moléculas receptoras, bem como um glicocálix relativamente espesso (15 a 20 nm). Existem entre 250.000 e 400.000 plaquetas por mm3 de sangue, cada uma com uma sobrevida de menos de 14 dias. As plaquetas possuem três tipos de grânulos (alfa, delta e lambda), assim como dois sistemas de túbulos (túbulos densos e túbulos de conexão com a superfície) . As plaquetas atuam limitando a hemorragia no revestimento endotelial dos vasos sangüíneos em caso de lesão. Neutrófilos: Os neutrófilos compõem a maioria dos leucócitos; eles são fagócitos ativos, destruindo bactérias que invadem os espaços no tecido conjuntivo. Os leucócitos polimorfonucleares (ou neutrófilos) são os mais numerosos dos leucócitos, compreendendo de 60% a 70% da população total de leucócitos. Nas distensões (esfregaços) sangüíneas, os neutrófilos têm 3 de 9 a 12 μm de diâmetro e um núcleo multilobulado. Os lóbulos, conectados uns aos outros por delgadas pontes de cromatina, aumentam em número com a maturação da célula. Nas mulheres, o núcleo apresenta um apêndice característico em formato de “baqueta de tambor”, o qual contém o segundo cromossoma X, inativo e condensado. Este lóbulo é chamado de lóbulo acessório e constitui o corpúsculo de Barr ou cromatina sexual, porém nem sempre encontra-se evidente em todas as células. Os neutrófilos são as primeiras células recrutadas nas infecções bacterianas agudas. A membrana plasmática do neutrófilo possui receptores para componentes do complemento, assim como receptores Fc para IgG . Os neutrófilos constituem a primeira linha de reconhecimento e defesa contra agentes infecciosos no tecido, tradicionalmente iniciam uma inflamação aguda e são responsáveis por uma resposta imune pró-inflamatória eficaz. Recentemente essas células vêm sendo descritas como complexas e com uma vasta capacidade de desempenhar funções especializadas, interagem com macrófagos, células dendríticas e linfócitos TCD4+. Monócitos: Os monócitos, as maiores células do sangue circulante, penetram no tecido conjuntivo, onde eles se diferenciam e são conhecidos como macrófagos. Os monócitos são as maiores células circulantes do sangue (12 a 15 μm de diâmetro nos esfregaços sangüíneos), e constituem de 3% a 8% da população dos leucócitos. Eles possuem um grande núcleo excêntrico, em formato de rim, o qual freqüentemente tem uma aparência “espumosa”, semelhante a “bolhas de sabão”, e cujas extensões semelhantes a lóbulos parecem sobrepor-se umas às outras. A cromatina é grosseira, porém não excessivamente densa, e normalmente dois nucléolos típicos estão presentes, embora eles não estejam sempre evidentes nos esfregaços. O citoplasma cora-se em azul-acinzentado e possui numerosos grânulos azurófilos (lisossomas) e ocasionais espaços semelhantes a vacúolos. As eletromicrografias mostram tanto heterocromatina como eucromatina no núcleo, além dos dois nucléolos. O aparelho de Golgi está geralmente próximo à endentação do núcleo em formato de rim. O citoplasma contém depósitos de grânulos de glicogênio, pequena quantidade de REG, algumas mitocôndrias, ribossomas livres e numerosos lisossomas. A periferia da célula apresenta microtúbulos, microfilamentos, vesículas de pinocitose e 4 filopódios. Os monócitos permanecem na circulação apenas por alguns poucos dias; logo eles migram através do endotélio de vênulas e capilares para o tecido conjuntivo, onde se diferenciam em macrófagos. Linfócitos: Os linfócitos são agranulócitos e formam a segunda maior população de leucócitos do sangue. Os linfócitos compreendem de 20% a 25% da população de leucócitos circulantes. Eles são células arredondadas nos esfregaços sangüíneos, mas podem ser pleomórficos quando migram pelo tecido conjuntivo. Os linfócitos são um pouco maiores do que os eritrócitos, com 8 a 10 μm de diâmetro (nos esfregaços), e possuem um núcleo arredondado, discretamente endentado, que ocupa quase toda a célula. O núcleo é denso, com muita heterocromatina, e de localização excêntrica. O citoplasma situado perifericamente cora-se em azul-claro e contém poucos grânulos azurófilos. Com base no seu tamanho, os linfócitos podem ser descritos como pequenos (8 a 10 μm de diâmetro), médios (12 a 15 μm de diâmetro) ou grandes (15 a 18 μm), embora os dois últimos sejam muito menos numerosos. Eletromicrografias dos linfócitos mostram uma escassa quantidade de citoplasma periférico contendo poucas mitocôndrias, um pequeno aparelho de Golgi e REG pouco desenvolvido. Além disso, são também evidentes um pequeno número de lisossomas, representando os grânulos azurófilosde 0,5 μm de diâmetro, e um abundante suprimento de ribossomas. Os linfócitos são subdivididos em três categorias funcionais: Linfócitos B (células B); Linfócitos T (células T) e Células nulas. 5 Eosinófilos: Os eosinófilos fagocitam complexos antígeno-anticorpo e matam invasores parasitas. Os eosinófilos constituem menos do que 4% da população total de leucócitos do sangue. Eles são células arredondadas em suspensão e nos esfregaços, mas podem ser pleomórficos durante a sua migração pelo tecido conjuntivo. A sua membrana plasmática possui receptores para imunoglobulina G (IgG), IgE e componentes do complemento. Os eosinófilos possuem 10 a 14 μm de diâmetro (nos esfregaços sangüíneos) e um núcleo bilobulado, em formato de fone de ouvido, no qual os dois lóbulos estão conectados por uma fina ponte de cromatina e pelo envoltório nuclear circundante. As eletromicrografias podem mostrar um pequeno aparelho de Golgi centralmente localizado, uma pequena quantidade de retículo endoplasmático granular (REG) e apenas algumas mitocôndrias, geralmente nas proximidades dos centríolos associados ao centro celular. Eosinófilos são produzidos na medula óssea, e é a interleucina-5 (IL-5) que causa a proliferação dos seus precursores e a sua diferenciação em células maduras. Os eosinófilos ajudam a eliminar os complexos antígeno-anticorpo e a destruir vermes parasitas. Lâmina 8: 6 Na lâmina 8 pode ser observado que há demasiado no número de leucócitos especialmente os neutrófilos. Esse processo pode ser dito como leucocitose neutrofílica , onde se há uma quantidade anormalmente elevada de neutrófilos. A causa mais comum de um aumento do número de neutrófilos é a própria resposta normal do corpo a uma infecção/ Sepse. ❖ Leucopenia (leuco=branco; penia=diminuição) é a redução global do número dos glóbulos brancos no sangue, chamados leucócitos. As taxas globais de leucócitos para homens adultos normais estão entre 4.500 e 11.000 por milímetro cúbico do sangue. Considera-se que há leucopenia quando a pessoa apresenta menos de 4.500 leucócitos por milímetro cúbico de sangue. A leucopenia não é uma doença, mas a manifestação hematológica de algum transtorno orgânico, crônico ou transitório. ❖ A leucocitose neutrofílica é uma quantidade anormalmente elevada de neutrófilos no sangue. Referências: https://www.nhlbi.nih.gov/health-topics/lymphocytopenia https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/546247/entendendo+a+leucopenia+e +suas+causas.htm> https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-dos- gl%C3%B3bulos-brancos/leucocitose-neutrof%C3%ADlica https://www.healthline.com/health/leukocytosis#prevention https://www.nhlbi.nih.gov/health-topics/lymphocytopenia https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/546247/entendendo+a+leucopenia+e+suas+causas.htm https://www.abc.med.br/p/sinais.-sintomas-e-doencas/546247/entendendo+a+leucopenia+e+suas+causas.htm https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-dos-gl%C3%B3bulos-brancos/leucocitose-neutrof%C3%ADlica https://www.msdmanuals.com/pt/casa/dist%C3%BArbios-do-sangue/dist%C3%BArbios-dos-gl%C3%B3bulos-brancos/leucocitose-neutrof%C3%ADlica https://www.healthline.com/health/leukocytosis#prevention USUÁRIO Máquina de escrever GARTNER, Leslie P. Tratado de histologia em cores. Elsevier Brasil, 2007.
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